MANUAL ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e CondomГnios) 1.ВЄ edição versГЈo 3.1 – 21 Maio 2009 ГЌNDICE GERAL 1 GENERALIDADES............................................................................................................. 4 1.1 OBJECTIVO ............................................................................................................... 4 1.2 LINHAS GERAIS ........................................................................................................ 4 1.3 Г‚MBITO DE APLICAÇÃO ........................................................................................... 5 1.4 DEFINIÇÕES .............................................................................................................. 5 1.5 SIGLAS E ACRГ“NIMOS............................................................................................. 9 1.6 FRONTEIRAS ITED/ITUR ........................................................................................ 12 1.6.1 2 CARACTERГЌSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS ............................................................ 17 2.1 REDES DE TUBAGEM ............................................................................................. 17 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.2 2.2.1 2.2.2 2.2.3 3 TUBOS E ACESSГ“RIOS ..................................................................................................... 18 CГ‚MARAS DE VISITA (CV) ................................................................................................. 28 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS .................................................................................................. 35 BASTIDORES ....................................................................................................................... 37 GALERIAS TГ‰CNICAS ......................................................................................................... 37 SALAS TГ‰CNICAS ............................................................................................................... 38 REDES DE CABOS (CABLAGEM) ........................................................................... 39 CABOS DE PARES DE COBRE .......................................................................................... 39 CABOS COAXIAIS ............................................................................................................... 42 CABOS DE FIBRA Г“PTICA ................................................................................................. 44 PROJECTO ...................................................................................................................... 45 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................... 45 3.2 CONDICIONANTES ................................................................................................. 46 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.3 3.4 3.5 3.6 3.6.1 3.6.2 3.6.3 3.6.4 3.7 3.7.1 3.7.2 3.8 3.8.1 3.8.2 3.8.3 4 ARMГЃRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO - ATU ................................... 13 EXEQUIBILIDADE ................................................................................................................ 46 AMBIENTE............................................................................................................................ 46 CUSTOS ............................................................................................................................... 47 CLASSIFICAÇÃO DOS TГ‰CNICOS RESPONSГЃVEIS ....................................................... 47 DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS .................................................................... 47 METODOLOGIA ....................................................................................................... 47 INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS ....................................... 48 REGRAS TГ‰CNICAS ................................................................................................ 49 TOPOLOGIA ......................................................................................................................... 49 VIZINHANГ‡A COM OUTRAS REDES ................................................................................. 50 REDE DE TUBAGEM ........................................................................................................... 52 REDES DE CABOS .............................................................................................................. 59 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO............................................................ 61 ITUR PГљBLICA ..................................................................................................................... 61 ITUR PRIVADA ..................................................................................................................... 62 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................. 63 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................. 63 DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................................... 63 PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO ......................................................... 63 INSTALAÇÃO .................................................................................................................. 65 4.1 ASPECTOS GENГ‰RICOS ........................................................................................ 65 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO .............................................................................. 65 INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS ............................................................................ 65 RESPEITO DE OUTROS DIREITOS ................................................................................... 66 ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES ............................................................................ 66 REDE DE TUBAGENS ............................................................................................. 66 ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM ............................................................. 69 CГ‚MARAS DE VISITA .......................................................................................................... 70 NUMERAÇÃO DE CГ‚MARAS DE VISITA (ROTULAÇÃO) ................................................. 71 pГЎg. 2 4.2.4 4.2.5 4.2.6 PEDESTAIS .......................................................................................................................... 72 INSTALAÇÃO DE ARMГЃRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA ITUR ............... 72 CABLAGEM MГЌNIMA ............................................................................................................ 73 5 PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS............................................................................. 74 5.1 TERRAS DE PROTECÇÃO ...................................................................................... 74 5.2 PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES ......................................................................... 76 6 ENSAIOS ......................................................................................................................... 77 6.1 REDES DE TUBAGEM ............................................................................................. 77 6.2 ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE......................................................... 78 6.3 ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS ......................................................... 78 6.3.1 6.3.2 6.4 6.4.1 6.4.2 6.5 6.5.1 6.6 6.7 REDE DE CATV ................................................................................................................... 79 REDE DE MATV/SMATV ..................................................................................................... 80 ENSAIOS EM CABOS DE FIBRAS Г“PTICAS .......................................................... 81 ENSAIOS DE PERDAS TOTAIS .......................................................................................... 81 ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR) ........................................................................ 82 ENSAIO DA REDE DE TUBAGENS ......................................................................... 84 MEDIDAS MГ‰TRICAS .......................................................................................................... 84 EQUIPAMENTOS DE ENSAIO E MEDIDA ............................................................... 84 RELATГ“RIO DE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE - REF ...................................... 86 7 LIGAÇÕES DAS REDES DE TUBAGENS ...................................................................... 87 8 EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDES DE TUBAGEM ......................................... 88 9 REGRAS DE SEGURANГ‡A PARA INSTALADORES ..................................................... 91 9.1 IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES E RISCOS ASSOCIADOS ....... 91 9.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ASSOCIADAS ...................................................................................................................... 92 9.3 HIGIENE, SEGURANГ‡A E SAГљDE DOS TRABALHADORES ............................... 100 9.3.1 PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENГ‡A PROFISSIONAL ............................................................................................................................... 100 9.3.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO.............................................................................................. 102 10 CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL – O CONCEITO MICE ................................................ 103 10.1 MECГ‚NICAS (M) .................................................................................................... 104 10.2 INGRESSO OU PENETRAÇÃO (I) ......................................................................... 104 10.3 CLIMГЃTICAS E QUГЌMICAS (C)............................................................................... 105 10.4 ELECTROMAGNГ‰TICAS (E) .................................................................................. 107 10.5 CLASSES AMBIENTAIS ......................................................................................... 107 11 FICHA TГ‰CNICA PRINCIPAL ........................................................................................ 108 12 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICГЃVEIS ...................................................................... 110 pГЎg. 3 1 GENERALIDADES 1.1 OBJECTIVO O regime jurГdico aplicГЎvel Г s Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e CondomГnios (ITUR), consagra a obrigatoriedade de construção das ITUR em duas realidades distintas: (i) As ITUR pГєblicas, situadas em ГЎreas pГєblicas; (ii) As ITUR privadas, situadas em condomГnios (de propriedade privada). O desenvolvimento das actividades econГіmicas e sociais, os enormes progressos tecnolГіgicos verificados e as novas exigГЄncias decorrentes do ambiente concorrencial estabelecido em Portugal, impuseram a necessidade de formular novas regras para o projecto, instalação e gestГЈo das Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e CondomГnios. Pretende-se, com a respectiva norma tГ©cnica, regulamentar as condições de acesso Г s novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), providenciando as mesmas condições a todos os operadores pГєblicos de telecomunicações electrГіnicas. O presente regulamento define as condições de elaboração de projectos e construção das redes de tubagem e redes de cablagem em urbanizações, garantindo a seguranГ§a de pessoas e bens e a defesa do interesse pГєblico. Na execução das ITUR deverГЎ ser seguido o projecto e a legislação em vigor. As regras tГ©cnicas de projecto e instalação das ITUR devem ser entendidas como objectivos mГnimos, podendo os intervenientes prever outras soluções diferentes, desde que devidamente justificadas, tendo sempre em vista soluções tecnicamente mais evoluГdas. 1.2 LINHAS GERAIS A implementação das infra-estruturas ITUR deverГЎ ser feita de acordo com um projecto elaborado por projectista credenciado, tendo em conta a legislação aplicГЎvel. Nos espaГ§os e tubagens Г© interdita a instalação de equipamentos, tubagens, cablagens ou dispositivos, que nГЈo se destinem a assegurar os serviГ§os previstos no Гўmbito das ITUR. Todos os elementos constituintes da rede ITUR que pela sua natureza possam ser condutores de fenГіmenos elГ©ctricos ou de radiofrequГЄncia, deverГЈo ter assegurada a ligação, de todas as partes metГЎlicas acessГveis. Todos os trabalhos de execução, ampliação ou alteração das ITUR, sГі poderГЈo ser feitos por instaladores credenciados devendo, em qualquer circunstГўncia, ser salvaguardado o sigilo das comunicações. Sempre que necessГЎrio os instaladores, o dono de obra e o director tГ©cnico da mesma, poderГЈo pedir a presenГ§a do projectista, de forma a prestar todos os esclarecimentos solicitados. Para que os trabalhos se desenvolvam de uma forma correcta e eficaz, deverГЈo ser realizados com recurso ao uso de ferramentas especГficas, de acordo com as especificações e instruções dos fabricantes. pГЎg. 4 1.3 Г‚MBITO DE APLICAÇÃO O presente regulamento aplica-se Г s Infra-estruturas de telecomunicações com suporte nas tecnologias de cabo de pares de cobre, cabo coaxial e fibra Гіptica. Em zonas histГіricas ou outras de protecção patrimonial especial, de acordo com as disposições municipais, poderГЈo ser adoptadas soluções nГЈo constantes neste regulamento, mas que poderГЈo ser consideradas vГЎlidas, desde que devidamente justificadas pelo projectista, atravГ©s de declaração de responsabilidade de acordo com a lei, assumindo este a inteira responsabilidade pelas soluções preconizadas. 1.4 DEFINIÇÕES ACIDENTE DE TRABALHO: Г© o acontecimento que ocorre no local e tempo de trabalho, nГЈo intencionalmente provocado, de carГЎcter anormal e inesperado, produzindo directa ou indirectamente lesГµes corporais, perturbações funcionais ou doenГ§a que resulte na redução da capacidade de trabalho ou mesmo na morte. AMBIENTE: conjunto das caracterГsticas especГficas do meio envolvente. Г‚NCORA: elemento metГЎlico colocado no fundo e nas paredes das cГўmaras de visita para permitir que se puxem os cabos por processos mecГўnicos. Г‚NGULO DE CURVATURA DE UM TUBO: Гўngulo suplementar do Г‚ngulo de Dobragem. Г‚NGULO DE DOBRAGEM DE UM TUBO: Гўngulo medido entre o eixo do tubo antes da dobragem e o eixo do tubo depois da dobragem, medido no sentido da forГ§a que a origina. Г‚NGULO DE RETORNO: Гўngulo que deve ser deduzido ao Гўngulo de curvatura, devido ao movimento de regressГЈo do eixo no sentido da sua posição inicial, por efeito de mola. ARGOLA: o mesmo que Г‚ncora. ARMГЃRIO EXTERIOR: conjunto de caixa, ou bastidor, estanque, fixada em pedestal e dos dispositivos e equipamentos alojados no seu interior. ARMГЃRIO: conjunto de uma Caixa ou de um Bastidor e dos respectivos equipamentos e dispositivos alojados no seu interior. ARO: elemento metГЎlico que circunda a entrada da cГўmara de visita e destinado a suportar a tampa da mesma. BARRA DE SUPORTE: elemento metГЎlico colocado nas paredes das cГўmaras de visita para apoio dos suportes. BASTIDOR: caixa metГЎlica, com porta e fecho por chave ou mecanismo de trinco inviolГЎvel, com caracterГsticas modulares facilmente referenciГЎveis e geralmente prГ©-cablado. BLOCO DE TUBAGEM: bloco com formação de tubagem incluindo a envolvente em cimento ou areia. CAIXA DE ENTRADA DE MORADIA UNIFAMILIAR (CEMU): caixa de acesso restrito para ligação das tubagens de entrada de cabos em Moradias Unifamiliares, e onde estГЈo inseridos os dispositivos de repartição ou transição. CAIXA DE ENTRADA: caixa de acesso restrito para ligação das tubagens de entrada de cabos nas ITED. NГЈo hГЎ lugar a repartição neste tipo de caixas. CAIXA: elemento integrante das Redes de Tubagem, onde se alojam os dispositivos de repartição e transição ou se efectua a distribuição/passagem ou a terminação de cabos. pГЎg. 5 CALEIRA: espaГ§o para alojamento de cabos localizado no pavimento ou no solo, ventilado ou fechado, com dimensГµes que nГЈo permitem a circulação de pessoas mas no qual os cabos instalados sГЈo acessГveis em todo o seu percurso durante e apГіs a instalação. CALHA: conduta para utilização em instalações Г vista, podendo ser compartimentada, que dispГµe de tampa amovГvel e em que o processo de inserção de cabos nГЈo inclui o enfiamento. Nas Calhas compartimentadas, cada compartimento Г© equivalente a uma sub-conduta. CГ‚MARA VISITA (CV): compartimento de acesso aos troГ§os de tubagem atravГ©s do qual Г© possГvel instalar, retirar e ligar cabos e proceder a trabalhos de manutenção. CAMINHOS DE CABOS: elementos abertos para suporte, apoio e/ou protecção de cabos num sistema de encaminhamento de cabos. COEFICIENTE DE FRICÇÃO: relação entre o peso de um objecto que desliza sobre outro e a forГ§a que os mantГЄm em contacto numa situação de repouso (atrito). CONDUTA: elemento de uma Rede de Tubagem constituГdo por um invГіlucro alongado e contГnuo, delimitador de um espaГ§o destinado ao encaminhamento de cabos. Uma Conduta pode albergar vГЎrias condutas; nestas circunstГўncias, estas Гєltimas designam-se por subcondutas. COORDENADOR EM MATГ‰RIA DE SEGURANГ‡A E SAГљDE: pessoa, singular ou colectiva, nomeada pelo Dono da Obra para executar, as tarefas de coordenação relativas Г SeguranГ§a e SaГєde. COURETTE: Zona oca da construção, vertical ou horizontal, dedicada Г passagem dos troГ§os principais das redes colectivas de tubagem. CUSTO: medida monetГЎria do consumo de recursos necessГЎrios Г execução de uma infraestrutura. DEGRAU: elemento metГЎlico colocado nas paredes laterais das cГўmaras de visita para facilitar o acesso Г s mesmas. DIRECTOR DA OBRA: tГ©cnico que assegura a direcção efectiva da Obra, incluindo o estaleiro. DISPOSITIVO DE REPARTIÇÃO: dispositivo passivo para interligação entre cabos de diferentes redes (mais de uma rede) e os cabos de uma rede determinada. DISPOSITIVO DE TERMINAÇÃO DE REDE: Dispositivo para ligação de um cabo a um equipamento terminal de utilizador. DISPOSITIVO DE TRANSIÇÃO: dispositivo passivo para a interligação entre cabos de redes distintas. DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: Conjunto formal, explГcito e completo de documentos necessГЎrias Г execução de um projecto. DONO DA OBRA: A pessoa, singular ou colectiva, por conta da qual a obra Г© realizada. ELГ‰CTRODO DE TERRA: Corpo condutor ou conjunto de corpos condutores em contacto Гntimo com o solo, garantindo uma ligação elГ©ctrica com este. ELEMENTO DE SINALIZAÇÃO: Г‰ um elemento que acompanha um traГ§ado de tubagem para sinalizar a existГЄncia de infra-estruturas de telecomunicações no subsolo. ENGELHAMENTO: Deformação resultante da alteração do material na parte inferior do tubo, na zona de dobragem. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI): Г‰ o conjunto dos meios e equipamentos destinados ao uso pessoal e individual dos trabalhadores para protecção contra possГveis riscos pГЎg. 6 que podem colocar em causa a sua seguranГ§a ou saГєde no cumprimento de uma determinada tarefa. ESPAГ‡ADEIRA: Elemento para posicionamento dos tubos a colocar na mesma secção do traГ§ado de tubagem. ESPAГ‡O DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO (ETU) – espaГ§o com acesso restrito para a instalação de equipamentos e estabelecimento de ligações, onde normalmente Г© instalado o ATU (ArmГЎrio de Telecomunicações de Urbanização). ESPAГ‡O DE TELECOMUNICAÇÕES: Sala, compartimento, armГЎrio ou caixa de acesso restrito para instalação de equipamentos e estabelecimento de interligações com a Rede Exterior. EXCENTRICIDADE: Deformação num tubo apГіs dobragem, expressa na medida do desvio dos eixos da secção exterior e interior do tubo. EXEQUIBILIDADE: Atributo de um projecto pelo facto de ser passГvel de realização com os meios (materiais e humanos) disponГveis e de acordo com as regras estabelecidas. FISCAL DE OBRA: Pessoa singular ou colectiva, por conta do dono de obra, encarregada do controlo de execução da obra. FORMAÇÃO DE TUBAGEM: Conjunto de tubos solidarizados entre si, normalmente instalados no subsolo. GALERIA: Compartimento ou corredor, contendo Caminhos de Cabos ou outros espaГ§os fechados apropriados para passagem de cabos e suas ligações e cujas dimensГµes permitem a livre circulação de pessoas. INCIDENTE: Um incidente Г© um acontecimento perigoso que ocorre, em circunstГўncias semelhantes ao acidente de trabalho, como resultado de uma acção ou inacção, mas que nГЈo origina quaisquer ferimentos ou morte. INCLINAÇÃO: Relação, medida em percentagem, entre os pontos de maior e menor cota no eixo do tubo, na vertical, ou entre as projecções dos mesmos pontos, em valor absoluto, na horizontal. INSTALAÇÃO EMBEBIDA: Diz-se da parte dos elementos de uma Rede de Tubagem completamente inserida na construção em que o acesso a estes elementos nГЈo Г© possivel sem recurso Г destruição de material da construção. INSTALAÇÃO EMBUTIDA: Diz-se da parte dos elementos de uma Rede de Tubagem inserida na construção, mas acessГvel geralmente atravГ©s de uma abertura com tampa. INSTALAÇÃO ENTERRADA: Tipo de instalação embebida ao nГvel do subsolo. INSTALAÇÃO TEMPORГЃRIA: Instalação preparada para a ligação Г s redes pГєblicas por um perГodo limitado, por nГЈo se justificar ou nГЈo ser possГvel a instalação da respectiva ITED ou ITUR. MEDIDAS DE PROTECÇÃO COLECTIVA: Medidas para protecção de um conjunto de trabalhadores, com o intuito de reduzir os riscos que a esse grupo pode estar sujeito. Essas medidas deverГЈo ser desencadeadas antes de se iniciar uma qualquer operação. PEDESTAL: Suporte para fixação de armГЎrios exteriores, com interligação a uma cГўmara ou caixa por intermГ©dio de tubos. POLEIA: Elemento metГЎlico ou em fibra de vidro que pode ser de encaixe nas barras de suporte ou de encastrar e que serve para posicionamento e suporte dos cabos e juntas no interior das cГўmaras de visita. pГЎg. 7 RAIO DE CURVATURA: Raio do arco da circunferГЄncia que se sobrepГµe ao arco do eixo do tubo, correspondente a um Гўngulo com lados perpendiculares Г s partes rectas do tubo adjacentes Г curva. REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO: Г‰ a parte da rede de tubagem de uma Urbanização que assegura a ligação entre a rede de condutas principal e o acesso a cada lote ou edifГcio. REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL: Г‰ a parte da rede de tubagem de uma urbanização que garante o encaminhamento para aceder aos lotes e edifГcios dessa urbanização e a continuidade para servir outras ГЎreas de expansГЈo. REDE DE TUBAGEM: Sistema de condutas, caminhos de cabos, caixas e armГЎrios destinado Г passagem, alojamento e terminação dos cabos facilitando o seu enfiamento ou aposição e interligação. REGRAS TГ‰CNICAS: Conjunto de princГpios reguladores de um processo destinado Г obtenção de resultados considerados Гєteis para uma decisГЈo ou acção de carГЎcter tГ©cnico. REQUISITOS FUNCIONAIS: Aspectos particulares ou predicados a que uma infra-estrutura deve obedecer de modo a possibilitar a realização da função ou funções desejadas. RISCO: Probabilidade da ocorrГЄncia de um determinado acontecimento involuntГЎrio, que pode surgir em função das condições de ambiente fГsico e do processo de trabalho, capazes de provocar lesГµes Г integridade fГsica do trabalhador. SALA TГ‰CNICA: EspaГ§o de Telecomunicações em compartimento fechado, com porta e fecho por chave, apropriado para alojamento de equipamento e estabelecimento de interligações e cujas dimensГµes permitem a permanГЄncia de pessoas. SALA TГ‰CNICA PRINCIPAL DA URBANIZAÇÃO: sala tГ©cnica que contГ©m o ATU. SISTEMA DE GEORREFERENCIAÇÃO DE REDES DE TUBAGEM: Conjunto de informações georreferenciadas por recurso a tГ©cnicas computacionais para elaboração de cadastros de Redes de Tubagem. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRГЃFICA - SIG: Conjunto de ferramentas e procedimentos computacionais para localização espacial. SUPORTE: O mesmo que Poleia. TAMPA: Elemento metГЎlico revestido ou nГЈo com outro material e que se destina a vedar ou permitir o acesso Г s cГўmaras de visita. TAMPГѓO: AcessГіrio destinado a manter a estanquicidade dos tubos. TOPOLOGIA: CritГ©rio de organização espacial. TROГ‡O DE TUBAGEM: Tubos entre duas cГўmaras de visita consecutivas ou entre uma cГўmara de visita e um edifГcio ou um armГЎrio exterior. TUBO COM PAREDES INTERIORES LISAS: Tubo cuja secção tem o perfil interior uniforme. TUBO CORRUGADO: Tubo cujo perfil da secção na longitudinal nГЈo Г© uniforme. TUBO MALEГЃVEL: Tubo que, podendo ser dobrado manualmente com uma forГ§a razoГЎvel, nГЈo Г© adequado para dobragens frequentes. TUBO RГЌGIDO: Tubo que nГЈo pode ser dobrado, ou que para ser dobrado carece de dispositivo mecГўnico apropriado. TUBO: Г© uma conduta de secção circular destinada a instalações embutidas, Г vista ou enterradas, cujo processo de inserção dos cabos Г© por enfiamento. pГЎg. 8 UNIГѓO: AcessГіrio destinado a promover a ligação entre duas condutas consecutivas. 1.5 SIGLAS E ACRГ“NIMOS ACR: “Attenuation to Crosstalk Ratio”. Relação entre atenuação e diafonia. AM: “Amplitude Modulation”. Modulação em amplitude. ATE: ArmГЎrio de Telecomunicações de EdifГcio. ATI: ArmГЎrio de Telecomunicações Individual. ATU: ArmГЎrio de Telecomunicações de Urbanização. BER: “Bit Error Rate”. BGT: Barramento Geral de Terras das ITED. BPA: Bloco Privativo de Assinante. CA: Corrente Alterna C/N: “Carrier to Noise Ratio”. Relação portadora ruГdo. CATV: “Community Antenna Television”. CC: Cabo coaxial. CCIR: ComitГ© Consultivo Internacional de RadiodifusГЈo. CCTV: “Closed Circuit Television”. Circuito fechado de televisГЈo. CEMU: Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar. CM: Coluna Montante. CM-CC: Coluna Montante de Cabos Coaxiais. CM-PC: Coluna Montante de Pares de Cobre. COFDM: “Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing”. CR: CabeГ§a de Rede. CV: CГўmara de Visita. DAB: “Digital Audio Broadcasting”. DC: Corrente ContГnua. DDC: Dispositivo de Derivação de Cliente. DDE: Dispositivo de Distribuição de Corte e Ensaio. DDS: Dispositivo de Distribuição Simples. DSL: “Digital Subscriber Line”. DST: Descarregador de SobretensГЈo para cabos coaxiais. DTH: “Direct To Home”. Recepção SatГ©lite DomГ©stica. DTMF: “Dual-Tone Multi-Frequency”. Marcação multifrequГЄncia. DVB-T: Digital Video Broadcasting – Terrestrial DVSS: DomГіtica, Videoportaria e Sistemas de SeguranГ§a. Deriva de CCCB (Commands, Controls and Communications in Buildings). pГЎg. 9 ELFEXT: “Equal Level Far End Crosstalk Loss”. EMC: “Electromagnetic Compatibility”. Compatibilidade ElectromagnГ©tica. EN: “European Norm”. Norma Europeia. EPI: Equipamento de Protecção Individual. ES: Entrada SubterrГўnea. ETI: EspaГ§o de Telecomunicações Inferior. ETP: EspaГ§o de Telecomunicações Privado. ETS: EspaГ§o de Telecomunicações Superior. FA: Fracção AutГіnoma. FI: FrequГЄncia IntermГ©dia. FM: “Frequency Modulation”. Modulação em frequГЄncia. FO: Fibra Г“ptica. FTA: “Free To Air”. FTP: “Foiled Twisted Pair”. FTTH: “Fiber To the Home”. FWA: Fixed Wireless Access. ICP-ANACOM – ICP - Autoridade Nacional de Comunicações. IS-LAN: Integrated Services – Local Area Network. ITED: Infra-estruturas de Telecomunicações em EdifГcios. ITUR: Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações. LAN: Local Area Network LC: “Local Connector”. Conector local. MATV: “Master Antenna Television”. MICE: “Mechanical, Ingress, Climatic and chemical, Environmental”.Condições ambientais. MPEG: “Moving Picture Experts Group”. NEXT: “Near-End crosstalk loss”. NICAM: “Near Instantaneous Companded Audio Multiplex”. OM: “Multimode”. Fibra Гіptica multimodo. ONT: “Optical Network Termination”. Terminação Гіptica de rede. OS: “Single mode”. Fibra Гіptica monomodo. OTDR: “Optical Time Domain Reflectometer”. PAL: “Phase Alternating Line”. PAT: Passagem AГ©rea de Topo. PC: Par de Cobre. PE: Material em polietileno, normalmente de cor preta, para utilização em instalações exteriores PPCA: Posto Privado de Comutação AutomГЎtica. pГЎg. 10 PSACR: “Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio”. PSELFEXT: “Power Sum Equal Level Far End Crosstalk Loss”. PSK: “Phase Shift Keying”. PSNEXT: “Power Sum Near End Crosstalk Loss”. PVC: Policloreto de vinilo. QAM: “Quadrature Amplitude Modulation”. QE: Quadro ElГ©ctrico. QPSK: “Quadrature Phase Shift Keying”. QSC: Quadro de ServiГ§os Comuns. RC: Repartidor de Cliente. RC-CC: Repartidor de Cliente de Cabo Coaxial. RC-FO: Repartidor de Cliente de Fibra Г“ptica. RC-PC: Repartidor de Cliente de Par de Cobre. RDC: Redes de Distribuição por Cabo RDIS: Rede Digital de Integração de ServiГ§os REF: RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade. RF: Radio FrequГЄncia. RG: Repartidor Geral. RG-CC: Repartidor Geral de Cabo Coaxial. RGE: Repartidor Geral do EdifГcio. RG-FO: Repartidor Geral de Fibra Г“ptica. RG-PC: Repartidor Geral de Par de Cobre. RG-SCIE: Regulamento Geral de SeguranГ§a Contra IncГЄndio em EdifГcios. RITA: Regulamento de Infra-estruturas TelefГіnicas de Assinante RNG: Redes de Nova Geração. RSICEE: Regulamento de SeguranГ§a das Instalações Colectivas de EdifГcios e Entradas RSIUEE: Regulamento de SeguranГ§a de Instalações de Utilização de Energia ElГ©ctrica RT: RelatГіrio TГ©cnico. RTIEBT: Regras TГ©cnicas das Instalações ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo. RU-CC: Repartidor de Urbanização de Cabo Coaxial RU-FO: Repartidor de Urbanização de Fibra Г“ptica RU-PC: Repartidor de Urbanização de Par de Cobre SC/APC: “Subscriber Connector” / “Angled Physical Contact”. SCIE: SeguranГ§a Contra IncГЄndio em EdifГcios. SFT: – ServiГ§o Fixo de Telefone SFTP: “Screened Foiled Twisted Pair”. pГЎg. 11 SIG: Sistema de Informação GeogrГЎfica. SMATV: “Satellite Master Antenna Television”. SSTP: “Shielded Twisted Pair”. STP: “Screened Shielded Twisted Pair”. TAP: Terminal Access Point TC: Tap de Cliente TCD: Tecnologias de Comunicação por DifusГЈo. Deriva de BCT (Broadcast and Communication Technologies). TCD-C: Tecnologias de Comunicação por DifusГЈo, em cabo coaxial. Deriva de BCT-C (coaxial). TCD-PC: Tecnologias de Comunicação por DifusГЈo, em cabo de par de cobre. Deriva de BCT-B (balanced). TDT: TelevisГЈo Digital Terrestre. TIC: Tecnologias de Informação e Comunicação. Deriva de ICT (Information and Communication Technologies). TP-PMD: Twisted Pair Physical Layer Medium Dependent. TPT: Terminal Principal de Terra. TR: “Technical Reports”. RelatГіrio tГ©cnico. TT: Tomada de Telecomunicações. TV: TelevisГЈo. UHF: “Ultra High Frequency”. UTP: “Unshielded Twisted Pair”. VHF: “Very High Frequency”. WLAN: Wireless Local Area Network ZAP: Zona de Acesso Privilegiado. 1.6 FRONTEIRAS ITED/ITUR A fronteira de tubagem na interligação entre as ITUR e as ITED Г©, obrigatoriamente, uma Caixa de Visita (CV). As fronteiras de cablagem das ITUR com as ITED sГЈo os primГЎrios dos Repartidores Gerais (RG), ou os primГЎrios dos Repartidores de Cliente (RC) para o caso das moradias unifamiliares. Os referidos dispositivos fazem parte dos edifГcios. Na tabela seguinte estГЈo dimensionadas as fronteiras dos edifГcios, atravГ©s de tubagem subterrГўnea. Embora possam existir casos em que as ligações dos edifГcios possa ser efectuado por galerias, ou similares, elas sГЈo normalmente realizadas em tubos adequados Г instalação subterrГўnea, pelo que importa caracterizar as suas caracterГsticas mГnimas. pГЎg. 12 DIMENSIONAMENTO DAS LIGAÇÕES ГЂS CV DOS EDIFГЌCIOS, POR TUBOS TIPO DE EDIFГЌCIO TUBOS Moradia unifamiliar 2 X Г�32 EdifГcios residenciais atГ© 8 FA 3 X Г�40 EdifГcios residenciais de 8 a 32 FA 3 X Г�50 EdifГcios residenciais de 32 a 64 FA 3 X Г�75 EdifГcios residenciais com mais de 64 FA A definir pelo projectista EdifГcios de escritГіrios, comerciais, industriais e especiais A definir pelo projectista Tabela 1 – Dimensionamento das Ligações Г s CV dos edifГcios 1.6.1 ARMГЃRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO - ATU O elemento bГЎsico de qualquer rede de telecomunicações Г© o Ponto de Distribuição (PD). O PD caracteriza-se como sendo um local de uniГµes, derivações e pontos de fronteira com outras redes. Permite o manuseamento das ligações, facilitando alterações ao encaminhamento dos sinais. O PD tГpico de uma ITUR Г© o ATU (ArmГЎrio de Telecomunicações de Urbanização). Os ATU poderГЈo estar integrados em Salas e Galerias TГ©cnicas, ArmГЎrios e Bastidores. O esquema seguinte caracteriza, de uma forma genГ©rica, a lГіgica dos Pontos de Distribuição: Para montante PГєblica Privada Habitação EscritГіrios ComГ©rcio IndГєstria Especiais e Mistos Para jusante Utilizador Urbanização EdifГcios Rede Colectiva Operadores ATU ATE Rede Individual Equipamento Terminal ATI Caixas de aparelhagem Figura 1- Esquema de ligações a um edifГcio pГЎg. 13 No caso da moradia unifamiliar, considere-se o esquema seguinte: Para montante Para jusante PГєblica Privada Utilizador Urbanização Operadores Moradia Rede Individual ATU CEMU Equipamento Terminal ATI Caixas de aparelhagem Figura 2- Esquema de ligações a uma moradia O ATU deverГЎ compreender as seguintes funções: п‚· De interligação ou passagem das redes pГєblicas de comunicações electrГіnicas dos diversos operadores; п‚· De interligação com a rede colectiva dos edifГcios – ATE, e ATI ou CEMU no caso de moradias. O ATU deverГЎ ter acesso restrito. O ATU estГЎ apto Г s trГЄs tecnologias previstas, designadamente: п‚· Par de cobre; п‚· Cabo coaxial; п‚· Fibra Гіptica. Para cada uma das tecnologias referidas existirГЎ um Repartidor de Urbanização (RU), com as seguintes designações: п‚„ RU-PC – Repartidor de Urbanização de Par de Cobre, composto por: п‚· PrimГЎrio, da responsabilidade da entidade que ligar as redes da urbanização Г s redes pГєblicas, onde estiver inserido. PoderГЎ ser constituГdo por rГ©gua de derivação de cravamento simples, com oito condutores utilizГЎveis; п‚· SecundГЎrio, onde se ligam todas as redes de comunicações independentes dos edifГcios (primГЎrios dos respectivos RG-PC inseridos no interior do ATE ou rГ©gua de derivação de cravamento simples na CEMU), que poderГЎ ser constituГdo tambГ©m por rГ©gua de derivação de cravamento simples, com oito condutores utilizГЎveis ou por conectores de oito condutores do tipo RJ45, ou outra solução adequada; п‚· CordГµes, ou outros elementos, que garantam a interligação entre o primГЎrio e o secundГЎrio, conectorizados para Cat.3. pГЎg. 14 Sempre que o RU-PC for instalado em bastidores ou mini-bastidores, o que se recomenda, a disposição destas unidades deve ser definida, descrita e desenhada pelo projectista. п‚„ RU-CC – Repartidor de Urbanização de Cabo Coaxial: Aqui inicia-se a rede de cabos coaxiais da urbanização, num repartidor, numa uniГЈo para interligação, ou num amplificador. ExistirГЎ 1 RU-CC obrigatГіrio, associado Г distribuição em estrela da rede de CATV e outro opcional, por parte do projectista, estando associado ao sistema de recepção de MATV ou SMATV, se aplicГЎvel. п‚„ RU-FO – Repartidor de Urbanização de Fibra Г“ptica: O secundГЎrio do RU-FO deve ser projectado com uma estrutura de acopladores de fibra Гіptica, para ligar cada fracção autГіnoma, no mГnimo, com duas fibras. A distribuição da rede colectiva de fibra Гіptica pode ser efectuada das seguintes formas: п‚· Cabo individual de cliente (drop) com ligação directa, ponto a ponto, do secundГЎrio do RU-FO ao primГЎrio do RG-FO de cada edifГcio independente; п‚· Cabo com prГ©-conectorização, apenas na terminação que vai ligar ao RG-FO; п‚· Cabo sem prГ©-conectorização, que obriga Г fusГЈo das fibras a “pigtails”, ou Г sua ligação mecГўnica; п‚· Cabo “riser”, desde que exista um nГєmero elevado de edifГcios e desde que devidamente justificado pelo projectista. O espaГ§o do secundГЎrio do RU-FO deverГЎ ser protegido com tampa metГЎlica ou acrГlica, fixa pelo meio mais adequado, de forma a impedir o acesso fГЎcil a pessoas nГЈo habilitadas. Dada a especificidade e fragilidade dos componentes em questГЈo, os operadores podem optar por se instalar no RU-FO com uma caixa prГіpria, fechada, que assegure a sua componente do primГЎrio do RU-FO e se interligue aos acopladores de FO do SecundГЎrio do RU-FO, por cordГµes de interligação Гіpticos. Os RU fazem a fronteira, em termos de cablagem, entre as redes pГєblicas de comunicações electrГіnicas e a urbanização, e estГЈo normalmente no interior do ATU. A instalação dos ATU obedece Г especificidade de cada tipo de armГЎrio e incluirГЎ sempre a terra de protecção adequada. O ATU constituirГЎ um ponto de acesso e derivação para as redes colectivas dos diversos edifГcios. CaberГЎ ao projectista o seu dimensionamento em função da utilização das vГЎrias tecnologias previstas para o loteamento. O ATU deverГЎ estar interligado Г rede de tubagem da urbanização. Os ATU devem disponibilizar circuitos de energia 230VAC, 50 Hz, para fazer face Г s previsГµes das necessidades de alimentação. Devem ser disponibilizados, no mГnimo, um circuito com 4 tomadas com terra, do tipo Schuko. Os circuitos de tomadas deverГЈo estar protegidos por um aparelho de corte automГЎtico adequado (sensГvel Г corrente diferencial residual de elevada sensibilidade, imunizado de forma a evitar disparos intempestivos), localizado no quadro elГ©ctrico de origem do circuito. pГЎg. 15 O ATU poderГЎ conter, ainda, os repartidores gerais de par de cobre, cabo coaxial e fibra Гіptica, designadamente nos condomГnios privados. Deste modo, os ATU deverГЈo ser dotados de condições de arrefecimento deste espaГ§o, preferencialmente por convecção, ou por ventilação forГ§ada. Numa localização exterior, o ATU deverГЎ ter um Гndice de protecção adequado, sendo recomendado um grau de protecção contra a penetração de corpos sГіlidos menores do que 1mm, e inserção de lГquidos associada Г projecção de ГЎgua, e com um grau de protecção mecГўnica caracterizado por uma resistГЄncia Г compressГЈo de 1250 N, e uma resistГЄncia ao choque de 6 J. DeverГЎ ser preferencialmente fabricado de material auto-extinguГvel, resistente aos agentes quГmicos, Г corrosГЈo e aos raios ultravioleta, em conformidade com a norma CEI 604395. pГЎg. 16 2 CARACTERГЌSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS Todos os materiais a instalar nas ITUR devem estar de acordo com as normas em vigor, no que toca Г qualidade e tipo de materiais usados no seu fabrico, devendo ser considerada a norma ROHS (Restrictons Of certain Hazardous Substances). Os materiais e acessГіrios especГficos a utilizar nas ITUR deverГЈo ter e conservar, de forma durГЎvel, caracterГsticas mecГўnicas fГsicas e quГmicas adequadas Г s condições ambientais a que estarГЈo submetidos quando instalados, e nГЈo devem provocar perturbações em outras instalações. Para isso deverГЈo respeitar as especificações e normas nacionais e internacionais aplicГЎveis. 2.1 REDES DE TUBAGEM A rede de tubagem de uma ITUR Г© constituГda por: п‚„ TUBAGENS DE ACESSO: tubos de entrada na CГўmara de Entrada de Cabos (opcional) e tubos de ligação entre esta e o ATU; п‚„ REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL; п‚„ REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO. Os elementos constituintes das Redes de Tubagem de uma ITUR sГЈo: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Tubos e AcessГіrios; CГўmaras de Visita; Bastidores e ArmГЎrios; Salas TГ©cnicas; Galerias. A sua finalidade Г© a de assegurar a passagem dos cabos e o alojamento de equipamentos de telecomunicações, facultando a sua protecção. Entre as vantagens da sua construção, destaca-se a facilidade de instalação e ampliação da rede de cabos, evitando obras posteriores, a melhoria da qualidade pela facilidade de manutenção e a estГ©tica da urbanização. A seguranГ§a das telecomunicações e a facilidade de acesso dos diversos operadores sГЈo, igualmente, uma mais valia para os utentes da urbanização. Na figura seguinte, para alГ©m da tubagem das ITUR, visualiza-se tambГ©m a rede de tubagens dos edifГcios constituintes da urbanização. Qualquer edifГcio, independentemente do seu local de construção, estГЎ abrangido pelas Prescrições e Especificações TГ©cnicas das Infra-estruturas de Telecomunicações em EdifГcios – Manual ITED. pГЎg. 17 OPERADOR TUBAGEM DE ACESSO REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL URBANIZAÇÃO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ITUR REDES DE TUBAGENS ATU (CONDUTAS, CГ‚MARAS DE VISITA, ARMГЃRIOS) 1 REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO OPERADOR TUBAGEM DE ACESSO ATE COLUNAS REDE COLECTIVA 2 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (CONDUTAS, CAIXAS E CAMINHOS DE CABOS) EDIFГЌCIOS DERIVAÇÕES ITED 3 REDE INDIVIDUAL ATI (TUBOS, CALHAS, CAIXAS) Figura 3 – Esquema geral da rede de tubagens de uma ITUR 2.1.1 TUBOS E ACESSГ“RIOS Os tubos a utilizar devem ser os indicados no quadro seguinte: MATERIAL Polietileno de alta densidade Politeraftalato de etileno PolГmero reforГ§ado com fibra Policloreto de vinil DIГ‚METRO NOMINAL EXTERIOR (mm) DESIGNAÇÃO 50 PEAD D50 110 PEAD D110 40 (tritubo) TRIPEAD D40 32 PET D32 50 PET D50 63 PET D63 110 PET D110 110 FRP (referГЄncia comercial) 50 PVC D50 90 PVC D90 110 PVC D110 110 PVCI D110 (PVC modificado com resina) Tabela 2 – Tabela com materiais constituintes das tubagens pГЎg. 18 Salienta-se a designação de diГўmetro nominal dos tubos, que Г© equivalente ao diГўmetro exterior. Esta designação coincide com o diГўmetro comercial. DIГ‚METRO NOMINAL = DIГ‚METRO EXTERIOR = DIГ‚METRO COMERCIAL O diГўmetro interior refere-se ao diГўmetro Гєtil, calculado de acordo com a fГіrmula dos diГўmetros de tubagem. DIГ‚METRO INTERIOR = DIГ‚METRO ГљTIL 2.1.1.1 TIPOS DE TUBOS TUBO PVC – tubo rГgido, com paredes exterior e interior lisas, com o diГўmetro alargado numa das extremidades para permitir a uniГЈo por abocardamento. de di a b c l Figura 4 – Tubo PVC TUBO FRP – tubo rГgido com parede dupla, sendo a interior lisa e a exterior anelada, podendo ter ou nГЈo uma extremidade alargada para permitir a uniГЈo por aborcadamento. O polГmero Г© reforГ§ado com fibras de carbono ou de vidro. pГЎg. 19 a di de b c l Figura 5 - Tubo FRP TUBO PEAD – tubo rГgido com paredes exteriores lisas. TRITUBO PEAD – Conjunto de trГЄs tubos com o mesmo diГўmetro, unidos solidariamente entre si, com paredes exteriores lisas e interiores caneladas. Г‰ geralmente utilizado para instalação de cabo de fibra Гіptica. As dimensГµes da figura seguinte sГЈo dadas em mm. D=40 e 3,5 3 126 Figura 6 - Tritubo PEAD TUBO PET – Tubo maleГЎvel com paredes lisas. Г‰ um material de recurso, que deve ser utilizado apenas em situações especiais, tais como a ligação entre cГўmara de visita e caixa ou pedestais e quando existam obstГЎculos que aconselhem a utilização do tubo PET, para a sua transposição. e d Figura 7 – Tubo PET pГЎg. 20 Outras caracterГsticas dos tubos devem ser consideradas, tal como consta da tabela seguinte: Tipos de TUBOS Grau de Protecção Classificação Instalação TГpica Obs. 4431 Em BetГЈo Verde 5531 Em PГі de Pedra Preto 4431 Em BetГЈo FRP 5531 Em PГі de Pedra PVC 4431 Em BetГЈo PVC reforГ§ado 5531 Em BetГЈo PEAD (tubo) PEAD (tritubo) PET Penetração de corpos sГіlidos inferiores a 1 mm Tabela 3 – Outros tipos de tubos 2.1.1.2 PROCESSOS DE UNIГѓO DE TUBOS As uniГµes a utilizar na rede de tubagem podem ser de dois tipos: п‚„ Abocardamento macho/fГЄmea; п‚„ AbraГ§o exterior por meio de acessГіrios, podendo a fixação ser por: - Aperto; - Electro-soldadura; - Colagem. NOTA: Em qualquer das soluções apontadas, deverГЎ ser garantida a estanquicidade das uniГµes, atravГ©s de colagem ou de outros processos adequados. Os acessГіrios destinados a promover a uniГЈo variam com o tipo de tubos: TUBO PVC – A uniГЈo dos tubos PVC Г© efectuada por abocardamento macho/fГЄmea, como mostra a figura seguinte: 7 a 8 cm Arestas a bolear Г lima Figura 8 – UniГЈo num Tubo PVC TUBO FRP – A uniГЈo destes tubos pode ser efectuada por dois processos: - Abocardamento macho/fГЄmea, se os tubos estiverem providos de uma extremidade alargada, como mostra a figura seguinte: pГЎg. 21 85 -+ 20 mm Figura 9 - UniГЈo de um Tubo FRP - UniГЈo prГіpria, em FRP, que abraГ§arГЎ exteriormente as duas extremidades dos tubos, como indica a figura: 124 mm Figura 10 – DimensГµes da uniГЈo de um Tubo FRP di D e TUBO PEAD – Os tubos de polietileno de alta densidade devem ser ligados atravГ©s de acessГіrios electro-soldГЎveis. As ligações electro-soldГЎveis sГЈo caracterizadas pelo facto dos acessГіrios, tambГ©m em PEAD, possuГrem resistГЄncias incorporadas que, por efeito de Joule, fundem as camadas de material do acessГіrio e dos tubos. L Figura 11 – UniГЈo dos Tubos PEAD pГЎg. 22 Bornes de ligação Г corrente FusГveis indicadores da fusГЈo BraГ§adeira de uniГЈo (sistemas de fusГЈo) Figura 12 – Metodologia associada Г electro-soldadura das uniГµes dos Tubos PEAD TRITUBO PEAD – No caso do tritubo deverГЎ evitar-se o mais possГvel a criação de uniГµes. No entanto, caso sejam necessГЎrias, deverГЈo fazer-se recorrendo a: п‚„ AcessГіrios electro-soldГЎveis, como referido para tubo PEAD; п‚„ UniГµes de aperto mecГўnico, como o indicado na figura seguinte: Figura 13 – Soluções para uniГµes de tritubos PEAD Estas uniГµes de aperto mecГўnico deverГЈo ser: п‚„ Em polietileno de alta densidade, ou outro material compatГvel; п‚„ Com caracterГsticas adequadas a tubos de classificação 4431 (EN50086); п‚„ Resistir aos agentes quГmicos, em que 2,5 < pH <12,5. 2.1.1.3 ESPAГ‡ADEIRAS TUBO PVC – Quando o nГєmero de tubos a colocar na mesma secção for superior Г unidade, deverГЈo ser posicionados por acessГіrios prГ©-fabricados em betГЈo, que se designam por guias ou espaГ§adeiras. pГЎg. 23 As espaГ§adeiras prГ©-fabricadas possuem as seguintes caracterГsticas fГsicas: ESPESSURA DAS GUIAS 60 mm ESPESSURA DO BETГѓO ENTRE FUROS 20 mm DIГ‚METRO DOS FUROS 115 mm Tabela 4 – Dimensionamento das espaГ§adeiras 405 145 145 275 405 275 275 275 Figura 14 – Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocação de Tubos PVC TUBOS FRP – Quando o nГєmero de tubos a colocar na mesma secção for superior Г unidade, deverГЈo ser posicionados por acessГіrios prГіprios para o efeito. As espaГ§adeiras serГЈo função do nГєmero de tubos e com as caracterГsticas a seguir indicadas: pГЎg. 24 B d A H A = 30 mm B = 438 mm (consoante o n.Вє de tubos) H = 188 mm d = 110 mm Figura 15 - Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocação de Tubos FRP TUBO PEAD – Para solidarizar os blocos de tubagens deverГЈo ser utilizadas espaГ§adeiras ou pentes, com as caracterГsticas idГЄnticas Г s indicadas para os tubos FRP. O material de que sГЈo constituГdas Г© o polietileno de mГ©dia densidade. TRITUBO PEAD – Quando se colocam tritubos sobrepostos deverГЈo ser utilizadas espaГ§adeiras para solidarização dos mesmos, no sentido longitudinal. Estes acessГіrios terГЈo que resistir aos agentes quГmicos e possuir boa resistГЄncia mecГўnica. O material constituinte Г© Г base de resinas polipropileno e as dimensГµes sГЈo as a seguir referidas: H L Figura 16 - Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocação de tritubos PEAD pГЎg. 25 ESPAГ‡ADEIRA para tritubo PEAD H (mm) L (mm) Profundidade (mm) 70 127 35 Tabela 5 – Dimensionamento das espaГ§adeiras para tritubo 2.1.1.4 TAMPГ•ES SГЈo elementos destinados a vedar os tubos, garantindo a sua estanquicidade. TUBOS PEAD - As medidas do tampГЈo a utilizar devem estar em conformidade com o diГўmetro do tubo. 12 10 c a 05 2 b Figura 17 - Desenho geomГ©trico dos dimensionamentos dos TampГµes para Tubos PEAD Por exemplo: para um tubo PEAD Г�63, as dimensГµes do tampГЈo devem ser: п‚„ a = 63mm; п‚„ b = 88mm; п‚„ c = 40mm. TUBOS FRP – Os tubos serГЈo vedados com tampГЈo prГіprio para o efeito, podendo ser de aplicação interior ou exterior na extremidade do tubo. TUBO PVC – A vedação dos tubos pode ser efectuada com tampГµes de polietileno de mГ©dia densidade, usados em tubos PEAD. TRITUBO PEAD – Todos os tubos deverГЈo ser vedados com tampГЈo. Para tal deverГЎ deixar-se a extremidade do tritubo saliente pelo menos 30cm. Utilizam-se dois tipos de tampГµes: pГЎg. 26 M6 x 55 Г� 27 Г� 42 TampГЈo tipo “macho”, tal como a figura seguinte: 40 44 Figura 18 - Dimensionamento dos TampГµes tipo “macho” para tritubos PEAD 42 TampГЈo tipo “fГЄmea”, tal como a figura seguinte: 57 Figura 19 - Dimensionamento dos TampГµes tipo “fГЄmea” para tritubos PEAD O TampГЈo, uma vez aplicado, deve tornar o tubo estanque. DeverГЎ ainda apresentar as seguintes caracterГsticas: п‚„ Protecção contra a corrosГЈo; п‚„ Ter gravado o diГўmetro nominal dos tubos a que se destina; pГЎg. 27 п‚„ Suportar uma temperatura de serviГ§o -150C a +600C e uma humidade relativa entre 15% e 95%; NOTA: PoderГЈo ser autorizados outros tipos de tampГµes, desde que obedeГ§am a estas condições e garantam a estanquicidade Г tubagem. 2.1.1.5 LOCALIZAÇÃO DAS TUBAGENS A localização das tubagens deverГЎ ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual serГЎ elaborado tendo em conta os afastamentos mГnimos exigidos pela legislação em vigor e condicionados por outras infra-estruturas existentes no local. 2.1.1.6 FITAS DE SINALIZAÇÃO Todas as tubagens da infra-estrutura ITUR deverГЈo ser sinalizadas por meio de uma fita de sinalização de cor verde, 25 cm acima do bloco da formação. 2.1.2 CГ‚MARAS DE VISITA (CV) As cГўmaras de visita classificam-se em CVCx (cГўmaras circulares), CVRx (cГўmaras de secção recta), CVIx (cГўmaras em I), CVLx (cГўmaras em L) e CVTx (cГўmaras em T). As cГўmaras de visita podem ser construГdas no prГіprio local, ou prГ©-fabricadas, mas terГЈo de apresentar caracterГsticas iguais ou superiores aos mГnimos definidos no presente Manual ITUR. 2.1.2.1 TIPOS DE CГ‚MARAS DE VISITA As cГўmaras CVLx e CVTx dispГµem de funil lateral. O x varia consoante as dimensГµes das CV, conforme a tabela do quadro seguinte: Capacidade Indicativa Tipos de CГўmaras Rede Tubos por Face Utilização Tritubo Juntas Pares Cobre Juntas Fibra Гіptica CVC0 passagem Distribuição 4 1 - - CVC1 passagem e derivação Distribuição 4 1 atГ© 200” 1 CVR1a passagem Distribuição 4 1 - - CVR1b passagem e derivação Distribuição 4 1 atГ© 200” 1 CVR2 passagem e derivação Distribuição 4 2 2 atГ© 200” 2 CVR3 passagem e derivação Distribuição 6 2 3 atГ© 200” 2 CVI0 passagem e derivação Principal e Distribuição 12 2 3 3 CVI1 passagem e derivação Principal e Distribuição 16 3 4 4 CVL1 passagem e derivação Principal e Distribuição 16 3 4 4 CVT1 passagem e derivação Principal e Distribuição 16 3 4 4 pГЎg. 28 Tabela 6 – Dimensionamento das CV DIMENSГ•ES MГЌNIMAS INTERIORES EM cm CORPO maior/menor PГ© direito (H) CVC0 120/60 110 CVC1 120/60 160 TIPO CV DiГўmetro FUNIL LATERAL Largura (L) Comprimento (C) PГ© direito (H) Largura (L) Comprimento (C) CVR1a 100 60 75 CVR1b 150/175 60 75 CVR2 100/150/175 75 120 CVR3 175 75 150 CVI0 190 120 180 CVI1 190 120 260 CVL1 190 190 305 190 125 65 CVT1 190 190 335 190 125 65 NOTA: Para as cГўmaras de visita CVCx, sГЈo definidas duas dimensГµes no diГўmetro (maior/menor), pois tГЄm o corpo cilГndrico e a chaminГ© tronco-cГіnica. Tabela 7 – DimensГµes mГnimas interiores das CV As lajes de cobertura sГЈo dimensionadas de acordo com o regulamento de seguranГ§a, que define as cargas de trГЎfego que sГЈo: п‚„ 100kN na faixa de rodagem; п‚„ 20kN nos passeios. A laje inferior deve possuir uma cavidade que permita retirar ГЎgua do interior da cГўmara, com as seguintes dimensГµes mГnimas: 20cm de diГўmetro e 20cm de profundidade. As CV deverГЈo ser pintadas interiormente com tinta plГЎstica branca, tГЄm que ser numeradas e a numeração marcada: п‚„ ГЂ entrada da CV, no lado oposto ao da colocação dos degraus. п‚„ Por gravação no reboco e pintada com tinta preta. As CV deverГЈo ser devidamente rebocadas com argamassa de cimento e areia ao traГ§o de 1:3 e devem ser dotadas de Гўncoras, poleias e calhas de fixação dos cabos. DeverГЈo ser dimensionadas, tendo em consideração os cabos a utilizar. pГЎg. 29 Figura 20 – Caixa de Visita do tipo CVR1, prГ©-fabricada CГ‚MARAS TIPO CVC Este tipo de cГўmaras Г© construГdo a partir dos seguintes elementos: п‚„ Elemento tronco-cГіnico, prГ©-fabricado em betГЈo, diГўmetro superior 60 cm, inferior 100 cm, altura 50 cm; п‚„ Elemento cilГndrico prГ©-fabricado em betГЈo, de diГўmetro 100 cm, altura 50cm. Estes deverГЈo ser prГ© perfurados tendo em conta a configuração da infra-estrutura; п‚„ Base drenante prГ©-fabricado em betГЈo, com diГўmetro 100 cm e altura 20 cm. Topo ChaminГ© Topo ChaminГ© CГўmara tipo CVC0 Corpo Corpo Base Base CГўmara Visita CVC1 Figura 21 – CГўmaras CVC pГЎg. 30 CГ‚MARAS TIPO CVR A face superior do corpo deve permitir a montagem de aros e tampas rectangulares. Figura 22 - CГўmara CVR As paredes podem ser em tijolo maciГ§o, em betГЈo, ou em bloco de betГЈo. Se as cГўmaras forem construГdas em betГЈo, deve utilizar-se o betГЈo da classe C20/25 e aГ§o A400, quando fabricadas no local. Se forem prГ©-fabricadas deve utilizar-se um betГЈo no mГnimo de classe C20/C25. A espessura das paredes deve estar compreendida entre 10cm e 15cm. CГ‚MARAS TIPO CVI O corpo Г© composto por 4 faces constituindo um rectГўngulo, que Г© cortado junto aos vГ©rtices formando outras 4 faces. A configuração possibilita o acompanhamento das curvaturas dos cabos, tal como se mostra na figura seguinte: Figura 23 - CГўmara CVI pГЎg. 31 A figura seguinte mostra vista lateral e corte de cГўmara CVI: VISTA LATERAL Figura 24 – Vista lateral e corte das CГўmaras CVI CГ‚MARAS TIPO CVL O corpo tem a forma semelhante ao das cГўmaras CVI, tendo incluГdo um funil lateral. Este permite a interligação de um terceiro troГ§o de tubagem, que Г© perpendicular aos outros dois troГ§os de tubagem. Figura 25 – CГўmara do tipo CVL CГ‚MARAS TIPO CVT O corpo tem a forma semelhante Г das cГўmaras CVI, tendo incluГdos dois funis laterais no mesmo extremo da cГўmara de visita. Esta cГўmara permite a interligação de quatro troГ§os de tubagens, que sejam perpendiculares dois a dois: pГЎg. 32 Figura 26 – CГўmara do tipo CVT CГ‚MARAS TIPO CVI, CVL e CVT Nas cГўmaras tipo CVI, CVL e CVT, a laje superior deverГЎ possuir uma abertura ao centro de 80cm de diГўmetro, para permitir o acesso ao interior da cГўmara. A chaminГ© em forma de um tronco de cone Г© construГda sobre a abertura da laje superior da cГўmara. As paredes destas cГўmaras devem ser construГdas em betГЈo armado. No entanto, podem ser utilizados na sua construção blocos de betГЈo maciГ§o desde que se garanta a estanquicidade e a forma e dimensГµes interiores das cГўmaras. A chaminГ© das cГўmaras deve ser construГda em elementos de betГЈo, cilГndricos e troncocГіnicos, geralmente prГ©-fabricados. Na sua parte superior a chaminГ© fica com a forma dum tronco de cone. O fundo das cГўmaras de visita serГЎ constituГdo por enrocamento de cascalho, com 0,15m de espessura, coberto com um massa de betГЈo de C20/25 com 0,10m de espessura. Quando a cГўmara Г© instalada a uma profundidade que nГЈo permita que o aro com tampa fique ao nГvel do pavimento, a altura da chaminГ© deve ser ampliada. Esta ampliação pode fazer-se com a instalação entre a abertura da cГўmara e a manilha, em forma de tronco de cone, de uma manilha cilГndrica, com as mesmas caracterГsticas da anterior e que permita uma plena adaptação entre ela e a abertura da cГўmara. Estas cГўmaras devem ser dotadas de placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha de expansГЈo) aplicadas na parede da cГўmara. A capacidade de alojar equipamentos passivos ou activos nas cГўmaras de visita depende das dimensГµes desses equipamentos. Por princГpio deve privilegiar-se o alojamento dos referidos equipamentos em armГЎrios, quer por aspectos de manutenção quer de operação, quer mesmo para maior protecção dos mesmos. A colocação de equipamentos activos nas cГўmaras sГі deve ser considerada como excepção e para equipamentos tele-alimentados. Quando existam situações de ramificação em mais de uma directriz principal, dever-se-ГЈo utilizar as cГўmaras tipo L e T com as dimensГµes adequadas ao n.Вє de tubos e juntas previsto. pГЎg. 33 2.1.2.2 FECHO DAS CГ‚MARAS Para garantir o fecho de uma cГўmara, monta-se no seu topo o aro com a respectiva tampa ou tampas. Para garantir o fecho das cГўmaras de visita do tipo CVC, CVI, CVL e CVT o aro, com a respectiva tampa, deve ser ancorado no topo da chaminГ©. O quadro seguinte, define as dimensГµes da tampa recomendada e a quantidade a utilizar em cada um dos tipos de cГўmaras: CГ‚MARA DE VISITA DimensГµes da tampa (cm) N.Вє de tampas a montar Modo de montagem das tampas CVC0 D=60 1 N/A CVC1 D=60 1 N/A CVR1 CxL=75x30 2 Longitudinal CVR2 CxL=75x30 4 Transversal CVR3 CxL=75x30 5 Transversal CVI, CVL e CVT D=60 1 N/A Nota importante: As tampas rectangulares poderГЈo ser sempre seccionadas, caso seja necessГЎrio. Tabela 8 – DimensГµes das tampas das CV Figura 27 – Tampa de caixa de visita do tipo CVR2 2.1.2.2.1 TAMPAS, LOCALIZAÇÃO E CARGAS ADMISSГЌVEIS O conjunto de tampa e aro metГЎlico, em ferro fundido, deve respeitar a Norma Portuguesa NPEN 124, contendo a inscrição “Telecomunicações”. pГЎg. 34 EN 124 CLASSE CARGA DE RUPTURA [kg x 103] A15 1,5 B125 12,5 C250 25 D400 40 Tabela 9 – Cargas de ruptura das tampas das CV Ligação dos tubos Г s paredes de betГЈo – Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das CV na ligação dos tubos Г s paredes de betГЈo, deve ser utilizada a fita "Ultra - Seal 20 x 10 mm", ou equivalente, envolvendo os tubos na espessura das paredes. Esta fita, em presenГ§a de humidade expande, garantido a estanquicidade. 2.1.3 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS 2.1.3.1 ARMГЃRIOS Os armГЎrios sГЈo compartimentos onde sГЈo instalados os equipamentos activos e nГЈo activos de telecomunicações, recomendando-se que sejam construГdos em material metГЎlico ou polyester, reforГ§ado a fibra de vidro, tendo as seguintes caracterГsticas: п‚„ Auto-extinguГvel: resistente Г s chamas; п‚„ Grau de protecção: contra a penetração de corpos sГіlidos inferiores a 1 mm e contra a penetração de lГquidos por jactos de ГЎgua; п‚„ O painel superior deverГЎ ser plano e os painГ©is posterior e laterais lisos de forma a permitir que estes sejam encostados por atrГЎs ou lado a lado; п‚„ A instalação poderГЎ ser feita num maciГ§o de betГЈo, num maciГ§o de polyester, num poste ou numa parede; п‚„ As dimensГµes exteriores do corpo do armГЎrio (sem pedestal) nГЈo deverГЈo exceder: 140cm x 85cm x 45cm (altura x largura x profundidade). п‚„ De forma a minorar a influГЄncia das condições externas no interior do armГЎrio, o tecto, as portas e as paredes exteriores deverГЈo ser duplas, ou seja, entre a face exterior e a face interior deverГЎ existir uma caixa-de-ar; п‚„ Devem existir grelhas ou respiradouros de ventilação nas paredes laterais exteriores, bem como furação nas paredes laterais interiores, utilizando a tГ©cnica "labirinto", permitindo desta forma as trocas de calor com o exterior; п‚„ DeverГЈo ter o Гndice de protecção mГnimo de IP65 e IK09, resistГЄncia Г corrosГЈo, dotados de fechadura normalizada, ser da classe II de isolamento quando metГЎlicos, ou de material nГЈo condutor. pГЎg. 35 п‚„ Cada armГЎrio deverГЎ ser dotado, no seu interior, de um ligador amovГvel, o qual se interligarГЎ ao elГ©ctrodo de terra de protecção, por meio de um condutor com caracterГsticas mГnimas de H07V-U G16 mm2, na cor verde/vermelho, ou em qualquer outra, desde que nГЈo exista possibilidade de confusГЈo com qualquer outro tipo de cabo e desde que devidamente identificado. п‚„ O topo do elГ©ctrodo de terra deverГЎ ficar a um mГnimo de 80 cm de profundidade. DeverГЎ ter-se em conta as disposições regulamentares e as normas nacionais e europeias, relativas Г utilização e ocupação de espaГ§os pГєblicos com mobiliГЎrio urbano. п‚„ O armГЎrio deve permitir um bom acesso ao seu interior, para operação, manutenção e instalação de equipamentos, devendo a porta ser provida de fechadura com chave com um sistema de trinco em trГЄs pontos e de dispositivo (s) de bloqueio que impeГ§am o seu fecho pela acção do vento. Perante questГµes de instalação na via pГєblica de equipamentos (espaГ§o ocupado e estГ©tica) tГЄm de se considerar, como alternativa, armГЎrios embutidos. 2.1.3.1.1 LOCALIZAÇÃO DOS ARMГЃRIOS Os armГЎrios deverГЈo ser localizados e dimensionados de forma facilitar a distribuição das redes de pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra Гіptica. A sua instalação depende das caracterГsticas de cada tipo e das indicações do fabricante. 2.1.3.2 PEDESTAIS 40 Implantação do ArmГЎrio Profundidade = 350 150 480 VISTA FRONTAL Figura 28 – Pedestal Nas ITUR privadas os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armГЎrios projectados, tendo em atenção os dispositivos que se prevГЄem instalar. Para as ITUR pГєblicas os pedestais deverГЈo ter dimensГµes adequadas aos armГЎrios, ficando cerca de 150mm acima da superfГcie e possuГrem ligação Г CV, com pelo menos 3 tubos de 90mm e respectivas guias. Os pedestais devem ser munidos de espigГµes roscados (M16) com o seguinte espaГ§amento: 240mm x 390mm. O bloco de betГЈo, constituinte do pedestal destinado a cada armГЎrio, terГЎ as seguintes caracterГsticas: п‚„ O betГЈo deve ser de classe C20/25 e os tubos do tipo PET, devidamente boleados em ambos os extremos; pГЎg. 36 п‚„ A parte do pedestal abaixo da superfГcie deve possuir uma altura de pelo menos 40 cm, e dispor de extremidade alargada para o exterior, de cerca de 5 cm, de modo a garantir a estabilidade da estrutura. DeverГЎ ser considerado um armГЎrio duplo (coaxial e fibra Гіptica e outro para pares de cobre xDSL) por cada 256 fracções autГіnomas, se situadas a uma distГўncia, em cabo, nГЈo superior a 200m. Caso a distГўncia referida seja ultrapassada terГЎ de considerar-se outro armГЎrio para servir esses casos. 2.1.4 BASTIDORES A utilização de bastidores em substituição das caixas normalizadas, serГЎ considerada sempre que for construГda uma sala tГ©cnica. A localização dos RU e equipamentos a instalar em bastidores deve ser referenciada atravГ©s de endereГ§os (normalizados ou a definir pelo projectista), de modo a facilitar a respectiva identificação. Assim, os bastidores devem ser explicitamente numerados da esquerda para a direita (se existir mais do que um bastidor) e, em cada bastidor, deverГЈo estar identificados por ordem crescente de cima para baixo e da esquerda para a direita, os respectivos mГіdulos. DeverГЎ ser elaborado um diagrama, por cada bastidor, com referГЄncia aos respectivos mГіdulos e posição dos equipamentos a instalar, bem como um diagrama da cablagem a efectuar. A ligação da alimentação elГ©ctrica aos armГЎrios montados em bastidores deverГЎ ser efectuada nos mГіdulos com referГЄncia mais baixa, isto Г©, na parte superior esquerda do bastidor. A posição dos dispositivos e equipamentos instalados em cada bastidor deverГЎ estar identificada atravГ©s de etiquetas. 2.1.5 GALERIAS TГ‰CNICAS Consoante as dimensГµes da urbanização, caracterГsticas e concentração dos edifГcios, poderГЎ o projectista optar pela construção de uma ou mais Galerias TГ©cnicas para acomodação de caminhos de cabos, calhas e outros dispositivos constituintes da Rede de Cablagem da urbanização. As Galerias TГ©cnicas a construir deverГЈo obedecer aos seguintes requisitos mГnimos: - Acesso por porta ou portas acima do nГvel do solo, com abertura por chave desde o exterior e sistema de abertura de seguranГ§a desde o interior. - Na porta (ou portas) deverГЎ efectuar-se a marcação de forma indelГ©vel da palavra “Telecomunicações”. - Altura mГnima de 2,4m (1,8m livres para circulação de pessoas). - Paredes rebocadas e pintadas com tinta plГЎstica. - Cota que garanta que esta se encontra acima do nГvel freГЎtico. - Iluminação adequada a possibilitar a circulação de pessoas. - Instalação elГ©ctrica com pelo menos um circuito de tomadas e um circuito de iluminação com sistema de corte e protecção. - Sistema de ventilação adequado. pГЎg. 37 2.1.6 SALAS TГ‰CNICAS SГЈo EspaГ§os de Telecomunicações constituГdos por compartimentos fechados, e com requisitos apropriados para alojamento de equipamentos e dispositivos de interligação de cabos. Os tipos e dimensГµes das Salas TГ©cnicas constam da tabela seguinte: TIPO DE SALA TГ‰CNICA NВє DE FA OU UNIDADES DГЌMENSГ•ES MГЌNIMAS [cm] S0 atГ© 32 300 x 100 S1 de 33 a 64 300 x 200 S2 de 65 a 100 300 x 300 S3 mais de 100 600 x 300 Tabela 10 – DimensГµes das Salas TГ©cnicas As dimensГµes referenciadas na tabela anterior estГЈo definidas, admitindo que a porta da Sala TГ©cnica tem abertura para o exterior; caso isto nГЈo se verifique, deverГЎ ser considerada a compensação da redução do espaГ§o equivalente Г abertura da porta. Porta a abrir para o exterior da ST Ventilação Porta a abrir para o interior da ST (requer compensação de espaГ§o) Ventilação Extintores Figura 29 – Desenhos de plantas esquemГЎticas das salas tГ©cnicas A construção de Salas TГ©cnicas dependerГЎ da especificidade da urbanização e cabe ao projectista decidir-se pela sua existГЄncia. As Salas TГ©cnicas devem obedecer aos seguintes requisitos mГnimos: п‚„ Altura mГnima de 2,2 m; п‚„ Paredes rebocadas e pintadas com tinta plГЎstica; п‚„ Marcação na porta de forma indelГ©vel da palavra “Sala TГ©cnica de Telecomunicações”; п‚„ Sistema de ventilação; pГЎg. 38 п‚„ Cota que garanta que esta se encontra acima do nГvel freГЎtico; п‚„ Revestimento do chГЈo com caracterГsticas anti-estГЎticas; п‚„ Iluminação adequada Г execução de trabalhos que exijam esforГ§o visual prolongado; п‚„ Instalação elГ©ctrica com pelo menos um circuito de tomadas e um circuito de iluminação com sistema de corte e protecção; Considera-se ainda, com carГЎcter de recomendação, que na construção das Salas TГ©cnicas seja considerado: п‚„ Ambiente controlado, de modo a garantir uma temperatura entre 18Вє e 24ВєC e uma humidade relativa entre 30% e 55%; п‚„ Um extintor; п‚„ Porta dupla; п‚„ Caixa de Entrada de Cabos localizada na Sala TГ©cnica. Se na urbanização existirem mais de 64 fracções autГіnomas (FA), sem contar com aqueles que eventualmente jГЎ estejam abrangidos por sala tГ©cnica a nГvel do edifГcio, Г© obrigatГіrio que exista uma sala tГ©cnica. Nas urbanizações privativas Г© aconselhГЎvel que as salas tГ©cnicas dos diversos edifГcios possam localizar-se numa sala tГ©cnica da urbanização, se os projectos da cablagem e equipamentos assim o permitirem. Sempre que por imperativos de dimensГЈo ou de tipo de topologia seja necessГЎrio, poderГЎ existir mais de uma sala tГ©cnica numa urbanização, mas cada fracção autГіnoma e cada unidade apenas pertencerГЈo a uma delas. DeverГЎ ter-se sempre em atenção ao isolamento ao frio e ao calor e Г necessidade de possuir diversas formas de ventilação mecГўnica ou elГ©ctrica, com auxГlio de um sistema de energia autГіnoma, dentro do possГvel. A opção pela construção de Salas TГ©cnicas numa urbanização, obriga a que o ATU seja instalado numa delas passando esta a designar-se por Sala TГ©cnica Principal da Urbanização. 2.2 2.2.1 REDES DE CABOS (CABLAGEM) CABOS DE PARES DE COBRE DeverГЈo sempre ser utilizados cabos isolados a polietileno dos tipos TE1HE, T1EG1HE ou com caracterГsticas tГ©cnicas similares Г s indicadas nas tabelas seguintes e para utilização em redes telefГіnicas exteriores, em ligações locais, como as ligações entre os assinantes e central. Como caracterГsticas tГ©cnicas gerais serГЎ de referir, que ambos os cabos possuem condutor em cobre nu e macio; cinta; fio de rasgar; blindagem estanque em fita de alumГnio/polietileno e bainha de polietileno. O cabo do tipo T1EG1HE, possui ainda isolamento de polietileno celular (Foam-Skin) e enchimento de geleia. SerГЎ sempre de observar a nomenclatura dos cabos telefГіnicos metГЎlicos, que utiliza as seguintes referГЄncias: • Cabo de telecomunicações: TVHV; • Condutor: TVHV, TKVD e T1KV; • Isolamento: TVHV, TE1HE e T1EG1HE; pГЎg. 39 • Cabos paralelos: TKVD; • Enchimento: T1EG1HE; • Blindagem: TVHV, TE1HE e T1EG2HE; • Bainhas: TVHV e TE1HES; • Armadura: TE1HEAE e TE1HE2AES; 2.2.1.1 ESPECIFICAÇÕES TГ‰CNICAS Cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE: TE1HE T1EG1HE DiГўmetro exterior aproximado em mm NГєmero de pares DiГўmetro do condutor (mm) 0,6 0,9 10 10,5 / 12,0 14,0 / 15,5 20 13,0 / 14,5 17,5 / 19,0 30 15,0 / 16,5 21,0 / 22,5 50 18,0 / 19,5 25,5 / 27,0 100 24,5 / 26,0 34,5 / 36,0 150 29,0 / 30,5 42,0 / 43,5 200 33,0 / 34,5 48,0 / 49,5 300 39,0 / 41,5 56,5 / 59,0 400 45,0 / 47,5 - 600 54,0 / 56,5 - 800 62,0 / 64,5 - 1000 68,5 / 71,0 - Tabela 11 – CaracterГsticas dimensionais dos cabos de pares de cobre TE1HE e T1EG1HE pГЎg. 40 Cor do isolamento NГєmero do par Cor da identificação Condutor A Condutor B Subunidade NВє Cor 1 Branco Azul 1 Azul 2 Branco Laranja 2 Laranja 3 Branco Verde 3 Verde 4 Branco Castanho 4 Castanho 5 Branco Cinzento 5 Cinzento 6 Vermelho Azul 6 Branco 7 Vermelho Laranja 7 Vermelho 8 Vermelho Verde 8 Preto 9 Vermelho Castanho 9 Amarelo 10 Vermelho Cinzento 10 Violeta As unidades de 50 e 100 pares sГЈo formadas respectivamente por 5 e por 10 subunidades de 10 pares. Tabela 12 – CГіdigo de cores dos pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE Tipo de Cabo TE1HE T1EG1HE DiГўmetro do condutor mm 0,6 0,9 ResistГЄncia mГЎxima do condutor a 20п‚° пЂ пЃ—/km 66,6 29 MГ©dia* 55 55 Individual 64 64 400 270 Capacidade efectiva mГЎxima nF/km DesequilГbrio capacitivo mГЎximo entre dois quaisquer pares, pF/km (*) NГЈo aplicГЎvel a cabos atГ© 20 pares. ResistГЄncia de isolamento mГnima: 5 000 MпЃ—.km Tabela 13 – CaracterГsticas elГ©ctricas dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE Tipo de Cabo TE1HE T1EG1HE DiГўmetro do condutor mm 0,6 0,9 ImpedГўncia caracterГstica a 800 Hz пЃ— 600 400 Atenuação a 800 Hz пЃ—пЂ dB/km 1,3 0,84 Tabela 14 – CaracterГsticas de transmissГЈo dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE pГЎg. 41 2.2.2 CABOS COAXIAIS Para uma completa caracterização dos cabos coaxiais a considerar nas ITUR, deverГЈo considerar-se as topologias de rede adoptadas, bem como o tipo de rede. A rede correspondente da tecnologia Coaxial numa ITUR privada desenvolver-se-ГЎ numa solução Estrela, ГЃrvore (ou derivação) ou Mista, sendo critГ©rio e responsabilidade do projectista a selecção da opção mais adaptada Г s necessidades da ITUR. Para o desenvolvimento desta infra-estrutura o projectista deverГЎ prever a utilização de pelo menos trГЄs tipos de cabo coaxial e nunca colocar fora de hipГіtese a possibilidade de utilização de fibra monomodo, sobretudo quando o nГєmero de fogos for superior a 256 unidades. Os trГЄs tipos de cabo coaxial estarГЈo, cada um deles, associados a partes da rede que se designam como: п‚· Rede Principal (cabo coaxial principal) – TroГ§o coaxial limitado a montante pelo ATU (CR1) e a jusante pelos Amplificadores de Distribuição. п‚· Rede Distribuição (cabo coaxial de distribuição) – TroГ§o coaxial limitado a montante pelo Amplificador de Distribuição e a jusante por derivadores. п‚· Linha de Chegada (cabo coaxial de chegada) – TroГ§o coaxial limitado a montante pelo derivador e a jusante pela CEMU, ou pelo ATE. Linha de Chegada Figura 30 – Esquema geral da rede coaxial numa urbanização Caracterização dos Cabos Coaxiais ApГіs a estruturação da rede coaxial, Г© da competГЄncia do projectista a selecção dos cabos coaxiais que melhor se adaptem Г solução a conceber. PoderГЎ considerar-se a utilização dos trГЄs tipos de cabo acima referidos e associados a cada uma das redes. pГЎg. 42 NГЈo Г© objectivo do presente Manual ITUR particularizar cada um dos cabos acima referidos, mas sim dar indicações ao projectista de como seleccionar, no mercado, os cabos que necessita para implementar a sua solução. п‚„ Cabo Coaxial Principal, faz parte da Rede Principal e deverГЎ possuir as seguintes caracterГsticas: п‚· DiГўmetro exterior superior ao dos cabos de Distribuição e Linha de Chegada; п‚· Admite directamente conectores tipo 5/8”; п‚· Atenuação aos 860 MHz igual ou inferior a 0,08dB/m; п‚· Admite a passagem de corrente alternada atГ© 10A a 60VCA; п‚· Instalado em troГ§os que poderГЈo atingir 200m ou mais, sendo pontualmente cortado pela incorporação de Acopladores, Repartidores, ou Amplificadores, com os quais terГЎ que ser compatГvel; п‚· Cumprimento das especificações Classe A, apresentando uma cobertura de malha superior a 70% ou blindagem tubular; п‚· Total compatibilidade com elementos terminais, como por exemplo Tomadas Coaxiais. п‚· Cobertura exterior em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcado de forma indelГ©vel, metro a metro com: o Nome do Fabricante e ReferГЄncia; o Data fabrico (semana e ano no mГnimo); o Comprimento. п‚„ Cabo Coaxial de Distribuição, fazendo parte de um troГ§o intermГ©dio, da ligação entre Amplificadores de Distribuição e Derivadores, deverГЎ ter as seguintes caracterГsticas: п‚· DiГўmetro exterior superior aos dos cabos de Linha de Chegada e inferior aos dos cabos Troncais; п‚· Admite directamente conectores tipo 5/8” e tambГ©m conectores tipo “F”; п‚· Atenuação aos 860 MHz igual ou inferior a 0,13dB/m; п‚· Admite passagem de corrente alterna atГ© 10A a 60VCA; п‚· Instalação em troГ§os que poderГЈo atingir 100 m entre acessГіrios, tais como Amplificador de Distribuição e Derivadores; п‚· Cumprimento das especificações Classe A, apresentando uma cobertura de malha superior a 70%; п‚· Total compatibilidade com elementos terminais, como por exemplo Tomadas Coaxiais; п‚· Cobertura exterior em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcado metro a metro com: o Nome do Fabricante e ReferГЄncia; o Data fabrico (semana e ano no mГnimo); o Comprimento. pГЎg. 43 п‚„ Cabo Linha de Chegada, faz parte de um troГ§o terminal de rede. Normalmente ligarГЎ uma saГda de um derivador da rede de distribuição ao acessГіrio da rede coaxial que se encontra no ATI ou no ATE. ApresentarГЎ as seguintes caracterГsticas: п‚· DiГўmetro exterior inferior aos restantes dois tipos de cabo coaxial acima definidos; п‚· Admite directamente conectores tipo tipo “F” ou outros tipos de conectores associados a dispositivos coaxiais, como os existentes nas Tomadas Coaxiais; п‚· Atenuação aos 860 MHz igual ou inferior a 0,18 dB/m; п‚· Instalação em troГ§os que muito dificilmente poderГЈo atingir os 100 m entre acessГіrios; п‚· Cumprimento das especificações Classe A, apresentando uma cobertura de malha superior a 70%; п‚· Cabo cuja cobertura exterior seja em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcada de forma indelГ©vel metro a metro com: o Nome do Fabricante e ReferГЄncia; o Data fabrico (semana e ano no mГnimo); o Comprimento. O projectista pondera a utilização dos tipos de cabo observando obrigatoriamente a relação custo/benefГcio que resultarГЎ da utilização, uma vez que o cabo coaxial terГЎ sempre associado os seguintes factores: п‚· Atenuação – A atenuação Г© inversamente proporcional Г dimensГЈo do cabo (diГўmetro do condutor central e diГўmetro do condutor externo), ou seja, quanto maior for o diГўmetro menos atenuação introduz. Quanto mais elevada for a atenuação mais sistemas de reamplificação terГЈo que ser utilizados; п‚· Conectores - SerГЈo tanto maiores e mais caros quanto maior for o diГўmetro do cabo coaxial; п‚· Raio de Curvatura – Com influГЄncia directa na escolha das caixas e armГЎrios, serГЎ tanto maior quanto o aumento do diГўmetro externo do cabo coaxial. 2.2.3 CABOS DE FIBRA Г“PTICA Esta tecnologia tem largas vantagens na sua utilização, como sejam a transmissГЈo de grandes quantidades de informação (voz e dados em banda larga) rapidamente e de forma mais fiГЎvel, insensibilidade Г s interferГЄncias elГ©ctricas; menor peso e menor ocupação de espaГ§o. Os cabos de fibra Гіptica sГЈo definidos em termos da sua construção fГsica (diГўmetros de nГєcleo/bainha) e categoria. As fibras Гіpticas utilizadas em determinado canal de transmissГЈo devem ter a mesma especificação tГ©cnica de construção e pertencerem Г mesma categoria. Todos os cabos de fibra Гіptica a serem utilizados nas redes de cablagem das ITUR devem cumprir os requisitos da norma EN60794-1-1. pГЎg. 44 3 PROJECTO 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS As regras a seguir referidas tГЄm por objectivo estabelecer procedimentos normalizados no que diz respeito aos projectos das redes ITUR. Estes procedimentos devem estar de acordo com a legislação (Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio) e com as normas europeias aplicГЎveis. A elaboração de um projecto Г© apoiada num conjunto de metodologias e regras com o objectivo de concretizar a satisfação de necessidades funcionais especГficas Na figura seguinte estГЎ representado o diagrama do processo associado Г elaboração de um projecto. Custos Documentação Geral do Projecto MГ©todo PROJECTO Regras Dados e Requisitos Funcionais Ambiente Exequibilidade Condicionantes Figura 31 – Diagrama de um processo associado Г elaboração de um projecto LEGENDA: DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS: aspectos particulares a que uma infra-estrutura deve obedecer, de modo a possibilitar a realização das funções desejadas, definidas em reuniГЈo prГ©via com o dono de obra. EXEQUIBILIDADE: atributo de um projecto pelo facto de ser passГvel de realização com os meios (materiais e humanos) disponГveis e de acordo com as regras estabelecidas. AMBIENTE: conjunto das caracterГsticas especГficas do meio envolvente, de acordo com as Classificações Ambientais MICE. CUSTOS: valor do consumo de recursos tГ©cnicos e materiais, incluindo a mГЈo-de-obra, necessГЎrios Г execução de uma infra-estrutura. REGRAS TГ‰CNICAS: conjunto de princГpios reguladores de um processo, destinado Г obtenção de resultados considerados Гєteis para uma decisГЈo ou acção de carГЎcter tГ©cnico. MГ‰TODO: princГpios de boas prГЎticas de engenharia, com vista Г simplificação dos processos e eficГЎcia funcional. pГЎg. 45 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: conjunto formal, explГcito e completo de documentos necessГЎrios Г execução de um projecto. A classificação das ITUR, engloba-se na definição de “Redes de Comunicações”, como definido na secção XV, Artigos 169, 170, 171, 172, 173 e 174 da Portaria n.Вє 701-H/2008, de 29 de Julho e “Instalações, Equipamentos e Sistemas de Comunicação”. Para efeitos do presente Manual considera-se que o termo “projecto de execução” Г© equivalente a “projecto”. 3.2 CONDICIONANTES Um projecto ITUR Г© desenvolvido a partir da avaliação dos requisitos funcionais e dos seguintes tipos de condicionalismos: - Exequibilidade tГ©cnica (meios, tecnologias, etc.); - Classe ambiental associada Г utilização dos materiais e equipamentos; - Custo dos materiais e da execução. 3.2.1 EXEQUIBILIDADE Os principais factores (lista nГЈo exaustiva) que podem ter implicações em termos de exequibilidade de um projecto sГЈo: - Disponibilidade de materiais e ferramentas; - Г‚mbito do Projecto; - Posicionamento (Principal, Distribuição); - Tecnologias disponГveis; - Protecção (Sigilo, SeguranГ§a, etc); - Restrições Regulamentares; - Necessidade de prever alimentação em energia; - Durabilidade; - Tempo e facilidade de execução; - Rastreabilidade; - Facilidade de Verificação e Ensaio; - ExistГЄncia de obstГЎculos no subsolo. Estes factores devem ser considerados nas diferentes fases de uma ITUR: - Projecto, instalação e utilização/manutenção Todas as restrições em termos de „exequibilidade‟ devem constar da MemГіria Descritiva, bem como as soluções encontradas para as ultrapassar. 3.2.2 AMBIENTE No que se refere Г s condicionantes ambientais, ver o ponto 103 (classes ambientais). Especial atenção deve ser dada no caso de solos sulfurosos, especificando o emprego de materiais resistentes a este tipo de ambientes. pГЎg. 46 A rede de tubagens deve ser subterrГўnea, procurando evitar-se a construção de tubagens em zonas de nГvel freГЎtico elevado. 3.2.3 CUSTOS Os condicionalismos associados aos custos dos materiais e da execução, tГЄm normalmente um impacto relevante na elaboração de um projecto. Assim, para a avaliação do factor custo/benefГcio, o projectista deverГЎ elaborar uma tabela com as diferentes alternativas possГveis e o custo associado a cada uma delas, bem como a relação com os outros factores condicionantes, se existirem. 3.2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS TГ‰CNICOS RESPONSГЃVEIS A responsabilidade pela elaboração do projecto, pela execução e pela fiscalização de infraestruturas telecomunicações em urbanizações, face Г s exigГЄncias tГ©cnicas do mesmo, deverГЎ ser assumida por projectistas, com competГЄncia reconhecida por associação pГєblica profissional, OE – Ordem dos Engenheiros ou ANET – Associação Nacional dos Engenheiros TГ©cnicos, de acordo com o grau de complexidade e categoria da obra em questГЈo, atravГ©s de termo de responsabilidade. 3.3 DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS As informações mГnimas necessГЎrias Г elaboração de um projecto ITUR, sГЈo: п‚„ Localização da urbanização e possГveis zonas de expansГЈo; п‚„ Tipos de edifГcios e respectivas utilizações; п‚„ Levantamento topogrГЎfico e caracterГsticas do terreno; п‚„ Planta com arruamentos e acessibilidades. 3.4 METODOLOGIA A elaboração de um projecto ITUR deve ser realizada em quatro fases: Fase 1: Analisar os requisitos funcionais e condicionantes do projecto. Fase 2: Definir os pontos de entrada/saГda das redes de telecomunicações na urbanização, tendo em linha de conta a localização actual e prevista das redes dos operadores, e zonas de expansГЈo futura adjacentes Г urbanização. Fase 3: Efectuar os cГЎlculos necessГЎrios ao dimensionamento dos cabos de entrada nos edifГcios constituintes da urbanização. Estabelecer as directrizes da Rede de Tubagem Principal, interligando as entradas/saГdas e estabelecendo os pontos de interligação Г s redes de distribuição, de acordo com a topologia apropriada. Devem ser tidas em conta as caracterГsticas topogrГЎficas do terreno, os materiais disponГveis no mercado e as Regras TГ©cnicas estabelecidas. Fase 4: Elaborar a documentação geral do projecto, conforme descrito no ponto 3.7. pГЎg. 47 3.5 INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS Como obrigatoriedade inicial o projectista das ITUR deverГЎ visitar o local das futuras infraestruturas, de modo a verificar os aspectos, que a seguir se enunciam, e que poderГЈo ser fundamentais para a melhor implementação da solução que venha a ser proposta: п‚· Natureza dos solos para a orГ§amentação das condutas, cГўmaras, armГЎrios, fixação de bases e suportes de torres, assim como para a conveniente definição dos componentes a aplicar nas terras de protecção; п‚· EnvolvГЄncia natural (arvoredo, grandes superfГcies de ГЎgua, etc.), para a definição do melhor local onde fixar o sistema de MATV, se este se localizar no exterior dos edifГcios. Г‰ fundamental a medição e registo dos nГveis de sinal e respectiva qualidade para as emissГµes terrestres, que obrigatoriamente serГЈo difundidas na rede coaxial; п‚· EnvolvГЄncia industrial (motores elГ©ctricos, edifГcios elevados, etc.), primordial para a definição de dispositivos com capacidade de blindagem electromagnГ©tica, superior ao usualmente recomendado; п‚· EnvolvГЄncia ambiental/arquitectГіnica, importante na melhor definição de dispositivos e respectivas fixações, para que estes elementos passem o mais possГvel dissimulados, principalmente em espaГ§os de protecção histГіrica, patrimonial ou ambiental; п‚· Opções disponГveis para os pontos de ligação da ITUR aos operadores de comunicações electrГіnicas presentes na zona. Estes e outros factores influenciam claramente no desenvolvimento da solução de telecomunicações para a ITUR, e sobretudo podem influenciar na localização final do ATU. Em caso de necessidade de cariz tГ©cnico, ou arquitectГіnico, o sistema de recepção hertziana (antenas), caso existam fora dos edifГcios, poderГЈo estar deslocalizadas em relação ao ATU. Este projecto inclui os seguintes elementos mГnimos: a) Termo de responsabilidade do projectista; b) Documentos do projectista (cГіpia do bilhete de identidade, cartГЈo de contribuinte e declaração de associação pГєblica profissional); c) Ficha tГ©cnica ITUR; d) MemГіria descritiva e justificativa, incluindo identificação, categoria de obra, disposição e descrição geral da obra, justificação da sua implantação e da sua integração nos condicionamentos locais existentes ou planeados, descrição genГ©rica da solução adoptada com vista Г satisfação das disposições legais e regulamentares em vigor, indicação das caracterГsticas dos materiais, dos elementos da construção, dos sistemas e equipamentos; e) CГЎlculos relativos Г s diferentes partes da obra, definindo os elementos constituintes da mesma, justificando as soluções adoptadas; f) Quadros e fichas de repartidor geral de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra Гіptica, referentes aos elementos de rede que justifiquem a sua elaboração; g) Medições e mapas de trabalho, com a indicação da natureza e da quantidade dos trabalhos e dos materiais necessГЎrios para a execução da obra; h) OrГ§amento baseado nos materiais utilizados e nos mapas de trabalho; i) Planta topogrГЎfica de localização; j) PeГ§as desenhadas, em escala mГnima de 1:500, sobre as plantas a implementar, devendo conter a representação de todos os pormenores necessГЎrios Г perfeita compreensГЈo, implantação e execução da obra; k) Esquema da rede de tubagens, aplicГЎvel Г s ITUR pГєblicas e privadas; l) Esquemas das redes de cabos com a indicação dos respectivos cГЎlculos, no caso das ITUR privadas; m) Esquema da rede de terras das ITUR; pГЎg. 48 n) Esquema das instalações elГ©ctricas das ITUR; o) Indicação discriminativa dos materiais e suas quantidades, marcas, modelos e tipos a utilizar; p) Condições tГ©cnicas, gerais e especiais. A escala mГnima das plantas para a elaboração dos desenhos serГЎ de 1:500, podendo as mesmas ser ampliadas, para uma melhor legibilidade. A simbologia a utilizar na elaboração dos projectos ITUR serГЎ aquela que o projectista entender como a mais conveniente, garantindo a legibilidade e a perfeita interpretação do projecto. O projectista deverГЎ ter presente as informações obtidas junto dos operadores pГєblicos de comunicações electrГіnicas, bem como do projecto de outras ITUR contГguas. 3.6 3.6.1 REGRAS TГ‰CNICAS TOPOLOGIA ESTRUTURA A estrutura da rede de tubagens principal pode ser de um dos seguintes tipos: - “■“; - “L”; - “Y”; - “X”; - “Q”. O tipo “■” significa que a rede de tubagens principal Г© apenas constituГda por um ponto de entrada/saГda, e Г© utilizada para urbanizações de pequena dimensГЈo, que embora possam ser constituГdas por diversas parcelas, para efeitos de rede de telecomunicações podem assemelhar-se a um edifГcio. Quanto Г estrutura tipo “L” aplica-se a urbanizações onde se identificam dois pontos de entrada/saГda das redes de telecomunicações, podendo o traГ§ado assumir diversas formas, entre as quais a de um percurso recto entre os referidos pontos. Г‰ em geral aplicada a urbanizações de mГ©dia dimensГЈo. Os tipos “Y”, “X” aplicam-se a urbanizações onde se identificam 3 ou 4 pontos de entrada/saГda, respectivamente e sГЈo geralmente aplicadas a urbanizações de grande dimensГЈo e inseridas em zonas com grande desenvolvimento urbano. O tipo “Q” aplica-se a urbanizações muito grandes, onde se justifica o estabelecimento de redes com anГ©is exclusivos da urbanização, independentemente da quantidade de pontos de entrada/saГda definidos. Note-se que nas outras estruturas referidas considera-se que estas serГЈo troГ§os de anГ©is de maior dimensГЈo, que futuramente venham a estabelecer-se. A estrutura da rede de distribuição deve ser em estrela a partir do ponto de interligação ao ramal proveniente da rede principal, o qual Г© parte integrante da rede de distribuição. A estrutura das redes de tubagem deve poder suportar as diversas topologias das redes dos vГЎrios operadores, assegurando igualmente a manutenção da operacionalidade dos equipamentos activos e as operações na rede, com o mГnimo de intrusГЈo nos edifГcios e urbanização, beneficiando assim quer os operadores quer os utilizadores. pГЎg. 49 O projectista deve tomar em consideração o que ficou definido no ponto correspondente aos materiais e dispositivos que compГµem as Redes de Tubagem. As Regras BГЎsicas do projecto das ITUR sГЈo as seguintes: REGRAS GERAIS A Rede de Tubagens numa ITUR deve ser concebida de modo a permitir uma topologia de distribuição em estrela para todas as tecnologias a utilizar nos Sistemas de Cablagem. Os tubos de acesso aos edifГcios devem respeitar as regras tГ©cnicas estabelecidas na 2.ВЄ edição do Manual ITED, designadamente quanto ao diГўmetro nominal, Г profundidade e Г inclinação. Os materiais a utilizar nas Redes Principal e de Distribuição devem estar em conformidade com o exposto no presente Manual. A capacidade dos tubos deve ser calculada com base nas fГіrmulas constantes do ponto 3.6.3.2.1. 3.6.2 VIZINHANГ‡A COM OUTRAS REDES A localização das tubagens no subsolo deve ter em conta as outras infra-estruturas instaladas no subsolo, bem como os eventuais obstГЎculos existentes. A tabela seguinte fixa as distГўncias e profundidades a que se devem estabelecer as diversas infra-estruturas, salvo a existГЄncia de determinações municipais ou outras que se sobreponham, caso em que devem fazer parte do projecto como justificativo. As figuras seguintes indicam os afastamentos a respeitar. LOCALIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DE SUBSOLO (1) Limite da propriedade (limite interior do passeio) Limite exterior do passeio Eixo da via L A Largura do passeio(L) [m ](3) < 1,60 0,25 Rede de sinalização (verde) P Geratriz exterior superior da conduta Bloco da Formação de 1,60 a 1,80 > 1,80 a 2,10 > 2,10 Afastamento (A) [m] (2) 1,40 1,60 1,80 Profundidade (P) [m] (2) 0,80 0,80 0,80 (1) – Salvo regulamentação camarГЎria ou de outra entidade (2) - NГЈo hГЎ lugar a instalações subterrГўneas de telecomunicações no passeio (3) – Na via de circulação rodoviГЎria , a profundidade (P) Г© de 1,00 m Figura 32 – Esquema de localização das infra-estruturas no subsolo pГЎg. 50 PASSEIOS - LOCALIZAÇÃO DE TUBAGENS BT - Baixa TensГЈo AT - Alta TensГЈo A - ГЃgua G - GГЎs T - Telecomunicações LARGURA DOS PASSEIOS (m) AFASTAMENTO A 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,30 1,30 1,30 1,40 1,40 1,40 1,40 1,40 1,40 1,60 1,60 1,60 1,80 1,80 1,80 B C COTAS D BT 0,40 0,40 0,40 0,40 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 AT 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 A G T NOTAS: A profundidade mГnima refere-se Г geratriz exterior superior da tubagem. Para largura de passeios superior a 2,4 m, devem ser utilizados os parГўmetros correspondentes a 2,4 m. Estes procedimentos sГЈo sempre aplicГЎveis, salvo eventuais disposições camarГЎrias. pГЎg. 51 No caso das infra-estruturas de telecomunicações se localizarem nas vias de circulação rodoviГЎria, a profundidade mГnima deve ser de 1m. 3.6.3 REDE DE TUBAGEM 3.6.3.1 REGRAS GERAIS Os tubos devem ser boleados no interior das cГўmaras de forma a nГЈo apresentarem arestas vivas, susceptГveis de ferirem os cabos quando do seu enfiamento. Por igual motivo, nas juntas por abocardamento as arestas dos tubos interiores devem estar devidamente boleadas. Nos diversos troГ§os de tubo devem ser deixadas guias para facilitar o posterior enfiamento dos cabos, possibilitando a sua tracção. Para efectuar as diversas formações devem utilizar-se as espaГ§adeiras adequadas, que devem distar cerca de 3m, e nГЈo devem coincidir com as juntas dos tubos, ficando tanto quanto possГvel equidistantes destas. Nos tritubos as juntas devem ser desfasadas de cerca de 50cm, tal como se mostra na figura seguinte, para nГЈo criar um ponto frГЎgil na tubagem. 0,50 0,50 Figura 33 – Desenho evidenciando o afastamento das juntas em tritubos PEAD Todos os tubos nГЈo utilizados dentro das cГўmaras de visita, deverГЈo ser tamponados com tampas prГіprias. CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DOS TUBOS Na instalação dos tubos deverГЈo ser observados os seguintes requisitos: п‚„ DeverГЈo ser retirados do fundo da vala e do terreno de compactação, todas as pedras ou quaisquer outros detritos que possam danificar os tubos; п‚„ O fundo da vala deverГЎ ser aplanado de modo a que nГЈo apresente ondulações superiores a 5cm em 20m. 3.6.3.2 DIMENSIONAMENTO DE TUBAGENS 3.6.3.2.1 REDES PRINCIPAL E SECUNDГЃRIA A rede de tubagens principal deve comportar, no mГnimo, duas CГўmaras de Visita (CV), interligadas com 4 tubos de Г�110mm, um tritubo Г�40mm e dois acessos ao exterior da pГЎg. 52 urbanização com igual dimensionamento, para interligação Г s redes dos operadores. Exceptuase a rede em ponto(“■“). Devem igualmente incluir-se as ligações Г rede de distribuição da urbanização. A distГўncia mГЎxima entre cГўmaras Г© de 120m e os troГ§os devem ser rectilГneos, admitindo-se curvaturas com atГ© 2cm/m. Caso sejam necessГЎrias curvaturas mais acentuadas deverГЎ efectuar-se desdobramento do troГ§o, com a construção de cГўmaras de passagem intermГ©dias. O dimensionamento dos tubos e o seu nГєmero deve ser determinado com base nas seguintes regras: п‚„ Um tritubo para a fibra Гіptica, no qual deve ficar sempre um tubo livre para manobra de manutenção e/ou de expansГЈo. п‚„ Um tubo para cabos coaxiais, podendo prever-se a instalação de sub-condutas (monotubos). п‚„ Um tubo para cabos em pares de cobre. PoderГЎ admitir-se a instalação de mais do que um cabo por tubo, utilizando-se nesse caso sub-condutas (monotubos). Em cada formação deverГЎ prever-se, para alГ©m do considerado no tritubo, dois tubos, sendo um para servir as zonas de futura expansГЈo e outro para manobras de alteração e/ou manutenção. Para determinar a capacidade em função do diГўmetro dos tubos, tubagens ou sub-condutas, deve considerar-se o diГўmetro nominal/1,33 como diГўmetro mГnimo interior, e considerar uma folga de 10% devido Г deformação do cabo decorrente do seu enrolamento, e mais 10% para facilitar o seu enfiamento: Assim teremos: DiГўmetro do cabo x 1,33 x 1,10 x 1,10 = diГўmetro nominal mГnimo do tubo Deve adoptar-se o diГўmetro nominal imediatamente superior ao valor anterior. Quando se projecta o enfiamento de mais do que um cabo num tubo, deve prever-se a utilização de sub-condutas mesmo para os espaГ§os inicialmente nГЈo ocupados. Na tabela seguinte estГЈo indicados os valores dos diГўmetros interiores mГnimos a que devem obedecer os tubos normalizados, de acordo com a EN50086-2-4. DiГўmetro Nominal dos Tubos [mm] DiГўmetro Interior (Di) mГnimo [mm] 40 30 50 37 63 47 75 56 90 67 110 82 Tabela 15 – DimensГµes mГnimas interiores dos tubos O n.Вє de ligações previstas deve ser calculado adicionando o n.Вє de ligações destinadas Г urbanização, ao n.Вє de ligações estimado para as zonas de expansГЈo adjacentes, a jusante da ligação Г s redes dos operadores. O n.Вє total de ligações deve ser maior ou igual Г s estimadas para os edifГcios que compГµem a urbanização, incluindo as destinadas a eventuais postos pГєblicos, praГ§as de tГЎxis, bombeiros, e outras previstas para o espaГ§o da urbanização. pГЎg. 53 Para dimensionar os tubos, tal como na rede principal, calcula-se o diГўmetro nominal mГnimo DN pela fГіrmula: DN = 1,33 x 1,10 x 1,10 x de em que de Г© o diГўmetro exterior do cabo. Para a distribuição em estrela, correspondente ao troГ§o final da rede, em que serГЎ necessГЎrio enfiar um elevado nГєmero de cabos em cada tubo, deve calcular-se o dimensionamento tendo como mГnimo os valores indicados no ponto anterior, ou conhecendo os diГўmetros das cablagens a estabelecer, poderГЈo ser calculados os seus diГўmetros interiores, usando a seguinte fГіrmula geral para o cГЎlculo das tubagens: рќђ·рќ‘Ѓ ≥ 2 Г— рќ‘‘12 + рќ‘‘22 + в‹Ї + рќ‘‘рќ‘›2 DN: diГўmetro nominal do tubo d1 a dn: diГўmetros exteriores dos cabos 1 a n. Em ambos os casos utiliza-se o diГўmetro nominal igual ou imediatamente superior ao calculado, ou considera-se mais de um tubo, alterando em conformidade o tipo de formação. Considerando os valores mГnimos para os elementos da rede e com base nos diГўmetros das rede de cabos a utilizar, calculam-se as tubagens, CV, armГЎrios e outros equipamentos. CГЎlculo das tubagens Valores mГnimos e condicionantes: o o o o o o Para as habitações unifamiliares e edifГcios com um fracção autГіnoma, sempre que isoladamente, utilizar-se-ГЈo como mГnimo as cГўmaras de visita CVR1; Para as situações restantes, utilizar-se-ГЈo como mГnimo as cГўmaras de visita CVR2; A instalação das cГўmaras de visita Г© feita preferencialmente no passeio e em frente do respectivo lote. As tampas serГЈo adequadas ao local de instalação; o tipo B125 Г© a indicada para passeio e a D400 para a faixa de rodagem; No caso de moradias em banda, as CV deverГЈo ser partilhadas, tendo como mГnimo as CV tipo CVR2; As entradas de cabos para os lotes partem directamente das CV; A distГўncia mГЎxima em linha recta entre CV, nГЈo pode exceder os 120m. DeverГЈo ser tomados em conta os seguintes dados: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· NГєmero e tipo de fracções autГіnomas de cada lote; Permitir o alojamento de redes de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra Гіptica, bem como equipamentos passivos e activos, indispensГЎveis para o seu funcionamento; Garantir reserva de espaГ§o, para operações no caso de reparações e/ou ampliação; Garantir o acesso a vГЎrios operadores, em igualdade de circunstГўncias; Garantir a compatibilidade com o ITED, no que toca Г entrada de cabos para os diferentes tipos de edifГcios, bem como a ligação Г s redes pГєblicas. Nas ITUR, o dimensionamento da rede de tubagens terГЎ como mГnimo o indicado na tabela seguinte, e como base o n.Вє de fracções autГіnomas. Os diГўmetros indicados sГЈo nominais. pГЎg. 54 NВє de fracções autГіnomas PC CC FO < 125 1пѓ†110 1пѓ†110 1Tпѓ†40 > 125 2пѓ†110 1пѓ†110 1Tпѓ†40 Tabela 16 – Dimensionamento da rede de tubagem Г‰ obrigatГіrio o envolvimento em betГЈo da tubagem em zonas sujeitas a cargas intensas, como sejam itinerГЎrios Principais e Complementares, e zonas onde o terreno circundante se situa junto de valetas, muros de suporte ou susceptГvel a abatimentos. 3.6.3.3 FORMAÇÕES 3.6.3.3.1 TUBOS COM ENVOLVIMENTO EM AREIA/PГ“ DE PEDRA O fundo da trincheira deverГЎ ser coberto com uma camada de areia, ou pГі de pedra batido, com um mГnimo de 5 cm. No caso de solos rochosos essa espessura deve ser aumentada para 10cm. Entre cada camada de tubos deve ficar uma camada de areia ou pГі de pedra regada, com um mГnimo de 3cm de espessura. No final da formação deverГЎ ser colocada uma camada de areia ou pГі de pedra, regada e batida, com 15cm de espessura. 3.6.3.3.2 TUBOS COM ENVOLVIMENTO EM BETГѓO O fundo da trincheira deverГЎ ser regularizado com uma camada de areia ou saibro batido, com 2cm de espessura. Os tubos deverГЈo ser assentes em betГЈo C20/25 devidamente vibrado, ficando com um envolvimento de pelo menos 2cm. DeverГЎ ser utilizada cofragem lateral. O aterro sГі deverГЎ ser efectuado apГіs secagem do betГЈo. Em ambos os casos, envolvimento em areia ou em betГЈo, o aterro deve ser efectuado por camadas com cerca de 25cm de altura regadas e batidas. Os tubos da infra-estrutura deverГЈo ser sinalizados por meio de uma fita de sinalização de cor verde, 25cm acima do bloco da formação. pГЎg. 55 Rede de sinalização 25 Bloco Figura 34 – Desenho esquemГЎtico de corte de uma vala tГ©cnica l 5,00 l 2,00 2,00 15,00 5,00 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00 3,00 h 3,00 2,00 5,00 5,00 3,00 Bloco de tubagens c/ envolvimento em areia/pГі de pedra Bloco de tubagens c/ envolvimento em betГЈo Figura 35 – Desenhos esquemГЎticos de blocos de tubagens no interior de uma vala tГ©cnica O envolvimento das tubagens deverГЎ ser feito em betГЈo nos seguintes casos: п‚· п‚· п‚· Locais onde cargas circulantes se manifestem com grande intensidade; Terreno circundante sujeitos a esforГ§os elevados, tendo como proximidade, por exemplo, muros de suporte de estradas; Terreno circundante situado em zona fragilizada pelas ГЎguas, como por exemplo locais prГіximos de valetas e bermas de estradas. Nas situações em que a rede de tubagens for estabelecida na berma de estradas de grande trГЎfego, devem ser localizadas a uma distГўncia superior a 1 m do traГ§o limitador da faixa de rodagem ou alГ©m do rail de protecção. pГЎg. 56 3.6.3.4 CГ‚MARAS DE VISITA CГ‚MARAS DE VISITA DO TIPO: DimensГµes mГnimas interiores (cm) CV tipo PГ© direito mГnimo Largura Comprimento Tubos por face Capacidade CVR1 100/150/175 60 75 2 tubos D110+1 tritubo D40 passagem de cabo < 200 pares CVR2 100/150/175 75 120 4 tubos D110 + 2 tritubo 200 pares atГ© ao mГЎx. 2 juntas CVR3 175 75 150 6 tubos D110 + 2 tritubo Juntas de divisГЈo/fusГЈo de FO (uma por cada 200 fracções) Tabela 17 – Tipos de CV CГўmara CVR1b п‚· CГўmara paralelepipГ©dica, construГda no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo utilizada como: o CГўmara de passagem de cabos; o Interligação da rede de distribuição do edifГcio com a rede ITUR; o Capacidade indicativa – uma junta em cabos de pares de cobre atГ© 200 pares e uma junta de fibra Гіptica. CГўmara CVR2 п‚· CГўmara paralelepipГ©dica, construГda no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo utilizada como: o CГўmara de distribuição e passagem de cabos; o CГўmara de acesso a armГЎrios de telecomunicações (por exemplo Nichos SPH); o Capacidade Indicativa – duas juntas em cabos de pares de cobre atГ© 200 pares e duas juntas de Fibra Г“ptica. CГўmara CVR3 п‚· CГўmara paralelepipГ©dica, construГda no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo utilizada como: o CГўmara de distribuição e passagem de cabos: o CГўmara de acesso a armГЎrios de telecomunicações (por exemplo Nichos SPH); o CГўmara de acomodação de Juntas de DivisГЈo e FusГЈo de Fibras Г“pticas. o Capacidade Indicativa – trГЄs juntas em cabos de pares de cobre atГ© 200 pares e duas juntas de Fibra Г“ptica. o Juntas de cabos Гіpticos atГ© ao nГєmero mГЎximo de 2; Em situações especГficas poderГЈo ser utilizados outros tipos de cГўmaras de visita, nomeadamente de maior dimensГЈo. A localização das CV deverГЎ ser feita de acordo com o projecto da urbanização, dando preferГЄncia na sua localização Г s bermas, passeios, em locais onde o raio de curvatura das tubagens assim o obrigue, cruzamentos de ruas e em locais estratГ©gicos, como entradas de lotes e acessos a armГЎrios de telecomunicações e outros elementos integrantes da rede de pГЎg. 57 telecomunicações. Na sua localização deve evitar-se a proximidade de depГіsitos de combustГveis, ou outros locais de risco de explosГЈo. 3.6.3.5 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS FicarГЎ ao critГ©rio do projectista prever a colocação de armГЎrios de telecomunicações, assim como outras infra-estruturas (por exemplo, de cabines pГєblicas ou de postos sinalizadores, bombeiros, polГcia, tГЎxis, etc.), cujas tubagens de ligação deverГЈo ser indicadas no projecto, constituГdas por 1 ou mais tubos de diГўmetro nominal devidamente justificado pelo projectista, terminado numa caixa de pavimento. O diГўmetro mГnimo serГЎ de 50 mm. Importa igualmente assegurar a previsГЈo de ramais elГ©ctricos para alimentação destes equipamentos. No projecto de telecomunicações apenas deverГЎ ser feita referГЄncia a essa previsГЈo, cujo dimensionamento estГЎ no Гўmbito do projecto de energia elГ©ctrica do loteamento/urbanização. A ligação Г rede pГєblica de comunicações electrГіnicas Г© obrigatГіria e deverГЎ ser definida e dimensionada no projecto, de acordo com indicação dada pelo Sistema de Informação Centralizado (SIC) e/ou pelos operadores pГєblicos de comunicações electrГіnicas. Os operadores poderГЈo emitir um parecer tГ©cnico sobre um projecto propondo, com a devida fundamentação, alterações ao mesmo, de forma a facilitar a sua ligação e harmonização com as redes existentes, ou outras planeadas, que se venham a implementar no local. Nas ITUR privadas os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armГЎrios projectados, tendo em atenção os dispositivos que se prevГЄem instalar. ARMГЃRIO A B C C C CГ‚MARA DE VISITA B A CORTE A-A CORTE B-B C CORTE C-C Figura 36 – Diagrama de entrada de tubos no pedestal 3.6.3.6 GALERIAS E SALAS TГ‰CNICAS Consoante as dimensГµes da urbanização, caracterГsticas e concentração dos edifГcios, poderГЎ o projectista optar pela construção de uma ou mais Galerias TГ©cnicas para acomodação de caminhos de cabos, calhas e outros dispositivos constituintes da Rede de Cablagem da urbanização. A localização destas infra-estruturas deverГЎ ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual serГЎ elaborado tendo em conta os afastamentos mГnimos exigidos pela legislação em vigor e condicionados por outras infra-estruturas existentes no local. pГЎg. 58 DeverГЈo ainda ser localizados e dimensionados de forma facilitar a distribuição das redes de pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra Гіptica. 3.6.3.7 TRAVESSIAS DeverГЈo ser evitadas, na medida do possГvel, travessias cruzamentos e vizinhanГ§as com outras redes, escolhendo-se o traГ§ado mais conveniente, tendo em conta as preocupações ambientais, paisagГsticas e os sistemas ecolГіgicos atravessados. As travessias de estradas, arruamentos e caminhos, deverГЈo obedecer Г s seguintes condições: п‚„ A profundidade mГnima nГЈo deverГЎ ser inferior a 1 m; п‚„ Devem ser realizadas perpendicularmente ao eixo das vias, excepto em casos devidamente justificados; п‚„ Na interligação entre 2 CV, antes e depois da travessia, esta serГЎ realizada por 2 tubos PEAD110 e um tritubo PEAD40, como utilização mГnima. As travessias das vias devem fazer-se sempre que possГvel na perpendicular ao eixo da mesma e devem considerar-se cГўmaras de passagem em ambos os extremos. 3.6.4 REDES DE CABOS O projecto e a instalação das redes de cabos existe apenas nas ITUR privadas. De modo a poder garantir o acesso aberto e nГЈo discriminatГіrio de operadores de comunicações electrГіnicas, deverГЈo ser instaladas as seguintes redes, tendo como mГnimo as seguintes condições: п‚· п‚· Rede de pares de cobre – topologia em estrela, garantindo no ATE ou CEMU de cada lote um mГnimo de 4 pares de cobre, por fracção; Rede de cabos coaxiais – duas redes, uma de CATV e uma outra rede com topologia a definir pelo projectista, garantindo no ATE ou CEMU de cada lote, o sistema de MATV. Este sistema deverГЎ ter a possibilidade de utilização de sistemas TDT; Rede de fibra Гіptica – a topologia de implementação deste tipo de rede, deve garantir no ATE ou CEMU de cada lote, um mГnimo de duas fibras por cada fracção. 3.6.4.1 CABO DE PARES DE COBRE o o 4 pares de cobre por fracção autГіnoma; CГЎlculo da quantidade de pares de cobre em função do nГєmero de fracções autГіnomas por lote, por aplicação da obrigatoriedade anterior; 3.6.4.2 CABO COAXIAL ExistirГЎ uma rede coaxial, que dependendo da dimensГЈo do empreendimento poderГЎ ser hГbrida (Coaxial + Fibra), desenvolvida desde o Ponto de distribuição (PD) considerado principal, o ATU, que servirГЎ todos os lotes do empreendimento. Esta rede desenvolver-se-ГЎ ao critГ©rio do projectista. Esta rede terГЎ caracterГsticas especiais quanto ao seu plano de frequГЄncias, uma vez que potencialmente poderГЈo circular na mesma: п‚· Sinais em Via-Directa de MATV, obrigatГіrios em edifГcios ITED de duas ou mais FA; п‚· Sinais em Via-Directa de um ou dois operadores de cabo; pГЎg. 59 п‚· Sinais em Via-de-Retorno de um ou dois operadores de cabo. Estando presentes, ou previstos para estes lotes, habitações unifamiliares ou edifГcios colectivos, estes deverГЈo ser servidos nas respectivas CEMU ou ATE inferior, segundo corresponda, com os seguintes nГveis mГnimos de sinal Г s frequГЄncias assinaladas: п‚· 75 dBпЃV a 862 MHz; п‚· 70 dBпЃV a 2150 MHz. Do ponto de vista de chegada ao ATI, esta rede exterior deverГЎ ser considerada como a correspondente Г rede de CATV. VГЎrias soluções de desenho e implementação da rede Coaxial ou HГbrida poderГЈo ser consideradas, dependendo estas das particularidades das ITUR privada, tais como: п‚· Finalidade comercial dos lotes: habitação permanente ou habitação de aluguer sazonal; п‚· Perfil do cliente de aluguer (idioma, preferГЄncias de serviГ§os, etc.); п‚· ServiГ§os associados ao lote: Hotelaria, “Resort”, “Bungalows”, etc.; п‚· Exclusividade do lote: Individual ou Multi-familiar. Obrigatoriamente esta rede coaxial (hГbrida se necessГЎrio) servirГЎ todos os lotes do empreendimento, sejam eles de Гndole Individual ou Colectiva, conseguindo-se desta forma: п‚· PoupanГ§a no investimento quanto ao equipamento de recepção a colocar na CabeГ§a de Rede de Grau1 (CR1), uma vez que deste apenas se adquire um conjunto; п‚· Optimização das condições de recepção dos sinais de difusГЈo terrestre, que em muitos casos obriga a uma criteriosa escolha do melhor local, que nem sempre Г© o que inicialmente se previu. Conseguida esta optimização da recepção, automaticamente ela estarГЎ disponГvel para todos os lotes com igual qualidade; п‚· Que qualquer utilizador possa aceder a um serviГ§o de um operador de cabo sem que para tal seja necessГЎrio algum tipo de investimento suplementar. De forma a permitir a Гіptima entrega de serviГ§os por parte dos operadores de cabo aos seus potenciais clientes, deverГЎ a rede coaxial cumprir os seguintes pressupostos, para alГ©m de outros jГЎ referidos: п‚· A rede coaxial nГЈo deverГЎ servir mais do que 256 fracções autГіnomas, com uma margem superior de 10%. Acima deste valor esta deverГЎ ser dividida em cГ©lulas de 256 fracções autГіnomas, estando estas cГ©lulas interligadas por fibra Гіptica entre si e o ATU; п‚· O plano de frequГЄncias da rede deverГЎ ter reservada uma banda de 100MHz na via directa, possibilitando a um operador colocar os seus serviГ§os DTH na rede, com recurso Г Transmodulação Digital transparente (QPSK_QAM ou 8PSK_QAM). 3.6.4.3 CABO DE FIBRA Г“PTICA o o 2 Fibras Гіpticas por fracção autГіnoma; CГЎlculo da quantidade de fibras Гіpticas, em função do nГєmero de fracções autГіnomas por lote, por aplicação da obrigatoriedade anterior; pГЎg. 60 o Uso de cabos normalizados de capacidade igual ou imediatamente superior. Calculadas as redes, determinam-se os diГўmetros exteriores dos cabos a utilizar, os quais vГЈo ser usados no cГЎlculo das tubagens e dos outros elementos da rede. Estas caracterГsticas referem-se a mГnimos obrigatГіrios, podendo o projectista, se assim o entender, em consonГўncia com o dono da obra, com os condГіminos ou seus legais representantes, desenvolver soluções mais avanГ§adas nomeadamente de rede local interna ao condomГnio. Em anexo apresenta-se uma das possГveis soluções, em que existe uma rede primГЎria de distribuição em FO do ATU atГ© repartidores intermГ©dios, onde sГЈo descodificados os sinais originais modulados para transmissГЈo na fibra Гіptica, sendo a partir daqui distribuГdos localmente em pares de cobre, cabo coaxial e FO, como se mostra na figura seguinte: Figura 37 – Diagrama esquemГЎtico de uma solução para distribuição em FO numa urbanização 3.7 3.7.1 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO ITUR PГљBLICA O projecto das redes de tubagem deve conter uma memГіria descritiva e justificativa, cГЎlculos, peГ§as desenhadas, listagem de materiais e termo de responsabilidade do tГ©cnico do projecto. As peГ§as desenhadas devem incluir plantas da urbanização, onde se indiquem os traГ§ados de tubagens, localização dos lotes, edifГcios e rede viГЎria, e devem possuir escala tecnicamente adequada. A escala deverГЎ estar de acordo com a NP717 e ser de 1:500, ou de definição superior. O projecto deve ser explГcito de modo a permitir a instalação da rede de tubagens, evitando diferentes interpretações e sem suscitar dГєvidas ao instalador. pГЎg. 61 O projecto deve incluir sempre uma estimativa orГ§amental da rede de tubagens de telecomunicações. O projecto dever ser elaborado tendo em conta os condicionantes impostos na operação de loteamento da urbanização e os Regulamentos do MunicГpio em que se insere, de acordo com o preceituado no Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio, e no presente Manual TГ©cnico. O projecto deverГЎ tambГ©m ter em consideração a superfГcie total do terreno da urbanização, ГЎrea de construção, natureza das actividades nГЈo habitacionais, e dimensionamento das ГЎreas a elas destinadas. DeverГЎ tambГ©m considerar o nГєmero de acessos por tecnologia previstos por lote. A planta de projecto deve ter inscritos: a) os pontos de acesso Г s tubagens da urbanização; b) os pontos de entrada em cada lote e/ou edifГcio; c) a localização dos lotes e/ou edifГcios a servir; d) a localização e tipo das CV, pedestais e espaГ§os tГ©cnicos; e) as directrizes dos troГ§os de tubagens com indicação do tipo e formação; f) a localização de postos pГєblicos, postos sinalizadores de bombeiros, postos para tГЎxis e outros previstos no projecto; h) a localização de outras infra-estruturas que sejam referidas na memГіria descritiva, como condicionantes Г localização das redes de tubagem. 3.7.2 ITUR PRIVADA O projecto das Redes de Tubagem de uma ITUR privada deve integrar os seguintes items: п‚„ Fichas TГ©cnicas (anexo ao presente manual); п‚„ MemГіria descritiva e justificativa, nomeadamente das opções tomadas face Г especificidade da ITUR, contendo todas as informações e esclarecimentos necessГЎrios Г interpretação do projecto, nomeadamente quanto Г sua concepção, natureza, importГўncia, função, cuidados a ter com os materiais a utilizar e protecção de pessoas e instalações; п‚„ Planta topogrГЎfica de localização da urbanização (escala maior ou igual a 1:5000); п‚„ Inscrição nos esquemas das capacidades dos dispositivos, dimensГµes e tipos de condutas, e de cГўmaras de visita, capacidade dos cabos e classe ambiental considerada, tendo em conta o disposto no capГtulo MICE do presente Manual ITUR; п‚„ Esquema da Rede de Tubagens; п‚„ Esquema ou esquemas das Redes de Cabos; п‚„ Quadros de dimensionamento de cabos para cada tecnologia; п‚„ Diagrama do ATU; п‚„ Diagramas de outros Bastidores, caso existam; п‚„ Caso exista Sala TГ©cnica, a respectiva Planta e Diagrama com a localização dos bastidores e armГЎrios e interligações; п‚„ Diagramas das caixas de passagem e encaminhamento dos cabos para cada tecnologia; п‚„ CГЎlculo dos nГveis de sinal nas redes de cabo coaxial; pГЎg. 62 п‚„ Lista de material, com indicação de quantidades, modelos e tipos a instalar na ITUR. DeverГЈo ser indicadas as marcas dos materiais, salvaguardando no entanto a existГЄncia de equivalГЄncias; п‚„ Termo de Responsabilidade; п‚„ Registo em formato electrГіnico da georreferenciação da Rede de Tubagens da ITUR; 3.8 3.8.1 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS CLASSIFICAÇÃO A classificação das ITUR, engloba-se na definição de “Redes de Comunicações”, como definido na secção XV, Artigos 169, 170, 171, 172, 173 e 174 da Portaria nВє701-H/2008 de 29 de Julho e “Instalações, Equipamentos e Sistemas de Comunicação”. Para efeitos do presente Manual considera-se o projecto de execução, designado genericamente por projecto. 3.8.2 DOCUMENTAÇÃO A classificação das obras das ITUR Г© feita de acordo com a Lei n.Вє 60/2007, de 4 de Setembro, e com o definido na Portaria n.Вє701-H/2008, de 29 de Julho, como “Redes de Comunicações”. Nas situações em que se utilizem centros de comunicação telefГіnica e/ou equipamentos de telecomunicações, serГЈo designadas como sistemas de comunicação e classificados com a categoria IV (categoria das obras). 3.8.3 PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO A necessidade de alteração de partes ou mesmo da totalidade do projecto, deverГЎ estar relacionada com a inexequibilidade do mesmo, nomeadamente quando Г funcionalidade inicialmente prevista, podendo existir motivos tГ©cnicos relacionados com uma alteração da sua finalidade, no Гўmbito das arquitecturas e dimensionamentos das redes de tubagem e cabos. Quando detectados os casos acima referidos deve o instalador promover a referida alteração, em estreita colaboração com o dono da obra, elaborando uma Proposta de Alteração, devidamente fundamentada. Esta Proposta de Alteração poderГЎ nГЈo ser emitida se o projectista, quando contactado, encontrar Г partida uma solução para o problema encontrado. Neste caso ele prГіprio alterarГЎ o projecto. No caso do projectista nГЈo encontrar uma solução adequada, deverГЎ aprovar a Proposta de Alteração. A aceitação da Proposta de Alteração, por parte do projectista inicial, deverГЎ implicar a realização de um documento (Aditamento ao Projecto) com base na mesma, passando estes a ser obrigatoriamente partes integrantes da documentação geral do projecto. O referido aditamento deverГЎ ser realizado pelo projectista inicial ou, sob sua autorização e aprovação, pelo(s) requerente(s) da respectiva Proposta de Alteração, quando habilitados tecnicamente para o efeito, nos termos do Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio. A nГЈo-aceitação da proposta de alteração, por parte do projectista inicial, deverГЎ ser fundamentada tecnicamente, devendo este propor em alternativa uma solução adequada para a resolução dos problemas, apГіs contacto com os respectivos requerentes. Caso se encontre solução adequada, deverГЎ ser elaborado o respectivo aditamento, nos termos dos procedimentos acima referidos. pГЎg. 63 Se por algum motivo de forГ§a maior a Proposta de Alteração for posta Г consideração e aceite por um projectista que nГЈo o inicial, deverГЈo os requerentes entrar em contacto com este (o inicial), de modo a que seja autorizada a execução do respectivo aditamento, por forma a acautelar possГveis violações Г s regras de autoria do projecto, nos termos do cГіdigo de direitos de autor. DeverГЎ ainda ser alertado o director tГ©cnico da obra de modo a que a proposta de alteração, e respectivos aditamentos, ou a sua recusa, sejam referenciados no livro de obra, nos termos da alГnea c), do artigo 38.Вє do Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio. As alterações adoptadas deverГЈo estar de acordo com o estipulado no presente Manual. Em qualquer situação o dono de obra pode contratar um outro projectista, para a elaboração de um projecto completamente novo. pГЎg. 64 4 INSTALAÇÃO 4.1 ASPECTOS GENГ‰RICOS As Infra-estruturas de Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e CondomГnios (ITUR), deverГЈo ser concebidas de forma a permitir desempenhar com eficiГЄncia e em boas condições de seguranГ§a os fins a que se destinam, devendo estas regras ser sempre consideradas mГnimas, permitindo uma fГЎcil evolução para soluções tecnicamente mais elaboradas. Garante-se o acesso aberto Г s infra-estruturas a mais do que um operador. Consideram-se dois tipos de ITUR: as ITUR pГєblicas e as ITUR privadas. п‚„ ITUR pГєblicas: Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações, loteamentos e condomГnios abertos, utilizando as estruturas de tubagem das redes de comunicações electrГіnicas dentro do domГnio pГєblico. Estas redes de comunicações electrГіnicas serГЈo utilizadas total ou parcialmente para o fornecimento de serviГ§os de comunicações electrГіnicas acessГveis ao pГєblico, a todos os condГіminos, dentro dos pressupostos destas regras tГ©cnicas. п‚„ ITUR privadas: Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações, loteamentos e condomГnios fechados, utilizando as estruturas de tubagem e cablagem das redes de comunicações electrГіnicas dentro de um domГnio privado. As ITUR que integram as partes comuns dos condomГnios sГЈo detidas em compropriedade por todos os condГіminos cabendo Г respectiva administração de condomГnio a sua gestГЈo e conservação, em conformidade com o regime jurГdico da propriedade horizontal e com o Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio. As instalações terГЈo de ser efectuadas seguindo rigorosamente o projectado. DeverГЈo tambГ©m respeitar todos os regulamentos e disposições camarГЎrias relativos Г execução das intervenções na urbanização. As boas regras de execução sГЈo uma exigГЄncia para que a instalação possa ser aceite e seja possГvel dar garantias ao dono da obra, e posteriormente Г autarquia, no caso das urbanizações pГєblicas. Os materiais terГЈo de estar de acordo com a listagem apresentada no projecto, sГі podendo ser substituГdos mediante justificação escrita que ficarГЎ apensa Г restante documentação da instalação. 4.1.1 CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO As ITUR deverГЈo ser estabelecidas de forma a nГЈo causar perturbações a outras infra-estruturas existentes, ter os seus elementos convenientemente identificados, facilitando a sua pesquisa e a reparação de avarias. No seu estabelecimento, as ITUR deverГЈo eliminar todos os perigos previsГveis para pessoas e bens. 4.1.2 INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS Todos os elementos das ITUR deverГЈo ser apenas acessГveis a pessoas suficientemente informadas, ou vigiadas por pessoa qualificada, dotada de conhecimentos tГ©cnicos ou experiГЄncia suficiente, que lhe permitam evitar os possГveis perigos que possam advir das telecomunicações. No acesso, deverГЎ ser salvaguardado o sigilo das comunicações, durante a execução, ampliação, alteração e exploração das ITUR. pГЎg. 65 4.1.3 RESPEITO DE OUTROS DIREITOS Na execução, ampliação, alteração e exploração das ITUR, deverГЎ respeitar-se o patrimГіnio cultural, estГ©tico e cientГfico, em especial quando tiverem valor histГіrico, ecolГіgico, paisagГstico ou arquitectГіnico. DeverГЈo ser sempre garantidas o mГnimo de perturbações causadas aos diversos serviГ§os de interesse pГєblico ou particular. 4.1.4 ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES Sempre que a situação o justifique, deverГЈo ser feitos acordos com outras entidades intervenientes no local do estabelecimento das ITUR, de forma a garantir a boa execução dos trabalhos e evitar os perigos que possam advir dos trabalhos em execução. 4.2 REDE DE TUBAGENS A rede de tubagens a estabelecer, serГЎ constituГda pelos diversos elementos previstos, tendo como base as redes de cabos a instalar, no caso das ITUR privadas e prever no caso das ITUR pГєblicas, devendo ser utilizados os passeios, como locais de preferГЄncia para o seu estabelecimento. O traГ§ado da rede serГЎ condicionado pelas redes de cabos integrantes das ITUR e pelos elementos que lhe dГЈo funcionalidade, equipamentos activos e passivos, de repartição, de protecção, sistemas de antenas e interfaces de rede. A execução das ITUR, terГЎ obrigatoriamente como base, um projecto de execução, que cumpra o definido na legislação em vigor. O responsГЎvel pela sua execução, deverГЎ apresentar junto da entidade licenciadora, o respectivo termo de responsabilidade de execução, aquando do licenciamento. Dever-se-ГЎ evitar sempre que possivel, a colocação de infra-estruturas de telecomunicações em locais com risco de explosГЈo, locais de estacionamento pГєblico ou privado, junto a paragens de autocarro, tГЎxis, etc. TerГЈo de ser cumpridas todas as exigГЄncias legais e regulamentares em vigor antes do inГcio dos trabalhos, bem como a sua compatibilização e coordenação com outras entidades, que desenvolvam obras de subsolo e que estejam ou venham a decorrer em tempo considerado Гєtil, no local. DeverГЈo ser aplicadas as boas regras de construção, boa utilização dos equipamentos e materiais e dado cumprimento Г s disposições regulamentares em vigor, nomeadamente Г s emanadas pelas entidades intervenientes. Se no decorrer das obras for necessГЎrio proceder Г alteração do projecto, que implique alterações da capacidade ou modificação da estrutura e arquitectura da rede, deverГЎ ser apresentado aditamento ao projecto, pelo projectista ou por um outro projectista, nomeado por si para o efeito e para o acto jГЎ referido anteriormente. Sempre que se pretenda executar trabalhos nas ITUR em serviГ§o, deverГЈo ser notificados previamente, todos os operadores com redes instaladas na zona. ConcluГdas as ITUR deverГЎ ser registada num sistema de georreferenciação a posição e traГ§ado das redes de tubagens e cablagem, a anexar Г documentação geral do projecto. Os donos de obra ou operadores (proprietГЎrios das infra-estruturas instaladas), deverГЈo identificar as suas infra-estruturas de forma clara, para que sejam contactados no caso de obras de intervenção na mesma. Todas as obras nas ITUR sГі poderГЈo ser realizadas por empresas detentoras do respectivo AlvarГЎ emitido pela InCI (Instituto da Construção e do ImobiliГЎrio) e dirigidas por engenheiros electrotГ©cnicos e engenheiros tГ©cnicos com especialidade de electrotecnia, inscritos em pГЎg. 66 associações pГєblicas de natureza profissional, que os considerem habilitados para o efeito, ou as pessoas colectivas que tenham a colaboração de pelo menos um engenheiro electrotГ©cnico ou de um engenheiro tГ©cnico, com a especialidade de electrotecnia, inscritos em associações pГєblicas de natureza profissional, que os considerem habilitados para o efeito. CONDIÇÕES TГ‰CNICAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS A execução de trabalhos em ITUR, envolvem na sua generalidade as seguintes tarefas: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Implantação/Piquetagem; Escavação; Assentamento das tubagens; Instalação e/ou construção de cГўmaras de visita; Instalação de armГЎrios, nichos ou outros elementos das ITUR; Aterro, compactação e repavimentação; Execução das redes de cabos, no caso das ITUR privadas; Ensaios e relatГіrios; Telas finais e elementos cadastrais. Implantação/Piquetagem ApГіs a preparação do terreno deverГЎ ser feita a implantação da rede, de acordo com o projecto. Escavação Os trabalhos de escavação deverГЈo ser precedidos de todos os procedimentos de seguranГ§a, dando cumprimento ao respectivo plano. A abertura da vala que vai albergar a rede de tubagens e/ou outros elementos da rede, deverГЎ ser executada tendo em conta o respectivo projecto e de acordo com todas as regras da seguranГ§a e da construção, constantes na legislação em vigor. O posicionamento das tubagens deverГЎ ser feito atravГ©s de elementos adequados e indicados pelos fabricantes, garantindo assim uma boa execução e funcionalidade da rede a estabelecer. A existГЄncia de obstГЎculos ou de outras infra-estruturas, que condicionem o estabelecimento da rede, poderГЎ obrigar ao seu desvio, ou aprofundamento e passagem pela parte inferior das mesmas. Nunca o seu estabelecimento poderГЎ ser feito acima da cota mГnima definida neste regulamento. De forma garantir a integridade de outras infra-estruturas existentes no local, deverГЈo ser tomadas todas medidas consideradas necessГЎrias, sendo estas da responsabilidade da entidade executora da obra, assumindo esta qualquer dano que venha a ocorrer. Todos os materiais resultantes da escavação das valas e dos outros elementos da rede, que venham a ser utilizados para o seu aterro, deverГЈo ficar acondicionados ao longo das valas, a uma distГўncia estipulada na legislação em vigor. Os materiais sobrantes deverГЈo ser removidos para local previamente definido. Assentamento das tubagens As tubagens e materiais a instalar estГЈo indicados no respectivo projecto, devendo este ser escrupulosamente executado. A vala que vai albergar as tubagens deverГЎ ter o seu leito previamente regularizado com a utilização de pГі de pedra, saibro ou terra cirandada, com pelo menos 5cm de espessura. pГЎg. 67 Os tubos a instalar serГЈo envolvidos tambГ©m em pГі de pedra, de acordo com o indicado na figura seguinte: Figura 38 – Fotografia de uma vala tГ©cnica com a interligação de tubagens numa caixa de visita Sempre que seja necessГЎrio efectuar a uniГЈo entre tubos, esta deverГЎ ser executada atravГ©s de dispositivos de abocardamento macho-fГЄmea e utilizadas colas adequadas, garantindo assim uma uniГЈo perfeita e uma boa estanquicidade das tubagens a estabelecer. As tubagens deverГЈo ser posicionadas com auxГlio de pentes de guia ou espaГ§adeiras adequadas, de forma garantir uma boa execução do trabalho. Todas as tubagens vazias deverГЈo ser devidamente tamponadas. Aterro, compactação e pavimentação Todos os produtos resultantes da escavação dos solos poderГЈo ser repostos, desde que devidamente cirandados e que garantam uma boa compactação, caso contrГЎrio deverГЈo ser removidos e substituГdos por pГі de pedra ou saibro. Qualquer tipo de trabalhos a executar na via pГєblica carece de autorização das entidades competentes. Tubagem em tubo de PEAD ApГіs a instalação de todos os tubos da rede, estes deverГЈo ser cobertos de pГі de pedra ou saibro, com uma camada de 15 cm de espessura. O aterro da vala que alberga os tubos da rede deve ser executado em camadas de 15cm de espessura, regadas e compactadas mecanicamente, ou por outro tipo de processo adequado. Tritubo No estabelecimento do tritubo este deverГЎ ficar acima dos outros tubos, usando para seu leito uma camada de pГі de pedra ou saibro, com 5 cm de espessura, devidamente compactado. O seu alinhamento deverГЎ ser recto e sem emendas ou uniГµes. SerГЎ coberto, por camada de pГі de pedra ou saibro, com 15 cm de espessura, regado e batido. Ligação de tubos para entrada de edifГcio e outros equipamentos De modo a garantir um bom funcionamento da ligação Г rede, deve eliminar-se a possibilidade de infiltração de ГЎgua nos edifГcios. Para tal, a entrada dos tubos nos edifГcios, deverГЎ ser pГЎg. 68 sempre feita de forma ascendente e com inclinação igual ou superior a 10%. Todos os tubos nГЈo utilizados, deverГЈo estar devidamente tamponados com dispositivos adequados e indicados pelo fabricante. REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS Toda a reposição de pavimento e o enchimento das tampas das CV, deverГЎ respeitar a estrutura do jГЎ existente no local, devendo ser estes trabalhos executados tendo em observГўncia as boas regras da tГ©cnica, da seguranГ§a e todas as normas de execução e de toda a regulamentação em vigor. 4.2.1 ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM Os quadros seguintes apresentam os agrupamentos, ou formações, possГveis de se constituir na instalação de uma infra-estrutura ITUR. FORMAÇÕES COM ENVOLVIMENTO EM PГ“ DE PEDRA OU AREIA E UM TRITUBO Tipo Formação Dtubos=110 mm Bloco de tubagens Dtubos=90 mm Bloco de tubagens Dtubos=50 mm Bloco de tubagens N.Вє Tubos H [m] L [m] H [m] L [m] H [m] L [m] F2 2+1T 0,380 0,350 0,360 0,310 0,320 0,280 F2A 2+1T 0,310 0,560 0,290 0,520 0,250 0,440 F3 3+1T 0,380 0,490 0,360 0,430 0,320 0,310 F4 4+1T 0,520 0,350 0,480 0,310 0,400 0,280 F4A 4+1T 0,380 0,630 0,360 0,550 0,320 0,390 F6 6+1T 0,520 0,490 0,480 0,430 0,400 0,310 F8 8+1T 0,520 0,630 0,480 0,550 0,400 0,390 F9 9+1T 0,660 0,490 0,600 0,430 0,480 0,310 F10 10 + 1 T 0,520 0,770 0,480 0,670 0,400 0,470 F12 12 + 1 T 0,520 0,910 0,480 0,790 0,400 0,550 Tabela 18 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em pГі de pedra ou areia pГЎg. 69 FORMAÇÕES COM ENVOLVIMENTO EM BETГѓO E UM TRITUBO Tipo Formação Dtubos=110 mm Bloco de tubagens Dtubos=90 mm Bloco de tubagens Dtubos=50 mm Bloco de tubagens N.Вє Tubos H [m] L [m] H [m] L [m] H [m] L [m] F2 2+1T 0,210 0,280 0,190 0,240 0,150 0,220 F2A 2+1T 0,150 0,480 0,130 0,440 0,090 0,360 F3 3+1T 0,210 0,410 0,190 0,350 0,150 0,230 F4 4+1T 0,340 0,280 0,300 0,240 0,220 0,220 F4A 4+1T 0,210 0,540 0,190 0,460 0,150 0,300 F6 6+1T 0,340 0,410 0,300 0,350 0,220 0,230 F8 8+1T 0,340 0,540 0,300 0,460 0,220 0,300 F9 9+1T 0,470 0,410 0,410 0,350 0,290 0,230 F10 10 + 1 T 0,340 0,670 0,300 0,570 0,220 0,370 F12 12 + 1 T 0,340 0,800 0,300 0,680 0,220 0,440 H – PГ© direito L – Largura Tabela 19 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em betГЈo 4.2.2 CГ‚MARAS DE VISITA Na construção das cГўmaras deverГЈo seguir-se as boas regras da arte, as estabelecidas no projecto e devem respeitar-se os prazos para tapamento e carga estabelecidos no regulamento de Estruturas de BetГЈo Armado PrГ©-esforГ§ado. As cГўmaras deverГЈo ser construГdas com betГЈo C20/25 e AГ§o A400, salvo se o projecto determinar outra especificação. As tampas das cГўmaras de visita devem estar perfeitamente niveladas com o pavimento. Para tal, caso haja necessidade poderГЎ ser acrescentada a chaminГ©, utilizando-se para o efeito um anel cilГndrico prГ©-fabricado. Nas cГўmaras em que nГЈo exista chaminГ©, estas deverГЈo ser pГЎg. 70 ampliadas ou reduzidas, mas sem ultrapassar as dimensГµes mГnimas estabelecidas, para efectuar o referido nivelamento. Nas cГўmaras de visita deverГЈo ser colocados degraus que facilitem o acesso ao seu interior, devendo igualmente ser instaladas Гўncoras, barras de suporte e outras previstas no projecto. Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das cГўmaras de visita, recomenda-se que na ligação dos tubos Г s paredes de betГЈo seja usada fita expansГvel com a humidade, envolvendo os tubos na espessura das paredes. As cГўmaras de visita devem ser rebocadas com argamassa de cimento e areia ao traГ§o de 1:3, com cerca de 2 cm de espessura, sendo alisado a colher. DeverГЎ ser incorporado um isolante de humidade no reboco. As cГўmaras de visita, deverГЈo ser estanques, de tipo normalizado e executadas de acordo com o respectivo desenho de pormenor, podendo ser prГ©-fabricadas ou construГdas no local de implantação. A laje de fundo e paredes deverГЈo ser em betГЈo armado, a laje de tecto serГЎ igualmente em betГЈo armado, dimensionada em função do trГЎfego circulante na via onde se situa, utilizando como mГnimo em ambos os casos, betГЈo da classe C20/25. No interior das CV, deverГЎ ser gravado o seu tipo e respectivo nГєmero identificativo, de acordo com o projecto, bem como aplicados os respectivos acessГіrios (degraus, Гўncoras, poleias/suportes plastificados), negativos adequados a instalação das tubagens e preparadas para assentamento do aro, o fundo da cГўmara de visita serГЎ executado com pendente para o seu centro, onde serГЎ executada uma concha com 20 cm de diГўmetro e 20 cm de profundidade, de forma a permitir o escoamento de ГЎguas no fundo das cГўmaras, jГЎ referido anteriormente. A ligação da rede de tubagens Г s cГўmaras deverГЎ ser feita atravГ©s de adoГ§amento das paredes, de forma eliminar arestas que possam danificar o manto dos cabos. Todos os tubos deverГЈo ser dotados de guias de material adequado, que permita o reboque dos cabos, ficando tamponados no interior das cГўmaras de visita. Os aros e tampas das CV deverГЈo cumprir as normas em vigor e ser definidas em função do local de instalação, devendo ser da classe B125 se instaladas em passeios e da classe D400 se instaladas na faixa de rodagem, deverГЈo ainda ser identificadas com a palavra “Telecomunicações” gravada. As CГўmaras de Visita estГЈo interligadas entre si por um mГnimo de 2 tubos tipo PEAD110, destinados Г s redes de pares de cobre e Г rede de cabos coaxiais e um tritubo PEAD40, que poderГЎ albergar a duas redes de fibra Гіptica em cada furo, ficando com um de reserva. A ligação entre as CV e os elementos da rede, deverГЎ ser feita com um mГnimo de 2 tubos PEAD63, no caso da interligação com um edifГcio com uma fracção autГіnoma. Ligação Г Terra – As cГўmaras do tipo CVC, CVR, CVI, CVL, e CVT devem ser dotadas de placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha de expansГЈo aplicado na parede da cГўmara com parafuso de 5 cm a 10 cm de comprimento e 1 cm a 1,3 cm de diГўmetro com a respectiva porca no caso do chumbadouro). 4.2.3 NUMERAÇÃO DE CГ‚MARAS DE VISITA (ROTULAÇÃO) Os elementos constitutivos da rede de tubagem devem ser numerados, sequencialmente por cada tipo: cГўmara, troГ§o de tubagem, armГЎrio ou pedestal, de Sul para Norte e de Oeste para Este, sequencialmente ao longo de cada directriz, com a indicação P para principal e D para distribuição. pГЎg. 71 As directrizes das Redes de Distribuição serГЈo consideradas sequencialmente a partir das cГўmaras da Rede Principal de numeração baixa, atГ© Г s de numeração mais elevada. As cГўmaras devem ter o n.Вє gravado no reboco e pintado com tinta preta indelГ©vel Г entrada, no lado oposto Г da colocação dos degraus. Em expansГµes para novas urbanizações, a rede de tubagem a ser projectada terГЎ que ser interligada Г rede principal de tubagem existente. Aqui, caso surja um projecto de uma nova urbanização, deverГЎ obviamente possuir nova numeração. N P8 P6 D15 P7 P4 P5 D16 D14 D12 D11 P3 D13 P2 D9 D10 P1 ATU OPERADOR Figura 39 – Diagrama topolГіgico a evidenciar a numeração das caixas de visita 4.2.4 PEDESTAIS Os pedestais deverГЈo ser construГdos em cimento de acordo com o estabelecido no projecto, devendo os tubos ser devidamente tamponados de forma a evitar as infiltrações de ГЎgua. As ligações de terra e a ligação Г rede elГ©ctrica devem ficar asseguradas, quando tal for previsto no projecto. 4.2.5 ITUR INSTALAÇÃO DE ARMГЃRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA A instalação destes elementos de rede, deverГЎ ser feita usando como base um maciГ§o adequado, que pode ser prГ©-fabricado ou construГdas no local de implantação, em betГЈo da classe C20/25. pГЎg. 72 4.2.6 CABLAGEM MГЌNIMA A cablagem serГЎ apenas instalada nas ITUR privadas. Nas ITUR pГєblicas, o seu estabelecimento serГЎ da inteira responsabilidade dos operadores de comunicações electrГіnicas. pГЎg. 73 5 PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS 5.1 TERRAS DE PROTECÇÃO De forma a garantir a seguranГ§a de pessoas e bens e qualidade de serviГ§o, as redes de telecomunicações deverГЈo garantir um escoamento fГЎcil de todas as perturbações a nГvel elГ©ctrico e radioelГ©ctrico. De uma forma abrangente deverГЈo ser seguidas as indicações constantes das Normas Europeias aplicГЎveis, nomeadamente as constantes da EN 50310, e as previstas nas Regras TГ©cnicas das Instalações ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo (RTIEBT), aprovadas pela Portaria nВє 949-A/2006, estabelecem alguns conceitos e critГ©rios para a definição das redes de terras de protecção e de equipotencialização das instalações elГ©ctricas em edifГcios, com vista Г protecção das pessoas contra contactos indirectos. As condições a seguir referidas deverГЈo ser consideradas como mГnimas, sem prejuГzo da adopção de outras soluções tecnicamente mais evoluГdas. Nessas Regras sГЈo estabelecidas condições que conduzem Г definição de critГ©rios para ligação Г terra de outro tipo de instalações como Г© o caso das instalações de equipamentos informГЎticos. Indirectamente, podem estabelecer-se critГ©rios para a ligação Г terra das Instalações de Telecomunicações. As ITUR devem estar protegidas contra perturbações provocadas por descargas elГ©ctricas atmosfГ©ricas, assim como contra a influГЄncia electromagnГ©tica das linhas de transporte de energia de alta e baixa tensГЈo, que poderГЈo provocar nelas o aparecimento de potenciais estranhos, quer por contacto directo quer por indução. A protecção Г© conseguida com a colocação de ГіrgГЈos de protecção, tambГ©m objecto de referГЄncia nas RTIEBT e o modo de ligação Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das Instalações TelefГіnicas, que tГЄm como objectivo interromper o circuito e escoar para a terra as correntes provocadas pelas descargas elГ©ctricas. De acordo com a secção 413 das RTIEBT, a protecção de pessoas contra contactos indirectos Г© assegurada pela ligação Г terra de todas as massas metГЎlicas normalmente sem tensГЈo, embora associada Г utilização de aparelhos de corte automГЎtico sensГveis Г corrente diferencial – residual, instalados nos quadros. A ligação das massas Г terra deverГЎ ser efectuada pelo condutor de protecção incluГdo em todas as canalizações e ligado ao circuito geral de terras atravГ©s dos quadros. Os condutores de protecção serГЈo sempre de cor verde/amarelo, do tipo dos condutores activos e de secção igual Г dos condutores de neutro. SerГЎ ainda de evidenciar as Regras TГ©cnicas, na secção 707, tambГ©m apresentam critГ©rios para a ligação Г terra dos equipamentos de tratamento da informação com as instalações fixas dos edifГcios. De algum modo estes critГ©rios podem ser condicionantes para a ligação Г terra dos equipamentos de Telecomunicações. Estas regras aplicam-se Г s instalações situadas a jusante do ponto de ligação do equipamento, podendo, tambГ©m, aplicar-se a instalações que nГЈo sejam de tratamento da informação desde que tenham correntes de fuga de valor elevado (estas ao circularem nos condutores de protecção e nos elГ©ctrodos de terra, podem ocasionar aquecimentos excessivos, degradações locais ou perturbações) em consequГЄncia do cumprimento das regras de antiparasitagem (por exemplo, os equipamentos de telecomunicações). As RT 707.545 apresentam tambГ©m critГ©rios para terras sem ruГdo. Consideram nomeadamente que uma terra sem ruГdo Г© uma ligação Г terra na qual o nГvel das interferГЄncias transmitidas a pГЎg. 74 partir de fontes externas nГЈo causa defeitos de funcionamento inaceitГЎveis no equipamento de tratamento da informação ou em equipamento anГЎlogo. A ligação entre os condutores e a terra Г© efectuada atravГ©s dos designados elГ©ctrodos de terra. Quanto Г s propriedades elГ©ctricas de uma ligação Г terra, dependem essencialmente dos seguintes parГўmetros: п‚„ ImpedГўncia da terra; п‚„ Configuração do elГ©ctrodo de terra. Em circuitos de corrente alternada, deve ser considerada a impedГўncia de terra, que Г© a impedГўncia entre o sistema de terras e a terra de referГЄncia para uma determinada frequГЄncia de funcionamento. A reactГўncia do sistema de terras Г© a reactГўncia do condutor de terra e as partes metГЎlicas do elГ©ctrodo de terra. A baixas frequГЄncias esta reactГўncia Г© desprezГЎvel quando comparada com a resistГЄncia de terra. A resistГЄncia de terra depende da profundidade a que o elГ©ctrodo se encontrada enterrado. Este fenГіmeno deve-se ao facto do conteГєdo da humidade do terreno ser mais estГЎvel, e em maior quantidade, nas camadas mais profundas do terreno. As camadas mais prГіximas da superfГcie sГЈo mais sensГveis Г s variações das estações do ano e podem inclusive sofrer a influГЄncia das geadas. Ligação Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalações telefГіnicas Nas Regras TГ©cnicas - Anexo V apresentam-se os critГ©rios para a ligação entre os descarregadores de sobretensГЈo das instalações telefГіnicas e Г s instalações fixas dos edifГcios. Desse anexo transcrevemos alguns trechos que nos parecem mais significativos: “Os descarregadores de sobretensГЈo das instalações telefГіnicas podem ser ligados aos elГ©ctrodos de terra das massas das instalações elГ©ctricas desde que sejam respeitadas simultaneamente as seguintes condições: a) A resistГЄncia do elГ©ctrodo seja compatГvel com as condições exigidas para a ligação Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalações telefГіnicas. b) O condutor de ligação Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalações telefГіnicas seja ligado directamente ao terminal principal de terra do edifГcio por meio de um condutor que nГЈo seja identificado pela cor verde -amarela.” “Se as caracterГsticas e as disposições do elГ©ctrodo de terras das massas da instalação elГ©ctrica nГЈo forem adequadas Г s correntes resultantes de uma descarga atmosfГ©rica, deve ser utilizado um elГ©ctrodo de terra especial para os descarregadores de sobretensГЈo das instalações telefГіnicas, como pode ser o caso dos elГ©ctrodos que nГЈo sejam anГ©is de fundação dos edifГcios. Os dois elГ©ctrodos de terra devem, neste caso, ser interligados por um condutor de equipotencialidade de secção nГЈo inferior a 6 mm2, se de cobre, ou de secção equivalente, se de outro material, identificado como condutor de protecção pela cor verde - amarela.” Em sГntese, pode afirmar-se que as implicações das Regras TГ©cnicas das Instalações ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo sГЈo as seguintes: 1 - Todos os sistemas e equipamentos de telecomunicações, desde que com componentes metГЎlicos (normalmente sem tensГЈo) deverГЈo estar devidamente ligados ao elГ©ctrodo de terras de fundações do edifГcio; 2 - Cada um dos sistemas tais como pГЎra-raios, deverГЈo estar ligados Г terra com elГ©ctrodo dedicado mas equipotencializados com a terra geral do edifГcio; 3 - Toda a estrutura metГЎlica (vigas, perfis, etc.), constitutivas do edifГcio, deverГЈo estar equipotencializadas com a terra; pГЎg. 75 4 - Os equipamentos de telecomunicações deverГЈo ser ligados Г terra geral do edifГcio, independentemente de possuГrem tambГ©m elГ©ctrodos de terra dedicados, que todavia estarГЈo equipotencializadas com a terra. 5.2 PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES As ITUR terГЈo obrigatoriamente um sistema de terras de protecção, de acordo com a regulamentação em vigor, que incluirГЎ todos os armГЎrios, dispositivos activos e passivos, e sistemas de antenas, os quais deverГЈo ser dimensionados e calculados, constando do projecto. pГЎg. 76 6 ENSAIOS Os ensaios a realizar destinam-se a verificar a conformidade entre o projecto e a obra. A seguir caracterizam-se um conjunto de ensaios, cuja finalidade Г© verificar as caracterГsticas das infra-estruturas, nomeadamente no respeitante Г s redes de tubagens, terras de protecção e aos diversos sistemas de cablagem, no caso das ITUR privadas. Os ensaios aqui referidos deverГЈo ser efectuados durante e apГіs a instalação das ITUR, pelo tГ©cnico responsГЎvel pela sua execução. O tГ©cnico responsГЎvel pela execução das ITUR constituirГЎ um RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade (REF), baseado nos ensaios aqui referenciados e nos critГ©rios definidos. 6.1 REDES DE TUBAGEM Os ensaios a realizar terГЈo de ser feitos por pessoas com qualificação adequada, baseados nos seguintes requisitos: п‚· Rede de tubagens: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· CГўmaras de visita п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· NГєmero de tubos instalados de acordo com o projecto; DiГўmetros dos tubos; Os 2 pontos anteriores deverГЈo ser verificados e registados no REF, assim como na ficha tГ©cnica de instalação, observando todas as tubagens no interior da vala tГ©cnica antes do fecho da mesma, por parte do instalador ITUR; TroГ§os de tubos ensaiados com mandril (rato) e escovilhГЈo - utilização para ensaios de desobstrução; Cotas e distГўncias; Profundidade de instalação dos diversos elementos da rede; Aterro das valas com os materiais exigidos; Rede de sinalização instalada Г profundidade adequada; Grau de compactação de acordo com o regulamento; Interligação entre diversos elementos da rede; Ligação aos lotes; Ligação Г rede pГєblica; Guias de reboque. NГєmero de CV, de acordo com o projecto; DimensГµes normalizadas das CV; ExistГЄncia de sifГЈo de escoamento; Execução de espelhos, de acordo com o exigido; Tubos vazios devidamente tamponados; Assentamento de aros e tampas; CV niveladas face ao pavimento final; Colocação de ferragens de acordo com as normas; CV rebocadas e pintadas com tinta de cor branca, com interior limpo e seco; CV numeradas; CV com as bases de espessura regulamentar e em boas condições; Tampas tipo Norma EN 124. Pavimento em redor das CV п‚· Espessura do pavimento de acordo com o estipulado; pГЎg. 77 п‚· п‚· п‚· Nivelamento do pavimento face ao existente; Execução do pavimento de acordo com o regulamento. ArmГЎrios e nichos п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Colocação adequada; Ligação aos outros elementos da rede; Ligação de elementos activos e passivos; Energia elГ©ctrica, quando necessГЎrio; Terras de protecção. Tubo DiГўmetro (mm) PEAD D110 90 Comprimento (mm) 250 a 1000 PEAD D63 29 650 Tritubo D40 29 650 Tabela 20 - CaracterГsticas do mandril (vulgarmente conhecido por rato) 6.2 ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE Os ensaios obrigatГіrios, a realizar pelo instalador, sГЈo os constantes da tabela seguinte. Os pontos de ensaio sГЈo definidos pelo projectista, de forma a garantir o correcto funcionamento das redes PC: Rede de Cabos Pontos de ensaio ParГўmetro a medir Par de Cobre SecundГЎrio do RU-PC ao primГЎrio RG-PC (ou CEMU) Continuidade Tabela 21 – Ensaios obrigatГіrios nas redes PC 6.3 ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS Os ensaios obrigatГіrios a realizar pelo instalador, nas redes de CATV e MATV/SMATV, sГЈo os seguintes: Rede de Cabos Pontos de ensaio Classe a garantir CATV SecundГЎrio do RU-CC (CATV) ao primГЎrio do RG-CC TCD-C-H SMATV SecundГЎrio do RU-CC (MATV) ao primГЎrio RG-CC TCD-C-H Tabela 22 – Ensaios obrigatГіrios nas redes de CATV e MATV/SMATV Para a garantia da classe da ligação deverГЈo ser realizados obrigatoriamente os seguintes ensaios: pГЎg. 78 Ensaios a realizar Classe a garantir TCD-C-H Rede de cabos Tipo de ensaio CATV Atenuação MATV/SMATV (caso se utilize esta rede como opção Г rede CATV) NГvel de sinal Relação Portadora/RuГdo (C/N) BER (“Bit Error Rate”) para sinais digitais Tabela 23 – Ensaios obrigatГіrios de CATV e MATV/SMATV 6.3.1 REDE DE CATV DeverГЎ ser cumprida a Classe de ligação TCD-C-H para as frequГЄncias teste de 60, 90 e 750MHz. Desta forma nГЈo deverГЈo ser excedidos os valores das atenuações mГЎximas previstas pelo projectista. Para avaliar se os valores das atenuações sГЈo ou nГЈo cumpridos, deverГЎ efectuar-se o ensaio de atenuação desde o secundГЎrio do RU-CC/CATV, atГ© Г s terminações a jusante, podendo efectuar-se medidas troГ§o a troГ§o. Para a realização deste ensaio deverГЎ ser utilizado o seguinte mГ©todo, utilizando um Gerador de RuГdo e um Analisador/Medidor de nГvel: 1 - O Gerador de RuГdo deverГЎ ser ligado directamente ao medidor de nГvel. Para esta ligação deverГЈo ser utilizados dois chicotes coaxiais, com o mГnimo de 0,5m de comprimento cada. A medida serГЎ registada. Os chicotes nГЈo deverГЈo ser substituГdos durante todo o processo de medida. pГЎg. 79 Figura 40 – Calibração do sistema de medida 2 - ApГіs ser efectuada esta calibração, o gerador de ruГdo deverГЎ ser ligado a uma extremidade do troГ§o a medir, enquanto que no outro extremo Г© colocado o medidor. A atenuação nas diversas frequГЄncias serГЎ a diferenГ§a entre os dois valores, obrigatoriamente registados no REF. 3 – DeverГЎ ser efectuada uma anГЎlise a toda a banda de frequГЄncias recebida, de forma a detectar eventuais alterações da linearidade do sinal nas tomadas. Admite-se que durante o processo de medida possam ser utilizados adaptadores ou transições de conexГµes numa das extremidades de cada chicote coaxial. No entanto, nunca devem ser utilizados mais do que um por chicote. 6.3.2 REDE DE MATV/SMATV Para todos os canais de TV Terrestre ou SatГ©lite, AnalГіgicos ou Digitais, RГЎdio e Sinais internos modulados, presentes na saГda do respectivo RU-CC/MATV/SMATV (Central de CabeГ§a), deverГЈo ser medidos e registados, em cada ponto de teste definido pelo projectista, de forma a garantir o funcionamento da rede CC: п‚· O NГvel de Sinal; п‚· A Relação Portadora/RuГdo (C/N); п‚· O BER, para sinais digitais. O RU-CC/MATV/SMATV deverГЎ ser devidamente ajustado, de acordo com os parГўmetros que constam no projecto. pГЎg. 80 6.4 ENSAIOS EM CABOS DE FIBRAS Г“PTICAS SГЈo obrigatoriamente ensaiados os seguintes parГўmetros: п‚„ Atenuação (Perdas de Inserção); п‚„ Comprimento. Para a medida destes parГўmetros deverГЈo ser efectuados os seguintes ensaios: п‚„ Ensaio de perdas totais; п‚„ Ensaios de reflectometria, quando considerado adequado. Os ensaios deverГЈo ser efectuados nas ITUR, desde o RU-FO atГ© aos pontos definidos pelo projectista, de forma a garantir o funcionamento da rede de FO. Os valores dos parГўmetros medidos deverГЈo estar dentro dos limites definidos na EN50173. 6.4.1 ENSAIOS DE PERDAS TOTAIS O ensaio de perdas totais mede a atenuação da fibra Гіptica na faixa de comprimentos de onda onde os equipamentos operarГЈo. Para o efeito utilizam-se dois equipamentos: п‚„ Fonte de luz (emissor), dotada dos comprimentos de onda onde se pretende medir a atenuação Гіptica; п‚„ Receptor Гіptico, com possibilidade de medida de potГЄncia Гіptica nos comprimentos de onda pretendidos. O conjunto destes dois equipamentos Г© habitualmente denominado por Conjunto de Medida de NГvel Г“ptico. Estes equipamentos deverГЈo cumprir os requisitos da norma EN61280-4-2. Os ensaios deverГЈo ser executados nos seguintes comprimentos de onda: п‚„ Fibras Monomodo – 1310/1550nm O teste deverГЎ ser efectuado em duas etapas: 1. Medição da potГЄncia Гіptica (em dBm) de referГЄncia (para cada um dos comprimentos de onda relevantes), que serГЎ injectada na fibra Гіptica. 2. Medição da potГЄncia Гіptica (em dBm) apГіs a luz ter percorrido toda a fibra Гіptica sob ensaio. 3. A diferenГ§a (para cada comprimento de onda) entre os dois valores de potГЄncia da radiação Гіptica Г© o valor da perda (em dB). Os valores medidos nГЈo deverГЈo ultrapassar a perda mГЎxima admissГvel para a ligação, que poderГЎ ser calculada com base na seguinte fГіrmula: Perda mГЎxima admissГvel (PTotal) = Pc + Pj + Pf Pc = Pconect x Nconect [dB] (Perda nos conectores) Pj = Pjunta x Njuntas [dB] (Perda nas juntas) Pf = Pfibra x Ltotal [dB] (Perda na fibra) Nconect – n.Вє de conectores Njuntas – n.Вє de juntas Ltotal – comprimento total da ligação pГЎg. 81 Logo, a perda mГЎxima admissГvel serГЎ dada por: PTotal [dB] = Pconect x Nconect + Pjuntas x Njuntas + Pfibra x Ltotal O valor do parГўmetro “Pconect” serГЎ o seguinte: п‚„ Conectores do tipo PC/APC ≤ 0,5dB. O valor do parГўmetro “Pjuntas” serГЎ: п‚„ 0,2dB/junta. No mГЎximo poderГЎ ser de 0,3dB. O valor do coeficiente “Pfibra” serГЎ fornecido pelo fabricante do cabo de fibra Гіptica. Em caso de inexistГЄncia deste valor, deverГЈo ser utilizados os seguintes coeficientes de atenuação para cabos monomodo: Categoria dos cabos de fibra Comprimento de onda (nm) Coeficientes de atenuação - Pfibra (dB/km) 1310 1 1550 1 1310 0,4 1550 0,4 OS1 OS2 Tabela X – Coeficientes de atenuação Os ensaios de perdas totais deverГЈo ser executados nos dois sentidos, sendo o valor real a mГ©dia aritmГ©tica das duas medições. Estes valores deverГЈo ser registados na tabela de perdas totais, constante do REF. 6.4.2 ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR) Os ensaios de reflectometria sГЈo executados com recurso a um aparelho denominado “OTDR” (Optical Time Domain Reflectometer). Os ensaios de reflectometria permitem caracterizar os seguintes pontos:  A atenuação numa junta/conector;  A atenuação total em distГўncias especГficas (troГ§os de fibra);  Perdas de retorno de eventos reflectivos;  Perdas de retorno do Link;  DistГўncia dos eventos;  O comprimento da fibra em teste;  A regularidade da ligação. As unidades e respectivos valores conhecidos pelo OTDR sГЈo:  O tempo em que o pulso Г© enviado na fibra; pГЎg. 82  A largura de pulso;  A velocidade com que o pulso se desloca na fibra Гіptica. O tempo que o pulso de luz gasta a percorrer a fibra, reflectir-se e voltar para o detector do prГіprio OTDR, pode ser medido com precisГЈo por este equipamento. Conhecendo-se este tempo, o equipamento calcula o comprimento de fibra (em metros). Num ensaio de OTDR devem fazer-se as seguintes acções: 1. Configuração do equipamento Preenchimentos dos campos de identificação do ensaio a efectuar: o Identificação da ligação ou troГ§o de fibra em ensaio. Indicação dos parГўmetros Гіpticos do OTDR: o IOR – ГЌndice Гіptico de refracção – Este valor Г© dado pelo fabricante do cabo; o Pulse with - Largura de Pulso – Quanto menor for o comprimento de cabo a ensaiar menor deverГЎ ser o valor deste parГўmetro. Em caso de dГєvida deve-se colocar este parГўmetro no modo automГЎtico; o Distance Range – Comprimento da fibra a ensaiar – O valor deste parГўmetro deverГЎ ser o mais prГіximo possГvel do total de fibra a ensaiar; o Tempo de mГ©dia – Quanto maior for este valor, melhor serГЎ a precisГЈo do ensaio. Em caso normal utiliza-se um tempo mГ©dio de 10s; o Threshold (Splice Loss) – Colocar o menor valor de atenuação possГvel (0,01dB); o Threshold (Return Loss) – 25 dB (o limiar de detecção de Perdas de Retorno deve ser um valor maior que 60dB. Note-se que quanto maior for o valor, menor serГЎ o sinal de retorno; o Threshold (fiber end) – 10 dB. 2. Conectar uma bobine de carga entre o OTDR e o conector da ODF a ensaiar, e iniciar o ensaio. 3. Os ensaios devem ser executados nos seguintes comprimentos de onda: o Cabos Monomodo:  1310nm  1550nm 4. Analisar os resultados obtidos e guardar o ensaio. 5. Em caso de se detectar algum valor diferente do esperado, deve-se analisar pormenorizadamente o ensaio e corrigir a anomalia detectada. Se esta anomalia nГЈo for de fГЎcil resolução, deve-se anotar a mesma para posteriormente se tomarem medidas correctivas. 6. Deve verificar-se se todos os ensaios foram gravados. pГЎg. 83 6.5 6.5.1 ENSAIO DA REDE DE TUBAGENS MEDIDAS MГ‰TRICAS Este tipo de ensaio destina-se Г s redes de tubagens das ITUR. DeverГЈo ser verificados comprimentos, alturas, espaГ§amentos, raios de curvatura, diГўmetros e outras medidas consideradas necessГЎrias, de modo a cumprir com o disposto no projecto e nas prescrições tГ©cnicas. Utilizar-se-ГЈo equipamentos para aferição de medidas mГ©tricas, tais como fitas mГ©tricas e paquГmetros, que nГЈo estГЈo sujeitos a calibração. 6.6 EQUIPAMENTOS DE ENSAIO E MEDIDA Na tabela seguinte sГЈo indicados, a tГtulo de referГЄncia, os equipamentos necessГЎrios ao ensaio das ITUR, de acordo com os tipos de cablagem definidas. De notar que poderГЈo existir equipamentos anГЎlogos aos indicados e que podem cumprir as mesmas funções. pГЎg. 84 TIPO DE CABLAGEM Pares de cobre ENSAIOS E RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS – Requisitos MГnimos Para todos os ensaios: п‚„ Equipamento para medição de continuidade NГveis de sinal das portadoras, BER, C/N e Atenuação: Coaxial п‚„ Analisador/Medidor de nГvel, com capacidade para efectuar medidas das grandezas em causa, para frequГЄncias dos 5 aos 2150 MHz; п‚„ Gerador de ruГdo, com capacidade de gerar ruГdo nas frequГЄncias dos 5 aos 2150MHz. Para todos os ensaios: п‚„ Equipamento para a certificação de cablagens estruturadas, com a capacidade de ensaio dos vГЎrios parГўmetros da cablagem em fibra Гіptica Fibra Гіptica Em alternativa: Atenuação: п‚„ Medidor de potГЄncia Гіptica Comprimento e atraso na propagação: п‚„ ReflectГіmetro (OTDR) Tabela 24 – Equipamentos de ensaio Todos os equipamentos indicados, excepto os de medidas mГ©tricas, estГЈo sujeitos Г calibração especificada pelo fabricante. As calibrações deverГЈo ser efectuadas de acordo com um plano de calibrações, baseado na aptidГЈo ao uso e nas recomendações do fabricante. A calibração do equipamento, pela aptidГЈo ao uso, Г© entendida como a calibração das funções que sГЈo utilizadas no uso normal do equipamento. NГЈo se torna assim necessГЎrio calibrar as funções que nГЈo sГЈo utilizadas nos ensaios das ITUR. pГЎg. 85 6.7 RELATГ“RIO DE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE - REF O instalador deve medir e registar os ensaios adequados aos vГЎrios tipos de cablagem constituindo, assim, o RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade – REF, da sua inteira responsabilidade. Na impossibilidade do instalador fazer os ensaios das ITUR, nomeadamente por nГЈo possuir os equipamentos necessГЎrios, deverГЎ contratar os serviГ§os de uma entidade com essa capacidade. O REF contГ©m o registo dos ensaios efectuados, de acordo com o exposto neste capГtulo, cobrindo a instalação a 100%. O instalador deve preparar o REF, onde regista o seguinte: п‚„O tГ©cnico que realizou os ensaios; п‚„ Verificação da conformidade da instalação com o projecto inicial ou, sendo o caso, com o projecto de alterações, com indicação numa ficha de inspecção dos pontos verificados; п‚„ Ensaios efectuados, resultados, metodologias e interfaces de teste utilizados com indicação clara dos pontos onde as medidas foram efectuadas; п‚„ Os resultados dos ensaios em tabelas adequadas de acordo com o tipo de cablagem e de rede a que os mesmos dizem respeito; п‚„ Especificações tГ©cnicas de referГЄncia; п‚„ Equipamento utilizado nas medições, com indicação de marca, modelo e n.Вє de sГ©rie, e tambГ©m da data e hora a que o ensaio foi realizado; п‚„ As anomalias detectadas e as medidas correctivas associadas Г s mesmas; п‚„ Os factores que possam por em causa o cumprimento integral das Prescrições TГ©cnicas ou do projecto, nomadamente condições MICE; п‚„ Termo de responsabilidade da execução da instalação, em que o instalador ateste a observГўncia das normas tГ©cnicas em vigor, nomeadamente com o presente Manual ITUR. O instalador deverГЎ manter, em anexo ao REF, uma cГіpia do projecto e de tudo o mais que julgou necessГЎrio Г concretização da instalação, que constituirГЎ o cadastro da obra. pГЎg. 86 7 LIGAÇÕES DAS REDES DE TUBAGENS As ligações Г s redes pГєblicas de telecomunicações sГЈo obrigatГіrias e da responsabilidade do promotor. O seu dimensionamento faz parte integrante do projecto, podendo no entanto ser alteradas durante a obra, devendo para isso ser elaborado um projecto de aditamento. pГЎg. 87 8 EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDES DE TUBAGEM A estrutura da rede de tubagens principal pode seguir as seguintes topologias: - “■” TOPOLOGIA “■” N P8 P6 D15 P7 P4 P5 D16 D14 D12 D11 P3 D13 P2 D9 D10 P1 ATU OPERADOR pГЎg. 88 - “L”; N D14 D15 D13 D11 D10 P3 D12 P2 D9 P1 0 OPERADOR - “Y”; N P8 P6 D15 P7 P4 P5 D16 P3 D14 ATU D13 P2 D11 D12 P1 OPERADOR pГЎg. 89 - “X”; TOPOLOGIA “X” N P8 P6 P7 P4 P5 P3 ATU P2 P1 OPERADOR - “Q”. TOPOLOGIA “Q” N ATU P1 OPERADOR pГЎg. 90 9 REGRAS DE SEGURANГ‡A PARA INSTALADORES Inicialmente deverГЎ sempre ser cumprido o disposto no plano de seguranГ§a e na regulamentação em vigor. 9.1 IDENTIFICAÇÃO ASSOCIADOS DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES E RISCOS A dimensГЈo dos trabalhos a ser realizados varia de projecto para projecto. No entanto, existe um conjunto de trabalhos que sГЈo comuns Г maioria das instalações, o que possibilita desde logo identificar os principais riscos associados a esses mesmos trabalhos. Genericamente este tipo de trabalhos implica a utilização de mГЎquinas, ferramentas e materiais cujo manuseamento se caracteriza igualmente por um conjunto de riscos que sГЈo assim comuns a todas as instalações. Principais Operações nos Loteamentos, Urbanizações e Conjunto de EdifГcios As principais operações a executar nas ITUR consistem em: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Estabelecimento de acessos; Trabalhos em altura; Demolições; Operações de betonagem; Elevações e movimentações de materiais e componentes atravГ©s de gruas, guinchos, aparelhos diferenciais, entre outros; Descargas e movimentações de equipamentos (manualmente ou aparelhos elГ©ctricos); Cortes de metais, utilizando discos de corte, rebarbadora e serrote; Operações de soldadura; Abertura de buracos e roГ§os (manualmente, por martelo ou berbequim elГ©ctrico); Operações de colocação de tubos, poleias, suportes e esteiras; Operações de remates em betГЈo e alvenaria; Trabalhos de passagem de cabos; Trabalhos prГіximos a linhas em tensГЈo; Trabalhos em instalações elГ©ctricas (sem energia ou em tensГЈo); Trabalhos em equipamentos sob tensГЈo; Trabalhos de revestimento e impermeabilização; Ensaios nГЈo destrutivos; Operações de ensaio dos equipamentos de telecomunicações. Ferramentas, MГЎquinas e Materiais a utilizar As principais ferramentas e mГЎquinas a utilizar, sГЈo: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Alicate de cravar terminais; Aparelhos de medida e controlo; Betoneiras e autobetoneiras; Berbequins; Cilindro compactador; Compressores; Cravadoras; pГЎg. 91 п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Dumper; Escadas, escadotes e andaimes (e respectivos componentes); Ganchos; Geradores; Gruas; Guinchos; MГЎquinas de soldar; Rebarbadoras portГЎteis; Rebitadoras; Retroescavadoras ou mini-retroescavadoras; Roldanas; Serras portГЎteis. 9.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ASSOCIADAS Nas tabelas seguintes sГЈo indicados os riscos previsГveis, bem como as principais medidas de prevenção e protecção. pГЎg. 92 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Insalubridade; - Promover uma correcta organização, arrumação e limpeza do estaleiro; - Desarrumação; - - CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DO ESTALEIRO Dificuldades acessos circulação; Acidentes veГculos; de e com - Garantir fГЎceis acessos e o bom estado das vias de circulação; - Manter uma distГўncia de seguranГ§a entre zonas de circulação de veГculos, peГµes ou de trabalho; - Garantir distГўncias de seguranГ§a na movimentação de veГculos e operações de carga e descarga; - Atropelamento; - Colocação da sinalização de seguranГ§a; - Queda de objectos; - Remoção periГіdica de lixos e resГduos; - Queda ao nГvel; - Correcto armazenamento dos materiais; - IncГЄndio; - Cumprimento das Regras de SeguranГ§a previamente estabelecidas; - ElectrocussГЈo. - Controlo e limitação do acesso de veГculos e pessoas Г zona da obra; - Obrigatoriedade de instalação de extintores de tipo e capacidade adequadas ao risco; - Obrigatoriedade da existГЄncia de caixa de primeiros socorros no local da obra; - Proibição do armazenamento de substГўncias perigosas, exceptuando nas zonas prГ©vias e devidamente assinaladas. pГЎg. 93 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Deterioração; - Delimitação das zonas destinadas Г armazenagem; - Contaminação; - Correcta organização do interior do armazГ©m; - Queda de objectos; - - IncГЄndio explosГЈo; ou Garantir um fГЎcil armazenamento; acesso a todas as zonas de - Armazenar os materiais de acordo com as normas e recomendações estabelecidas pelos fabricantes; - Cumprimento das regras de armazenamento de materiais em altura; - Evitar uma possГvel contaminação entre os diversos materiais; - SubstГўncias ou preparações perigosas armazenadas somente em locais prГіprios com as respectivas Fichas de SeguranГ§a a serem devidamente arquivadas e de fГЎcil acesso / consulta; ARMAZENAGEM - O EPI deve ser armazenado em locais protegidos, sem exposição a ultravioletas; - Devem ser instalados extintores adequados aos materiais e carga de incГЄndio existente; - Acesso fГЎcil a contacto telefГіnico com equipas de emergГЄncia de socorrro (112, polГcia, bombeiros, ambulГўncias) ou sistema/central de seguranГ§a adequado. - ColisГЈo; - Sinalização adequada; - Atropelamento; - Manutenção das distГўncias de seguranГ§a entre as zonas de circulação de veГculos com as zonas de circulação de peГµes ou trabalho; - Queda. - Colocar protecções adequadas em as zonas de circulação de veГculos e os portГµes, portas, ou escadas; - Desobstrução de vias de acesso e circulação; VIAS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO - Iluminação e sinalização dos caminhos de evacuação e saГdas de emergГЄncia; - Delimitar as zonas de estacionamento; - Prevenir a necessidade de acesso a veГculos de socorro. OPERAÇÃO TRABALHOS EM VALAS RISCOS PREVISГЌVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Soterramento; - Escoramento adequado; - Quedas de pessoas e materiais. - Sinalização da vala; - Manobras das mГЎquinas por pessoas habilitadas. pГЎg. 94 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO TRABALHOS NA PROXIMIDADE DE LINHAS DE TENSГѓO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - ElectrocussГЈo: por contacto directo ou indirecto; - Arco elГ©ctrico; - Electricidade estГЎtica. - Queda de objectos; - Queda em altura; - Prever e garantir uma correcta planificação, sequГЄncia e mГ©todos de trabalho; - Soterramento; - Os trabalhos sГі podem ser realizados com a supervisГЈo de um responsГЎvel; - Esmagamento; - Delimitação e sinalização das zonas de trabalho; - Acumulação entulhos; de - Vibrações; - Inalação de poeiras; - Projecção partГculas. - Utilização de andaimes com as adequadas condições de seguranГ§a; - Instalação do sistema de Protecção Colectiva contra quedas; - RuГdo; DEMOLIÇÕES - Manutenção das distГўncias de SeguranГ§a relativamente aos condutores em tensГЈo. de - Utilização de cintos do tipo arnГЄs de seguranГ§a, quando necessГЎrios; - Limpeza e remoção de entulhos frequentemente; - Utilização de EPI (luvas, protectores auriculares, Гіculos protectores); - Utilização de EPI das vias respiratГіrias; pГЎg. 95 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Queda em altura; - Garantir uma correcta sequГЄncia dos trabalhos; - Soterramento; - Garantir as distГўncias de seguranГ§a; - Esmagamento. - Proibição da permanГЄncia de trabalhadores no fundo das valas, aquando de operações de descarga; ATERRO E COMPACTAÇÃO - Se existirem riscos de desmoronamento no fundo da vala, garantir a existГЄncia de caminhos de fuga; - Na compactação devem ser utilizadas mГЎquinas com protecção da cabine para prevenção dos casos de capotamento; - DeverГЎ ser cuidadosamente observado o comportamento do talude em caso de utilização de compactadores. - Riscos de queda de pessoas ou de materiais. - Esmagamento; TRABALHOS EM ALTURA - Aprovação prГ©via do Chefe de Equipa; - Utilização de andaimes com adequadas condições de seguranГ§a; - Entalamento; - Escadas com igualmente boas condições de seguranГ§a e vistoriadas periodicamente. - - Instalação de linhas de vida; ElectrocussГЈo (contacto com linhas elГ©ctricas). - Utilização de cinto de seguranГ§a do tipo arnГЄs; - Instalação de redes anti-queda; - Obrigatoriedade de Certificado de AptidГЈo MГ©dica para Trabalhos em Altura; - NГЈo exceder o limite de carga/lotação (no caso de plataformas elevatГіrias); - Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho; pГЎg. 96 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO - Queda em altura; - Delimitar a zona; - Queda ao nГvel; - Interditar o acesso Г s zonas de escoamento; - BETONAGEM MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO Projecções betГЈo; de - Garantir caminhos seguros e plataformas estГЎveis com protecção contra quedas; - Esmagamento; - Utilização de dispositivos anti-queda quando necessГЎrio; - Perfuração; - Garantir boas condições de acesso para os veГculos necessГЎrios Г operação; - ElectrocussГЈo; - RuГdo. - No caso de utilização de balde de betonagem, garantir que o seu trajecto nГЈo passe sobre as zonas ocupadas por pessoas; - Utilização de tensГЈo elГ©ctrica, quando for necessГЎrio; - Garantir boas condições de visibilidade, para o caso da betonagem decorrer em horГЎrio nocturno; - Utilização de EPI adequado. - Esmagamento; - Entalamento; - ElectrocussГЈo (por contacto com linhas elГ©ctricas). - Estudar previamente as manobras a executar, tendo em conta as distГўncias de seguranГ§as; - Garantir uma correcta estabilização e nivelamento da grua, tendo o cuidado a ter relativamente Г s caracterГsticas do terreno, bem como de tubagens subterrГўneas; - Respeitar os limites de carga; UTILIZAÇÃO DE GRUAS MГ“VEIS - Garantir o cumprimento das distГўncias de seguranГ§a relativamente a condutores elГ©ctricos em tensГЈo; - Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho; - Respeitar escrupulosamente as regras de seguranГ§a na condução/operação da grua; - Condução/manobra qualificado para tal; da grua somente por pessoal - Efectuar inspecções periГіdicas Г grua; - Uso de EPI adequado. Identificação dos Principais Riscos (RISCOS ESPECIAIS) Depois uma anГЎlise dos diversos riscos que podem acontecer numa determinada obra, deve fazer-se uma consolidação dos principais riscos, que devem ser a tГtulo de exemplo, sujeito a uma avaliação de risco, de forma a serem elaborados quadros especГficos para esses mesmos riscos. pГЎg. 97 RISCOS ORIGEM PREVENÇÃO - Trabalhos em telhados, coberturas, andaimes, plataformas e outros meios de suspensГЈo. - Cumprimento do estabelecido Regulamento de SeguranГ§a no Trabalho da Construção; - OPERAÇÃO Cumprimento das “Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar na obra”; - Utilização de material com adequadas condições de estabilidade e seguranГ§a; - Abertura de valas; - Escavações; - Betonagens; - Operações gruas; com Instalação cofragens; de - - Instalação de sistemas de Protecção Colectiva contra quedas; - Utilização de EPI adequado; Construção de tubagens, cГўmaras subterrГўneas e caixas de passagem; - Exames de AptidГЈo MГ©dica especГficos e obrigatoriedade dos Certificados de AptidГЈo MГ©dica mencionarem a autorização para efectuar trabalhos em altura. QUEDA EM ALTURA - Demolições; - - Elevação de materiais; - QUEDA DE OBJECTOS - Montagem e desmontagem de elementos pesados; Movimentação cargas; de - Queda de ferramentas. Cumprimento das “Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar na obra”; - Abertura de valas; - Escavações; - Delimitação e sinalização das zonas de trabalho; - Betonagens; - - Betonagem; - Prever uma correcta planificação e sequГЄncia de trabalho; Interdição trabalhos sobrepostas; de em executar zonas - Cofragens; -Armazenamento material; de - em Trabalhos andaimes; - Instalação de sistemas de Protecção Colectiva contra quedas; - Utilização de EPI adequado; - Equipamentos manobrados somente por pessoal habilitado; pГЎg. 98 RISCOS ORIGEM - TRABALHOS NA PROXIMIDADE DE LINHAS DE ALTA TENSГѓO ElectrocussГЈo (por contacto directo ou indirecto); PREVENÇÃO OPERAÇÃO - Manutenção das distГўncias de SeguranГ§a relativamente aos condutores em tensГЈo. Trabalhos em postes ou andaimes; - Arco elГ©ctrico; п‚· - Electricidade estГЎtica. п‚· п‚· - Trabalhos com ferramentas e mГЎquinas elГ©ctricas: AtГ© 1000 V mГnimo de 1 m; AtГ© 60 kV mГnimo de 3 m; > 60 kV mГnimo de 5 m. - LanГ§amento enfiamento cabo; e/ou de - Passagem aГ©rea de cabos; - Cumprimento do “Regulamento de SeguranГ§a de Instalações de Utilização de Energia ElГ©ctrica”; - - Verificação periГіdica equipamentos a utilizar; - Trabalhos em cabos elГ©ctricos; - Trabalhos em tensГЈo. ELECTROCUSSГѓO dos - Utilização de EPI adequado. - Trabalhos quadros equipamentos elГ©ctricos; Trabalhos tensГЈo; em e em -Trabalhos em quadros elГ©ctricos; RISCOS ORIGEM -Desmoronamento; PREVENÇÃO - Acumulação de entulho ou terras removidas; - Elaboração prГ©via de estudo geolГіgico, englobando a consistГЄncia do terreno a nГvel freГЎtico; - Vibrações. - SOTERRAMENTO Contenção adequadas; e entivação - NГЈo colocar qualquer carga junto aos bordos do talude; - Delimitação, sinalização e vedação da zona de trabalhos. OPERAÇÃO - Abertura de valas; - Construção cГўmaras subterrГўneas; de - Construção caixas passagem; de de - Construção pedestais; de - Colocação contentores estaleiro; de em pГЎg. 99 RISCOS ORIGEM - Trabalhos de corte tГ©rmico e soldadura; - Produtos inflamГЎveis e/ou explosivos; - Curto-circuito; INCГЉNDIO E EXPLOSГѓO - Rebentamento; PREVENÇÃO - OPERAÇÃO Autorizações de Trabalho sempre que o grau de risco o justifique; - Trabalhos instalações elГ©ctricas; - Ter atenção Г direcção do vento; - Trabalhos com equipamentos elГ©ctricos; - Trabalhos tensГЈo; - - Electricidade estГЎtica; Remover matГ©rias combustГveis da zona de trabalho e criar condições para evitar propagação; em em - Utilização de equipamentos com dispositivos de seguranГ§a adequados; - Disponibilizar para os locais de risco, meios de extinção de incГЄndios de tipo e capacidades adequadas; - Sinalizar intervenção; a ГЎrea de - Ao abandonar o local de trabalho, verificar se o mesmo fica em condição segura. Tabela 25 – AnГЎlise e prevenção de riscos 9.3 HIGIENE, SEGURANГ‡A E SAГљDE DOS TRABALHADORES Organização dos processos dos trabalhadores Г‰ necessГЎrio que um qualquer trabalhador, mesmo sendo ele independente, a entrega dos Certificados de AptidГЈo MГ©dica actualizados e adequados para a função a que cada trabalhador irГЎ desempenhar no decurso de toda a obra. Г‰ igualmente obrigatГіrio que a situação das Vacinas Anti-TetГўnicas esteja regularizada. Em questГЈo aos Acidentes de Trabalho Г© imprescindГvel a entrega de comprovativos da existГЄncia, e da sua validade, dos seguros de Acidente de Trabalho. 9.3.1 PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENГ‡A PROFISSIONAL Acidentes de Trabalho Em caso de acidente de trabalho, este deve ser comunicado verbalmente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde presente em obra, independentemente de elaboração de uma participação de sinistro Г Companhia de Seguros. O ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde deve ter em sua posse, exemplares dos formulГЎrios da participação de acidentes Г Companhia de Seguros, onde conste o nГєmero da respectiva apГіlice de Acidentes de Trabalho. Quando sejam verificados acidentes graves, pode ser necessГЎria a suspensГЈo de todos os trabalhos na frente de obra onde ocorreu o acidente. Deve ser comunicado de imediato, tal pГЎg. 100 ocorrГЄncia aos responsГЎveis, de forma a permitir a condução do inquГ©rito do acidente, a sua anГЎlise e uma eventual implantação das medidas correctivas consideradas necessГЎrias. Este tipo de acidentes (grave e/ou mortal), tem que ser comunicado Г ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho), por escrito, nas 24 horas seguintes Г ocorrГЄncia. Todas as participações/inquГ©ritos de acidentes devem ser entregues ao Coordenador de SeguranГ§a e SaГєde da obra atГ© 4 horas apГіs as ocorrГЄncias graves e atГ© 12 horas nos restantes casos, onde constem as medidas colectivas de forma a prevenir a ocorrГЄncia de futuros casos semelhantes. DoenГ§as Profissionais Todos os casos de DoenГ§a Profissional que sejam detectados pelo MГ©dico de Trabalho tГЄm que ser comunicados Г Coordenação de SeguranГ§a e SaГєde da obra. Incidentes Todos os incidentes que originem danos materiais ou eventualmente lesГµes pessoais, devem ser comunicados de imediato e verbalmente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde, que encaminharГЎ uma cГіpia da participação/inquГ©rito da ocorrГЄncia Г s entidades proprietГЎrias pela obra. Primeiros Socorros A prestação dos Primeiros Socorros Г© da competГЄncia e da responsabilidade dos Empreiteiros que, para o efeito, devem manter em obra os meios necessГЎrios (materiais e humanos, estes com formação adequada para o efeito). Deve existir em obra uma mala de Primeiros Socorros e uma lista com os nГєmeros de contacto mais importantes para os casos de emergГЄncia. Em caso de acidente grave, devem ser chamados de imediato, socorros exteriores, dando as seguintes informações: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Nome da Empresa; Localização do acidente; Tipo de acidente; Estimativa do nГєmero das pessoas acidentadas; Tipo de suspeita dos ferimentos. Г‰ crucial nestas situações manter a calma. As vГtimas de acidente sГі devem ser removidas do local se houver perigo de agravamento do acidente e das lesГµes nas vГtimas. Estas sГі podem removidas por pessoal com formação adequada, atГ© lГЎ, devem ser protegidas de todo e qualquer perigo. O acidente e/ou incidente deve ser comunicado de imediato e entregar Г Coordenação de SeguranГ§a e SaГєde a participação/inquГ©rito do mesmo. Em caso de acidente grave ou mortal, proceder igualmente Г comunicação ao IDICT (Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho) e assegurar que nГЈo sГЈo destruГdas as eventuais provas e evidГЄncias que estejam associados ao respectivo acidente. Consumo de drogas ou ГЎlcool Posse, distribuição, consumo ou venda de drogas e ГЎlcool, bem como substГўncias derivadas, sГЈo expressamente proibidas dentro da ГЎrea que congrega a obra. Um qualquer interveniente seja mesmo ele, um visitante que viole esta regra serГЎ imediatamente expulso e se for necessГЎrio, participado Г s autoridades legais competentes. Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar em cada projecto pГЎg. 101 Em cada projecto, os locais de intervenção podem apresentar diversos condicionalismos especГficos e devem ser tidos em consideração, quer na sua organização, quer igualmente na execução dos trabalhos. De forma a avaliar esses mesmos condicionalismos, deve ser efectuado o levantamento e caracterização dos riscos presentes, para serem tomadas acções destinadas a minimizar ou eliminar esses riscos, que devem constar em fichas de avaliação fundamentais para a elaboração do Plano de SeguranГ§a e SaГєde (PSS). Ensaios de Instalações e MГЎquinas / Equipamentos Os procedimentos de ensaios a todas as instalações e equipamento tГЄm como objectivo assegurar o seu bom funcionamento e em condições de seguranГ§a. TГЄm de ser estabelecidos pelos diversos Sub-empreiteiros Planos de Verificação, Utilização e Controlo que devem ser entregues posteriormente ao ResponsГЎvel de SaГєde em Obra para efeitos de validação e controlo. Antes do inГcio dos trabalhos, os intervenientes devem-se assegurar que os equipamentos e materiais a utilizar reГєnam todas as condições de seguranГ§a. Existem equipamentos que requerem a elaboração de uma Lista de Verificação, ou uma RevisГЈo e Inspecção Geral PeriГіdica de Manutenção a serem entregues posteriormente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a da Obra. Todo o equipamento e material afecto Г obra tem que ter a aprovação, consentimento e inspecção prГ©via das entidades competentes. 9.3.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO Equipamento de Protecção Individual (EPI) Г‰ obrigatГіrio o uso generalizado em obra, de fato de trabalho, calГ§ado de protecção com palmilha e biqueira de aГ§o, capacete de francalete e luvas. SerГЎ utilizado em simultГўneo outro tipo de EPI sempre que as tarefas a efectuar assim o exijam. Em trabalhos em altura Г© obrigatГіria a utilização do cinto de seguranГ§a tipo arnГЄs com chicotes de gancho de engate rГЎpido, com possibilidade de amarração permanente do trabalhador. Protecções Colectivas Г‰ da obrigação dos diversos Subempreiteiros, instalar equipamentos de protecção colectiva, criar acessos e sinalizar os locais de trabalho, e em caso de possГveis riscos, implementar a sinalização de seguranГ§a adequada. SГЈo os Subempreiteiros em cada instalação, os responsГЎveis pela escolha dos meios e mГ©todos que visem assegurar a seguranГ§a, protecção e condições de higiene do seu pessoal, que podem ser alterados, caso achem adequado, pelas entidades responsГЎveis mГЎximas da obra. SГЈo igualmente os Subempreiteiros, os encarregados de informar tanto os seus trabalhadores como a outros intervenientes dos riscos que podem surgir durante a execução dos trabalhos. Prevenção de IncГЄndios Г‰ explicitamente proibido foguear ou fazer lume em qualquer espaГ§o da obra, sem consentimento prГ©vio da Coordenação de SeguranГ§a e SaГєde em Obra. Г‰ obrigatГіrio a existГЄncia de extintores nas frentes de trabalho onde decorrer tarefas onde possa existir o risco de incГЄndio. Sempre que seja detectado um princГpio de incГЄndio, deve ser dado o alarme e utilizar sempre que possГvel, os meios disponГveis para o combater. pГЎg. 102 10 CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL – O CONCEITO MICE O conceito MICE estabelece um processo sistemГЎtico para a descrição das condições ambientais, com base em trГЄs nГveis de exigГЄncia: NГvel 1 (BAIXO), NГvel 2 (MГ‰DIO) e NГvel 3 (ALTO). Esta concepção permite aos projectistas e instaladores a selecção dos materiais utilizГЎveis, para diferentes nГveis de exigГЄncia ambiental, consoante o tipo de utilização de um determinado espaГ§o. O projectista deve procurar um compromisso tendo em conta os seguintes vectores: - Custo dos materiais e da execução; - Condições ambientais; - Exequibilidade tГ©cnica. Tal ponto de equilГbrio deve ser encontrado dentro de um espaГ§o de conciliação, conforme representado na figura seguinte: Custo dos materiais e execução Projecto Prescrições adicionais NГvel de exigГЄncia ambiental Exequibilidade tГ©cnica Baixo MГ©dia Alto Figura 41 – EspaГ§o de conciliação do projecto Como exemplo consideremos um sistema de cablagem, em que Г© exigГvel um nГvel de protecção mecГўnica elevado, digamos 3, e um dos componentes apenas se encontra disponГvel no mercado, em condições aceitГЎveis de custo, com propriedades caracterГsticas do nГvel 2. Nestas condições, o projectista poderГЎ considerar mecanismos adicionais de protecção, e o instalador adoptar prГЎticas apropriadas para que tal componente seja manuseГЎvel e utilizГЎvel, no ambiente caracterizado por nГvel 3. pГЎg. 103 Os parГўmetros que caracterizam o grau de exigГЄncia ambiental (EN50173-1), sГЈo: M – Propriedades MecГўnicas. I – Propriedades relativas ao Ingresso ou penetração de corpos sГіlidos ou de lГquidos. C – Propriedades ClimГЎticas e comportamento perante agentes quГmicos. E – Propriedades ElectromagnГ©ticas. 10.1 MECГ‚NICAS (M) Na tabela seguinte estГЈo definidos os nГveis de exigГЄncia mecГўnica a utilizar na caracterização ambiental para sistemas de cablagem: NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES MECГ‚NICAS M1 M2 M3 40 100 250 1,5 7,0 15,0 5 20 50 -2 Impacto (aceleração) [ms ] Vibração (amplitude da oscilação de 2 a 9 Hz) [mm] -2 Vibração (amplitude da aceleração de 9 a 500 Hz) [ms ] ResistГЄncia Г tracção Conforme especificações do componente e EN50174-2) ResistГЄncia Г compressГЈo [N sobre a mm (linear) min.] 45 para a=25 1100 para a=150 2200 para a=150 1 10 30 ResistГЄncia ao choque [J] ResistГЄncia Г torção Conforme especificações do componente e EN50174-2 Tabela 26 – Caracterização ambiental para graus de exigГЄncia mecГўnicos Para o caso especГfico dos elementos de ligação (fichas, acopladores, etc.) consideram-se os seguintes nГveis de exigГЄncia particulares (EN50173-1): PROPRIEDADES MECГ‚NICAS ResistГЄncia Г tracção (entre ficha e cabo) [N] M1 M2 M3 25 300 500 Tabela 27 – Caracterização ambiental para graus de exigГЄncia mecГўnicos – elementos de ligação 10.2 INGRESSO OU PENETRAÇÃO (I) Os nГveis de exigГЄncia ambiental associados ao ingresso ou penetração de corpos sГіlidos, ou de lГquidos, deverГЈo estar em conformidade com os valores definidos na tabela seguinte: pГЎg. 104 NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES DE INGRESSГѓO I1 I2 I3 Penetração/Ingresso de corpos sГіlidos (partГculas) IP2X IP6X IP6X Penetração/ingresso de lГquidos IPX0 IPX5 IPX5 / IPX7 Tabela 28 – Caracterização ambiental para graus de exigГЄncia de ingresso 10.3 CLIMГЃTICAS E QUГЌMICAS (C) As propriedades climГЎticas e o comportamento perante agentes quГmicos que caracterizam os nГveis de exigГЄncia ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de ligação, estГЈo caracterizadas na tabela seguinte: pГЎg. 105 NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES CLIMГЃTICAS C1 C2 C3 Temperatura ambiente [ВєC] -10 a +60 - 25 a +70 - 40 a +70 Taxa de mudanГ§a de temperatura [ВєC min-1] 0,1 1,0 3,0 Humidade relativa [%] 5 a 85 (sem condensação) 5 a 95 (com condensação) 5 a 95 (com condensação) Irradiação solar [Wm-2] 700 1120 1120 Cloreto de sГіdio (sal marinho) 0 <0,3 <0,3 Г“leos (concentração em ambiente seco) 0 < 0,005 < 0,5 Estearato de sГіdio (sabГЈo) nГЈo >5x 104 (solução aquosa nГЈo gelatinosa) >5 x 104 (solução aquosa gelatinosa) Detergentes 0 - - Soluções de material condutor nГЈo temporГЎria (condensação) frequente mГ©dia/pico mГ©dia/pico mГ©dia/pico Sulfureto de hidrogГ©nio <0,003/< 0,01 <0,05/< 0,5 <10/< 50 DiГіxido de enxofre <0,01/< 0,03 <0,1/< 0,3 <5/< 15 TriГіxido de enxofre (pep) <0,01/< 0,03 <0,1/< 0,3 <5/< 15 Cloro seco (< 50% humidade) <0,002/< 0,01 <0,02/< 0,1 <0,2/< 1,0 Cloro hГєmido (>50% de humidade) <0,0005/<0,001 <0,005/< 0,03 <0,05/< 0,3 Cloreto de hidrogГ©neo -/< 0,06 >0,06 /< 0,3 <0,6/< 3,0 Fluoreto de hidrogГ©neo <0,001/< 0,005 <0,01/< 0,05 <0,1/< 1,0 AmГіnia <1/< 5 <10/< 50 <50/< 250 Г“xidos de azoto <0,05/< 0,1 <0,5/< 1,0 <5/< 10 Ozono <0,002/< 0,005 <0,025/< 0,05 <0,1/< 1,0 Contaminação por substГўncias estranhas (poluição lГquida) [ppm] Contaminação por substГўncias estranhas (poluição gasosa) [ppm] lГquidas gasosas Tabela 29 – Caracterização ambiental para graus de exigГЄncia climГЎticos pГЎg. 106 10.4 ELECTROMAGNГ‰TICAS (E) Na tabela seguinte definem-se as propriedades electromagnГ©ticas que caracterizam os nГveis de exigГЄncia ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de ligação. NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES ELECTROMAGNГ‰TICAS E1 E2 E3 4 4 4 8 8 8 Descarga electromagnГ©tica contacto (0,667 пЃC) [kV] por Descarga electrostГЎtica no ar (0,132 пЃC) [kV] 3 (80 a 1000) 3 (80 a 1000) 10 (80 a 1000) 3 (1400 a 2000) 3 (1400 a 2000) 3 (1400 a 2000) 1 (2000 a 2700) 1 (2000 a 2700) 1 (2000 a 2700) 3 (150 kHz a 80 MHz) 3 (150 kHz a 80 MHz) 10 (150 kHz a 80 MHz) DiferenГ§a de potencial de transição CA (corrente alterna) [V] 500 1000 2000 DiferenГ§a de potencial de transição Г terra [V] 500 1000 2000 1 3 30 Radiação RF (modulação -1 amplitude) [Vm (intervalo [Mz])] de Condução RF [V] -1 Campo magnГ©tico (50 Hz) [Am ] Tabela 30 – Caracterização ambiental para graus de exigГЄncia electromagnГ©ticos 10.5 CLASSES AMBIENTAIS Na tabela seguinte estГЈo descritos alguns espaГ§os de utilização e as correspondentes Classes Ambientais tГpicas, relativas a sistemas de cablagem. пЃђ Aeroporto пЃђ пЃђ Mina пЃђ пЃђ Estação ElГ©ctrica пЃђ пЃђ IndГєstria do aГ§o пЃђ пЃђ IndГєstria alimentar пЃђ пЃђ пЃђ пЃђ пЃђ PresenГ§a de ГЎgua ou outros lГquidos Exposição a radiação UV Campo Electromagn. пЃђ PresenГ§a de Гіleos пЃђ AgressГЈo quГmica IndГєstria quГmica Irradiação Vibração ГЃREA DE APLICAÇÃO Humidade PROPRIEDADES пЃђ пЃђ CLASSE AMBIENTAL TГЌPICA M2I3C2E2 M3I3C2E3 M3I3C1E1 пЃђ пЃђ M3I3C2E3 пЃђ пЃђ пЃђ пЃђ M3I3C2E3 пЃђ M3I3C2E1 Tabela 31 – Exemplos de Classes Ambientais pГЎg. 107 11 FICHA TГ‰CNICA PRINCIPAL ITUR – INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES EM URBANIZAÇÕES FICHA TГ‰CNICA Data ___ / ___ / ___ LOCALIZAÇÃO DO LOTEAMENTO Projecto nВє CГўmara Municpal Processo municipal CONCELHO FREGUESIA MORADA LOCALIDADE NOME N.Вє CONTRIBUINTE AlvarГЎ MORADA COMPLETA IDENTIFICAÇÃO DO DONO DE OBRA TELEFONE FAX E-MAIL ASSINATURA NOME N.Вє CONTRIBUINTE CГ‰DULA PROFISSIONAL __________________OE __________________ANET MORADA COMPLETA IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTISTA TELEFONE FAX E-MAIL ASSINATURA TIPO DE PROJECTO ITUR pГєblica ITUR privada Construção Aditamento Reconstrução Telas finais Alteração Ampliação Substituição SITUAÇÂO DA OBRA Operação de Loteamento Obra de urbanização Recepção provisГіria Recepção definitiva PROCESSO nВє PARECER RevisГЈo de projecto ESPAГ‡O RESERVADO AO CERTIFICADOR Data ___ / ___ / ___ Recepção provisГіria Data ___ / ___ / ___ Recepção definitiva Data ___ / ___ / ___ OBSERVAÇÕES pГЎg. 108 ITUR - caracterização e tipologia nВє de fracções m2 observações ГЃrea total do terreno a lotear Caracterização ГЃrea loteada ГЃrea de implantação ГЃrea de habitação unifamiliar ГЃrea de habitação colectiva ГЃrea de comГ©rcio ГЃrea de escritГіrios ГЃrea para outras construções RG-PC RG-CC RG-FO ANTENAS PROTECÇÕES E LIGAÇÕES ГЂ TERRA Contra descargas Contra descargas Contra descargas Contra descargas Outra: Outra: Outra: Outra: ESTIMATIVA ORГ‡AMENTAL VALOR: Blocos/EdifГcios ГЃrea (m2) acima da cota de soleira abaixo da cota de soleira quantificação habitação comГ©rcio escritГіrios serviГ§os outros fibras Гіpticas pisos Lote cabos coaxiais EUROS pares de cobre , pГЎg. 109 12 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICГЃVEIS п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Lei n.Вє 60/2007, de 4 de Setembro Lei n.Вє 5/2004, de 10 de Fevereiro Decreto-Lei n.Вє 68/2005, de 15 de MarГ§o Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio de 2009 Decreto-Lei n.Вє 555/99, de 16 de Dezembro Decreto-Lei n.Вє 177/2001, de 4 de Junho Portaria n.Вє 1110/2001, de 19 de Setembro Portaria n.Вє 701-H/2008, de 29 de Julho Prescrições e Especificações TГ©cnicas – Manual ITED – 2ВЄedição Norma Portuguesa 717 Norma Portuguesa EN 124 Norma ROHS (Directiva 2002/95/EC) Norma CEI 604395 EN 50086 EN 50086-2-4 pГЎg. 110 Para encontrar este ficheiro no site www.anacom.pt siga este caminho ou cole a URL (link) abaixo no campo address do seu navegador (browser), e pesquise por "itur_consulta5junho.pdf" PГЎgina Inicial > Url: http://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=2 Publicação: 04.06.2009 Autor: ANACOM Geração de ficheiro: 14.10.14 В© ANACOM 2014
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