MANUAL ITUR (Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e CondomГnios) 1.ВЄ ediГ§ГЈo versГЈo 3.1 – 21 Maio 2009 ГЌNDICE GERAL 1 GENERALIDADES............................................................................................................. 4 1.1 OBJECTIVO ............................................................................................................... 4 1.2 LINHAS GERAIS ........................................................................................................ 4 1.3 Г‚MBITO DE APLICAÇÃO ........................................................................................... 5 1.4 DEFINIÇÕES .............................................................................................................. 5 1.5 SIGLAS E ACRГ“NIMOS............................................................................................. 9 1.6 FRONTEIRAS ITED/ITUR ........................................................................................ 12 1.6.1 2 CARACTERГЌSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS ............................................................ 17 2.1 REDES DE TUBAGEM ............................................................................................. 17 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.2 2.2.1 2.2.2 2.2.3 3 TUBOS E ACESSГ“RIOS ..................................................................................................... 18 CГ‚MARAS DE VISITA (CV) ................................................................................................. 28 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS .................................................................................................. 35 BASTIDORES ....................................................................................................................... 37 GALERIAS TГ‰CNICAS ......................................................................................................... 37 SALAS TГ‰CNICAS ............................................................................................................... 38 REDES DE CABOS (CABLAGEM) ........................................................................... 39 CABOS DE PARES DE COBRE .......................................................................................... 39 CABOS COAXIAIS ............................................................................................................... 42 CABOS DE FIBRA Г“PTICA ................................................................................................. 44 PROJECTO ...................................................................................................................... 45 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................... 45 3.2 CONDICIONANTES ................................................................................................. 46 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.3 3.4 3.5 3.6 3.6.1 3.6.2 3.6.3 3.6.4 3.7 3.7.1 3.7.2 3.8 3.8.1 3.8.2 3.8.3 4 ARMГЃRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO - ATU ................................... 13 EXEQUIBILIDADE ................................................................................................................ 46 AMBIENTE............................................................................................................................ 46 CUSTOS ............................................................................................................................... 47 CLASSIFICAÇÃO DOS TГ‰CNICOS RESPONSГЃVEIS ....................................................... 47 DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS .................................................................... 47 METODOLOGIA ....................................................................................................... 47 INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS ....................................... 48 REGRAS TГ‰CNICAS ................................................................................................ 49 TOPOLOGIA ......................................................................................................................... 49 VIZINHANГ‡A COM OUTRAS REDES ................................................................................. 50 REDE DE TUBAGEM ........................................................................................................... 52 REDES DE CABOS .............................................................................................................. 59 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO............................................................ 61 ITUR PГљBLICA ..................................................................................................................... 61 ITUR PRIVADA ..................................................................................................................... 62 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................. 63 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................. 63 DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................................... 63 PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO ......................................................... 63 INSTALAÇÃO .................................................................................................................. 65 4.1 ASPECTOS GENГ‰RICOS ........................................................................................ 65 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO .............................................................................. 65 INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS ............................................................................ 65 RESPEITO DE OUTROS DIREITOS ................................................................................... 66 ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES ............................................................................ 66 REDE DE TUBAGENS ............................................................................................. 66 ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM ............................................................. 69 CГ‚MARAS DE VISITA .......................................................................................................... 70 NUMERAÇÃO DE CГ‚MARAS DE VISITA (ROTULAÇÃO) ................................................. 71 pГЎg. 2 4.2.4 4.2.5 4.2.6 PEDESTAIS .......................................................................................................................... 72 INSTALAÇÃO DE ARMГЃRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA ITUR ............... 72 CABLAGEM MГЌNIMA ............................................................................................................ 73 5 PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS............................................................................. 74 5.1 TERRAS DE PROTECÇÃO ...................................................................................... 74 5.2 PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES ......................................................................... 76 6 ENSAIOS ......................................................................................................................... 77 6.1 REDES DE TUBAGEM ............................................................................................. 77 6.2 ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE......................................................... 78 6.3 ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS ......................................................... 78 6.3.1 6.3.2 6.4 6.4.1 6.4.2 6.5 6.5.1 6.6 6.7 REDE DE CATV ................................................................................................................... 79 REDE DE MATV/SMATV ..................................................................................................... 80 ENSAIOS EM CABOS DE FIBRAS Г“PTICAS .......................................................... 81 ENSAIOS DE PERDAS TOTAIS .......................................................................................... 81 ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR) ........................................................................ 82 ENSAIO DA REDE DE TUBAGENS ......................................................................... 84 MEDIDAS MГ‰TRICAS .......................................................................................................... 84 EQUIPAMENTOS DE ENSAIO E MEDIDA ............................................................... 84 RELATГ“RIO DE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE - REF ...................................... 86 7 LIGAÇÕES DAS REDES DE TUBAGENS ...................................................................... 87 8 EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDES DE TUBAGEM ......................................... 88 9 REGRAS DE SEGURANГ‡A PARA INSTALADORES ..................................................... 91 9.1 IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES E RISCOS ASSOCIADOS ....... 91 9.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ASSOCIADAS ...................................................................................................................... 92 9.3 HIGIENE, SEGURANГ‡A E SAГљDE DOS TRABALHADORES ............................... 100 9.3.1 PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENГ‡A PROFISSIONAL ............................................................................................................................... 100 9.3.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO.............................................................................................. 102 10 CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL – O CONCEITO MICE ................................................ 103 10.1 MECГ‚NICAS (M) .................................................................................................... 104 10.2 INGRESSO OU PENETRAÇÃO (I) ......................................................................... 104 10.3 CLIMГЃTICAS E QUГЌMICAS (C)............................................................................... 105 10.4 ELECTROMAGNГ‰TICAS (E) .................................................................................. 107 10.5 CLASSES AMBIENTAIS ......................................................................................... 107 11 FICHA TГ‰CNICA PRINCIPAL ........................................................................................ 108 12 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICГЃVEIS ...................................................................... 110 pГЎg. 3 1 GENERALIDADES 1.1 OBJECTIVO O regime jurГdico aplicГЎvel Г s Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e CondomГnios (ITUR), consagra a obrigatoriedade de construГ§ГЈo das ITUR em duas realidades distintas: (i) As ITUR pГєblicas, situadas em ГЎreas pГєblicas; (ii) As ITUR privadas, situadas em condomГnios (de propriedade privada). O desenvolvimento das actividades econГіmicas e sociais, os enormes progressos tecnolГіgicos verificados e as novas exigГЄncias decorrentes do ambiente concorrencial estabelecido em Portugal, impuseram a necessidade de formular novas regras para o projecto, instalaГ§ГЈo e gestГЈo das Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e CondomГnios. Pretende-se, com a respectiva norma tГ©cnica, regulamentar as condiГ§Гµes de acesso Г s novas Tecnologias de InformaГ§ГЈo e ComunicaГ§ГЈo (TIC), providenciando as mesmas condiГ§Гµes a todos os operadores pГєblicos de telecomunicaГ§Гµes electrГіnicas. O presente regulamento define as condiГ§Гµes de elaboraГ§ГЈo de projectos e construГ§ГЈo das redes de tubagem e redes de cablagem em urbanizaГ§Гµes, garantindo a seguranГ§a de pessoas e bens e a defesa do interesse pГєblico. Na execuГ§ГЈo das ITUR deverГЎ ser seguido o projecto e a legislaГ§ГЈo em vigor. As regras tГ©cnicas de projecto e instalaГ§ГЈo das ITUR devem ser entendidas como objectivos mГnimos, podendo os intervenientes prever outras soluГ§Гµes diferentes, desde que devidamente justificadas, tendo sempre em vista soluГ§Гµes tecnicamente mais evoluГdas. 1.2 LINHAS GERAIS A implementaГ§ГЈo das infra-estruturas ITUR deverГЎ ser feita de acordo com um projecto elaborado por projectista credenciado, tendo em conta a legislaГ§ГЈo aplicГЎvel. Nos espaГ§os e tubagens Г© interdita a instalaГ§ГЈo de equipamentos, tubagens, cablagens ou dispositivos, que nГЈo se destinem a assegurar os serviГ§os previstos no Гўmbito das ITUR. Todos os elementos constituintes da rede ITUR que pela sua natureza possam ser condutores de fenГіmenos elГ©ctricos ou de radiofrequГЄncia, deverГЈo ter assegurada a ligaГ§ГЈo, de todas as partes metГЎlicas acessГveis. Todos os trabalhos de execuГ§ГЈo, ampliaГ§ГЈo ou alteraГ§ГЈo das ITUR, sГі poderГЈo ser feitos por instaladores credenciados devendo, em qualquer circunstГўncia, ser salvaguardado o sigilo das comunicaГ§Гµes. Sempre que necessГЎrio os instaladores, o dono de obra e o director tГ©cnico da mesma, poderГЈo pedir a presenГ§a do projectista, de forma a prestar todos os esclarecimentos solicitados. Para que os trabalhos se desenvolvam de uma forma correcta e eficaz, deverГЈo ser realizados com recurso ao uso de ferramentas especГficas, de acordo com as especificaГ§Гµes e instruГ§Гµes dos fabricantes. pГЎg. 4 1.3 Г‚MBITO DE APLICAÇÃO O presente regulamento aplica-se Г s Infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes com suporte nas tecnologias de cabo de pares de cobre, cabo coaxial e fibra Гіptica. Em zonas histГіricas ou outras de protecГ§ГЈo patrimonial especial, de acordo com as disposiГ§Гµes municipais, poderГЈo ser adoptadas soluГ§Гµes nГЈo constantes neste regulamento, mas que poderГЈo ser consideradas vГЎlidas, desde que devidamente justificadas pelo projectista, atravГ©s de declaraГ§ГЈo de responsabilidade de acordo com a lei, assumindo este a inteira responsabilidade pelas soluГ§Гµes preconizadas. 1.4 DEFINIÇÕES ACIDENTE DE TRABALHO: Г© o acontecimento que ocorre no local e tempo de trabalho, nГЈo intencionalmente provocado, de carГЎcter anormal e inesperado, produzindo directa ou indirectamente lesГµes corporais, perturbaГ§Гµes funcionais ou doenГ§a que resulte na reduГ§ГЈo da capacidade de trabalho ou mesmo na morte. AMBIENTE: conjunto das caracterГsticas especГficas do meio envolvente. Г‚NCORA: elemento metГЎlico colocado no fundo e nas paredes das cГўmaras de visita para permitir que se puxem os cabos por processos mecГўnicos. Г‚NGULO DE CURVATURA DE UM TUBO: Гўngulo suplementar do Г‚ngulo de Dobragem. Г‚NGULO DE DOBRAGEM DE UM TUBO: Гўngulo medido entre o eixo do tubo antes da dobragem e o eixo do tubo depois da dobragem, medido no sentido da forГ§a que a origina. Г‚NGULO DE RETORNO: Гўngulo que deve ser deduzido ao Гўngulo de curvatura, devido ao movimento de regressГЈo do eixo no sentido da sua posiГ§ГЈo inicial, por efeito de mola. ARGOLA: o mesmo que Г‚ncora. ARMГЃRIO EXTERIOR: conjunto de caixa, ou bastidor, estanque, fixada em pedestal e dos dispositivos e equipamentos alojados no seu interior. ARMГЃRIO: conjunto de uma Caixa ou de um Bastidor e dos respectivos equipamentos e dispositivos alojados no seu interior. ARO: elemento metГЎlico que circunda a entrada da cГўmara de visita e destinado a suportar a tampa da mesma. BARRA DE SUPORTE: elemento metГЎlico colocado nas paredes das cГўmaras de visita para apoio dos suportes. BASTIDOR: caixa metГЎlica, com porta e fecho por chave ou mecanismo de trinco inviolГЎvel, com caracterГsticas modulares facilmente referenciГЎveis e geralmente prГ©-cablado. BLOCO DE TUBAGEM: bloco com formaГ§ГЈo de tubagem incluindo a envolvente em cimento ou areia. CAIXA DE ENTRADA DE MORADIA UNIFAMILIAR (CEMU): caixa de acesso restrito para ligaГ§ГЈo das tubagens de entrada de cabos em Moradias Unifamiliares, e onde estГЈo inseridos os dispositivos de repartiГ§ГЈo ou transiГ§ГЈo. CAIXA DE ENTRADA: caixa de acesso restrito para ligaГ§ГЈo das tubagens de entrada de cabos nas ITED. NГЈo hГЎ lugar a repartiГ§ГЈo neste tipo de caixas. CAIXA: elemento integrante das Redes de Tubagem, onde se alojam os dispositivos de repartiГ§ГЈo e transiГ§ГЈo ou se efectua a distribuiГ§ГЈo/passagem ou a terminaГ§ГЈo de cabos. pГЎg. 5 CALEIRA: espaГ§o para alojamento de cabos localizado no pavimento ou no solo, ventilado ou fechado, com dimensГµes que nГЈo permitem a circulaГ§ГЈo de pessoas mas no qual os cabos instalados sГЈo acessГveis em todo o seu percurso durante e apГіs a instalaГ§ГЈo. CALHA: conduta para utilizaГ§ГЈo em instalaГ§Гµes Г vista, podendo ser compartimentada, que dispГµe de tampa amovГvel e em que o processo de inserГ§ГЈo de cabos nГЈo inclui o enfiamento. Nas Calhas compartimentadas, cada compartimento Г© equivalente a uma sub-conduta. CГ‚MARA VISITA (CV): compartimento de acesso aos troГ§os de tubagem atravГ©s do qual Г© possГvel instalar, retirar e ligar cabos e proceder a trabalhos de manutenГ§ГЈo. CAMINHOS DE CABOS: elementos abertos para suporte, apoio e/ou protecГ§ГЈo de cabos num sistema de encaminhamento de cabos. COEFICIENTE DE FRICÇÃO: relaГ§ГЈo entre o peso de um objecto que desliza sobre outro e a forГ§a que os mantГЄm em contacto numa situaГ§ГЈo de repouso (atrito). CONDUTA: elemento de uma Rede de Tubagem constituГdo por um invГіlucro alongado e contГnuo, delimitador de um espaГ§o destinado ao encaminhamento de cabos. Uma Conduta pode albergar vГЎrias condutas; nestas circunstГўncias, estas Гєltimas designam-se por subcondutas. COORDENADOR EM MATГ‰RIA DE SEGURANГ‡A E SAГљDE: pessoa, singular ou colectiva, nomeada pelo Dono da Obra para executar, as tarefas de coordenaГ§ГЈo relativas Г SeguranГ§a e SaГєde. COURETTE: Zona oca da construГ§ГЈo, vertical ou horizontal, dedicada Г passagem dos troГ§os principais das redes colectivas de tubagem. CUSTO: medida monetГЎria do consumo de recursos necessГЎrios Г execuГ§ГЈo de uma infraestrutura. DEGRAU: elemento metГЎlico colocado nas paredes laterais das cГўmaras de visita para facilitar o acesso Г s mesmas. DIRECTOR DA OBRA: tГ©cnico que assegura a direcГ§ГЈo efectiva da Obra, incluindo o estaleiro. DISPOSITIVO DE REPARTIÇÃO: dispositivo passivo para interligaГ§ГЈo entre cabos de diferentes redes (mais de uma rede) e os cabos de uma rede determinada. DISPOSITIVO DE TERMINAÇÃO DE REDE: Dispositivo para ligaГ§ГЈo de um cabo a um equipamento terminal de utilizador. DISPOSITIVO DE TRANSIÇÃO: dispositivo passivo para a interligaГ§ГЈo entre cabos de redes distintas. DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: Conjunto formal, explГcito e completo de documentos necessГЎrias Г execuГ§ГЈo de um projecto. DONO DA OBRA: A pessoa, singular ou colectiva, por conta da qual a obra Г© realizada. ELГ‰CTRODO DE TERRA: Corpo condutor ou conjunto de corpos condutores em contacto Гntimo com o solo, garantindo uma ligaГ§ГЈo elГ©ctrica com este. ELEMENTO DE SINALIZAÇÃO: Г‰ um elemento que acompanha um traГ§ado de tubagem para sinalizar a existГЄncia de infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes no subsolo. ENGELHAMENTO: DeformaГ§ГЈo resultante da alteraГ§ГЈo do material na parte inferior do tubo, na zona de dobragem. EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI): Г‰ o conjunto dos meios e equipamentos destinados ao uso pessoal e individual dos trabalhadores para protecГ§ГЈo contra possГveis riscos pГЎg. 6 que podem colocar em causa a sua seguranГ§a ou saГєde no cumprimento de uma determinada tarefa. ESPAГ‡ADEIRA: Elemento para posicionamento dos tubos a colocar na mesma secГ§ГЈo do traГ§ado de tubagem. ESPAГ‡O DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO (ETU) – espaГ§o com acesso restrito para a instalaГ§ГЈo de equipamentos e estabelecimento de ligaГ§Гµes, onde normalmente Г© instalado o ATU (ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de UrbanizaГ§ГЈo). ESPAГ‡O DE TELECOMUNICAÇÕES: Sala, compartimento, armГЎrio ou caixa de acesso restrito para instalaГ§ГЈo de equipamentos e estabelecimento de interligaГ§Гµes com a Rede Exterior. EXCENTRICIDADE: DeformaГ§ГЈo num tubo apГіs dobragem, expressa na medida do desvio dos eixos da secГ§ГЈo exterior e interior do tubo. EXEQUIBILIDADE: Atributo de um projecto pelo facto de ser passГvel de realizaГ§ГЈo com os meios (materiais e humanos) disponГveis e de acordo com as regras estabelecidas. FISCAL DE OBRA: Pessoa singular ou colectiva, por conta do dono de obra, encarregada do controlo de execuГ§ГЈo da obra. FORMAÇÃO DE TUBAGEM: Conjunto de tubos solidarizados entre si, normalmente instalados no subsolo. GALERIA: Compartimento ou corredor, contendo Caminhos de Cabos ou outros espaГ§os fechados apropriados para passagem de cabos e suas ligaГ§Гµes e cujas dimensГµes permitem a livre circulaГ§ГЈo de pessoas. INCIDENTE: Um incidente Г© um acontecimento perigoso que ocorre, em circunstГўncias semelhantes ao acidente de trabalho, como resultado de uma acГ§ГЈo ou inacГ§ГЈo, mas que nГЈo origina quaisquer ferimentos ou morte. INCLINAÇÃO: RelaГ§ГЈo, medida em percentagem, entre os pontos de maior e menor cota no eixo do tubo, na vertical, ou entre as projecГ§Гµes dos mesmos pontos, em valor absoluto, na horizontal. INSTALAÇÃO EMBEBIDA: Diz-se da parte dos elementos de uma Rede de Tubagem completamente inserida na construГ§ГЈo em que o acesso a estes elementos nГЈo Г© possivel sem recurso Г destruiГ§ГЈo de material da construГ§ГЈo. INSTALAÇÃO EMBUTIDA: Diz-se da parte dos elementos de uma Rede de Tubagem inserida na construГ§ГЈo, mas acessГvel geralmente atravГ©s de uma abertura com tampa. INSTALAÇÃO ENTERRADA: Tipo de instalaГ§ГЈo embebida ao nГvel do subsolo. INSTALAÇÃO TEMPORГЃRIA: InstalaГ§ГЈo preparada para a ligaГ§ГЈo Г s redes pГєblicas por um perГodo limitado, por nГЈo se justificar ou nГЈo ser possГvel a instalaГ§ГЈo da respectiva ITED ou ITUR. MEDIDAS DE PROTECÇÃO COLECTIVA: Medidas para protecГ§ГЈo de um conjunto de trabalhadores, com o intuito de reduzir os riscos que a esse grupo pode estar sujeito. Essas medidas deverГЈo ser desencadeadas antes de se iniciar uma qualquer operaГ§ГЈo. PEDESTAL: Suporte para fixaГ§ГЈo de armГЎrios exteriores, com interligaГ§ГЈo a uma cГўmara ou caixa por intermГ©dio de tubos. POLEIA: Elemento metГЎlico ou em fibra de vidro que pode ser de encaixe nas barras de suporte ou de encastrar e que serve para posicionamento e suporte dos cabos e juntas no interior das cГўmaras de visita. pГЎg. 7 RAIO DE CURVATURA: Raio do arco da circunferГЄncia que se sobrepГµe ao arco do eixo do tubo, correspondente a um Гўngulo com lados perpendiculares Г s partes rectas do tubo adjacentes Г curva. REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO: Г‰ a parte da rede de tubagem de uma UrbanizaГ§ГЈo que assegura a ligaГ§ГЈo entre a rede de condutas principal e o acesso a cada lote ou edifГcio. REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL: Г‰ a parte da rede de tubagem de uma urbanizaГ§ГЈo que garante o encaminhamento para aceder aos lotes e edifГcios dessa urbanizaГ§ГЈo e a continuidade para servir outras ГЎreas de expansГЈo. REDE DE TUBAGEM: Sistema de condutas, caminhos de cabos, caixas e armГЎrios destinado Г passagem, alojamento e terminaГ§ГЈo dos cabos facilitando o seu enfiamento ou aposiГ§ГЈo e interligaГ§ГЈo. REGRAS TГ‰CNICAS: Conjunto de princГpios reguladores de um processo destinado Г obtenГ§ГЈo de resultados considerados Гєteis para uma decisГЈo ou acГ§ГЈo de carГЎcter tГ©cnico. REQUISITOS FUNCIONAIS: Aspectos particulares ou predicados a que uma infra-estrutura deve obedecer de modo a possibilitar a realizaГ§ГЈo da funГ§ГЈo ou funГ§Гµes desejadas. RISCO: Probabilidade da ocorrГЄncia de um determinado acontecimento involuntГЎrio, que pode surgir em funГ§ГЈo das condiГ§Гµes de ambiente fГsico e do processo de trabalho, capazes de provocar lesГµes Г integridade fГsica do trabalhador. SALA TГ‰CNICA: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes em compartimento fechado, com porta e fecho por chave, apropriado para alojamento de equipamento e estabelecimento de interligaГ§Гµes e cujas dimensГµes permitem a permanГЄncia de pessoas. SALA TГ‰CNICA PRINCIPAL DA URBANIZAÇÃO: sala tГ©cnica que contГ©m o ATU. SISTEMA DE GEORREFERENCIAÇÃO DE REDES DE TUBAGEM: Conjunto de informaГ§Гµes georreferenciadas por recurso a tГ©cnicas computacionais para elaboraГ§ГЈo de cadastros de Redes de Tubagem. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRГЃFICA - SIG: Conjunto de ferramentas e procedimentos computacionais para localizaГ§ГЈo espacial. SUPORTE: O mesmo que Poleia. TAMPA: Elemento metГЎlico revestido ou nГЈo com outro material e que se destina a vedar ou permitir o acesso Г s cГўmaras de visita. TAMPГѓO: AcessГіrio destinado a manter a estanquicidade dos tubos. TOPOLOGIA: CritГ©rio de organizaГ§ГЈo espacial. TROГ‡O DE TUBAGEM: Tubos entre duas cГўmaras de visita consecutivas ou entre uma cГўmara de visita e um edifГcio ou um armГЎrio exterior. TUBO COM PAREDES INTERIORES LISAS: Tubo cuja secГ§ГЈo tem o perfil interior uniforme. TUBO CORRUGADO: Tubo cujo perfil da secГ§ГЈo na longitudinal nГЈo Г© uniforme. TUBO MALEГЃVEL: Tubo que, podendo ser dobrado manualmente com uma forГ§a razoГЎvel, nГЈo Г© adequado para dobragens frequentes. TUBO RГЌGIDO: Tubo que nГЈo pode ser dobrado, ou que para ser dobrado carece de dispositivo mecГўnico apropriado. TUBO: Г© uma conduta de secГ§ГЈo circular destinada a instalaГ§Гµes embutidas, Г vista ou enterradas, cujo processo de inserГ§ГЈo dos cabos Г© por enfiamento. pГЎg. 8 UNIГѓO: AcessГіrio destinado a promover a ligaГ§ГЈo entre duas condutas consecutivas. 1.5 SIGLAS E ACRГ“NIMOS ACR: “Attenuation to Crosstalk Ratio”. RelaГ§ГЈo entre atenuaГ§ГЈo e diafonia. AM: “Amplitude Modulation”. ModulaГ§ГЈo em amplitude. ATE: ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de EdifГcio. ATI: ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes Individual. ATU: ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de UrbanizaГ§ГЈo. BER: “Bit Error Rate”. BGT: Barramento Geral de Terras das ITED. BPA: Bloco Privativo de Assinante. CA: Corrente Alterna C/N: “Carrier to Noise Ratio”. RelaГ§ГЈo portadora ruГdo. CATV: “Community Antenna Television”. CC: Cabo coaxial. CCIR: ComitГ© Consultivo Internacional de RadiodifusГЈo. CCTV: “Closed Circuit Television”. Circuito fechado de televisГЈo. CEMU: Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar. CM: Coluna Montante. CM-CC: Coluna Montante de Cabos Coaxiais. CM-PC: Coluna Montante de Pares de Cobre. COFDM: “Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing”. CR: CabeГ§a de Rede. CV: CГўmara de Visita. DAB: “Digital Audio Broadcasting”. DC: Corrente ContГnua. DDC: Dispositivo de DerivaГ§ГЈo de Cliente. DDE: Dispositivo de DistribuiГ§ГЈo de Corte e Ensaio. DDS: Dispositivo de DistribuiГ§ГЈo Simples. DSL: “Digital Subscriber Line”. DST: Descarregador de SobretensГЈo para cabos coaxiais. DTH: “Direct To Home”. RecepГ§ГЈo SatГ©lite DomГ©stica. DTMF: “Dual-Tone Multi-Frequency”. MarcaГ§ГЈo multifrequГЄncia. DVB-T: Digital Video Broadcasting – Terrestrial DVSS: DomГіtica, Videoportaria e Sistemas de SeguranГ§a. Deriva de CCCB (Commands, Controls and Communications in Buildings). pГЎg. 9 ELFEXT: “Equal Level Far End Crosstalk Loss”. EMC: “Electromagnetic Compatibility”. Compatibilidade ElectromagnГ©tica. EN: “European Norm”. Norma Europeia. EPI: Equipamento de ProtecГ§ГЈo Individual. ES: Entrada SubterrГўnea. ETI: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes Inferior. ETP: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes Privado. ETS: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes Superior. FA: FracГ§ГЈo AutГіnoma. FI: FrequГЄncia IntermГ©dia. FM: “Frequency Modulation”. ModulaГ§ГЈo em frequГЄncia. FO: Fibra Г“ptica. FTA: “Free To Air”. FTP: “Foiled Twisted Pair”. FTTH: “Fiber To the Home”. FWA: Fixed Wireless Access. ICP-ANACOM – ICP - Autoridade Nacional de ComunicaГ§Гµes. IS-LAN: Integrated Services – Local Area Network. ITED: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em EdifГcios. ITUR: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em UrbanizaГ§Гµes. LAN: Local Area Network LC: “Local Connector”. Conector local. MATV: “Master Antenna Television”. MICE: “Mechanical, Ingress, Climatic and chemical, Environmental”.CondiГ§Гµes ambientais. MPEG: “Moving Picture Experts Group”. NEXT: “Near-End crosstalk loss”. NICAM: “Near Instantaneous Companded Audio Multiplex”. OM: “Multimode”. Fibra Гіptica multimodo. ONT: “Optical Network Termination”. TerminaГ§ГЈo Гіptica de rede. OS: “Single mode”. Fibra Гіptica monomodo. OTDR: “Optical Time Domain Reflectometer”. PAL: “Phase Alternating Line”. PAT: Passagem AГ©rea de Topo. PC: Par de Cobre. PE: Material em polietileno, normalmente de cor preta, para utilizaГ§ГЈo em instalaГ§Гµes exteriores PPCA: Posto Privado de ComutaГ§ГЈo AutomГЎtica. pГЎg. 10 PSACR: “Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio”. PSELFEXT: “Power Sum Equal Level Far End Crosstalk Loss”. PSK: “Phase Shift Keying”. PSNEXT: “Power Sum Near End Crosstalk Loss”. PVC: Policloreto de vinilo. QAM: “Quadrature Amplitude Modulation”. QE: Quadro ElГ©ctrico. QPSK: “Quadrature Phase Shift Keying”. QSC: Quadro de ServiГ§os Comuns. RC: Repartidor de Cliente. RC-CC: Repartidor de Cliente de Cabo Coaxial. RC-FO: Repartidor de Cliente de Fibra Г“ptica. RC-PC: Repartidor de Cliente de Par de Cobre. RDC: Redes de DistribuiГ§ГЈo por Cabo RDIS: Rede Digital de IntegraГ§ГЈo de ServiГ§os REF: RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade. RF: Radio FrequГЄncia. RG: Repartidor Geral. RG-CC: Repartidor Geral de Cabo Coaxial. RGE: Repartidor Geral do EdifГcio. RG-FO: Repartidor Geral de Fibra Г“ptica. RG-PC: Repartidor Geral de Par de Cobre. RG-SCIE: Regulamento Geral de SeguranГ§a Contra IncГЄndio em EdifГcios. RITA: Regulamento de Infra-estruturas TelefГіnicas de Assinante RNG: Redes de Nova GeraГ§ГЈo. RSICEE: Regulamento de SeguranГ§a das InstalaГ§Гµes Colectivas de EdifГcios e Entradas RSIUEE: Regulamento de SeguranГ§a de InstalaГ§Гµes de UtilizaГ§ГЈo de Energia ElГ©ctrica RT: RelatГіrio TГ©cnico. RTIEBT: Regras TГ©cnicas das InstalaГ§Гµes ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo. RU-CC: Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Cabo Coaxial RU-FO: Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Fibra Г“ptica RU-PC: Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Par de Cobre SC/APC: “Subscriber Connector” / “Angled Physical Contact”. SCIE: SeguranГ§a Contra IncГЄndio em EdifГcios. SFT: – ServiГ§o Fixo de Telefone SFTP: “Screened Foiled Twisted Pair”. pГЎg. 11 SIG: Sistema de InformaГ§ГЈo GeogrГЎfica. SMATV: “Satellite Master Antenna Television”. SSTP: “Shielded Twisted Pair”. STP: “Screened Shielded Twisted Pair”. TAP: Terminal Access Point TC: Tap de Cliente TCD: Tecnologias de ComunicaГ§ГЈo por DifusГЈo. Deriva de BCT (Broadcast and Communication Technologies). TCD-C: Tecnologias de ComunicaГ§ГЈo por DifusГЈo, em cabo coaxial. Deriva de BCT-C (coaxial). TCD-PC: Tecnologias de ComunicaГ§ГЈo por DifusГЈo, em cabo de par de cobre. Deriva de BCT-B (balanced). TDT: TelevisГЈo Digital Terrestre. TIC: Tecnologias de InformaГ§ГЈo e ComunicaГ§ГЈo. Deriva de ICT (Information and Communication Technologies). TP-PMD: Twisted Pair Physical Layer Medium Dependent. TPT: Terminal Principal de Terra. TR: “Technical Reports”. RelatГіrio tГ©cnico. TT: Tomada de TelecomunicaГ§Гµes. TV: TelevisГЈo. UHF: “Ultra High Frequency”. UTP: “Unshielded Twisted Pair”. VHF: “Very High Frequency”. WLAN: Wireless Local Area Network ZAP: Zona de Acesso Privilegiado. 1.6 FRONTEIRAS ITED/ITUR A fronteira de tubagem na interligaГ§ГЈo entre as ITUR e as ITED Г©, obrigatoriamente, uma Caixa de Visita (CV). As fronteiras de cablagem das ITUR com as ITED sГЈo os primГЎrios dos Repartidores Gerais (RG), ou os primГЎrios dos Repartidores de Cliente (RC) para o caso das moradias unifamiliares. Os referidos dispositivos fazem parte dos edifГcios. Na tabela seguinte estГЈo dimensionadas as fronteiras dos edifГcios, atravГ©s de tubagem subterrГўnea. Embora possam existir casos em que as ligaГ§Гµes dos edifГcios possa ser efectuado por galerias, ou similares, elas sГЈo normalmente realizadas em tubos adequados Г instalaГ§ГЈo subterrГўnea, pelo que importa caracterizar as suas caracterГsticas mГnimas. pГЎg. 12 DIMENSIONAMENTO DAS LIGAÇÕES ГЂS CV DOS EDIFГЌCIOS, POR TUBOS TIPO DE EDIFГЌCIO TUBOS Moradia unifamiliar 2 X Г�32 EdifГcios residenciais atГ© 8 FA 3 X Г�40 EdifГcios residenciais de 8 a 32 FA 3 X Г�50 EdifГcios residenciais de 32 a 64 FA 3 X Г�75 EdifГcios residenciais com mais de 64 FA A definir pelo projectista EdifГcios de escritГіrios, comerciais, industriais e especiais A definir pelo projectista Tabela 1 – Dimensionamento das LigaГ§Гµes Г s CV dos edifГcios 1.6.1 ARMГЃRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO - ATU O elemento bГЎsico de qualquer rede de telecomunicaГ§Гµes Г© o Ponto de DistribuiГ§ГЈo (PD). O PD caracteriza-se como sendo um local de uniГµes, derivaГ§Гµes e pontos de fronteira com outras redes. Permite o manuseamento das ligaГ§Гµes, facilitando alteraГ§Гµes ao encaminhamento dos sinais. O PD tГpico de uma ITUR Г© o ATU (ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de UrbanizaГ§ГЈo). Os ATU poderГЈo estar integrados em Salas e Galerias TГ©cnicas, ArmГЎrios e Bastidores. O esquema seguinte caracteriza, de uma forma genГ©rica, a lГіgica dos Pontos de DistribuiГ§ГЈo: Para montante PГєblica Privada HabitaГ§ГЈo EscritГіrios ComГ©rcio IndГєstria Especiais e Mistos Para jusante Utilizador UrbanizaГ§ГЈo EdifГcios Rede Colectiva Operadores ATU ATE Rede Individual Equipamento Terminal ATI Caixas de aparelhagem Figura 1- Esquema de ligaГ§Гµes a um edifГcio pГЎg. 13 No caso da moradia unifamiliar, considere-se o esquema seguinte: Para montante Para jusante PГєblica Privada Utilizador UrbanizaГ§ГЈo Operadores Moradia Rede Individual ATU CEMU Equipamento Terminal ATI Caixas de aparelhagem Figura 2- Esquema de ligaГ§Гµes a uma moradia O ATU deverГЎ compreender as seguintes funГ§Гµes: п‚· De interligaГ§ГЈo ou passagem das redes pГєblicas de comunicaГ§Гµes electrГіnicas dos diversos operadores; п‚· De interligaГ§ГЈo com a rede colectiva dos edifГcios – ATE, e ATI ou CEMU no caso de moradias. O ATU deverГЎ ter acesso restrito. O ATU estГЎ apto Г s trГЄs tecnologias previstas, designadamente: п‚· Par de cobre; п‚· Cabo coaxial; п‚· Fibra Гіptica. Para cada uma das tecnologias referidas existirГЎ um Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo (RU), com as seguintes designaГ§Гµes: п‚„ RU-PC – Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Par de Cobre, composto por: п‚· PrimГЎrio, da responsabilidade da entidade que ligar as redes da urbanizaГ§ГЈo Г s redes pГєblicas, onde estiver inserido. PoderГЎ ser constituГdo por rГ©gua de derivaГ§ГЈo de cravamento simples, com oito condutores utilizГЎveis; п‚· SecundГЎrio, onde se ligam todas as redes de comunicaГ§Гµes independentes dos edifГcios (primГЎrios dos respectivos RG-PC inseridos no interior do ATE ou rГ©gua de derivaГ§ГЈo de cravamento simples na CEMU), que poderГЎ ser constituГdo tambГ©m por rГ©gua de derivaГ§ГЈo de cravamento simples, com oito condutores utilizГЎveis ou por conectores de oito condutores do tipo RJ45, ou outra soluГ§ГЈo adequada; п‚· CordГµes, ou outros elementos, que garantam a interligaГ§ГЈo entre o primГЎrio e o secundГЎrio, conectorizados para Cat.3. pГЎg. 14 Sempre que o RU-PC for instalado em bastidores ou mini-bastidores, o que se recomenda, a disposiГ§ГЈo destas unidades deve ser definida, descrita e desenhada pelo projectista. п‚„ RU-CC – Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Cabo Coaxial: Aqui inicia-se a rede de cabos coaxiais da urbanizaГ§ГЈo, num repartidor, numa uniГЈo para interligaГ§ГЈo, ou num amplificador. ExistirГЎ 1 RU-CC obrigatГіrio, associado Г distribuiГ§ГЈo em estrela da rede de CATV e outro opcional, por parte do projectista, estando associado ao sistema de recepГ§ГЈo de MATV ou SMATV, se aplicГЎvel. п‚„ RU-FO – Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Fibra Г“ptica: O secundГЎrio do RU-FO deve ser projectado com uma estrutura de acopladores de fibra Гіptica, para ligar cada fracГ§ГЈo autГіnoma, no mГnimo, com duas fibras. A distribuiГ§ГЈo da rede colectiva de fibra Гіptica pode ser efectuada das seguintes formas: п‚· Cabo individual de cliente (drop) com ligaГ§ГЈo directa, ponto a ponto, do secundГЎrio do RU-FO ao primГЎrio do RG-FO de cada edifГcio independente; п‚· Cabo com prГ©-conectorizaГ§ГЈo, apenas na terminaГ§ГЈo que vai ligar ao RG-FO; п‚· Cabo sem prГ©-conectorizaГ§ГЈo, que obriga Г fusГЈo das fibras a “pigtails”, ou Г sua ligaГ§ГЈo mecГўnica; п‚· Cabo “riser”, desde que exista um nГєmero elevado de edifГcios e desde que devidamente justificado pelo projectista. O espaГ§o do secundГЎrio do RU-FO deverГЎ ser protegido com tampa metГЎlica ou acrГlica, fixa pelo meio mais adequado, de forma a impedir o acesso fГЎcil a pessoas nГЈo habilitadas. Dada a especificidade e fragilidade dos componentes em questГЈo, os operadores podem optar por se instalar no RU-FO com uma caixa prГіpria, fechada, que assegure a sua componente do primГЎrio do RU-FO e se interligue aos acopladores de FO do SecundГЎrio do RU-FO, por cordГµes de interligaГ§ГЈo Гіpticos. Os RU fazem a fronteira, em termos de cablagem, entre as redes pГєblicas de comunicaГ§Гµes electrГіnicas e a urbanizaГ§ГЈo, e estГЈo normalmente no interior do ATU. A instalaГ§ГЈo dos ATU obedece Г especificidade de cada tipo de armГЎrio e incluirГЎ sempre a terra de protecГ§ГЈo adequada. O ATU constituirГЎ um ponto de acesso e derivaГ§ГЈo para as redes colectivas dos diversos edifГcios. CaberГЎ ao projectista o seu dimensionamento em funГ§ГЈo da utilizaГ§ГЈo das vГЎrias tecnologias previstas para o loteamento. O ATU deverГЎ estar interligado Г rede de tubagem da urbanizaГ§ГЈo. Os ATU devem disponibilizar circuitos de energia 230VAC, 50 Hz, para fazer face Г s previsГµes das necessidades de alimentaГ§ГЈo. Devem ser disponibilizados, no mГnimo, um circuito com 4 tomadas com terra, do tipo Schuko. Os circuitos de tomadas deverГЈo estar protegidos por um aparelho de corte automГЎtico adequado (sensГvel Г corrente diferencial residual de elevada sensibilidade, imunizado de forma a evitar disparos intempestivos), localizado no quadro elГ©ctrico de origem do circuito. pГЎg. 15 O ATU poderГЎ conter, ainda, os repartidores gerais de par de cobre, cabo coaxial e fibra Гіptica, designadamente nos condomГnios privados. Deste modo, os ATU deverГЈo ser dotados de condiГ§Гµes de arrefecimento deste espaГ§o, preferencialmente por convecГ§ГЈo, ou por ventilaГ§ГЈo forГ§ada. Numa localizaГ§ГЈo exterior, o ATU deverГЎ ter um Гndice de protecГ§ГЈo adequado, sendo recomendado um grau de protecГ§ГЈo contra a penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos menores do que 1mm, e inserГ§ГЈo de lГquidos associada Г projecГ§ГЈo de ГЎgua, e com um grau de protecГ§ГЈo mecГўnica caracterizado por uma resistГЄncia Г compressГЈo de 1250 N, e uma resistГЄncia ao choque de 6 J. DeverГЎ ser preferencialmente fabricado de material auto-extinguГvel, resistente aos agentes quГmicos, Г corrosГЈo e aos raios ultravioleta, em conformidade com a norma CEI 604395. pГЎg. 16 2 CARACTERГЌSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS Todos os materiais a instalar nas ITUR devem estar de acordo com as normas em vigor, no que toca Г qualidade e tipo de materiais usados no seu fabrico, devendo ser considerada a norma ROHS (Restrictons Of certain Hazardous Substances). Os materiais e acessГіrios especГficos a utilizar nas ITUR deverГЈo ter e conservar, de forma durГЎvel, caracterГsticas mecГўnicas fГsicas e quГmicas adequadas Г s condiГ§Гµes ambientais a que estarГЈo submetidos quando instalados, e nГЈo devem provocar perturbaГ§Гµes em outras instalaГ§Гµes. Para isso deverГЈo respeitar as especificaГ§Гµes e normas nacionais e internacionais aplicГЎveis. 2.1 REDES DE TUBAGEM A rede de tubagem de uma ITUR Г© constituГda por: п‚„ TUBAGENS DE ACESSO: tubos de entrada na CГўmara de Entrada de Cabos (opcional) e tubos de ligaГ§ГЈo entre esta e o ATU; п‚„ REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL; п‚„ REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO. Os elementos constituintes das Redes de Tubagem de uma ITUR sГЈo: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Tubos e AcessГіrios; CГўmaras de Visita; Bastidores e ArmГЎrios; Salas TГ©cnicas; Galerias. A sua finalidade Г© a de assegurar a passagem dos cabos e o alojamento de equipamentos de telecomunicaГ§Гµes, facultando a sua protecГ§ГЈo. Entre as vantagens da sua construГ§ГЈo, destaca-se a facilidade de instalaГ§ГЈo e ampliaГ§ГЈo da rede de cabos, evitando obras posteriores, a melhoria da qualidade pela facilidade de manutenГ§ГЈo e a estГ©tica da urbanizaГ§ГЈo. A seguranГ§a das telecomunicaГ§Гµes e a facilidade de acesso dos diversos operadores sГЈo, igualmente, uma mais valia para os utentes da urbanizaГ§ГЈo. Na figura seguinte, para alГ©m da tubagem das ITUR, visualiza-se tambГ©m a rede de tubagens dos edifГcios constituintes da urbanizaГ§ГЈo. Qualquer edifГcio, independentemente do seu local de construГ§ГЈo, estГЎ abrangido pelas PrescriГ§Гµes e EspecificaГ§Гµes TГ©cnicas das Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em EdifГcios – Manual ITED. pГЎg. 17 OPERADOR TUBAGEM DE ACESSO REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL URBANIZAÇÃO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ITUR REDES DE TUBAGENS ATU (CONDUTAS, CГ‚MARAS DE VISITA, ARMГЃRIOS) 1 REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO OPERADOR TUBAGEM DE ACESSO ATE COLUNAS REDE COLECTIVA 2 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO (CONDUTAS, CAIXAS E CAMINHOS DE CABOS) EDIFГЌCIOS DERIVAÇÕES ITED 3 REDE INDIVIDUAL ATI (TUBOS, CALHAS, CAIXAS) Figura 3 – Esquema geral da rede de tubagens de uma ITUR 2.1.1 TUBOS E ACESSГ“RIOS Os tubos a utilizar devem ser os indicados no quadro seguinte: MATERIAL Polietileno de alta densidade Politeraftalato de etileno PolГmero reforГ§ado com fibra Policloreto de vinil DIГ‚METRO NOMINAL EXTERIOR (mm) DESIGNAÇÃO 50 PEAD D50 110 PEAD D110 40 (tritubo) TRIPEAD D40 32 PET D32 50 PET D50 63 PET D63 110 PET D110 110 FRP (referГЄncia comercial) 50 PVC D50 90 PVC D90 110 PVC D110 110 PVCI D110 (PVC modificado com resina) Tabela 2 – Tabela com materiais constituintes das tubagens pГЎg. 18 Salienta-se a designaГ§ГЈo de diГўmetro nominal dos tubos, que Г© equivalente ao diГўmetro exterior. Esta designaГ§ГЈo coincide com o diГўmetro comercial. DIГ‚METRO NOMINAL = DIГ‚METRO EXTERIOR = DIГ‚METRO COMERCIAL O diГўmetro interior refere-se ao diГўmetro Гєtil, calculado de acordo com a fГіrmula dos diГўmetros de tubagem. DIГ‚METRO INTERIOR = DIГ‚METRO ГљTIL 2.1.1.1 TIPOS DE TUBOS TUBO PVC – tubo rГgido, com paredes exterior e interior lisas, com o diГўmetro alargado numa das extremidades para permitir a uniГЈo por abocardamento. de di a b c l Figura 4 – Tubo PVC TUBO FRP – tubo rГgido com parede dupla, sendo a interior lisa e a exterior anelada, podendo ter ou nГЈo uma extremidade alargada para permitir a uniГЈo por aborcadamento. O polГmero Г© reforГ§ado com fibras de carbono ou de vidro. pГЎg. 19 a di de b c l Figura 5 - Tubo FRP TUBO PEAD – tubo rГgido com paredes exteriores lisas. TRITUBO PEAD – Conjunto de trГЄs tubos com o mesmo diГўmetro, unidos solidariamente entre si, com paredes exteriores lisas e interiores caneladas. Г‰ geralmente utilizado para instalaГ§ГЈo de cabo de fibra Гіptica. As dimensГµes da figura seguinte sГЈo dadas em mm. D=40 e 3,5 3 126 Figura 6 - Tritubo PEAD TUBO PET – Tubo maleГЎvel com paredes lisas. Г‰ um material de recurso, que deve ser utilizado apenas em situaГ§Гµes especiais, tais como a ligaГ§ГЈo entre cГўmara de visita e caixa ou pedestais e quando existam obstГЎculos que aconselhem a utilizaГ§ГЈo do tubo PET, para a sua transposiГ§ГЈo. e d Figura 7 – Tubo PET pГЎg. 20 Outras caracterГsticas dos tubos devem ser consideradas, tal como consta da tabela seguinte: Tipos de TUBOS Grau de ProtecГ§ГЈo ClassificaГ§ГЈo InstalaГ§ГЈo TГpica Obs. 4431 Em BetГЈo Verde 5531 Em PГі de Pedra Preto 4431 Em BetГЈo FRP 5531 Em PГі de Pedra PVC 4431 Em BetГЈo PVC reforГ§ado 5531 Em BetГЈo PEAD (tubo) PEAD (tritubo) PET PenetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos inferiores a 1 mm Tabela 3 – Outros tipos de tubos 2.1.1.2 PROCESSOS DE UNIГѓO DE TUBOS As uniГµes a utilizar na rede de tubagem podem ser de dois tipos: п‚„ Abocardamento macho/fГЄmea; п‚„ AbraГ§o exterior por meio de acessГіrios, podendo a fixaГ§ГЈo ser por: - Aperto; - Electro-soldadura; - Colagem. NOTA: Em qualquer das soluГ§Гµes apontadas, deverГЎ ser garantida a estanquicidade das uniГµes, atravГ©s de colagem ou de outros processos adequados. Os acessГіrios destinados a promover a uniГЈo variam com o tipo de tubos: TUBO PVC – A uniГЈo dos tubos PVC Г© efectuada por abocardamento macho/fГЄmea, como mostra a figura seguinte: 7 a 8 cm Arestas a bolear Г lima Figura 8 – UniГЈo num Tubo PVC TUBO FRP – A uniГЈo destes tubos pode ser efectuada por dois processos: - Abocardamento macho/fГЄmea, se os tubos estiverem providos de uma extremidade alargada, como mostra a figura seguinte: pГЎg. 21 85 -+ 20 mm Figura 9 - UniГЈo de um Tubo FRP - UniГЈo prГіpria, em FRP, que abraГ§arГЎ exteriormente as duas extremidades dos tubos, como indica a figura: 124 mm Figura 10 – DimensГµes da uniГЈo de um Tubo FRP di D e TUBO PEAD – Os tubos de polietileno de alta densidade devem ser ligados atravГ©s de acessГіrios electro-soldГЎveis. As ligaГ§Гµes electro-soldГЎveis sГЈo caracterizadas pelo facto dos acessГіrios, tambГ©m em PEAD, possuГrem resistГЄncias incorporadas que, por efeito de Joule, fundem as camadas de material do acessГіrio e dos tubos. L Figura 11 – UniГЈo dos Tubos PEAD pГЎg. 22 Bornes de ligaГ§ГЈo Г corrente FusГveis indicadores da fusГЈo BraГ§adeira de uniГЈo (sistemas de fusГЈo) Figura 12 – Metodologia associada Г electro-soldadura das uniГµes dos Tubos PEAD TRITUBO PEAD – No caso do tritubo deverГЎ evitar-se o mais possГvel a criaГ§ГЈo de uniГµes. No entanto, caso sejam necessГЎrias, deverГЈo fazer-se recorrendo a: п‚„ AcessГіrios electro-soldГЎveis, como referido para tubo PEAD; п‚„ UniГµes de aperto mecГўnico, como o indicado na figura seguinte: Figura 13 – SoluГ§Гµes para uniГµes de tritubos PEAD Estas uniГµes de aperto mecГўnico deverГЈo ser: п‚„ Em polietileno de alta densidade, ou outro material compatГvel; п‚„ Com caracterГsticas adequadas a tubos de classificaГ§ГЈo 4431 (EN50086); п‚„ Resistir aos agentes quГmicos, em que 2,5 < pH <12,5. 2.1.1.3 ESPAГ‡ADEIRAS TUBO PVC – Quando o nГєmero de tubos a colocar na mesma secГ§ГЈo for superior Г unidade, deverГЈo ser posicionados por acessГіrios prГ©-fabricados em betГЈo, que se designam por guias ou espaГ§adeiras. pГЎg. 23 As espaГ§adeiras prГ©-fabricadas possuem as seguintes caracterГsticas fГsicas: ESPESSURA DAS GUIAS 60 mm ESPESSURA DO BETГѓO ENTRE FUROS 20 mm DIГ‚METRO DOS FUROS 115 mm Tabela 4 – Dimensionamento das espaГ§adeiras 405 145 145 275 405 275 275 275 Figura 14 – Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocaГ§ГЈo de Tubos PVC TUBOS FRP – Quando o nГєmero de tubos a colocar na mesma secГ§ГЈo for superior Г unidade, deverГЈo ser posicionados por acessГіrios prГіprios para o efeito. As espaГ§adeiras serГЈo funГ§ГЈo do nГєmero de tubos e com as caracterГsticas a seguir indicadas: pГЎg. 24 B d A H A = 30 mm B = 438 mm (consoante o n.Вє de tubos) H = 188 mm d = 110 mm Figura 15 - Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocaГ§ГЈo de Tubos FRP TUBO PEAD – Para solidarizar os blocos de tubagens deverГЈo ser utilizadas espaГ§adeiras ou pentes, com as caracterГsticas idГЄnticas Г s indicadas para os tubos FRP. O material de que sГЈo constituГdas Г© o polietileno de mГ©dia densidade. TRITUBO PEAD – Quando se colocam tritubos sobrepostos deverГЈo ser utilizadas espaГ§adeiras para solidarizaГ§ГЈo dos mesmos, no sentido longitudinal. Estes acessГіrios terГЈo que resistir aos agentes quГmicos e possuir boa resistГЄncia mecГўnica. O material constituinte Г© Г base de resinas polipropileno e as dimensГµes sГЈo as a seguir referidas: H L Figura 16 - Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocaГ§ГЈo de tritubos PEAD pГЎg. 25 ESPAГ‡ADEIRA para tritubo PEAD H (mm) L (mm) Profundidade (mm) 70 127 35 Tabela 5 – Dimensionamento das espaГ§adeiras para tritubo 2.1.1.4 TAMPГ•ES SГЈo elementos destinados a vedar os tubos, garantindo a sua estanquicidade. TUBOS PEAD - As medidas do tampГЈo a utilizar devem estar em conformidade com o diГўmetro do tubo. 12 10 c a 05 2 b Figura 17 - Desenho geomГ©trico dos dimensionamentos dos TampГµes para Tubos PEAD Por exemplo: para um tubo PEAD Г�63, as dimensГµes do tampГЈo devem ser: п‚„ a = 63mm; п‚„ b = 88mm; п‚„ c = 40mm. TUBOS FRP – Os tubos serГЈo vedados com tampГЈo prГіprio para o efeito, podendo ser de aplicaГ§ГЈo interior ou exterior na extremidade do tubo. TUBO PVC – A vedaГ§ГЈo dos tubos pode ser efectuada com tampГµes de polietileno de mГ©dia densidade, usados em tubos PEAD. TRITUBO PEAD – Todos os tubos deverГЈo ser vedados com tampГЈo. Para tal deverГЎ deixar-se a extremidade do tritubo saliente pelo menos 30cm. Utilizam-se dois tipos de tampГµes: pГЎg. 26 M6 x 55 Г� 27 Г� 42 TampГЈo tipo “macho”, tal como a figura seguinte: 40 44 Figura 18 - Dimensionamento dos TampГµes tipo “macho” para tritubos PEAD 42 TampГЈo tipo “fГЄmea”, tal como a figura seguinte: 57 Figura 19 - Dimensionamento dos TampГµes tipo “fГЄmea” para tritubos PEAD O TampГЈo, uma vez aplicado, deve tornar o tubo estanque. DeverГЎ ainda apresentar as seguintes caracterГsticas: п‚„ ProtecГ§ГЈo contra a corrosГЈo; п‚„ Ter gravado o diГўmetro nominal dos tubos a que se destina; pГЎg. 27 п‚„ Suportar uma temperatura de serviГ§o -150C a +600C e uma humidade relativa entre 15% e 95%; NOTA: PoderГЈo ser autorizados outros tipos de tampГµes, desde que obedeГ§am a estas condiГ§Гµes e garantam a estanquicidade Г tubagem. 2.1.1.5 LOCALIZAÇÃO DAS TUBAGENS A localizaГ§ГЈo das tubagens deverГЎ ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual serГЎ elaborado tendo em conta os afastamentos mГnimos exigidos pela legislaГ§ГЈo em vigor e condicionados por outras infra-estruturas existentes no local. 2.1.1.6 FITAS DE SINALIZAÇÃO Todas as tubagens da infra-estrutura ITUR deverГЈo ser sinalizadas por meio de uma fita de sinalizaГ§ГЈo de cor verde, 25 cm acima do bloco da formaГ§ГЈo. 2.1.2 CГ‚MARAS DE VISITA (CV) As cГўmaras de visita classificam-se em CVCx (cГўmaras circulares), CVRx (cГўmaras de secГ§ГЈo recta), CVIx (cГўmaras em I), CVLx (cГўmaras em L) e CVTx (cГўmaras em T). As cГўmaras de visita podem ser construГdas no prГіprio local, ou prГ©-fabricadas, mas terГЈo de apresentar caracterГsticas iguais ou superiores aos mГnimos definidos no presente Manual ITUR. 2.1.2.1 TIPOS DE CГ‚MARAS DE VISITA As cГўmaras CVLx e CVTx dispГµem de funil lateral. O x varia consoante as dimensГµes das CV, conforme a tabela do quadro seguinte: Capacidade Indicativa Tipos de CГўmaras Rede Tubos por Face UtilizaГ§ГЈo Tritubo Juntas Pares Cobre Juntas Fibra Гіptica CVC0 passagem DistribuiГ§ГЈo 4 1 - - CVC1 passagem e derivaГ§ГЈo DistribuiГ§ГЈo 4 1 atГ© 200” 1 CVR1a passagem DistribuiГ§ГЈo 4 1 - - CVR1b passagem e derivaГ§ГЈo DistribuiГ§ГЈo 4 1 atГ© 200” 1 CVR2 passagem e derivaГ§ГЈo DistribuiГ§ГЈo 4 2 2 atГ© 200” 2 CVR3 passagem e derivaГ§ГЈo DistribuiГ§ГЈo 6 2 3 atГ© 200” 2 CVI0 passagem e derivaГ§ГЈo Principal e DistribuiГ§ГЈo 12 2 3 3 CVI1 passagem e derivaГ§ГЈo Principal e DistribuiГ§ГЈo 16 3 4 4 CVL1 passagem e derivaГ§ГЈo Principal e DistribuiГ§ГЈo 16 3 4 4 CVT1 passagem e derivaГ§ГЈo Principal e DistribuiГ§ГЈo 16 3 4 4 pГЎg. 28 Tabela 6 – Dimensionamento das CV DIMENSГ•ES MГЌNIMAS INTERIORES EM cm CORPO maior/menor PГ© direito (H) CVC0 120/60 110 CVC1 120/60 160 TIPO CV DiГўmetro FUNIL LATERAL Largura (L) Comprimento (C) PГ© direito (H) Largura (L) Comprimento (C) CVR1a 100 60 75 CVR1b 150/175 60 75 CVR2 100/150/175 75 120 CVR3 175 75 150 CVI0 190 120 180 CVI1 190 120 260 CVL1 190 190 305 190 125 65 CVT1 190 190 335 190 125 65 NOTA: Para as cГўmaras de visita CVCx, sГЈo definidas duas dimensГµes no diГўmetro (maior/menor), pois tГЄm o corpo cilГndrico e a chaminГ© tronco-cГіnica. Tabela 7 – DimensГµes mГnimas interiores das CV As lajes de cobertura sГЈo dimensionadas de acordo com o regulamento de seguranГ§a, que define as cargas de trГЎfego que sГЈo: п‚„ 100kN na faixa de rodagem; п‚„ 20kN nos passeios. A laje inferior deve possuir uma cavidade que permita retirar ГЎgua do interior da cГўmara, com as seguintes dimensГµes mГnimas: 20cm de diГўmetro e 20cm de profundidade. As CV deverГЈo ser pintadas interiormente com tinta plГЎstica branca, tГЄm que ser numeradas e a numeraГ§ГЈo marcada: п‚„ ГЂ entrada da CV, no lado oposto ao da colocaГ§ГЈo dos degraus. п‚„ Por gravaГ§ГЈo no reboco e pintada com tinta preta. As CV deverГЈo ser devidamente rebocadas com argamassa de cimento e areia ao traГ§o de 1:3 e devem ser dotadas de Гўncoras, poleias e calhas de fixaГ§ГЈo dos cabos. DeverГЈo ser dimensionadas, tendo em consideraГ§ГЈo os cabos a utilizar. pГЎg. 29 Figura 20 – Caixa de Visita do tipo CVR1, prГ©-fabricada CГ‚MARAS TIPO CVC Este tipo de cГўmaras Г© construГdo a partir dos seguintes elementos: п‚„ Elemento tronco-cГіnico, prГ©-fabricado em betГЈo, diГўmetro superior 60 cm, inferior 100 cm, altura 50 cm; п‚„ Elemento cilГndrico prГ©-fabricado em betГЈo, de diГўmetro 100 cm, altura 50cm. Estes deverГЈo ser prГ© perfurados tendo em conta a configuraГ§ГЈo da infra-estrutura; п‚„ Base drenante prГ©-fabricado em betГЈo, com diГўmetro 100 cm e altura 20 cm. Topo ChaminГ© Topo ChaminГ© CГўmara tipo CVC0 Corpo Corpo Base Base CГўmara Visita CVC1 Figura 21 – CГўmaras CVC pГЎg. 30 CГ‚MARAS TIPO CVR A face superior do corpo deve permitir a montagem de aros e tampas rectangulares. Figura 22 - CГўmara CVR As paredes podem ser em tijolo maciГ§o, em betГЈo, ou em bloco de betГЈo. Se as cГўmaras forem construГdas em betГЈo, deve utilizar-se o betГЈo da classe C20/25 e aГ§o A400, quando fabricadas no local. Se forem prГ©-fabricadas deve utilizar-se um betГЈo no mГnimo de classe C20/C25. A espessura das paredes deve estar compreendida entre 10cm e 15cm. CГ‚MARAS TIPO CVI O corpo Г© composto por 4 faces constituindo um rectГўngulo, que Г© cortado junto aos vГ©rtices formando outras 4 faces. A configuraГ§ГЈo possibilita o acompanhamento das curvaturas dos cabos, tal como se mostra na figura seguinte: Figura 23 - CГўmara CVI pГЎg. 31 A figura seguinte mostra vista lateral e corte de cГўmara CVI: VISTA LATERAL Figura 24 – Vista lateral e corte das CГўmaras CVI CГ‚MARAS TIPO CVL O corpo tem a forma semelhante ao das cГўmaras CVI, tendo incluГdo um funil lateral. Este permite a interligaГ§ГЈo de um terceiro troГ§o de tubagem, que Г© perpendicular aos outros dois troГ§os de tubagem. Figura 25 – CГўmara do tipo CVL CГ‚MARAS TIPO CVT O corpo tem a forma semelhante Г das cГўmaras CVI, tendo incluГdos dois funis laterais no mesmo extremo da cГўmara de visita. Esta cГўmara permite a interligaГ§ГЈo de quatro troГ§os de tubagens, que sejam perpendiculares dois a dois: pГЎg. 32 Figura 26 – CГўmara do tipo CVT CГ‚MARAS TIPO CVI, CVL e CVT Nas cГўmaras tipo CVI, CVL e CVT, a laje superior deverГЎ possuir uma abertura ao centro de 80cm de diГўmetro, para permitir o acesso ao interior da cГўmara. A chaminГ© em forma de um tronco de cone Г© construГda sobre a abertura da laje superior da cГўmara. As paredes destas cГўmaras devem ser construГdas em betГЈo armado. No entanto, podem ser utilizados na sua construГ§ГЈo blocos de betГЈo maciГ§o desde que se garanta a estanquicidade e a forma e dimensГµes interiores das cГўmaras. A chaminГ© das cГўmaras deve ser construГda em elementos de betГЈo, cilГndricos e troncocГіnicos, geralmente prГ©-fabricados. Na sua parte superior a chaminГ© fica com a forma dum tronco de cone. O fundo das cГўmaras de visita serГЎ constituГdo por enrocamento de cascalho, com 0,15m de espessura, coberto com um massa de betГЈo de C20/25 com 0,10m de espessura. Quando a cГўmara Г© instalada a uma profundidade que nГЈo permita que o aro com tampa fique ao nГvel do pavimento, a altura da chaminГ© deve ser ampliada. Esta ampliaГ§ГЈo pode fazer-se com a instalaГ§ГЈo entre a abertura da cГўmara e a manilha, em forma de tronco de cone, de uma manilha cilГndrica, com as mesmas caracterГsticas da anterior e que permita uma plena adaptaГ§ГЈo entre ela e a abertura da cГўmara. Estas cГўmaras devem ser dotadas de placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha de expansГЈo) aplicadas na parede da cГўmara. A capacidade de alojar equipamentos passivos ou activos nas cГўmaras de visita depende das dimensГµes desses equipamentos. Por princГpio deve privilegiar-se o alojamento dos referidos equipamentos em armГЎrios, quer por aspectos de manutenГ§ГЈo quer de operaГ§ГЈo, quer mesmo para maior protecГ§ГЈo dos mesmos. A colocaГ§ГЈo de equipamentos activos nas cГўmaras sГі deve ser considerada como excepГ§ГЈo e para equipamentos tele-alimentados. Quando existam situaГ§Гµes de ramificaГ§ГЈo em mais de uma directriz principal, dever-se-ГЈo utilizar as cГўmaras tipo L e T com as dimensГµes adequadas ao n.Вє de tubos e juntas previsto. pГЎg. 33 2.1.2.2 FECHO DAS CГ‚MARAS Para garantir o fecho de uma cГўmara, monta-se no seu topo o aro com a respectiva tampa ou tampas. Para garantir o fecho das cГўmaras de visita do tipo CVC, CVI, CVL e CVT o aro, com a respectiva tampa, deve ser ancorado no topo da chaminГ©. O quadro seguinte, define as dimensГµes da tampa recomendada e a quantidade a utilizar em cada um dos tipos de cГўmaras: CГ‚MARA DE VISITA DimensГµes da tampa (cm) N.Вє de tampas a montar Modo de montagem das tampas CVC0 D=60 1 N/A CVC1 D=60 1 N/A CVR1 CxL=75x30 2 Longitudinal CVR2 CxL=75x30 4 Transversal CVR3 CxL=75x30 5 Transversal CVI, CVL e CVT D=60 1 N/A Nota importante: As tampas rectangulares poderГЈo ser sempre seccionadas, caso seja necessГЎrio. Tabela 8 – DimensГµes das tampas das CV Figura 27 – Tampa de caixa de visita do tipo CVR2 2.1.2.2.1 TAMPAS, LOCALIZAÇÃO E CARGAS ADMISSГЌVEIS O conjunto de tampa e aro metГЎlico, em ferro fundido, deve respeitar a Norma Portuguesa NPEN 124, contendo a inscriГ§ГЈo “TelecomunicaГ§Гµes”. pГЎg. 34 EN 124 CLASSE CARGA DE RUPTURA [kg x 103] A15 1,5 B125 12,5 C250 25 D400 40 Tabela 9 – Cargas de ruptura das tampas das CV LigaГ§ГЈo dos tubos Г s paredes de betГЈo – Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das CV na ligaГ§ГЈo dos tubos Г s paredes de betГЈo, deve ser utilizada a fita "Ultra - Seal 20 x 10 mm", ou equivalente, envolvendo os tubos na espessura das paredes. Esta fita, em presenГ§a de humidade expande, garantido a estanquicidade. 2.1.3 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS 2.1.3.1 ARMГЃRIOS Os armГЎrios sГЈo compartimentos onde sГЈo instalados os equipamentos activos e nГЈo activos de telecomunicaГ§Гµes, recomendando-se que sejam construГdos em material metГЎlico ou polyester, reforГ§ado a fibra de vidro, tendo as seguintes caracterГsticas: п‚„ Auto-extinguГvel: resistente Г s chamas; п‚„ Grau de protecГ§ГЈo: contra a penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos inferiores a 1 mm e contra a penetraГ§ГЈo de lГquidos por jactos de ГЎgua; п‚„ O painel superior deverГЎ ser plano e os painГ©is posterior e laterais lisos de forma a permitir que estes sejam encostados por atrГЎs ou lado a lado; п‚„ A instalaГ§ГЈo poderГЎ ser feita num maciГ§o de betГЈo, num maciГ§o de polyester, num poste ou numa parede; п‚„ As dimensГµes exteriores do corpo do armГЎrio (sem pedestal) nГЈo deverГЈo exceder: 140cm x 85cm x 45cm (altura x largura x profundidade). п‚„ De forma a minorar a influГЄncia das condiГ§Гµes externas no interior do armГЎrio, o tecto, as portas e as paredes exteriores deverГЈo ser duplas, ou seja, entre a face exterior e a face interior deverГЎ existir uma caixa-de-ar; п‚„ Devem existir grelhas ou respiradouros de ventilaГ§ГЈo nas paredes laterais exteriores, bem como furaГ§ГЈo nas paredes laterais interiores, utilizando a tГ©cnica "labirinto", permitindo desta forma as trocas de calor com o exterior; п‚„ DeverГЈo ter o Гndice de protecГ§ГЈo mГnimo de IP65 e IK09, resistГЄncia Г corrosГЈo, dotados de fechadura normalizada, ser da classe II de isolamento quando metГЎlicos, ou de material nГЈo condutor. pГЎg. 35 п‚„ Cada armГЎrio deverГЎ ser dotado, no seu interior, de um ligador amovГvel, o qual se interligarГЎ ao elГ©ctrodo de terra de protecГ§ГЈo, por meio de um condutor com caracterГsticas mГnimas de H07V-U G16 mm2, na cor verde/vermelho, ou em qualquer outra, desde que nГЈo exista possibilidade de confusГЈo com qualquer outro tipo de cabo e desde que devidamente identificado. п‚„ O topo do elГ©ctrodo de terra deverГЎ ficar a um mГnimo de 80 cm de profundidade. DeverГЎ ter-se em conta as disposiГ§Гµes regulamentares e as normas nacionais e europeias, relativas Г utilizaГ§ГЈo e ocupaГ§ГЈo de espaГ§os pГєblicos com mobiliГЎrio urbano. п‚„ O armГЎrio deve permitir um bom acesso ao seu interior, para operaГ§ГЈo, manutenГ§ГЈo e instalaГ§ГЈo de equipamentos, devendo a porta ser provida de fechadura com chave com um sistema de trinco em trГЄs pontos e de dispositivo (s) de bloqueio que impeГ§am o seu fecho pela acГ§ГЈo do vento. Perante questГµes de instalaГ§ГЈo na via pГєblica de equipamentos (espaГ§o ocupado e estГ©tica) tГЄm de se considerar, como alternativa, armГЎrios embutidos. 2.1.3.1.1 LOCALIZAÇÃO DOS ARMГЃRIOS Os armГЎrios deverГЈo ser localizados e dimensionados de forma facilitar a distribuiГ§ГЈo das redes de pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra Гіptica. A sua instalaГ§ГЈo depende das caracterГsticas de cada tipo e das indicaГ§Гµes do fabricante. 2.1.3.2 PEDESTAIS 40 ImplantaГ§ГЈo do ArmГЎrio Profundidade = 350 150 480 VISTA FRONTAL Figura 28 – Pedestal Nas ITUR privadas os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armГЎrios projectados, tendo em atenГ§ГЈo os dispositivos que se prevГЄem instalar. Para as ITUR pГєblicas os pedestais deverГЈo ter dimensГµes adequadas aos armГЎrios, ficando cerca de 150mm acima da superfГcie e possuГrem ligaГ§ГЈo Г CV, com pelo menos 3 tubos de 90mm e respectivas guias. Os pedestais devem ser munidos de espigГµes roscados (M16) com o seguinte espaГ§amento: 240mm x 390mm. O bloco de betГЈo, constituinte do pedestal destinado a cada armГЎrio, terГЎ as seguintes caracterГsticas: п‚„ O betГЈo deve ser de classe C20/25 e os tubos do tipo PET, devidamente boleados em ambos os extremos; pГЎg. 36 п‚„ A parte do pedestal abaixo da superfГcie deve possuir uma altura de pelo menos 40 cm, e dispor de extremidade alargada para o exterior, de cerca de 5 cm, de modo a garantir a estabilidade da estrutura. DeverГЎ ser considerado um armГЎrio duplo (coaxial e fibra Гіptica e outro para pares de cobre xDSL) por cada 256 fracГ§Гµes autГіnomas, se situadas a uma distГўncia, em cabo, nГЈo superior a 200m. Caso a distГўncia referida seja ultrapassada terГЎ de considerar-se outro armГЎrio para servir esses casos. 2.1.4 BASTIDORES A utilizaГ§ГЈo de bastidores em substituiГ§ГЈo das caixas normalizadas, serГЎ considerada sempre que for construГda uma sala tГ©cnica. A localizaГ§ГЈo dos RU e equipamentos a instalar em bastidores deve ser referenciada atravГ©s de endereГ§os (normalizados ou a definir pelo projectista), de modo a facilitar a respectiva identificaГ§ГЈo. Assim, os bastidores devem ser explicitamente numerados da esquerda para a direita (se existir mais do que um bastidor) e, em cada bastidor, deverГЈo estar identificados por ordem crescente de cima para baixo e da esquerda para a direita, os respectivos mГіdulos. DeverГЎ ser elaborado um diagrama, por cada bastidor, com referГЄncia aos respectivos mГіdulos e posiГ§ГЈo dos equipamentos a instalar, bem como um diagrama da cablagem a efectuar. A ligaГ§ГЈo da alimentaГ§ГЈo elГ©ctrica aos armГЎrios montados em bastidores deverГЎ ser efectuada nos mГіdulos com referГЄncia mais baixa, isto Г©, na parte superior esquerda do bastidor. A posiГ§ГЈo dos dispositivos e equipamentos instalados em cada bastidor deverГЎ estar identificada atravГ©s de etiquetas. 2.1.5 GALERIAS TГ‰CNICAS Consoante as dimensГµes da urbanizaГ§ГЈo, caracterГsticas e concentraГ§ГЈo dos edifГcios, poderГЎ o projectista optar pela construГ§ГЈo de uma ou mais Galerias TГ©cnicas para acomodaГ§ГЈo de caminhos de cabos, calhas e outros dispositivos constituintes da Rede de Cablagem da urbanizaГ§ГЈo. As Galerias TГ©cnicas a construir deverГЈo obedecer aos seguintes requisitos mГnimos: - Acesso por porta ou portas acima do nГvel do solo, com abertura por chave desde o exterior e sistema de abertura de seguranГ§a desde o interior. - Na porta (ou portas) deverГЎ efectuar-se a marcaГ§ГЈo de forma indelГ©vel da palavra “TelecomunicaГ§Гµes”. - Altura mГnima de 2,4m (1,8m livres para circulaГ§ГЈo de pessoas). - Paredes rebocadas e pintadas com tinta plГЎstica. - Cota que garanta que esta se encontra acima do nГvel freГЎtico. - IluminaГ§ГЈo adequada a possibilitar a circulaГ§ГЈo de pessoas. - InstalaГ§ГЈo elГ©ctrica com pelo menos um circuito de tomadas e um circuito de iluminaГ§ГЈo com sistema de corte e protecГ§ГЈo. - Sistema de ventilaГ§ГЈo adequado. pГЎg. 37 2.1.6 SALAS TГ‰CNICAS SГЈo EspaГ§os de TelecomunicaГ§Гµes constituГdos por compartimentos fechados, e com requisitos apropriados para alojamento de equipamentos e dispositivos de interligaГ§ГЈo de cabos. Os tipos e dimensГµes das Salas TГ©cnicas constam da tabela seguinte: TIPO DE SALA TГ‰CNICA NВє DE FA OU UNIDADES DГЌMENSГ•ES MГЌNIMAS [cm] S0 atГ© 32 300 x 100 S1 de 33 a 64 300 x 200 S2 de 65 a 100 300 x 300 S3 mais de 100 600 x 300 Tabela 10 – DimensГµes das Salas TГ©cnicas As dimensГµes referenciadas na tabela anterior estГЈo definidas, admitindo que a porta da Sala TГ©cnica tem abertura para o exterior; caso isto nГЈo se verifique, deverГЎ ser considerada a compensaГ§ГЈo da reduГ§ГЈo do espaГ§o equivalente Г abertura da porta. Porta a abrir para o exterior da ST VentilaГ§ГЈo Porta a abrir para o interior da ST (requer compensaГ§ГЈo de espaГ§o) VentilaГ§ГЈo Extintores Figura 29 – Desenhos de plantas esquemГЎticas das salas tГ©cnicas A construГ§ГЈo de Salas TГ©cnicas dependerГЎ da especificidade da urbanizaГ§ГЈo e cabe ao projectista decidir-se pela sua existГЄncia. As Salas TГ©cnicas devem obedecer aos seguintes requisitos mГnimos: п‚„ Altura mГnima de 2,2 m; п‚„ Paredes rebocadas e pintadas com tinta plГЎstica; п‚„ MarcaГ§ГЈo na porta de forma indelГ©vel da palavra “Sala TГ©cnica de TelecomunicaГ§Гµes”; п‚„ Sistema de ventilaГ§ГЈo; pГЎg. 38 п‚„ Cota que garanta que esta se encontra acima do nГvel freГЎtico; п‚„ Revestimento do chГЈo com caracterГsticas anti-estГЎticas; п‚„ IluminaГ§ГЈo adequada Г execuГ§ГЈo de trabalhos que exijam esforГ§o visual prolongado; п‚„ InstalaГ§ГЈo elГ©ctrica com pelo menos um circuito de tomadas e um circuito de iluminaГ§ГЈo com sistema de corte e protecГ§ГЈo; Considera-se ainda, com carГЎcter de recomendaГ§ГЈo, que na construГ§ГЈo das Salas TГ©cnicas seja considerado: п‚„ Ambiente controlado, de modo a garantir uma temperatura entre 18Вє e 24ВєC e uma humidade relativa entre 30% e 55%; п‚„ Um extintor; п‚„ Porta dupla; п‚„ Caixa de Entrada de Cabos localizada na Sala TГ©cnica. Se na urbanizaГ§ГЈo existirem mais de 64 fracГ§Гµes autГіnomas (FA), sem contar com aqueles que eventualmente jГЎ estejam abrangidos por sala tГ©cnica a nГvel do edifГcio, Г© obrigatГіrio que exista uma sala tГ©cnica. Nas urbanizaГ§Гµes privativas Г© aconselhГЎvel que as salas tГ©cnicas dos diversos edifГcios possam localizar-se numa sala tГ©cnica da urbanizaГ§ГЈo, se os projectos da cablagem e equipamentos assim o permitirem. Sempre que por imperativos de dimensГЈo ou de tipo de topologia seja necessГЎrio, poderГЎ existir mais de uma sala tГ©cnica numa urbanizaГ§ГЈo, mas cada fracГ§ГЈo autГіnoma e cada unidade apenas pertencerГЈo a uma delas. DeverГЎ ter-se sempre em atenГ§ГЈo ao isolamento ao frio e ao calor e Г necessidade de possuir diversas formas de ventilaГ§ГЈo mecГўnica ou elГ©ctrica, com auxГlio de um sistema de energia autГіnoma, dentro do possГvel. A opГ§ГЈo pela construГ§ГЈo de Salas TГ©cnicas numa urbanizaГ§ГЈo, obriga a que o ATU seja instalado numa delas passando esta a designar-se por Sala TГ©cnica Principal da UrbanizaГ§ГЈo. 2.2 2.2.1 REDES DE CABOS (CABLAGEM) CABOS DE PARES DE COBRE DeverГЈo sempre ser utilizados cabos isolados a polietileno dos tipos TE1HE, T1EG1HE ou com caracterГsticas tГ©cnicas similares Г s indicadas nas tabelas seguintes e para utilizaГ§ГЈo em redes telefГіnicas exteriores, em ligaГ§Гµes locais, como as ligaГ§Гµes entre os assinantes e central. Como caracterГsticas tГ©cnicas gerais serГЎ de referir, que ambos os cabos possuem condutor em cobre nu e macio; cinta; fio de rasgar; blindagem estanque em fita de alumГnio/polietileno e bainha de polietileno. O cabo do tipo T1EG1HE, possui ainda isolamento de polietileno celular (Foam-Skin) e enchimento de geleia. SerГЎ sempre de observar a nomenclatura dos cabos telefГіnicos metГЎlicos, que utiliza as seguintes referГЄncias: • Cabo de telecomunicaГ§Гµes: TVHV; • Condutor: TVHV, TKVD e T1KV; • Isolamento: TVHV, TE1HE e T1EG1HE; pГЎg. 39 • Cabos paralelos: TKVD; • Enchimento: T1EG1HE; • Blindagem: TVHV, TE1HE e T1EG2HE; • Bainhas: TVHV e TE1HES; • Armadura: TE1HEAE e TE1HE2AES; 2.2.1.1 ESPECIFICAÇÕES TГ‰CNICAS Cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE: TE1HE T1EG1HE DiГўmetro exterior aproximado em mm NГєmero de pares DiГўmetro do condutor (mm) 0,6 0,9 10 10,5 / 12,0 14,0 / 15,5 20 13,0 / 14,5 17,5 / 19,0 30 15,0 / 16,5 21,0 / 22,5 50 18,0 / 19,5 25,5 / 27,0 100 24,5 / 26,0 34,5 / 36,0 150 29,0 / 30,5 42,0 / 43,5 200 33,0 / 34,5 48,0 / 49,5 300 39,0 / 41,5 56,5 / 59,0 400 45,0 / 47,5 - 600 54,0 / 56,5 - 800 62,0 / 64,5 - 1000 68,5 / 71,0 - Tabela 11 – CaracterГsticas dimensionais dos cabos de pares de cobre TE1HE e T1EG1HE pГЎg. 40 Cor do isolamento NГєmero do par Cor da identificaГ§ГЈo Condutor A Condutor B Subunidade NВє Cor 1 Branco Azul 1 Azul 2 Branco Laranja 2 Laranja 3 Branco Verde 3 Verde 4 Branco Castanho 4 Castanho 5 Branco Cinzento 5 Cinzento 6 Vermelho Azul 6 Branco 7 Vermelho Laranja 7 Vermelho 8 Vermelho Verde 8 Preto 9 Vermelho Castanho 9 Amarelo 10 Vermelho Cinzento 10 Violeta As unidades de 50 e 100 pares sГЈo formadas respectivamente por 5 e por 10 subunidades de 10 pares. Tabela 12 – CГіdigo de cores dos pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE Tipo de Cabo TE1HE T1EG1HE DiГўmetro do condutor mm 0,6 0,9 ResistГЄncia mГЎxima do condutor a 20п‚° пЂ пЃ—/km 66,6 29 MГ©dia* 55 55 Individual 64 64 400 270 Capacidade efectiva mГЎxima nF/km DesequilГbrio capacitivo mГЎximo entre dois quaisquer pares, pF/km (*) NГЈo aplicГЎvel a cabos atГ© 20 pares. ResistГЄncia de isolamento mГnima: 5 000 MпЃ—.km Tabela 13 – CaracterГsticas elГ©ctricas dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE Tipo de Cabo TE1HE T1EG1HE DiГўmetro do condutor mm 0,6 0,9 ImpedГўncia caracterГstica a 800 Hz пЃ— 600 400 AtenuaГ§ГЈo a 800 Hz пЃ—пЂ dB/km 1,3 0,84 Tabela 14 – CaracterГsticas de transmissГЈo dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE pГЎg. 41 2.2.2 CABOS COAXIAIS Para uma completa caracterizaГ§ГЈo dos cabos coaxiais a considerar nas ITUR, deverГЈo considerar-se as topologias de rede adoptadas, bem como o tipo de rede. A rede correspondente da tecnologia Coaxial numa ITUR privada desenvolver-se-ГЎ numa soluГ§ГЈo Estrela, ГЃrvore (ou derivaГ§ГЈo) ou Mista, sendo critГ©rio e responsabilidade do projectista a selecГ§ГЈo da opГ§ГЈo mais adaptada Г s necessidades da ITUR. Para o desenvolvimento desta infra-estrutura o projectista deverГЎ prever a utilizaГ§ГЈo de pelo menos trГЄs tipos de cabo coaxial e nunca colocar fora de hipГіtese a possibilidade de utilizaГ§ГЈo de fibra monomodo, sobretudo quando o nГєmero de fogos for superior a 256 unidades. Os trГЄs tipos de cabo coaxial estarГЈo, cada um deles, associados a partes da rede que se designam como: п‚· Rede Principal (cabo coaxial principal) – TroГ§o coaxial limitado a montante pelo ATU (CR1) e a jusante pelos Amplificadores de DistribuiГ§ГЈo. п‚· Rede DistribuiГ§ГЈo (cabo coaxial de distribuiГ§ГЈo) – TroГ§o coaxial limitado a montante pelo Amplificador de DistribuiГ§ГЈo e a jusante por derivadores. п‚· Linha de Chegada (cabo coaxial de chegada) – TroГ§o coaxial limitado a montante pelo derivador e a jusante pela CEMU, ou pelo ATE. Linha de Chegada Figura 30 – Esquema geral da rede coaxial numa urbanizaГ§ГЈo CaracterizaГ§ГЈo dos Cabos Coaxiais ApГіs a estruturaГ§ГЈo da rede coaxial, Г© da competГЄncia do projectista a selecГ§ГЈo dos cabos coaxiais que melhor se adaptem Г soluГ§ГЈo a conceber. PoderГЎ considerar-se a utilizaГ§ГЈo dos trГЄs tipos de cabo acima referidos e associados a cada uma das redes. pГЎg. 42 NГЈo Г© objectivo do presente Manual ITUR particularizar cada um dos cabos acima referidos, mas sim dar indicaГ§Гµes ao projectista de como seleccionar, no mercado, os cabos que necessita para implementar a sua soluГ§ГЈo. п‚„ Cabo Coaxial Principal, faz parte da Rede Principal e deverГЎ possuir as seguintes caracterГsticas: п‚· DiГўmetro exterior superior ao dos cabos de DistribuiГ§ГЈo e Linha de Chegada; п‚· Admite directamente conectores tipo 5/8”; п‚· AtenuaГ§ГЈo aos 860 MHz igual ou inferior a 0,08dB/m; п‚· Admite a passagem de corrente alternada atГ© 10A a 60VCA; п‚· Instalado em troГ§os que poderГЈo atingir 200m ou mais, sendo pontualmente cortado pela incorporaГ§ГЈo de Acopladores, Repartidores, ou Amplificadores, com os quais terГЎ que ser compatГvel; п‚· Cumprimento das especificaГ§Гµes Classe A, apresentando uma cobertura de malha superior a 70% ou blindagem tubular; п‚· Total compatibilidade com elementos terminais, como por exemplo Tomadas Coaxiais. п‚· Cobertura exterior em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcado de forma indelГ©vel, metro a metro com: o Nome do Fabricante e ReferГЄncia; o Data fabrico (semana e ano no mГnimo); o Comprimento. п‚„ Cabo Coaxial de DistribuiГ§ГЈo, fazendo parte de um troГ§o intermГ©dio, da ligaГ§ГЈo entre Amplificadores de DistribuiГ§ГЈo e Derivadores, deverГЎ ter as seguintes caracterГsticas: п‚· DiГўmetro exterior superior aos dos cabos de Linha de Chegada e inferior aos dos cabos Troncais; п‚· Admite directamente conectores tipo 5/8” e tambГ©m conectores tipo “F”; п‚· AtenuaГ§ГЈo aos 860 MHz igual ou inferior a 0,13dB/m; п‚· Admite passagem de corrente alterna atГ© 10A a 60VCA; п‚· InstalaГ§ГЈo em troГ§os que poderГЈo atingir 100 m entre acessГіrios, tais como Amplificador de DistribuiГ§ГЈo e Derivadores; п‚· Cumprimento das especificaГ§Гµes Classe A, apresentando uma cobertura de malha superior a 70%; п‚· Total compatibilidade com elementos terminais, como por exemplo Tomadas Coaxiais; п‚· Cobertura exterior em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcado metro a metro com: o Nome do Fabricante e ReferГЄncia; o Data fabrico (semana e ano no mГnimo); o Comprimento. pГЎg. 43 п‚„ Cabo Linha de Chegada, faz parte de um troГ§o terminal de rede. Normalmente ligarГЎ uma saГda de um derivador da rede de distribuiГ§ГЈo ao acessГіrio da rede coaxial que se encontra no ATI ou no ATE. ApresentarГЎ as seguintes caracterГsticas: п‚· DiГўmetro exterior inferior aos restantes dois tipos de cabo coaxial acima definidos; п‚· Admite directamente conectores tipo tipo “F” ou outros tipos de conectores associados a dispositivos coaxiais, como os existentes nas Tomadas Coaxiais; п‚· AtenuaГ§ГЈo aos 860 MHz igual ou inferior a 0,18 dB/m; п‚· InstalaГ§ГЈo em troГ§os que muito dificilmente poderГЈo atingir os 100 m entre acessГіrios; п‚· Cumprimento das especificaГ§Гµes Classe A, apresentando uma cobertura de malha superior a 70%; п‚· Cabo cuja cobertura exterior seja em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcada de forma indelГ©vel metro a metro com: o Nome do Fabricante e ReferГЄncia; o Data fabrico (semana e ano no mГnimo); o Comprimento. O projectista pondera a utilizaГ§ГЈo dos tipos de cabo observando obrigatoriamente a relaГ§ГЈo custo/benefГcio que resultarГЎ da utilizaГ§ГЈo, uma vez que o cabo coaxial terГЎ sempre associado os seguintes factores: п‚· AtenuaГ§ГЈo – A atenuaГ§ГЈo Г© inversamente proporcional Г dimensГЈo do cabo (diГўmetro do condutor central e diГўmetro do condutor externo), ou seja, quanto maior for o diГўmetro menos atenuaГ§ГЈo introduz. Quanto mais elevada for a atenuaГ§ГЈo mais sistemas de reamplificaГ§ГЈo terГЈo que ser utilizados; п‚· Conectores - SerГЈo tanto maiores e mais caros quanto maior for o diГўmetro do cabo coaxial; п‚· Raio de Curvatura – Com influГЄncia directa na escolha das caixas e armГЎrios, serГЎ tanto maior quanto o aumento do diГўmetro externo do cabo coaxial. 2.2.3 CABOS DE FIBRA Г“PTICA Esta tecnologia tem largas vantagens na sua utilizaГ§ГЈo, como sejam a transmissГЈo de grandes quantidades de informaГ§ГЈo (voz e dados em banda larga) rapidamente e de forma mais fiГЎvel, insensibilidade Г s interferГЄncias elГ©ctricas; menor peso e menor ocupaГ§ГЈo de espaГ§o. Os cabos de fibra Гіptica sГЈo definidos em termos da sua construГ§ГЈo fГsica (diГўmetros de nГєcleo/bainha) e categoria. As fibras Гіpticas utilizadas em determinado canal de transmissГЈo devem ter a mesma especificaГ§ГЈo tГ©cnica de construГ§ГЈo e pertencerem Г mesma categoria. Todos os cabos de fibra Гіptica a serem utilizados nas redes de cablagem das ITUR devem cumprir os requisitos da norma EN60794-1-1. pГЎg. 44 3 PROJECTO 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS As regras a seguir referidas tГЄm por objectivo estabelecer procedimentos normalizados no que diz respeito aos projectos das redes ITUR. Estes procedimentos devem estar de acordo com a legislaГ§ГЈo (Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio) e com as normas europeias aplicГЎveis. A elaboraГ§ГЈo de um projecto Г© apoiada num conjunto de metodologias e regras com o objectivo de concretizar a satisfaГ§ГЈo de necessidades funcionais especГficas Na figura seguinte estГЎ representado o diagrama do processo associado Г elaboraГ§ГЈo de um projecto. Custos DocumentaГ§ГЈo Geral do Projecto MГ©todo PROJECTO Regras Dados e Requisitos Funcionais Ambiente Exequibilidade Condicionantes Figura 31 – Diagrama de um processo associado Г elaboraГ§ГЈo de um projecto LEGENDA: DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS: aspectos particulares a que uma infra-estrutura deve obedecer, de modo a possibilitar a realizaГ§ГЈo das funГ§Гµes desejadas, definidas em reuniГЈo prГ©via com o dono de obra. EXEQUIBILIDADE: atributo de um projecto pelo facto de ser passГvel de realizaГ§ГЈo com os meios (materiais e humanos) disponГveis e de acordo com as regras estabelecidas. AMBIENTE: conjunto das caracterГsticas especГficas do meio envolvente, de acordo com as ClassificaГ§Гµes Ambientais MICE. CUSTOS: valor do consumo de recursos tГ©cnicos e materiais, incluindo a mГЈo-de-obra, necessГЎrios Г execuГ§ГЈo de uma infra-estrutura. REGRAS TГ‰CNICAS: conjunto de princГpios reguladores de um processo, destinado Г obtenГ§ГЈo de resultados considerados Гєteis para uma decisГЈo ou acГ§ГЈo de carГЎcter tГ©cnico. MГ‰TODO: princГpios de boas prГЎticas de engenharia, com vista Г simplificaГ§ГЈo dos processos e eficГЎcia funcional. pГЎg. 45 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: conjunto formal, explГcito e completo de documentos necessГЎrios Г execuГ§ГЈo de um projecto. A classificaГ§ГЈo das ITUR, engloba-se na definiГ§ГЈo de “Redes de ComunicaГ§Гµes”, como definido na secГ§ГЈo XV, Artigos 169, 170, 171, 172, 173 e 174 da Portaria n.Вє 701-H/2008, de 29 de Julho e “InstalaГ§Гµes, Equipamentos e Sistemas de ComunicaГ§ГЈo”. Para efeitos do presente Manual considera-se que o termo “projecto de execuГ§ГЈo” Г© equivalente a “projecto”. 3.2 CONDICIONANTES Um projecto ITUR Г© desenvolvido a partir da avaliaГ§ГЈo dos requisitos funcionais e dos seguintes tipos de condicionalismos: - Exequibilidade tГ©cnica (meios, tecnologias, etc.); - Classe ambiental associada Г utilizaГ§ГЈo dos materiais e equipamentos; - Custo dos materiais e da execuГ§ГЈo. 3.2.1 EXEQUIBILIDADE Os principais factores (lista nГЈo exaustiva) que podem ter implicaГ§Гµes em termos de exequibilidade de um projecto sГЈo: - Disponibilidade de materiais e ferramentas; - Г‚mbito do Projecto; - Posicionamento (Principal, DistribuiГ§ГЈo); - Tecnologias disponГveis; - ProtecГ§ГЈo (Sigilo, SeguranГ§a, etc); - RestriГ§Гµes Regulamentares; - Necessidade de prever alimentaГ§ГЈo em energia; - Durabilidade; - Tempo e facilidade de execuГ§ГЈo; - Rastreabilidade; - Facilidade de VerificaГ§ГЈo e Ensaio; - ExistГЄncia de obstГЎculos no subsolo. Estes factores devem ser considerados nas diferentes fases de uma ITUR: - Projecto, instalaГ§ГЈo e utilizaГ§ГЈo/manutenГ§ГЈo Todas as restriГ§Гµes em termos de „exequibilidade‟ devem constar da MemГіria Descritiva, bem como as soluГ§Гµes encontradas para as ultrapassar. 3.2.2 AMBIENTE No que se refere Г s condicionantes ambientais, ver o ponto 103 (classes ambientais). Especial atenГ§ГЈo deve ser dada no caso de solos sulfurosos, especificando o emprego de materiais resistentes a este tipo de ambientes. pГЎg. 46 A rede de tubagens deve ser subterrГўnea, procurando evitar-se a construГ§ГЈo de tubagens em zonas de nГvel freГЎtico elevado. 3.2.3 CUSTOS Os condicionalismos associados aos custos dos materiais e da execuГ§ГЈo, tГЄm normalmente um impacto relevante na elaboraГ§ГЈo de um projecto. Assim, para a avaliaГ§ГЈo do factor custo/benefГcio, o projectista deverГЎ elaborar uma tabela com as diferentes alternativas possГveis e o custo associado a cada uma delas, bem como a relaГ§ГЈo com os outros factores condicionantes, se existirem. 3.2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS TГ‰CNICOS RESPONSГЃVEIS A responsabilidade pela elaboraГ§ГЈo do projecto, pela execuГ§ГЈo e pela fiscalizaГ§ГЈo de infraestruturas telecomunicaГ§Гµes em urbanizaГ§Гµes, face Г s exigГЄncias tГ©cnicas do mesmo, deverГЎ ser assumida por projectistas, com competГЄncia reconhecida por associaГ§ГЈo pГєblica profissional, OE – Ordem dos Engenheiros ou ANET – AssociaГ§ГЈo Nacional dos Engenheiros TГ©cnicos, de acordo com o grau de complexidade e categoria da obra em questГЈo, atravГ©s de termo de responsabilidade. 3.3 DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS As informaГ§Гµes mГnimas necessГЎrias Г elaboraГ§ГЈo de um projecto ITUR, sГЈo: п‚„ LocalizaГ§ГЈo da urbanizaГ§ГЈo e possГveis zonas de expansГЈo; п‚„ Tipos de edifГcios e respectivas utilizaГ§Гµes; п‚„ Levantamento topogrГЎfico e caracterГsticas do terreno; п‚„ Planta com arruamentos e acessibilidades. 3.4 METODOLOGIA A elaboraГ§ГЈo de um projecto ITUR deve ser realizada em quatro fases: Fase 1: Analisar os requisitos funcionais e condicionantes do projecto. Fase 2: Definir os pontos de entrada/saГda das redes de telecomunicaГ§Гµes na urbanizaГ§ГЈo, tendo em linha de conta a localizaГ§ГЈo actual e prevista das redes dos operadores, e zonas de expansГЈo futura adjacentes Г urbanizaГ§ГЈo. Fase 3: Efectuar os cГЎlculos necessГЎrios ao dimensionamento dos cabos de entrada nos edifГcios constituintes da urbanizaГ§ГЈo. Estabelecer as directrizes da Rede de Tubagem Principal, interligando as entradas/saГdas e estabelecendo os pontos de interligaГ§ГЈo Г s redes de distribuiГ§ГЈo, de acordo com a topologia apropriada. Devem ser tidas em conta as caracterГsticas topogrГЎficas do terreno, os materiais disponГveis no mercado e as Regras TГ©cnicas estabelecidas. Fase 4: Elaborar a documentaГ§ГЈo geral do projecto, conforme descrito no ponto 3.7. pГЎg. 47 3.5 INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS Como obrigatoriedade inicial o projectista das ITUR deverГЎ visitar o local das futuras infraestruturas, de modo a verificar os aspectos, que a seguir se enunciam, e que poderГЈo ser fundamentais para a melhor implementaГ§ГЈo da soluГ§ГЈo que venha a ser proposta: п‚· Natureza dos solos para a orГ§amentaГ§ГЈo das condutas, cГўmaras, armГЎrios, fixaГ§ГЈo de bases e suportes de torres, assim como para a conveniente definiГ§ГЈo dos componentes a aplicar nas terras de protecГ§ГЈo; п‚· EnvolvГЄncia natural (arvoredo, grandes superfГcies de ГЎgua, etc.), para a definiГ§ГЈo do melhor local onde fixar o sistema de MATV, se este se localizar no exterior dos edifГcios. Г‰ fundamental a mediГ§ГЈo e registo dos nГveis de sinal e respectiva qualidade para as emissГµes terrestres, que obrigatoriamente serГЈo difundidas na rede coaxial; п‚· EnvolvГЄncia industrial (motores elГ©ctricos, edifГcios elevados, etc.), primordial para a definiГ§ГЈo de dispositivos com capacidade de blindagem electromagnГ©tica, superior ao usualmente recomendado; п‚· EnvolvГЄncia ambiental/arquitectГіnica, importante na melhor definiГ§ГЈo de dispositivos e respectivas fixaГ§Гµes, para que estes elementos passem o mais possГvel dissimulados, principalmente em espaГ§os de protecГ§ГЈo histГіrica, patrimonial ou ambiental; п‚· OpГ§Гµes disponГveis para os pontos de ligaГ§ГЈo da ITUR aos operadores de comunicaГ§Гµes electrГіnicas presentes na zona. Estes e outros factores influenciam claramente no desenvolvimento da soluГ§ГЈo de telecomunicaГ§Гµes para a ITUR, e sobretudo podem influenciar na localizaГ§ГЈo final do ATU. Em caso de necessidade de cariz tГ©cnico, ou arquitectГіnico, o sistema de recepГ§ГЈo hertziana (antenas), caso existam fora dos edifГcios, poderГЈo estar deslocalizadas em relaГ§ГЈo ao ATU. Este projecto inclui os seguintes elementos mГnimos: a) Termo de responsabilidade do projectista; b) Documentos do projectista (cГіpia do bilhete de identidade, cartГЈo de contribuinte e declaraГ§ГЈo de associaГ§ГЈo pГєblica profissional); c) Ficha tГ©cnica ITUR; d) MemГіria descritiva e justificativa, incluindo identificaГ§ГЈo, categoria de obra, disposiГ§ГЈo e descriГ§ГЈo geral da obra, justificaГ§ГЈo da sua implantaГ§ГЈo e da sua integraГ§ГЈo nos condicionamentos locais existentes ou planeados, descriГ§ГЈo genГ©rica da soluГ§ГЈo adoptada com vista Г satisfaГ§ГЈo das disposiГ§Гµes legais e regulamentares em vigor, indicaГ§ГЈo das caracterГsticas dos materiais, dos elementos da construГ§ГЈo, dos sistemas e equipamentos; e) CГЎlculos relativos Г s diferentes partes da obra, definindo os elementos constituintes da mesma, justificando as soluГ§Гµes adoptadas; f) Quadros e fichas de repartidor geral de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra Гіptica, referentes aos elementos de rede que justifiquem a sua elaboraГ§ГЈo; g) MediГ§Гµes e mapas de trabalho, com a indicaГ§ГЈo da natureza e da quantidade dos trabalhos e dos materiais necessГЎrios para a execuГ§ГЈo da obra; h) OrГ§amento baseado nos materiais utilizados e nos mapas de trabalho; i) Planta topogrГЎfica de localizaГ§ГЈo; j) PeГ§as desenhadas, em escala mГnima de 1:500, sobre as plantas a implementar, devendo conter a representaГ§ГЈo de todos os pormenores necessГЎrios Г perfeita compreensГЈo, implantaГ§ГЈo e execuГ§ГЈo da obra; k) Esquema da rede de tubagens, aplicГЎvel Г s ITUR pГєblicas e privadas; l) Esquemas das redes de cabos com a indicaГ§ГЈo dos respectivos cГЎlculos, no caso das ITUR privadas; m) Esquema da rede de terras das ITUR; pГЎg. 48 n) Esquema das instalaГ§Гµes elГ©ctricas das ITUR; o) IndicaГ§ГЈo discriminativa dos materiais e suas quantidades, marcas, modelos e tipos a utilizar; p) CondiГ§Гµes tГ©cnicas, gerais e especiais. A escala mГnima das plantas para a elaboraГ§ГЈo dos desenhos serГЎ de 1:500, podendo as mesmas ser ampliadas, para uma melhor legibilidade. A simbologia a utilizar na elaboraГ§ГЈo dos projectos ITUR serГЎ aquela que o projectista entender como a mais conveniente, garantindo a legibilidade e a perfeita interpretaГ§ГЈo do projecto. O projectista deverГЎ ter presente as informaГ§Гµes obtidas junto dos operadores pГєblicos de comunicaГ§Гµes electrГіnicas, bem como do projecto de outras ITUR contГguas. 3.6 3.6.1 REGRAS TГ‰CNICAS TOPOLOGIA ESTRUTURA A estrutura da rede de tubagens principal pode ser de um dos seguintes tipos: - “■“; - “L”; - “Y”; - “X”; - “Q”. O tipo “■” significa que a rede de tubagens principal Г© apenas constituГda por um ponto de entrada/saГda, e Г© utilizada para urbanizaГ§Гµes de pequena dimensГЈo, que embora possam ser constituГdas por diversas parcelas, para efeitos de rede de telecomunicaГ§Гµes podem assemelhar-se a um edifГcio. Quanto Г estrutura tipo “L” aplica-se a urbanizaГ§Гµes onde se identificam dois pontos de entrada/saГda das redes de telecomunicaГ§Гµes, podendo o traГ§ado assumir diversas formas, entre as quais a de um percurso recto entre os referidos pontos. Г‰ em geral aplicada a urbanizaГ§Гµes de mГ©dia dimensГЈo. Os tipos “Y”, “X” aplicam-se a urbanizaГ§Гµes onde se identificam 3 ou 4 pontos de entrada/saГda, respectivamente e sГЈo geralmente aplicadas a urbanizaГ§Гµes de grande dimensГЈo e inseridas em zonas com grande desenvolvimento urbano. O tipo “Q” aplica-se a urbanizaГ§Гµes muito grandes, onde se justifica o estabelecimento de redes com anГ©is exclusivos da urbanizaГ§ГЈo, independentemente da quantidade de pontos de entrada/saГda definidos. Note-se que nas outras estruturas referidas considera-se que estas serГЈo troГ§os de anГ©is de maior dimensГЈo, que futuramente venham a estabelecer-se. A estrutura da rede de distribuiГ§ГЈo deve ser em estrela a partir do ponto de interligaГ§ГЈo ao ramal proveniente da rede principal, o qual Г© parte integrante da rede de distribuiГ§ГЈo. A estrutura das redes de tubagem deve poder suportar as diversas topologias das redes dos vГЎrios operadores, assegurando igualmente a manutenГ§ГЈo da operacionalidade dos equipamentos activos e as operaГ§Гµes na rede, com o mГnimo de intrusГЈo nos edifГcios e urbanizaГ§ГЈo, beneficiando assim quer os operadores quer os utilizadores. pГЎg. 49 O projectista deve tomar em consideraГ§ГЈo o que ficou definido no ponto correspondente aos materiais e dispositivos que compГµem as Redes de Tubagem. As Regras BГЎsicas do projecto das ITUR sГЈo as seguintes: REGRAS GERAIS A Rede de Tubagens numa ITUR deve ser concebida de modo a permitir uma topologia de distribuiГ§ГЈo em estrela para todas as tecnologias a utilizar nos Sistemas de Cablagem. Os tubos de acesso aos edifГcios devem respeitar as regras tГ©cnicas estabelecidas na 2.ВЄ ediГ§ГЈo do Manual ITED, designadamente quanto ao diГўmetro nominal, Г profundidade e Г inclinaГ§ГЈo. Os materiais a utilizar nas Redes Principal e de DistribuiГ§ГЈo devem estar em conformidade com o exposto no presente Manual. A capacidade dos tubos deve ser calculada com base nas fГіrmulas constantes do ponto 3.6.3.2.1. 3.6.2 VIZINHANГ‡A COM OUTRAS REDES A localizaГ§ГЈo das tubagens no subsolo deve ter em conta as outras infra-estruturas instaladas no subsolo, bem como os eventuais obstГЎculos existentes. A tabela seguinte fixa as distГўncias e profundidades a que se devem estabelecer as diversas infra-estruturas, salvo a existГЄncia de determinaГ§Гµes municipais ou outras que se sobreponham, caso em que devem fazer parte do projecto como justificativo. As figuras seguintes indicam os afastamentos a respeitar. LOCALIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DE SUBSOLO (1) Limite da propriedade (limite interior do passeio) Limite exterior do passeio Eixo da via L A Largura do passeio(L) [m ](3) < 1,60 0,25 Rede de sinalizaГ§ГЈo (verde) P Geratriz exterior superior da conduta Bloco da FormaГ§ГЈo de 1,60 a 1,80 > 1,80 a 2,10 > 2,10 Afastamento (A) [m] (2) 1,40 1,60 1,80 Profundidade (P) [m] (2) 0,80 0,80 0,80 (1) – Salvo regulamentaГ§ГЈo camarГЎria ou de outra entidade (2) - NГЈo hГЎ lugar a instalaГ§Гµes subterrГўneas de telecomunicaГ§Гµes no passeio (3) – Na via de circulaГ§ГЈo rodoviГЎria , a profundidade (P) Г© de 1,00 m Figura 32 – Esquema de localizaГ§ГЈo das infra-estruturas no subsolo pГЎg. 50 PASSEIOS - LOCALIZAÇÃO DE TUBAGENS BT - Baixa TensГЈo AT - Alta TensГЈo A - ГЃgua G - GГЎs T - TelecomunicaГ§Гµes LARGURA DOS PASSEIOS (m) AFASTAMENTO A 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,40 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,30 1,30 1,30 1,40 1,40 1,40 1,40 1,40 1,40 1,60 1,60 1,60 1,80 1,80 1,80 B C COTAS D BT 0,40 0,40 0,40 0,40 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 AT 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 A G T NOTAS: A profundidade mГnima refere-se Г geratriz exterior superior da tubagem. Para largura de passeios superior a 2,4 m, devem ser utilizados os parГўmetros correspondentes a 2,4 m. Estes procedimentos sГЈo sempre aplicГЎveis, salvo eventuais disposiГ§Гµes camarГЎrias. pГЎg. 51 No caso das infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes se localizarem nas vias de circulaГ§ГЈo rodoviГЎria, a profundidade mГnima deve ser de 1m. 3.6.3 REDE DE TUBAGEM 3.6.3.1 REGRAS GERAIS Os tubos devem ser boleados no interior das cГўmaras de forma a nГЈo apresentarem arestas vivas, susceptГveis de ferirem os cabos quando do seu enfiamento. Por igual motivo, nas juntas por abocardamento as arestas dos tubos interiores devem estar devidamente boleadas. Nos diversos troГ§os de tubo devem ser deixadas guias para facilitar o posterior enfiamento dos cabos, possibilitando a sua tracГ§ГЈo. Para efectuar as diversas formaГ§Гµes devem utilizar-se as espaГ§adeiras adequadas, que devem distar cerca de 3m, e nГЈo devem coincidir com as juntas dos tubos, ficando tanto quanto possГvel equidistantes destas. Nos tritubos as juntas devem ser desfasadas de cerca de 50cm, tal como se mostra na figura seguinte, para nГЈo criar um ponto frГЎgil na tubagem. 0,50 0,50 Figura 33 – Desenho evidenciando o afastamento das juntas em tritubos PEAD Todos os tubos nГЈo utilizados dentro das cГўmaras de visita, deverГЈo ser tamponados com tampas prГіprias. CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DOS TUBOS Na instalaГ§ГЈo dos tubos deverГЈo ser observados os seguintes requisitos: п‚„ DeverГЈo ser retirados do fundo da vala e do terreno de compactaГ§ГЈo, todas as pedras ou quaisquer outros detritos que possam danificar os tubos; п‚„ O fundo da vala deverГЎ ser aplanado de modo a que nГЈo apresente ondulaГ§Гµes superiores a 5cm em 20m. 3.6.3.2 DIMENSIONAMENTO DE TUBAGENS 3.6.3.2.1 REDES PRINCIPAL E SECUNDГЃRIA A rede de tubagens principal deve comportar, no mГnimo, duas CГўmaras de Visita (CV), interligadas com 4 tubos de Г�110mm, um tritubo Г�40mm e dois acessos ao exterior da pГЎg. 52 urbanizaГ§ГЈo com igual dimensionamento, para interligaГ§ГЈo Г s redes dos operadores. Exceptuase a rede em ponto(“■“). Devem igualmente incluir-se as ligaГ§Гµes Г rede de distribuiГ§ГЈo da urbanizaГ§ГЈo. A distГўncia mГЎxima entre cГўmaras Г© de 120m e os troГ§os devem ser rectilГneos, admitindo-se curvaturas com atГ© 2cm/m. Caso sejam necessГЎrias curvaturas mais acentuadas deverГЎ efectuar-se desdobramento do troГ§o, com a construГ§ГЈo de cГўmaras de passagem intermГ©dias. O dimensionamento dos tubos e o seu nГєmero deve ser determinado com base nas seguintes regras: п‚„ Um tritubo para a fibra Гіptica, no qual deve ficar sempre um tubo livre para manobra de manutenГ§ГЈo e/ou de expansГЈo. п‚„ Um tubo para cabos coaxiais, podendo prever-se a instalaГ§ГЈo de sub-condutas (monotubos). п‚„ Um tubo para cabos em pares de cobre. PoderГЎ admitir-se a instalaГ§ГЈo de mais do que um cabo por tubo, utilizando-se nesse caso sub-condutas (monotubos). Em cada formaГ§ГЈo deverГЎ prever-se, para alГ©m do considerado no tritubo, dois tubos, sendo um para servir as zonas de futura expansГЈo e outro para manobras de alteraГ§ГЈo e/ou manutenГ§ГЈo. Para determinar a capacidade em funГ§ГЈo do diГўmetro dos tubos, tubagens ou sub-condutas, deve considerar-se o diГўmetro nominal/1,33 como diГўmetro mГnimo interior, e considerar uma folga de 10% devido Г deformaГ§ГЈo do cabo decorrente do seu enrolamento, e mais 10% para facilitar o seu enfiamento: Assim teremos: DiГўmetro do cabo x 1,33 x 1,10 x 1,10 = diГўmetro nominal mГnimo do tubo Deve adoptar-se o diГўmetro nominal imediatamente superior ao valor anterior. Quando se projecta o enfiamento de mais do que um cabo num tubo, deve prever-se a utilizaГ§ГЈo de sub-condutas mesmo para os espaГ§os inicialmente nГЈo ocupados. Na tabela seguinte estГЈo indicados os valores dos diГўmetros interiores mГnimos a que devem obedecer os tubos normalizados, de acordo com a EN50086-2-4. DiГўmetro Nominal dos Tubos [mm] DiГўmetro Interior (Di) mГnimo [mm] 40 30 50 37 63 47 75 56 90 67 110 82 Tabela 15 – DimensГµes mГnimas interiores dos tubos O n.Вє de ligaГ§Гµes previstas deve ser calculado adicionando o n.Вє de ligaГ§Гµes destinadas Г urbanizaГ§ГЈo, ao n.Вє de ligaГ§Гµes estimado para as zonas de expansГЈo adjacentes, a jusante da ligaГ§ГЈo Г s redes dos operadores. O n.Вє total de ligaГ§Гµes deve ser maior ou igual Г s estimadas para os edifГcios que compГµem a urbanizaГ§ГЈo, incluindo as destinadas a eventuais postos pГєblicos, praГ§as de tГЎxis, bombeiros, e outras previstas para o espaГ§o da urbanizaГ§ГЈo. pГЎg. 53 Para dimensionar os tubos, tal como na rede principal, calcula-se o diГўmetro nominal mГnimo DN pela fГіrmula: DN = 1,33 x 1,10 x 1,10 x de em que de Г© o diГўmetro exterior do cabo. Para a distribuiГ§ГЈo em estrela, correspondente ao troГ§o final da rede, em que serГЎ necessГЎrio enfiar um elevado nГєmero de cabos em cada tubo, deve calcular-se o dimensionamento tendo como mГnimo os valores indicados no ponto anterior, ou conhecendo os diГўmetros das cablagens a estabelecer, poderГЈo ser calculados os seus diГўmetros interiores, usando a seguinte fГіrmula geral para o cГЎlculo das tubagens: рќђ·рќ‘Ѓ ≥ 2 Г— рќ‘‘12 + рќ‘‘22 + в‹Ї + рќ‘‘рќ‘›2 DN: diГўmetro nominal do tubo d1 a dn: diГўmetros exteriores dos cabos 1 a n. Em ambos os casos utiliza-se o diГўmetro nominal igual ou imediatamente superior ao calculado, ou considera-se mais de um tubo, alterando em conformidade o tipo de formaГ§ГЈo. Considerando os valores mГnimos para os elementos da rede e com base nos diГўmetros das rede de cabos a utilizar, calculam-se as tubagens, CV, armГЎrios e outros equipamentos. CГЎlculo das tubagens Valores mГnimos e condicionantes: o o o o o o Para as habitaГ§Гµes unifamiliares e edifГcios com um fracГ§ГЈo autГіnoma, sempre que isoladamente, utilizar-se-ГЈo como mГnimo as cГўmaras de visita CVR1; Para as situaГ§Гµes restantes, utilizar-se-ГЈo como mГnimo as cГўmaras de visita CVR2; A instalaГ§ГЈo das cГўmaras de visita Г© feita preferencialmente no passeio e em frente do respectivo lote. As tampas serГЈo adequadas ao local de instalaГ§ГЈo; o tipo B125 Г© a indicada para passeio e a D400 para a faixa de rodagem; No caso de moradias em banda, as CV deverГЈo ser partilhadas, tendo como mГnimo as CV tipo CVR2; As entradas de cabos para os lotes partem directamente das CV; A distГўncia mГЎxima em linha recta entre CV, nГЈo pode exceder os 120m. DeverГЈo ser tomados em conta os seguintes dados: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· NГєmero e tipo de fracГ§Гµes autГіnomas de cada lote; Permitir o alojamento de redes de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra Гіptica, bem como equipamentos passivos e activos, indispensГЎveis para o seu funcionamento; Garantir reserva de espaГ§o, para operaГ§Гµes no caso de reparaГ§Гµes e/ou ampliaГ§ГЈo; Garantir o acesso a vГЎrios operadores, em igualdade de circunstГўncias; Garantir a compatibilidade com o ITED, no que toca Г entrada de cabos para os diferentes tipos de edifГcios, bem como a ligaГ§ГЈo Г s redes pГєblicas. Nas ITUR, o dimensionamento da rede de tubagens terГЎ como mГnimo o indicado na tabela seguinte, e como base o n.Вє de fracГ§Гµes autГіnomas. Os diГўmetros indicados sГЈo nominais. pГЎg. 54 NВє de fracГ§Гµes autГіnomas PC CC FO < 125 1пѓ†110 1пѓ†110 1Tпѓ†40 > 125 2пѓ†110 1пѓ†110 1Tпѓ†40 Tabela 16 – Dimensionamento da rede de tubagem Г‰ obrigatГіrio o envolvimento em betГЈo da tubagem em zonas sujeitas a cargas intensas, como sejam itinerГЎrios Principais e Complementares, e zonas onde o terreno circundante se situa junto de valetas, muros de suporte ou susceptГvel a abatimentos. 3.6.3.3 FORMAÇÕES 3.6.3.3.1 TUBOS COM ENVOLVIMENTO EM AREIA/PГ“ DE PEDRA O fundo da trincheira deverГЎ ser coberto com uma camada de areia, ou pГі de pedra batido, com um mГnimo de 5 cm. No caso de solos rochosos essa espessura deve ser aumentada para 10cm. Entre cada camada de tubos deve ficar uma camada de areia ou pГі de pedra regada, com um mГnimo de 3cm de espessura. No final da formaГ§ГЈo deverГЎ ser colocada uma camada de areia ou pГі de pedra, regada e batida, com 15cm de espessura. 3.6.3.3.2 TUBOS COM ENVOLVIMENTO EM BETГѓO O fundo da trincheira deverГЎ ser regularizado com uma camada de areia ou saibro batido, com 2cm de espessura. Os tubos deverГЈo ser assentes em betГЈo C20/25 devidamente vibrado, ficando com um envolvimento de pelo menos 2cm. DeverГЎ ser utilizada cofragem lateral. O aterro sГі deverГЎ ser efectuado apГіs secagem do betГЈo. Em ambos os casos, envolvimento em areia ou em betГЈo, o aterro deve ser efectuado por camadas com cerca de 25cm de altura regadas e batidas. Os tubos da infra-estrutura deverГЈo ser sinalizados por meio de uma fita de sinalizaГ§ГЈo de cor verde, 25cm acima do bloco da formaГ§ГЈo. pГЎg. 55 Rede de sinalizaГ§ГЈo 25 Bloco Figura 34 – Desenho esquemГЎtico de corte de uma vala tГ©cnica l 5,00 l 2,00 2,00 15,00 5,00 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00 3,00 h 3,00 2,00 5,00 5,00 3,00 Bloco de tubagens c/ envolvimento em areia/pГі de pedra Bloco de tubagens c/ envolvimento em betГЈo Figura 35 – Desenhos esquemГЎticos de blocos de tubagens no interior de uma vala tГ©cnica O envolvimento das tubagens deverГЎ ser feito em betГЈo nos seguintes casos: п‚· п‚· п‚· Locais onde cargas circulantes se manifestem com grande intensidade; Terreno circundante sujeitos a esforГ§os elevados, tendo como proximidade, por exemplo, muros de suporte de estradas; Terreno circundante situado em zona fragilizada pelas ГЎguas, como por exemplo locais prГіximos de valetas e bermas de estradas. Nas situaГ§Гµes em que a rede de tubagens for estabelecida na berma de estradas de grande trГЎfego, devem ser localizadas a uma distГўncia superior a 1 m do traГ§o limitador da faixa de rodagem ou alГ©m do rail de protecГ§ГЈo. pГЎg. 56 3.6.3.4 CГ‚MARAS DE VISITA CГ‚MARAS DE VISITA DO TIPO: DimensГµes mГnimas interiores (cm) CV tipo PГ© direito mГnimo Largura Comprimento Tubos por face Capacidade CVR1 100/150/175 60 75 2 tubos D110+1 tritubo D40 passagem de cabo < 200 pares CVR2 100/150/175 75 120 4 tubos D110 + 2 tritubo 200 pares atГ© ao mГЎx. 2 juntas CVR3 175 75 150 6 tubos D110 + 2 tritubo Juntas de divisГЈo/fusГЈo de FO (uma por cada 200 fracГ§Гµes) Tabela 17 – Tipos de CV CГўmara CVR1b п‚· CГўmara paralelepipГ©dica, construГda no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo utilizada como: o CГўmara de passagem de cabos; o InterligaГ§ГЈo da rede de distribuiГ§ГЈo do edifГcio com a rede ITUR; o Capacidade indicativa – uma junta em cabos de pares de cobre atГ© 200 pares e uma junta de fibra Гіptica. CГўmara CVR2 п‚· CГўmara paralelepipГ©dica, construГda no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo utilizada como: o CГўmara de distribuiГ§ГЈo e passagem de cabos; o CГўmara de acesso a armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes (por exemplo Nichos SPH); o Capacidade Indicativa – duas juntas em cabos de pares de cobre atГ© 200 pares e duas juntas de Fibra Г“ptica. CГўmara CVR3 п‚· CГўmara paralelepipГ©dica, construГda no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo utilizada como: o CГўmara de distribuiГ§ГЈo e passagem de cabos: o CГўmara de acesso a armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes (por exemplo Nichos SPH); o CГўmara de acomodaГ§ГЈo de Juntas de DivisГЈo e FusГЈo de Fibras Г“pticas. o Capacidade Indicativa – trГЄs juntas em cabos de pares de cobre atГ© 200 pares e duas juntas de Fibra Г“ptica. o Juntas de cabos Гіpticos atГ© ao nГєmero mГЎximo de 2; Em situaГ§Гµes especГficas poderГЈo ser utilizados outros tipos de cГўmaras de visita, nomeadamente de maior dimensГЈo. A localizaГ§ГЈo das CV deverГЎ ser feita de acordo com o projecto da urbanizaГ§ГЈo, dando preferГЄncia na sua localizaГ§ГЈo Г s bermas, passeios, em locais onde o raio de curvatura das tubagens assim o obrigue, cruzamentos de ruas e em locais estratГ©gicos, como entradas de lotes e acessos a armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes e outros elementos integrantes da rede de pГЎg. 57 telecomunicaГ§Гµes. Na sua localizaГ§ГЈo deve evitar-se a proximidade de depГіsitos de combustГveis, ou outros locais de risco de explosГЈo. 3.6.3.5 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS FicarГЎ ao critГ©rio do projectista prever a colocaГ§ГЈo de armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes, assim como outras infra-estruturas (por exemplo, de cabines pГєblicas ou de postos sinalizadores, bombeiros, polГcia, tГЎxis, etc.), cujas tubagens de ligaГ§ГЈo deverГЈo ser indicadas no projecto, constituГdas por 1 ou mais tubos de diГўmetro nominal devidamente justificado pelo projectista, terminado numa caixa de pavimento. O diГўmetro mГnimo serГЎ de 50 mm. Importa igualmente assegurar a previsГЈo de ramais elГ©ctricos para alimentaГ§ГЈo destes equipamentos. No projecto de telecomunicaГ§Гµes apenas deverГЎ ser feita referГЄncia a essa previsГЈo, cujo dimensionamento estГЎ no Гўmbito do projecto de energia elГ©ctrica do loteamento/urbanizaГ§ГЈo. A ligaГ§ГЈo Г rede pГєblica de comunicaГ§Гµes electrГіnicas Г© obrigatГіria e deverГЎ ser definida e dimensionada no projecto, de acordo com indicaГ§ГЈo dada pelo Sistema de InformaГ§ГЈo Centralizado (SIC) e/ou pelos operadores pГєblicos de comunicaГ§Гµes electrГіnicas. Os operadores poderГЈo emitir um parecer tГ©cnico sobre um projecto propondo, com a devida fundamentaГ§ГЈo, alteraГ§Гµes ao mesmo, de forma a facilitar a sua ligaГ§ГЈo e harmonizaГ§ГЈo com as redes existentes, ou outras planeadas, que se venham a implementar no local. Nas ITUR privadas os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armГЎrios projectados, tendo em atenГ§ГЈo os dispositivos que se prevГЄem instalar. ARMГЃRIO A B C C C CГ‚MARA DE VISITA B A CORTE A-A CORTE B-B C CORTE C-C Figura 36 – Diagrama de entrada de tubos no pedestal 3.6.3.6 GALERIAS E SALAS TГ‰CNICAS Consoante as dimensГµes da urbanizaГ§ГЈo, caracterГsticas e concentraГ§ГЈo dos edifГcios, poderГЎ o projectista optar pela construГ§ГЈo de uma ou mais Galerias TГ©cnicas para acomodaГ§ГЈo de caminhos de cabos, calhas e outros dispositivos constituintes da Rede de Cablagem da urbanizaГ§ГЈo. A localizaГ§ГЈo destas infra-estruturas deverГЎ ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual serГЎ elaborado tendo em conta os afastamentos mГnimos exigidos pela legislaГ§ГЈo em vigor e condicionados por outras infra-estruturas existentes no local. pГЎg. 58 DeverГЈo ainda ser localizados e dimensionados de forma facilitar a distribuiГ§ГЈo das redes de pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra Гіptica. 3.6.3.7 TRAVESSIAS DeverГЈo ser evitadas, na medida do possГvel, travessias cruzamentos e vizinhanГ§as com outras redes, escolhendo-se o traГ§ado mais conveniente, tendo em conta as preocupaГ§Гµes ambientais, paisagГsticas e os sistemas ecolГіgicos atravessados. As travessias de estradas, arruamentos e caminhos, deverГЈo obedecer Г s seguintes condiГ§Гµes: п‚„ A profundidade mГnima nГЈo deverГЎ ser inferior a 1 m; п‚„ Devem ser realizadas perpendicularmente ao eixo das vias, excepto em casos devidamente justificados; п‚„ Na interligaГ§ГЈo entre 2 CV, antes e depois da travessia, esta serГЎ realizada por 2 tubos PEAD110 e um tritubo PEAD40, como utilizaГ§ГЈo mГnima. As travessias das vias devem fazer-se sempre que possГvel na perpendicular ao eixo da mesma e devem considerar-se cГўmaras de passagem em ambos os extremos. 3.6.4 REDES DE CABOS O projecto e a instalaГ§ГЈo das redes de cabos existe apenas nas ITUR privadas. De modo a poder garantir o acesso aberto e nГЈo discriminatГіrio de operadores de comunicaГ§Гµes electrГіnicas, deverГЈo ser instaladas as seguintes redes, tendo como mГnimo as seguintes condiГ§Гµes: п‚· п‚· Rede de pares de cobre – topologia em estrela, garantindo no ATE ou CEMU de cada lote um mГnimo de 4 pares de cobre, por fracГ§ГЈo; Rede de cabos coaxiais – duas redes, uma de CATV e uma outra rede com topologia a definir pelo projectista, garantindo no ATE ou CEMU de cada lote, o sistema de MATV. Este sistema deverГЎ ter a possibilidade de utilizaГ§ГЈo de sistemas TDT; Rede de fibra Гіptica – a topologia de implementaГ§ГЈo deste tipo de rede, deve garantir no ATE ou CEMU de cada lote, um mГnimo de duas fibras por cada fracГ§ГЈo. 3.6.4.1 CABO DE PARES DE COBRE o o 4 pares de cobre por fracГ§ГЈo autГіnoma; CГЎlculo da quantidade de pares de cobre em funГ§ГЈo do nГєmero de fracГ§Гµes autГіnomas por lote, por aplicaГ§ГЈo da obrigatoriedade anterior; 3.6.4.2 CABO COAXIAL ExistirГЎ uma rede coaxial, que dependendo da dimensГЈo do empreendimento poderГЎ ser hГbrida (Coaxial + Fibra), desenvolvida desde o Ponto de distribuiГ§ГЈo (PD) considerado principal, o ATU, que servirГЎ todos os lotes do empreendimento. Esta rede desenvolver-se-ГЎ ao critГ©rio do projectista. Esta rede terГЎ caracterГsticas especiais quanto ao seu plano de frequГЄncias, uma vez que potencialmente poderГЈo circular na mesma: п‚· Sinais em Via-Directa de MATV, obrigatГіrios em edifГcios ITED de duas ou mais FA; п‚· Sinais em Via-Directa de um ou dois operadores de cabo; pГЎg. 59 п‚· Sinais em Via-de-Retorno de um ou dois operadores de cabo. Estando presentes, ou previstos para estes lotes, habitaГ§Гµes unifamiliares ou edifГcios colectivos, estes deverГЈo ser servidos nas respectivas CEMU ou ATE inferior, segundo corresponda, com os seguintes nГveis mГnimos de sinal Г s frequГЄncias assinaladas: п‚· 75 dBпЃV a 862 MHz; п‚· 70 dBпЃV a 2150 MHz. Do ponto de vista de chegada ao ATI, esta rede exterior deverГЎ ser considerada como a correspondente Г rede de CATV. VГЎrias soluГ§Гµes de desenho e implementaГ§ГЈo da rede Coaxial ou HГbrida poderГЈo ser consideradas, dependendo estas das particularidades das ITUR privada, tais como: п‚· Finalidade comercial dos lotes: habitaГ§ГЈo permanente ou habitaГ§ГЈo de aluguer sazonal; п‚· Perfil do cliente de aluguer (idioma, preferГЄncias de serviГ§os, etc.); п‚· ServiГ§os associados ao lote: Hotelaria, “Resort”, “Bungalows”, etc.; п‚· Exclusividade do lote: Individual ou Multi-familiar. Obrigatoriamente esta rede coaxial (hГbrida se necessГЎrio) servirГЎ todos os lotes do empreendimento, sejam eles de Гndole Individual ou Colectiva, conseguindo-se desta forma: п‚· PoupanГ§a no investimento quanto ao equipamento de recepГ§ГЈo a colocar na CabeГ§a de Rede de Grau1 (CR1), uma vez que deste apenas se adquire um conjunto; п‚· OptimizaГ§ГЈo das condiГ§Гµes de recepГ§ГЈo dos sinais de difusГЈo terrestre, que em muitos casos obriga a uma criteriosa escolha do melhor local, que nem sempre Г© o que inicialmente se previu. Conseguida esta optimizaГ§ГЈo da recepГ§ГЈo, automaticamente ela estarГЎ disponГvel para todos os lotes com igual qualidade; п‚· Que qualquer utilizador possa aceder a um serviГ§o de um operador de cabo sem que para tal seja necessГЎrio algum tipo de investimento suplementar. De forma a permitir a Гіptima entrega de serviГ§os por parte dos operadores de cabo aos seus potenciais clientes, deverГЎ a rede coaxial cumprir os seguintes pressupostos, para alГ©m de outros jГЎ referidos: п‚· A rede coaxial nГЈo deverГЎ servir mais do que 256 fracГ§Гµes autГіnomas, com uma margem superior de 10%. Acima deste valor esta deverГЎ ser dividida em cГ©lulas de 256 fracГ§Гµes autГіnomas, estando estas cГ©lulas interligadas por fibra Гіptica entre si e o ATU; п‚· O plano de frequГЄncias da rede deverГЎ ter reservada uma banda de 100MHz na via directa, possibilitando a um operador colocar os seus serviГ§os DTH na rede, com recurso Г TransmodulaГ§ГЈo Digital transparente (QPSK_QAM ou 8PSK_QAM). 3.6.4.3 CABO DE FIBRA Г“PTICA o o 2 Fibras Гіpticas por fracГ§ГЈo autГіnoma; CГЎlculo da quantidade de fibras Гіpticas, em funГ§ГЈo do nГєmero de fracГ§Гµes autГіnomas por lote, por aplicaГ§ГЈo da obrigatoriedade anterior; pГЎg. 60 o Uso de cabos normalizados de capacidade igual ou imediatamente superior. Calculadas as redes, determinam-se os diГўmetros exteriores dos cabos a utilizar, os quais vГЈo ser usados no cГЎlculo das tubagens e dos outros elementos da rede. Estas caracterГsticas referem-se a mГnimos obrigatГіrios, podendo o projectista, se assim o entender, em consonГўncia com o dono da obra, com os condГіminos ou seus legais representantes, desenvolver soluГ§Гµes mais avanГ§adas nomeadamente de rede local interna ao condomГnio. Em anexo apresenta-se uma das possГveis soluГ§Гµes, em que existe uma rede primГЎria de distribuiГ§ГЈo em FO do ATU atГ© repartidores intermГ©dios, onde sГЈo descodificados os sinais originais modulados para transmissГЈo na fibra Гіptica, sendo a partir daqui distribuГdos localmente em pares de cobre, cabo coaxial e FO, como se mostra na figura seguinte: Figura 37 – Diagrama esquemГЎtico de uma soluГ§ГЈo para distribuiГ§ГЈo em FO numa urbanizaГ§ГЈo 3.7 3.7.1 DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO ITUR PГљBLICA O projecto das redes de tubagem deve conter uma memГіria descritiva e justificativa, cГЎlculos, peГ§as desenhadas, listagem de materiais e termo de responsabilidade do tГ©cnico do projecto. As peГ§as desenhadas devem incluir plantas da urbanizaГ§ГЈo, onde se indiquem os traГ§ados de tubagens, localizaГ§ГЈo dos lotes, edifГcios e rede viГЎria, e devem possuir escala tecnicamente adequada. A escala deverГЎ estar de acordo com a NP717 e ser de 1:500, ou de definiГ§ГЈo superior. O projecto deve ser explГcito de modo a permitir a instalaГ§ГЈo da rede de tubagens, evitando diferentes interpretaГ§Гµes e sem suscitar dГєvidas ao instalador. pГЎg. 61 O projecto deve incluir sempre uma estimativa orГ§amental da rede de tubagens de telecomunicaГ§Гµes. O projecto dever ser elaborado tendo em conta os condicionantes impostos na operaГ§ГЈo de loteamento da urbanizaГ§ГЈo e os Regulamentos do MunicГpio em que se insere, de acordo com o preceituado no Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio, e no presente Manual TГ©cnico. O projecto deverГЎ tambГ©m ter em consideraГ§ГЈo a superfГcie total do terreno da urbanizaГ§ГЈo, ГЎrea de construГ§ГЈo, natureza das actividades nГЈo habitacionais, e dimensionamento das ГЎreas a elas destinadas. DeverГЎ tambГ©m considerar o nГєmero de acessos por tecnologia previstos por lote. A planta de projecto deve ter inscritos: a) os pontos de acesso Г s tubagens da urbanizaГ§ГЈo; b) os pontos de entrada em cada lote e/ou edifГcio; c) a localizaГ§ГЈo dos lotes e/ou edifГcios a servir; d) a localizaГ§ГЈo e tipo das CV, pedestais e espaГ§os tГ©cnicos; e) as directrizes dos troГ§os de tubagens com indicaГ§ГЈo do tipo e formaГ§ГЈo; f) a localizaГ§ГЈo de postos pГєblicos, postos sinalizadores de bombeiros, postos para tГЎxis e outros previstos no projecto; h) a localizaГ§ГЈo de outras infra-estruturas que sejam referidas na memГіria descritiva, como condicionantes Г localizaГ§ГЈo das redes de tubagem. 3.7.2 ITUR PRIVADA O projecto das Redes de Tubagem de uma ITUR privada deve integrar os seguintes items: п‚„ Fichas TГ©cnicas (anexo ao presente manual); п‚„ MemГіria descritiva e justificativa, nomeadamente das opГ§Гµes tomadas face Г especificidade da ITUR, contendo todas as informaГ§Гµes e esclarecimentos necessГЎrios Г interpretaГ§ГЈo do projecto, nomeadamente quanto Г sua concepГ§ГЈo, natureza, importГўncia, funГ§ГЈo, cuidados a ter com os materiais a utilizar e protecГ§ГЈo de pessoas e instalaГ§Гµes; п‚„ Planta topogrГЎfica de localizaГ§ГЈo da urbanizaГ§ГЈo (escala maior ou igual a 1:5000); п‚„ InscriГ§ГЈo nos esquemas das capacidades dos dispositivos, dimensГµes e tipos de condutas, e de cГўmaras de visita, capacidade dos cabos e classe ambiental considerada, tendo em conta o disposto no capГtulo MICE do presente Manual ITUR; п‚„ Esquema da Rede de Tubagens; п‚„ Esquema ou esquemas das Redes de Cabos; п‚„ Quadros de dimensionamento de cabos para cada tecnologia; п‚„ Diagrama do ATU; п‚„ Diagramas de outros Bastidores, caso existam; п‚„ Caso exista Sala TГ©cnica, a respectiva Planta e Diagrama com a localizaГ§ГЈo dos bastidores e armГЎrios e interligaГ§Гµes; п‚„ Diagramas das caixas de passagem e encaminhamento dos cabos para cada tecnologia; п‚„ CГЎlculo dos nГveis de sinal nas redes de cabo coaxial; pГЎg. 62 п‚„ Lista de material, com indicaГ§ГЈo de quantidades, modelos e tipos a instalar na ITUR. DeverГЈo ser indicadas as marcas dos materiais, salvaguardando no entanto a existГЄncia de equivalГЄncias; п‚„ Termo de Responsabilidade; п‚„ Registo em formato electrГіnico da georreferenciaГ§ГЈo da Rede de Tubagens da ITUR; 3.8 3.8.1 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS CLASSIFICAÇÃO A classificaГ§ГЈo das ITUR, engloba-se na definiГ§ГЈo de “Redes de ComunicaГ§Гµes”, como definido na secГ§ГЈo XV, Artigos 169, 170, 171, 172, 173 e 174 da Portaria nВє701-H/2008 de 29 de Julho e “InstalaГ§Гµes, Equipamentos e Sistemas de ComunicaГ§ГЈo”. Para efeitos do presente Manual considera-se o projecto de execuГ§ГЈo, designado genericamente por projecto. 3.8.2 DOCUMENTAÇÃO A classificaГ§ГЈo das obras das ITUR Г© feita de acordo com a Lei n.Вє 60/2007, de 4 de Setembro, e com o definido na Portaria n.Вє701-H/2008, de 29 de Julho, como “Redes de ComunicaГ§Гµes”. Nas situaГ§Гµes em que se utilizem centros de comunicaГ§ГЈo telefГіnica e/ou equipamentos de telecomunicaГ§Гµes, serГЈo designadas como sistemas de comunicaГ§ГЈo e classificados com a categoria IV (categoria das obras). 3.8.3 PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO A necessidade de alteraГ§ГЈo de partes ou mesmo da totalidade do projecto, deverГЎ estar relacionada com a inexequibilidade do mesmo, nomeadamente quando Г funcionalidade inicialmente prevista, podendo existir motivos tГ©cnicos relacionados com uma alteraГ§ГЈo da sua finalidade, no Гўmbito das arquitecturas e dimensionamentos das redes de tubagem e cabos. Quando detectados os casos acima referidos deve o instalador promover a referida alteraГ§ГЈo, em estreita colaboraГ§ГЈo com o dono da obra, elaborando uma Proposta de AlteraГ§ГЈo, devidamente fundamentada. Esta Proposta de AlteraГ§ГЈo poderГЎ nГЈo ser emitida se o projectista, quando contactado, encontrar Г partida uma soluГ§ГЈo para o problema encontrado. Neste caso ele prГіprio alterarГЎ o projecto. No caso do projectista nГЈo encontrar uma soluГ§ГЈo adequada, deverГЎ aprovar a Proposta de AlteraГ§ГЈo. A aceitaГ§ГЈo da Proposta de AlteraГ§ГЈo, por parte do projectista inicial, deverГЎ implicar a realizaГ§ГЈo de um documento (Aditamento ao Projecto) com base na mesma, passando estes a ser obrigatoriamente partes integrantes da documentaГ§ГЈo geral do projecto. O referido aditamento deverГЎ ser realizado pelo projectista inicial ou, sob sua autorizaГ§ГЈo e aprovaГ§ГЈo, pelo(s) requerente(s) da respectiva Proposta de AlteraГ§ГЈo, quando habilitados tecnicamente para o efeito, nos termos do Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio. A nГЈo-aceitaГ§ГЈo da proposta de alteraГ§ГЈo, por parte do projectista inicial, deverГЎ ser fundamentada tecnicamente, devendo este propor em alternativa uma soluГ§ГЈo adequada para a resoluГ§ГЈo dos problemas, apГіs contacto com os respectivos requerentes. Caso se encontre soluГ§ГЈo adequada, deverГЎ ser elaborado o respectivo aditamento, nos termos dos procedimentos acima referidos. pГЎg. 63 Se por algum motivo de forГ§a maior a Proposta de AlteraГ§ГЈo for posta Г consideraГ§ГЈo e aceite por um projectista que nГЈo o inicial, deverГЈo os requerentes entrar em contacto com este (o inicial), de modo a que seja autorizada a execuГ§ГЈo do respectivo aditamento, por forma a acautelar possГveis violaГ§Гµes Г s regras de autoria do projecto, nos termos do cГіdigo de direitos de autor. DeverГЎ ainda ser alertado o director tГ©cnico da obra de modo a que a proposta de alteraГ§ГЈo, e respectivos aditamentos, ou a sua recusa, sejam referenciados no livro de obra, nos termos da alГnea c), do artigo 38.Вє do Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio. As alteraГ§Гµes adoptadas deverГЈo estar de acordo com o estipulado no presente Manual. Em qualquer situaГ§ГЈo o dono de obra pode contratar um outro projectista, para a elaboraГ§ГЈo de um projecto completamente novo. pГЎg. 64 4 INSTALAÇÃO 4.1 ASPECTOS GENГ‰RICOS As Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e CondomГnios (ITUR), deverГЈo ser concebidas de forma a permitir desempenhar com eficiГЄncia e em boas condiГ§Гµes de seguranГ§a os fins a que se destinam, devendo estas regras ser sempre consideradas mГnimas, permitindo uma fГЎcil evoluГ§ГЈo para soluГ§Гµes tecnicamente mais elaboradas. Garante-se o acesso aberto Г s infra-estruturas a mais do que um operador. Consideram-se dois tipos de ITUR: as ITUR pГєblicas e as ITUR privadas. п‚„ ITUR pГєblicas: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em UrbanizaГ§Гµes, loteamentos e condomГnios abertos, utilizando as estruturas de tubagem das redes de comunicaГ§Гµes electrГіnicas dentro do domГnio pГєblico. Estas redes de comunicaГ§Гµes electrГіnicas serГЈo utilizadas total ou parcialmente para o fornecimento de serviГ§os de comunicaГ§Гµes electrГіnicas acessГveis ao pГєblico, a todos os condГіminos, dentro dos pressupostos destas regras tГ©cnicas. п‚„ ITUR privadas: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em UrbanizaГ§Гµes, loteamentos e condomГnios fechados, utilizando as estruturas de tubagem e cablagem das redes de comunicaГ§Гµes electrГіnicas dentro de um domГnio privado. As ITUR que integram as partes comuns dos condomГnios sГЈo detidas em compropriedade por todos os condГіminos cabendo Г respectiva administraГ§ГЈo de condomГnio a sua gestГЈo e conservaГ§ГЈo, em conformidade com o regime jurГdico da propriedade horizontal e com o Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio. As instalaГ§Гµes terГЈo de ser efectuadas seguindo rigorosamente o projectado. DeverГЈo tambГ©m respeitar todos os regulamentos e disposiГ§Гµes camarГЎrias relativos Г execuГ§ГЈo das intervenГ§Гµes na urbanizaГ§ГЈo. As boas regras de execuГ§ГЈo sГЈo uma exigГЄncia para que a instalaГ§ГЈo possa ser aceite e seja possГvel dar garantias ao dono da obra, e posteriormente Г autarquia, no caso das urbanizaГ§Гµes pГєblicas. Os materiais terГЈo de estar de acordo com a listagem apresentada no projecto, sГі podendo ser substituГdos mediante justificaГ§ГЈo escrita que ficarГЎ apensa Г restante documentaГ§ГЈo da instalaГ§ГЈo. 4.1.1 CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO As ITUR deverГЈo ser estabelecidas de forma a nГЈo causar perturbaГ§Гµes a outras infra-estruturas existentes, ter os seus elementos convenientemente identificados, facilitando a sua pesquisa e a reparaГ§ГЈo de avarias. No seu estabelecimento, as ITUR deverГЈo eliminar todos os perigos previsГveis para pessoas e bens. 4.1.2 INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS Todos os elementos das ITUR deverГЈo ser apenas acessГveis a pessoas suficientemente informadas, ou vigiadas por pessoa qualificada, dotada de conhecimentos tГ©cnicos ou experiГЄncia suficiente, que lhe permitam evitar os possГveis perigos que possam advir das telecomunicaГ§Гµes. No acesso, deverГЎ ser salvaguardado o sigilo das comunicaГ§Гµes, durante a execuГ§ГЈo, ampliaГ§ГЈo, alteraГ§ГЈo e exploraГ§ГЈo das ITUR. pГЎg. 65 4.1.3 RESPEITO DE OUTROS DIREITOS Na execuГ§ГЈo, ampliaГ§ГЈo, alteraГ§ГЈo e exploraГ§ГЈo das ITUR, deverГЎ respeitar-se o patrimГіnio cultural, estГ©tico e cientГfico, em especial quando tiverem valor histГіrico, ecolГіgico, paisagГstico ou arquitectГіnico. DeverГЈo ser sempre garantidas o mГnimo de perturbaГ§Гµes causadas aos diversos serviГ§os de interesse pГєblico ou particular. 4.1.4 ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES Sempre que a situaГ§ГЈo o justifique, deverГЈo ser feitos acordos com outras entidades intervenientes no local do estabelecimento das ITUR, de forma a garantir a boa execuГ§ГЈo dos trabalhos e evitar os perigos que possam advir dos trabalhos em execuГ§ГЈo. 4.2 REDE DE TUBAGENS A rede de tubagens a estabelecer, serГЎ constituГda pelos diversos elementos previstos, tendo como base as redes de cabos a instalar, no caso das ITUR privadas e prever no caso das ITUR pГєblicas, devendo ser utilizados os passeios, como locais de preferГЄncia para o seu estabelecimento. O traГ§ado da rede serГЎ condicionado pelas redes de cabos integrantes das ITUR e pelos elementos que lhe dГЈo funcionalidade, equipamentos activos e passivos, de repartiГ§ГЈo, de protecГ§ГЈo, sistemas de antenas e interfaces de rede. A execuГ§ГЈo das ITUR, terГЎ obrigatoriamente como base, um projecto de execuГ§ГЈo, que cumpra o definido na legislaГ§ГЈo em vigor. O responsГЎvel pela sua execuГ§ГЈo, deverГЎ apresentar junto da entidade licenciadora, o respectivo termo de responsabilidade de execuГ§ГЈo, aquando do licenciamento. Dever-se-ГЎ evitar sempre que possivel, a colocaГ§ГЈo de infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes em locais com risco de explosГЈo, locais de estacionamento pГєblico ou privado, junto a paragens de autocarro, tГЎxis, etc. TerГЈo de ser cumpridas todas as exigГЄncias legais e regulamentares em vigor antes do inГcio dos trabalhos, bem como a sua compatibilizaГ§ГЈo e coordenaГ§ГЈo com outras entidades, que desenvolvam obras de subsolo e que estejam ou venham a decorrer em tempo considerado Гєtil, no local. DeverГЈo ser aplicadas as boas regras de construГ§ГЈo, boa utilizaГ§ГЈo dos equipamentos e materiais e dado cumprimento Г s disposiГ§Гµes regulamentares em vigor, nomeadamente Г s emanadas pelas entidades intervenientes. Se no decorrer das obras for necessГЎrio proceder Г alteraГ§ГЈo do projecto, que implique alteraГ§Гµes da capacidade ou modificaГ§ГЈo da estrutura e arquitectura da rede, deverГЎ ser apresentado aditamento ao projecto, pelo projectista ou por um outro projectista, nomeado por si para o efeito e para o acto jГЎ referido anteriormente. Sempre que se pretenda executar trabalhos nas ITUR em serviГ§o, deverГЈo ser notificados previamente, todos os operadores com redes instaladas na zona. ConcluГdas as ITUR deverГЎ ser registada num sistema de georreferenciaГ§ГЈo a posiГ§ГЈo e traГ§ado das redes de tubagens e cablagem, a anexar Г documentaГ§ГЈo geral do projecto. Os donos de obra ou operadores (proprietГЎrios das infra-estruturas instaladas), deverГЈo identificar as suas infra-estruturas de forma clara, para que sejam contactados no caso de obras de intervenГ§ГЈo na mesma. Todas as obras nas ITUR sГі poderГЈo ser realizadas por empresas detentoras do respectivo AlvarГЎ emitido pela InCI (Instituto da ConstruГ§ГЈo e do ImobiliГЎrio) e dirigidas por engenheiros electrotГ©cnicos e engenheiros tГ©cnicos com especialidade de electrotecnia, inscritos em pГЎg. 66 associaГ§Гµes pГєblicas de natureza profissional, que os considerem habilitados para o efeito, ou as pessoas colectivas que tenham a colaboraГ§ГЈo de pelo menos um engenheiro electrotГ©cnico ou de um engenheiro tГ©cnico, com a especialidade de electrotecnia, inscritos em associaГ§Гµes pГєblicas de natureza profissional, que os considerem habilitados para o efeito. CONDIÇÕES TГ‰CNICAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS A execuГ§ГЈo de trabalhos em ITUR, envolvem na sua generalidade as seguintes tarefas: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· ImplantaГ§ГЈo/Piquetagem; EscavaГ§ГЈo; Assentamento das tubagens; InstalaГ§ГЈo e/ou construГ§ГЈo de cГўmaras de visita; InstalaГ§ГЈo de armГЎrios, nichos ou outros elementos das ITUR; Aterro, compactaГ§ГЈo e repavimentaГ§ГЈo; ExecuГ§ГЈo das redes de cabos, no caso das ITUR privadas; Ensaios e relatГіrios; Telas finais e elementos cadastrais. ImplantaГ§ГЈo/Piquetagem ApГіs a preparaГ§ГЈo do terreno deverГЎ ser feita a implantaГ§ГЈo da rede, de acordo com o projecto. EscavaГ§ГЈo Os trabalhos de escavaГ§ГЈo deverГЈo ser precedidos de todos os procedimentos de seguranГ§a, dando cumprimento ao respectivo plano. A abertura da vala que vai albergar a rede de tubagens e/ou outros elementos da rede, deverГЎ ser executada tendo em conta o respectivo projecto e de acordo com todas as regras da seguranГ§a e da construГ§ГЈo, constantes na legislaГ§ГЈo em vigor. O posicionamento das tubagens deverГЎ ser feito atravГ©s de elementos adequados e indicados pelos fabricantes, garantindo assim uma boa execuГ§ГЈo e funcionalidade da rede a estabelecer. A existГЄncia de obstГЎculos ou de outras infra-estruturas, que condicionem o estabelecimento da rede, poderГЎ obrigar ao seu desvio, ou aprofundamento e passagem pela parte inferior das mesmas. Nunca o seu estabelecimento poderГЎ ser feito acima da cota mГnima definida neste regulamento. De forma garantir a integridade de outras infra-estruturas existentes no local, deverГЈo ser tomadas todas medidas consideradas necessГЎrias, sendo estas da responsabilidade da entidade executora da obra, assumindo esta qualquer dano que venha a ocorrer. Todos os materiais resultantes da escavaГ§ГЈo das valas e dos outros elementos da rede, que venham a ser utilizados para o seu aterro, deverГЈo ficar acondicionados ao longo das valas, a uma distГўncia estipulada na legislaГ§ГЈo em vigor. Os materiais sobrantes deverГЈo ser removidos para local previamente definido. Assentamento das tubagens As tubagens e materiais a instalar estГЈo indicados no respectivo projecto, devendo este ser escrupulosamente executado. A vala que vai albergar as tubagens deverГЎ ter o seu leito previamente regularizado com a utilizaГ§ГЈo de pГі de pedra, saibro ou terra cirandada, com pelo menos 5cm de espessura. pГЎg. 67 Os tubos a instalar serГЈo envolvidos tambГ©m em pГі de pedra, de acordo com o indicado na figura seguinte: Figura 38 – Fotografia de uma vala tГ©cnica com a interligaГ§ГЈo de tubagens numa caixa de visita Sempre que seja necessГЎrio efectuar a uniГЈo entre tubos, esta deverГЎ ser executada atravГ©s de dispositivos de abocardamento macho-fГЄmea e utilizadas colas adequadas, garantindo assim uma uniГЈo perfeita e uma boa estanquicidade das tubagens a estabelecer. As tubagens deverГЈo ser posicionadas com auxГlio de pentes de guia ou espaГ§adeiras adequadas, de forma garantir uma boa execuГ§ГЈo do trabalho. Todas as tubagens vazias deverГЈo ser devidamente tamponadas. Aterro, compactaГ§ГЈo e pavimentaГ§ГЈo Todos os produtos resultantes da escavaГ§ГЈo dos solos poderГЈo ser repostos, desde que devidamente cirandados e que garantam uma boa compactaГ§ГЈo, caso contrГЎrio deverГЈo ser removidos e substituГdos por pГі de pedra ou saibro. Qualquer tipo de trabalhos a executar na via pГєblica carece de autorizaГ§ГЈo das entidades competentes. Tubagem em tubo de PEAD ApГіs a instalaГ§ГЈo de todos os tubos da rede, estes deverГЈo ser cobertos de pГі de pedra ou saibro, com uma camada de 15 cm de espessura. O aterro da vala que alberga os tubos da rede deve ser executado em camadas de 15cm de espessura, regadas e compactadas mecanicamente, ou por outro tipo de processo adequado. Tritubo No estabelecimento do tritubo este deverГЎ ficar acima dos outros tubos, usando para seu leito uma camada de pГі de pedra ou saibro, com 5 cm de espessura, devidamente compactado. O seu alinhamento deverГЎ ser recto e sem emendas ou uniГµes. SerГЎ coberto, por camada de pГі de pedra ou saibro, com 15 cm de espessura, regado e batido. LigaГ§ГЈo de tubos para entrada de edifГcio e outros equipamentos De modo a garantir um bom funcionamento da ligaГ§ГЈo Г rede, deve eliminar-se a possibilidade de infiltraГ§ГЈo de ГЎgua nos edifГcios. Para tal, a entrada dos tubos nos edifГcios, deverГЎ ser pГЎg. 68 sempre feita de forma ascendente e com inclinaГ§ГЈo igual ou superior a 10%. Todos os tubos nГЈo utilizados, deverГЈo estar devidamente tamponados com dispositivos adequados e indicados pelo fabricante. REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS Toda a reposiГ§ГЈo de pavimento e o enchimento das tampas das CV, deverГЎ respeitar a estrutura do jГЎ existente no local, devendo ser estes trabalhos executados tendo em observГўncia as boas regras da tГ©cnica, da seguranГ§a e todas as normas de execuГ§ГЈo e de toda a regulamentaГ§ГЈo em vigor. 4.2.1 ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM Os quadros seguintes apresentam os agrupamentos, ou formaГ§Гµes, possГveis de se constituir na instalaГ§ГЈo de uma infra-estrutura ITUR. FORMAÇÕES COM ENVOLVIMENTO EM PГ“ DE PEDRA OU AREIA E UM TRITUBO Tipo FormaГ§ГЈo Dtubos=110 mm Bloco de tubagens Dtubos=90 mm Bloco de tubagens Dtubos=50 mm Bloco de tubagens N.Вє Tubos H [m] L [m] H [m] L [m] H [m] L [m] F2 2+1T 0,380 0,350 0,360 0,310 0,320 0,280 F2A 2+1T 0,310 0,560 0,290 0,520 0,250 0,440 F3 3+1T 0,380 0,490 0,360 0,430 0,320 0,310 F4 4+1T 0,520 0,350 0,480 0,310 0,400 0,280 F4A 4+1T 0,380 0,630 0,360 0,550 0,320 0,390 F6 6+1T 0,520 0,490 0,480 0,430 0,400 0,310 F8 8+1T 0,520 0,630 0,480 0,550 0,400 0,390 F9 9+1T 0,660 0,490 0,600 0,430 0,480 0,310 F10 10 + 1 T 0,520 0,770 0,480 0,670 0,400 0,470 F12 12 + 1 T 0,520 0,910 0,480 0,790 0,400 0,550 Tabela 18 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em pГі de pedra ou areia pГЎg. 69 FORMAÇÕES COM ENVOLVIMENTO EM BETГѓO E UM TRITUBO Tipo FormaГ§ГЈo Dtubos=110 mm Bloco de tubagens Dtubos=90 mm Bloco de tubagens Dtubos=50 mm Bloco de tubagens N.Вє Tubos H [m] L [m] H [m] L [m] H [m] L [m] F2 2+1T 0,210 0,280 0,190 0,240 0,150 0,220 F2A 2+1T 0,150 0,480 0,130 0,440 0,090 0,360 F3 3+1T 0,210 0,410 0,190 0,350 0,150 0,230 F4 4+1T 0,340 0,280 0,300 0,240 0,220 0,220 F4A 4+1T 0,210 0,540 0,190 0,460 0,150 0,300 F6 6+1T 0,340 0,410 0,300 0,350 0,220 0,230 F8 8+1T 0,340 0,540 0,300 0,460 0,220 0,300 F9 9+1T 0,470 0,410 0,410 0,350 0,290 0,230 F10 10 + 1 T 0,340 0,670 0,300 0,570 0,220 0,370 F12 12 + 1 T 0,340 0,800 0,300 0,680 0,220 0,440 H – PГ© direito L – Largura Tabela 19 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em betГЈo 4.2.2 CГ‚MARAS DE VISITA Na construГ§ГЈo das cГўmaras deverГЈo seguir-se as boas regras da arte, as estabelecidas no projecto e devem respeitar-se os prazos para tapamento e carga estabelecidos no regulamento de Estruturas de BetГЈo Armado PrГ©-esforГ§ado. As cГўmaras deverГЈo ser construГdas com betГЈo C20/25 e AГ§o A400, salvo se o projecto determinar outra especificaГ§ГЈo. As tampas das cГўmaras de visita devem estar perfeitamente niveladas com o pavimento. Para tal, caso haja necessidade poderГЎ ser acrescentada a chaminГ©, utilizando-se para o efeito um anel cilГndrico prГ©-fabricado. Nas cГўmaras em que nГЈo exista chaminГ©, estas deverГЈo ser pГЎg. 70 ampliadas ou reduzidas, mas sem ultrapassar as dimensГµes mГnimas estabelecidas, para efectuar o referido nivelamento. Nas cГўmaras de visita deverГЈo ser colocados degraus que facilitem o acesso ao seu interior, devendo igualmente ser instaladas Гўncoras, barras de suporte e outras previstas no projecto. Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das cГўmaras de visita, recomenda-se que na ligaГ§ГЈo dos tubos Г s paredes de betГЈo seja usada fita expansГvel com a humidade, envolvendo os tubos na espessura das paredes. As cГўmaras de visita devem ser rebocadas com argamassa de cimento e areia ao traГ§o de 1:3, com cerca de 2 cm de espessura, sendo alisado a colher. DeverГЎ ser incorporado um isolante de humidade no reboco. As cГўmaras de visita, deverГЈo ser estanques, de tipo normalizado e executadas de acordo com o respectivo desenho de pormenor, podendo ser prГ©-fabricadas ou construГdas no local de implantaГ§ГЈo. A laje de fundo e paredes deverГЈo ser em betГЈo armado, a laje de tecto serГЎ igualmente em betГЈo armado, dimensionada em funГ§ГЈo do trГЎfego circulante na via onde se situa, utilizando como mГnimo em ambos os casos, betГЈo da classe C20/25. No interior das CV, deverГЎ ser gravado o seu tipo e respectivo nГєmero identificativo, de acordo com o projecto, bem como aplicados os respectivos acessГіrios (degraus, Гўncoras, poleias/suportes plastificados), negativos adequados a instalaГ§ГЈo das tubagens e preparadas para assentamento do aro, o fundo da cГўmara de visita serГЎ executado com pendente para o seu centro, onde serГЎ executada uma concha com 20 cm de diГўmetro e 20 cm de profundidade, de forma a permitir o escoamento de ГЎguas no fundo das cГўmaras, jГЎ referido anteriormente. A ligaГ§ГЈo da rede de tubagens Г s cГўmaras deverГЎ ser feita atravГ©s de adoГ§amento das paredes, de forma eliminar arestas que possam danificar o manto dos cabos. Todos os tubos deverГЈo ser dotados de guias de material adequado, que permita o reboque dos cabos, ficando tamponados no interior das cГўmaras de visita. Os aros e tampas das CV deverГЈo cumprir as normas em vigor e ser definidas em funГ§ГЈo do local de instalaГ§ГЈo, devendo ser da classe B125 se instaladas em passeios e da classe D400 se instaladas na faixa de rodagem, deverГЈo ainda ser identificadas com a palavra “TelecomunicaГ§Гµes” gravada. As CГўmaras de Visita estГЈo interligadas entre si por um mГnimo de 2 tubos tipo PEAD110, destinados Г s redes de pares de cobre e Г rede de cabos coaxiais e um tritubo PEAD40, que poderГЎ albergar a duas redes de fibra Гіptica em cada furo, ficando com um de reserva. A ligaГ§ГЈo entre as CV e os elementos da rede, deverГЎ ser feita com um mГnimo de 2 tubos PEAD63, no caso da interligaГ§ГЈo com um edifГcio com uma fracГ§ГЈo autГіnoma. LigaГ§ГЈo Г Terra – As cГўmaras do tipo CVC, CVR, CVI, CVL, e CVT devem ser dotadas de placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha de expansГЈo aplicado na parede da cГўmara com parafuso de 5 cm a 10 cm de comprimento e 1 cm a 1,3 cm de diГўmetro com a respectiva porca no caso do chumbadouro). 4.2.3 NUMERAÇÃO DE CГ‚MARAS DE VISITA (ROTULAÇÃO) Os elementos constitutivos da rede de tubagem devem ser numerados, sequencialmente por cada tipo: cГўmara, troГ§o de tubagem, armГЎrio ou pedestal, de Sul para Norte e de Oeste para Este, sequencialmente ao longo de cada directriz, com a indicaГ§ГЈo P para principal e D para distribuiГ§ГЈo. pГЎg. 71 As directrizes das Redes de DistribuiГ§ГЈo serГЈo consideradas sequencialmente a partir das cГўmaras da Rede Principal de numeraГ§ГЈo baixa, atГ© Г s de numeraГ§ГЈo mais elevada. As cГўmaras devem ter o n.Вє gravado no reboco e pintado com tinta preta indelГ©vel Г entrada, no lado oposto Г da colocaГ§ГЈo dos degraus. Em expansГµes para novas urbanizaГ§Гµes, a rede de tubagem a ser projectada terГЎ que ser interligada Г rede principal de tubagem existente. Aqui, caso surja um projecto de uma nova urbanizaГ§ГЈo, deverГЎ obviamente possuir nova numeraГ§ГЈo. N P8 P6 D15 P7 P4 P5 D16 D14 D12 D11 P3 D13 P2 D9 D10 P1 ATU OPERADOR Figura 39 – Diagrama topolГіgico a evidenciar a numeraГ§ГЈo das caixas de visita 4.2.4 PEDESTAIS Os pedestais deverГЈo ser construГdos em cimento de acordo com o estabelecido no projecto, devendo os tubos ser devidamente tamponados de forma a evitar as infiltraГ§Гµes de ГЎgua. As ligaГ§Гµes de terra e a ligaГ§ГЈo Г rede elГ©ctrica devem ficar asseguradas, quando tal for previsto no projecto. 4.2.5 ITUR INSTALAÇÃO DE ARMГЃRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA A instalaГ§ГЈo destes elementos de rede, deverГЎ ser feita usando como base um maciГ§o adequado, que pode ser prГ©-fabricado ou construГdas no local de implantaГ§ГЈo, em betГЈo da classe C20/25. pГЎg. 72 4.2.6 CABLAGEM MГЌNIMA A cablagem serГЎ apenas instalada nas ITUR privadas. Nas ITUR pГєblicas, o seu estabelecimento serГЎ da inteira responsabilidade dos operadores de comunicaГ§Гµes electrГіnicas. pГЎg. 73 5 PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS 5.1 TERRAS DE PROTECÇÃO De forma a garantir a seguranГ§a de pessoas e bens e qualidade de serviГ§o, as redes de telecomunicaГ§Гµes deverГЈo garantir um escoamento fГЎcil de todas as perturbaГ§Гµes a nГvel elГ©ctrico e radioelГ©ctrico. De uma forma abrangente deverГЈo ser seguidas as indicaГ§Гµes constantes das Normas Europeias aplicГЎveis, nomeadamente as constantes da EN 50310, e as previstas nas Regras TГ©cnicas das InstalaГ§Гµes ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo (RTIEBT), aprovadas pela Portaria nВє 949-A/2006, estabelecem alguns conceitos e critГ©rios para a definiГ§ГЈo das redes de terras de protecГ§ГЈo e de equipotencializaГ§ГЈo das instalaГ§Гµes elГ©ctricas em edifГcios, com vista Г protecГ§ГЈo das pessoas contra contactos indirectos. As condiГ§Гµes a seguir referidas deverГЈo ser consideradas como mГnimas, sem prejuГzo da adopГ§ГЈo de outras soluГ§Гµes tecnicamente mais evoluГdas. Nessas Regras sГЈo estabelecidas condiГ§Гµes que conduzem Г definiГ§ГЈo de critГ©rios para ligaГ§ГЈo Г terra de outro tipo de instalaГ§Гµes como Г© o caso das instalaГ§Гµes de equipamentos informГЎticos. Indirectamente, podem estabelecer-se critГ©rios para a ligaГ§ГЈo Г terra das InstalaГ§Гµes de TelecomunicaГ§Гµes. As ITUR devem estar protegidas contra perturbaГ§Гµes provocadas por descargas elГ©ctricas atmosfГ©ricas, assim como contra a influГЄncia electromagnГ©tica das linhas de transporte de energia de alta e baixa tensГЈo, que poderГЈo provocar nelas o aparecimento de potenciais estranhos, quer por contacto directo quer por induГ§ГЈo. A protecГ§ГЈo Г© conseguida com a colocaГ§ГЈo de ГіrgГЈos de protecГ§ГЈo, tambГ©m objecto de referГЄncia nas RTIEBT e o modo de ligaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das InstalaГ§Гµes TelefГіnicas, que tГЄm como objectivo interromper o circuito e escoar para a terra as correntes provocadas pelas descargas elГ©ctricas. De acordo com a secГ§ГЈo 413 das RTIEBT, a protecГ§ГЈo de pessoas contra contactos indirectos Г© assegurada pela ligaГ§ГЈo Г terra de todas as massas metГЎlicas normalmente sem tensГЈo, embora associada Г utilizaГ§ГЈo de aparelhos de corte automГЎtico sensГveis Г corrente diferencial – residual, instalados nos quadros. A ligaГ§ГЈo das massas Г terra deverГЎ ser efectuada pelo condutor de protecГ§ГЈo incluГdo em todas as canalizaГ§Гµes e ligado ao circuito geral de terras atravГ©s dos quadros. Os condutores de protecГ§ГЈo serГЈo sempre de cor verde/amarelo, do tipo dos condutores activos e de secГ§ГЈo igual Г dos condutores de neutro. SerГЎ ainda de evidenciar as Regras TГ©cnicas, na secГ§ГЈo 707, tambГ©m apresentam critГ©rios para a ligaГ§ГЈo Г terra dos equipamentos de tratamento da informaГ§ГЈo com as instalaГ§Гµes fixas dos edifГcios. De algum modo estes critГ©rios podem ser condicionantes para a ligaГ§ГЈo Г terra dos equipamentos de TelecomunicaГ§Гµes. Estas regras aplicam-se Г s instalaГ§Гµes situadas a jusante do ponto de ligaГ§ГЈo do equipamento, podendo, tambГ©m, aplicar-se a instalaГ§Гµes que nГЈo sejam de tratamento da informaГ§ГЈo desde que tenham correntes de fuga de valor elevado (estas ao circularem nos condutores de protecГ§ГЈo e nos elГ©ctrodos de terra, podem ocasionar aquecimentos excessivos, degradaГ§Гµes locais ou perturbaГ§Гµes) em consequГЄncia do cumprimento das regras de antiparasitagem (por exemplo, os equipamentos de telecomunicaГ§Гµes). As RT 707.545 apresentam tambГ©m critГ©rios para terras sem ruГdo. Consideram nomeadamente que uma terra sem ruГdo Г© uma ligaГ§ГЈo Г terra na qual o nГvel das interferГЄncias transmitidas a pГЎg. 74 partir de fontes externas nГЈo causa defeitos de funcionamento inaceitГЎveis no equipamento de tratamento da informaГ§ГЈo ou em equipamento anГЎlogo. A ligaГ§ГЈo entre os condutores e a terra Г© efectuada atravГ©s dos designados elГ©ctrodos de terra. Quanto Г s propriedades elГ©ctricas de uma ligaГ§ГЈo Г terra, dependem essencialmente dos seguintes parГўmetros: п‚„ ImpedГўncia da terra; п‚„ ConfiguraГ§ГЈo do elГ©ctrodo de terra. Em circuitos de corrente alternada, deve ser considerada a impedГўncia de terra, que Г© a impedГўncia entre o sistema de terras e a terra de referГЄncia para uma determinada frequГЄncia de funcionamento. A reactГўncia do sistema de terras Г© a reactГўncia do condutor de terra e as partes metГЎlicas do elГ©ctrodo de terra. A baixas frequГЄncias esta reactГўncia Г© desprezГЎvel quando comparada com a resistГЄncia de terra. A resistГЄncia de terra depende da profundidade a que o elГ©ctrodo se encontrada enterrado. Este fenГіmeno deve-se ao facto do conteГєdo da humidade do terreno ser mais estГЎvel, e em maior quantidade, nas camadas mais profundas do terreno. As camadas mais prГіximas da superfГcie sГЈo mais sensГveis Г s variaГ§Гµes das estaГ§Гµes do ano e podem inclusive sofrer a influГЄncia das geadas. LigaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas Nas Regras TГ©cnicas - Anexo V apresentam-se os critГ©rios para a ligaГ§ГЈo entre os descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas e Г s instalaГ§Гµes fixas dos edifГcios. Desse anexo transcrevemos alguns trechos que nos parecem mais significativos: “Os descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas podem ser ligados aos elГ©ctrodos de terra das massas das instalaГ§Гµes elГ©ctricas desde que sejam respeitadas simultaneamente as seguintes condiГ§Гµes: a) A resistГЄncia do elГ©ctrodo seja compatГvel com as condiГ§Гµes exigidas para a ligaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas. b) O condutor de ligaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas seja ligado directamente ao terminal principal de terra do edifГcio por meio de um condutor que nГЈo seja identificado pela cor verde -amarela.” “Se as caracterГsticas e as disposiГ§Гµes do elГ©ctrodo de terras das massas da instalaГ§ГЈo elГ©ctrica nГЈo forem adequadas Г s correntes resultantes de uma descarga atmosfГ©rica, deve ser utilizado um elГ©ctrodo de terra especial para os descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas, como pode ser o caso dos elГ©ctrodos que nГЈo sejam anГ©is de fundaГ§ГЈo dos edifГcios. Os dois elГ©ctrodos de terra devem, neste caso, ser interligados por um condutor de equipotencialidade de secГ§ГЈo nГЈo inferior a 6 mm2, se de cobre, ou de secГ§ГЈo equivalente, se de outro material, identificado como condutor de protecГ§ГЈo pela cor verde - amarela.” Em sГntese, pode afirmar-se que as implicaГ§Гµes das Regras TГ©cnicas das InstalaГ§Гµes ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo sГЈo as seguintes: 1 - Todos os sistemas e equipamentos de telecomunicaГ§Гµes, desde que com componentes metГЎlicos (normalmente sem tensГЈo) deverГЈo estar devidamente ligados ao elГ©ctrodo de terras de fundaГ§Гµes do edifГcio; 2 - Cada um dos sistemas tais como pГЎra-raios, deverГЈo estar ligados Г terra com elГ©ctrodo dedicado mas equipotencializados com a terra geral do edifГcio; 3 - Toda a estrutura metГЎlica (vigas, perfis, etc.), constitutivas do edifГcio, deverГЈo estar equipotencializadas com a terra; pГЎg. 75 4 - Os equipamentos de telecomunicaГ§Гµes deverГЈo ser ligados Г terra geral do edifГcio, independentemente de possuГrem tambГ©m elГ©ctrodos de terra dedicados, que todavia estarГЈo equipotencializadas com a terra. 5.2 PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES As ITUR terГЈo obrigatoriamente um sistema de terras de protecГ§ГЈo, de acordo com a regulamentaГ§ГЈo em vigor, que incluirГЎ todos os armГЎrios, dispositivos activos e passivos, e sistemas de antenas, os quais deverГЈo ser dimensionados e calculados, constando do projecto. pГЎg. 76 6 ENSAIOS Os ensaios a realizar destinam-se a verificar a conformidade entre o projecto e a obra. A seguir caracterizam-se um conjunto de ensaios, cuja finalidade Г© verificar as caracterГsticas das infra-estruturas, nomeadamente no respeitante Г s redes de tubagens, terras de protecГ§ГЈo e aos diversos sistemas de cablagem, no caso das ITUR privadas. Os ensaios aqui referidos deverГЈo ser efectuados durante e apГіs a instalaГ§ГЈo das ITUR, pelo tГ©cnico responsГЎvel pela sua execuГ§ГЈo. O tГ©cnico responsГЎvel pela execuГ§ГЈo das ITUR constituirГЎ um RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade (REF), baseado nos ensaios aqui referenciados e nos critГ©rios definidos. 6.1 REDES DE TUBAGEM Os ensaios a realizar terГЈo de ser feitos por pessoas com qualificaГ§ГЈo adequada, baseados nos seguintes requisitos: п‚· Rede de tubagens: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· CГўmaras de visita п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· NГєmero de tubos instalados de acordo com o projecto; DiГўmetros dos tubos; Os 2 pontos anteriores deverГЈo ser verificados e registados no REF, assim como na ficha tГ©cnica de instalaГ§ГЈo, observando todas as tubagens no interior da vala tГ©cnica antes do fecho da mesma, por parte do instalador ITUR; TroГ§os de tubos ensaiados com mandril (rato) e escovilhГЈo - utilizaГ§ГЈo para ensaios de desobstruГ§ГЈo; Cotas e distГўncias; Profundidade de instalaГ§ГЈo dos diversos elementos da rede; Aterro das valas com os materiais exigidos; Rede de sinalizaГ§ГЈo instalada Г profundidade adequada; Grau de compactaГ§ГЈo de acordo com o regulamento; InterligaГ§ГЈo entre diversos elementos da rede; LigaГ§ГЈo aos lotes; LigaГ§ГЈo Г rede pГєblica; Guias de reboque. NГєmero de CV, de acordo com o projecto; DimensГµes normalizadas das CV; ExistГЄncia de sifГЈo de escoamento; ExecuГ§ГЈo de espelhos, de acordo com o exigido; Tubos vazios devidamente tamponados; Assentamento de aros e tampas; CV niveladas face ao pavimento final; ColocaГ§ГЈo de ferragens de acordo com as normas; CV rebocadas e pintadas com tinta de cor branca, com interior limpo e seco; CV numeradas; CV com as bases de espessura regulamentar e em boas condiГ§Гµes; Tampas tipo Norma EN 124. Pavimento em redor das CV п‚· Espessura do pavimento de acordo com o estipulado; pГЎg. 77 п‚· п‚· п‚· Nivelamento do pavimento face ao existente; ExecuГ§ГЈo do pavimento de acordo com o regulamento. ArmГЎrios e nichos п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· ColocaГ§ГЈo adequada; LigaГ§ГЈo aos outros elementos da rede; LigaГ§ГЈo de elementos activos e passivos; Energia elГ©ctrica, quando necessГЎrio; Terras de protecГ§ГЈo. Tubo DiГўmetro (mm) PEAD D110 90 Comprimento (mm) 250 a 1000 PEAD D63 29 650 Tritubo D40 29 650 Tabela 20 - CaracterГsticas do mandril (vulgarmente conhecido por rato) 6.2 ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE Os ensaios obrigatГіrios, a realizar pelo instalador, sГЈo os constantes da tabela seguinte. Os pontos de ensaio sГЈo definidos pelo projectista, de forma a garantir o correcto funcionamento das redes PC: Rede de Cabos Pontos de ensaio ParГўmetro a medir Par de Cobre SecundГЎrio do RU-PC ao primГЎrio RG-PC (ou CEMU) Continuidade Tabela 21 – Ensaios obrigatГіrios nas redes PC 6.3 ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS Os ensaios obrigatГіrios a realizar pelo instalador, nas redes de CATV e MATV/SMATV, sГЈo os seguintes: Rede de Cabos Pontos de ensaio Classe a garantir CATV SecundГЎrio do RU-CC (CATV) ao primГЎrio do RG-CC TCD-C-H SMATV SecundГЎrio do RU-CC (MATV) ao primГЎrio RG-CC TCD-C-H Tabela 22 – Ensaios obrigatГіrios nas redes de CATV e MATV/SMATV Para a garantia da classe da ligaГ§ГЈo deverГЈo ser realizados obrigatoriamente os seguintes ensaios: pГЎg. 78 Ensaios a realizar Classe a garantir TCD-C-H Rede de cabos Tipo de ensaio CATV AtenuaГ§ГЈo MATV/SMATV (caso se utilize esta rede como opГ§ГЈo Г rede CATV) NГvel de sinal RelaГ§ГЈo Portadora/RuГdo (C/N) BER (“Bit Error Rate”) para sinais digitais Tabela 23 – Ensaios obrigatГіrios de CATV e MATV/SMATV 6.3.1 REDE DE CATV DeverГЎ ser cumprida a Classe de ligaГ§ГЈo TCD-C-H para as frequГЄncias teste de 60, 90 e 750MHz. Desta forma nГЈo deverГЈo ser excedidos os valores das atenuaГ§Гµes mГЎximas previstas pelo projectista. Para avaliar se os valores das atenuaГ§Гµes sГЈo ou nГЈo cumpridos, deverГЎ efectuar-se o ensaio de atenuaГ§ГЈo desde o secundГЎrio do RU-CC/CATV, atГ© Г s terminaГ§Гµes a jusante, podendo efectuar-se medidas troГ§o a troГ§o. Para a realizaГ§ГЈo deste ensaio deverГЎ ser utilizado o seguinte mГ©todo, utilizando um Gerador de RuГdo e um Analisador/Medidor de nГvel: 1 - O Gerador de RuГdo deverГЎ ser ligado directamente ao medidor de nГvel. Para esta ligaГ§ГЈo deverГЈo ser utilizados dois chicotes coaxiais, com o mГnimo de 0,5m de comprimento cada. A medida serГЎ registada. Os chicotes nГЈo deverГЈo ser substituГdos durante todo o processo de medida. pГЎg. 79 Figura 40 – CalibraГ§ГЈo do sistema de medida 2 - ApГіs ser efectuada esta calibraГ§ГЈo, o gerador de ruГdo deverГЎ ser ligado a uma extremidade do troГ§o a medir, enquanto que no outro extremo Г© colocado o medidor. A atenuaГ§ГЈo nas diversas frequГЄncias serГЎ a diferenГ§a entre os dois valores, obrigatoriamente registados no REF. 3 – DeverГЎ ser efectuada uma anГЎlise a toda a banda de frequГЄncias recebida, de forma a detectar eventuais alteraГ§Гµes da linearidade do sinal nas tomadas. Admite-se que durante o processo de medida possam ser utilizados adaptadores ou transiГ§Гµes de conexГµes numa das extremidades de cada chicote coaxial. No entanto, nunca devem ser utilizados mais do que um por chicote. 6.3.2 REDE DE MATV/SMATV Para todos os canais de TV Terrestre ou SatГ©lite, AnalГіgicos ou Digitais, RГЎdio e Sinais internos modulados, presentes na saГda do respectivo RU-CC/MATV/SMATV (Central de CabeГ§a), deverГЈo ser medidos e registados, em cada ponto de teste definido pelo projectista, de forma a garantir o funcionamento da rede CC: п‚· O NГvel de Sinal; п‚· A RelaГ§ГЈo Portadora/RuГdo (C/N); п‚· O BER, para sinais digitais. O RU-CC/MATV/SMATV deverГЎ ser devidamente ajustado, de acordo com os parГўmetros que constam no projecto. pГЎg. 80 6.4 ENSAIOS EM CABOS DE FIBRAS Г“PTICAS SГЈo obrigatoriamente ensaiados os seguintes parГўmetros: п‚„ AtenuaГ§ГЈo (Perdas de InserГ§ГЈo); п‚„ Comprimento. Para a medida destes parГўmetros deverГЈo ser efectuados os seguintes ensaios: п‚„ Ensaio de perdas totais; п‚„ Ensaios de reflectometria, quando considerado adequado. Os ensaios deverГЈo ser efectuados nas ITUR, desde o RU-FO atГ© aos pontos definidos pelo projectista, de forma a garantir o funcionamento da rede de FO. Os valores dos parГўmetros medidos deverГЈo estar dentro dos limites definidos na EN50173. 6.4.1 ENSAIOS DE PERDAS TOTAIS O ensaio de perdas totais mede a atenuaГ§ГЈo da fibra Гіptica na faixa de comprimentos de onda onde os equipamentos operarГЈo. Para o efeito utilizam-se dois equipamentos: п‚„ Fonte de luz (emissor), dotada dos comprimentos de onda onde se pretende medir a atenuaГ§ГЈo Гіptica; п‚„ Receptor Гіptico, com possibilidade de medida de potГЄncia Гіptica nos comprimentos de onda pretendidos. O conjunto destes dois equipamentos Г© habitualmente denominado por Conjunto de Medida de NГvel Г“ptico. Estes equipamentos deverГЈo cumprir os requisitos da norma EN61280-4-2. Os ensaios deverГЈo ser executados nos seguintes comprimentos de onda: п‚„ Fibras Monomodo – 1310/1550nm O teste deverГЎ ser efectuado em duas etapas: 1. MediГ§ГЈo da potГЄncia Гіptica (em dBm) de referГЄncia (para cada um dos comprimentos de onda relevantes), que serГЎ injectada na fibra Гіptica. 2. MediГ§ГЈo da potГЄncia Гіptica (em dBm) apГіs a luz ter percorrido toda a fibra Гіptica sob ensaio. 3. A diferenГ§a (para cada comprimento de onda) entre os dois valores de potГЄncia da radiaГ§ГЈo Гіptica Г© o valor da perda (em dB). Os valores medidos nГЈo deverГЈo ultrapassar a perda mГЎxima admissГvel para a ligaГ§ГЈo, que poderГЎ ser calculada com base na seguinte fГіrmula: Perda mГЎxima admissГvel (PTotal) = Pc + Pj + Pf Pc = Pconect x Nconect [dB] (Perda nos conectores) Pj = Pjunta x Njuntas [dB] (Perda nas juntas) Pf = Pfibra x Ltotal [dB] (Perda na fibra) Nconect – n.Вє de conectores Njuntas – n.Вє de juntas Ltotal – comprimento total da ligaГ§ГЈo pГЎg. 81 Logo, a perda mГЎxima admissГvel serГЎ dada por: PTotal [dB] = Pconect x Nconect + Pjuntas x Njuntas + Pfibra x Ltotal O valor do parГўmetro “Pconect” serГЎ o seguinte: п‚„ Conectores do tipo PC/APC ≤ 0,5dB. O valor do parГўmetro “Pjuntas” serГЎ: п‚„ 0,2dB/junta. No mГЎximo poderГЎ ser de 0,3dB. O valor do coeficiente “Pfibra” serГЎ fornecido pelo fabricante do cabo de fibra Гіptica. Em caso de inexistГЄncia deste valor, deverГЈo ser utilizados os seguintes coeficientes de atenuaГ§ГЈo para cabos monomodo: Categoria dos cabos de fibra Comprimento de onda (nm) Coeficientes de atenuaГ§ГЈo - Pfibra (dB/km) 1310 1 1550 1 1310 0,4 1550 0,4 OS1 OS2 Tabela X – Coeficientes de atenuaГ§ГЈo Os ensaios de perdas totais deverГЈo ser executados nos dois sentidos, sendo o valor real a mГ©dia aritmГ©tica das duas mediГ§Гµes. Estes valores deverГЈo ser registados na tabela de perdas totais, constante do REF. 6.4.2 ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR) Os ensaios de reflectometria sГЈo executados com recurso a um aparelho denominado “OTDR” (Optical Time Domain Reflectometer). Os ensaios de reflectometria permitem caracterizar os seguintes pontos: п‚§ A atenuaГ§ГЈo numa junta/conector; п‚§ A atenuaГ§ГЈo total em distГўncias especГficas (troГ§os de fibra); п‚§ Perdas de retorno de eventos reflectivos; п‚§ Perdas de retorno do Link; п‚§ DistГўncia dos eventos; п‚§ O comprimento da fibra em teste; п‚§ A regularidade da ligaГ§ГЈo. As unidades e respectivos valores conhecidos pelo OTDR sГЈo: п‚§ O tempo em que o pulso Г© enviado na fibra; pГЎg. 82 п‚§ A largura de pulso; п‚§ A velocidade com que o pulso se desloca na fibra Гіptica. O tempo que o pulso de luz gasta a percorrer a fibra, reflectir-se e voltar para o detector do prГіprio OTDR, pode ser medido com precisГЈo por este equipamento. Conhecendo-se este tempo, o equipamento calcula o comprimento de fibra (em metros). Num ensaio de OTDR devem fazer-se as seguintes acГ§Гµes: 1. ConfiguraГ§ГЈo do equipamento Preenchimentos dos campos de identificaГ§ГЈo do ensaio a efectuar: o IdentificaГ§ГЈo da ligaГ§ГЈo ou troГ§o de fibra em ensaio. IndicaГ§ГЈo dos parГўmetros Гіpticos do OTDR: o IOR – ГЌndice Гіptico de refracГ§ГЈo – Este valor Г© dado pelo fabricante do cabo; o Pulse with - Largura de Pulso – Quanto menor for o comprimento de cabo a ensaiar menor deverГЎ ser o valor deste parГўmetro. Em caso de dГєvida deve-se colocar este parГўmetro no modo automГЎtico; o Distance Range – Comprimento da fibra a ensaiar – O valor deste parГўmetro deverГЎ ser o mais prГіximo possГvel do total de fibra a ensaiar; o Tempo de mГ©dia – Quanto maior for este valor, melhor serГЎ a precisГЈo do ensaio. Em caso normal utiliza-se um tempo mГ©dio de 10s; o Threshold (Splice Loss) – Colocar o menor valor de atenuaГ§ГЈo possГvel (0,01dB); o Threshold (Return Loss) – 25 dB (o limiar de detecГ§ГЈo de Perdas de Retorno deve ser um valor maior que 60dB. Note-se que quanto maior for o valor, menor serГЎ o sinal de retorno; o Threshold (fiber end) – 10 dB. 2. Conectar uma bobine de carga entre o OTDR e o conector da ODF a ensaiar, e iniciar o ensaio. 3. Os ensaios devem ser executados nos seguintes comprimentos de onda: o Cabos Monomodo: п‚§ 1310nm п‚§ 1550nm 4. Analisar os resultados obtidos e guardar o ensaio. 5. Em caso de se detectar algum valor diferente do esperado, deve-se analisar pormenorizadamente o ensaio e corrigir a anomalia detectada. Se esta anomalia nГЈo for de fГЎcil resoluГ§ГЈo, deve-se anotar a mesma para posteriormente se tomarem medidas correctivas. 6. Deve verificar-se se todos os ensaios foram gravados. pГЎg. 83 6.5 6.5.1 ENSAIO DA REDE DE TUBAGENS MEDIDAS MГ‰TRICAS Este tipo de ensaio destina-se Г s redes de tubagens das ITUR. DeverГЈo ser verificados comprimentos, alturas, espaГ§amentos, raios de curvatura, diГўmetros e outras medidas consideradas necessГЎrias, de modo a cumprir com o disposto no projecto e nas prescriГ§Гµes tГ©cnicas. Utilizar-se-ГЈo equipamentos para aferiГ§ГЈo de medidas mГ©tricas, tais como fitas mГ©tricas e paquГmetros, que nГЈo estГЈo sujeitos a calibraГ§ГЈo. 6.6 EQUIPAMENTOS DE ENSAIO E MEDIDA Na tabela seguinte sГЈo indicados, a tГtulo de referГЄncia, os equipamentos necessГЎrios ao ensaio das ITUR, de acordo com os tipos de cablagem definidas. De notar que poderГЈo existir equipamentos anГЎlogos aos indicados e que podem cumprir as mesmas funГ§Гµes. pГЎg. 84 TIPO DE CABLAGEM Pares de cobre ENSAIOS E RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS – Requisitos MГnimos Para todos os ensaios: п‚„ Equipamento para mediГ§ГЈo de continuidade NГveis de sinal das portadoras, BER, C/N e AtenuaГ§ГЈo: Coaxial п‚„ Analisador/Medidor de nГvel, com capacidade para efectuar medidas das grandezas em causa, para frequГЄncias dos 5 aos 2150 MHz; п‚„ Gerador de ruГdo, com capacidade de gerar ruГdo nas frequГЄncias dos 5 aos 2150MHz. Para todos os ensaios: п‚„ Equipamento para a certificaГ§ГЈo de cablagens estruturadas, com a capacidade de ensaio dos vГЎrios parГўmetros da cablagem em fibra Гіptica Fibra Гіptica Em alternativa: AtenuaГ§ГЈo: п‚„ Medidor de potГЄncia Гіptica Comprimento e atraso na propagaГ§ГЈo: п‚„ ReflectГіmetro (OTDR) Tabela 24 – Equipamentos de ensaio Todos os equipamentos indicados, excepto os de medidas mГ©tricas, estГЈo sujeitos Г calibraГ§ГЈo especificada pelo fabricante. As calibraГ§Гµes deverГЈo ser efectuadas de acordo com um plano de calibraГ§Гµes, baseado na aptidГЈo ao uso e nas recomendaГ§Гµes do fabricante. A calibraГ§ГЈo do equipamento, pela aptidГЈo ao uso, Г© entendida como a calibraГ§ГЈo das funГ§Гµes que sГЈo utilizadas no uso normal do equipamento. NГЈo se torna assim necessГЎrio calibrar as funГ§Гµes que nГЈo sГЈo utilizadas nos ensaios das ITUR. pГЎg. 85 6.7 RELATГ“RIO DE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE - REF O instalador deve medir e registar os ensaios adequados aos vГЎrios tipos de cablagem constituindo, assim, o RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade – REF, da sua inteira responsabilidade. Na impossibilidade do instalador fazer os ensaios das ITUR, nomeadamente por nГЈo possuir os equipamentos necessГЎrios, deverГЎ contratar os serviГ§os de uma entidade com essa capacidade. O REF contГ©m o registo dos ensaios efectuados, de acordo com o exposto neste capГtulo, cobrindo a instalaГ§ГЈo a 100%. O instalador deve preparar o REF, onde regista o seguinte: п‚„O tГ©cnico que realizou os ensaios; п‚„ VerificaГ§ГЈo da conformidade da instalaГ§ГЈo com o projecto inicial ou, sendo o caso, com o projecto de alteraГ§Гµes, com indicaГ§ГЈo numa ficha de inspecГ§ГЈo dos pontos verificados; п‚„ Ensaios efectuados, resultados, metodologias e interfaces de teste utilizados com indicaГ§ГЈo clara dos pontos onde as medidas foram efectuadas; п‚„ Os resultados dos ensaios em tabelas adequadas de acordo com o tipo de cablagem e de rede a que os mesmos dizem respeito; п‚„ EspecificaГ§Гµes tГ©cnicas de referГЄncia; п‚„ Equipamento utilizado nas mediГ§Гµes, com indicaГ§ГЈo de marca, modelo e n.Вє de sГ©rie, e tambГ©m da data e hora a que o ensaio foi realizado; п‚„ As anomalias detectadas e as medidas correctivas associadas Г s mesmas; п‚„ Os factores que possam por em causa o cumprimento integral das PrescriГ§Гµes TГ©cnicas ou do projecto, nomadamente condiГ§Гµes MICE; п‚„ Termo de responsabilidade da execuГ§ГЈo da instalaГ§ГЈo, em que o instalador ateste a observГўncia das normas tГ©cnicas em vigor, nomeadamente com o presente Manual ITUR. O instalador deverГЎ manter, em anexo ao REF, uma cГіpia do projecto e de tudo o mais que julgou necessГЎrio Г concretizaГ§ГЈo da instalaГ§ГЈo, que constituirГЎ o cadastro da obra. pГЎg. 86 7 LIGAÇÕES DAS REDES DE TUBAGENS As ligaГ§Гµes Г s redes pГєblicas de telecomunicaГ§Гµes sГЈo obrigatГіrias e da responsabilidade do promotor. O seu dimensionamento faz parte integrante do projecto, podendo no entanto ser alteradas durante a obra, devendo para isso ser elaborado um projecto de aditamento. pГЎg. 87 8 EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDES DE TUBAGEM A estrutura da rede de tubagens principal pode seguir as seguintes topologias: - “■” TOPOLOGIA “■” N P8 P6 D15 P7 P4 P5 D16 D14 D12 D11 P3 D13 P2 D9 D10 P1 ATU OPERADOR pГЎg. 88 - “L”; N D14 D15 D13 D11 D10 P3 D12 P2 D9 P1 0 OPERADOR - “Y”; N P8 P6 D15 P7 P4 P5 D16 P3 D14 ATU D13 P2 D11 D12 P1 OPERADOR pГЎg. 89 - “X”; TOPOLOGIA “X” N P8 P6 P7 P4 P5 P3 ATU P2 P1 OPERADOR - “Q”. TOPOLOGIA “Q” N ATU P1 OPERADOR pГЎg. 90 9 REGRAS DE SEGURANГ‡A PARA INSTALADORES Inicialmente deverГЎ sempre ser cumprido o disposto no plano de seguranГ§a e na regulamentaГ§ГЈo em vigor. 9.1 IDENTIFICAÇÃO ASSOCIADOS DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES E RISCOS A dimensГЈo dos trabalhos a ser realizados varia de projecto para projecto. No entanto, existe um conjunto de trabalhos que sГЈo comuns Г maioria das instalaГ§Гµes, o que possibilita desde logo identificar os principais riscos associados a esses mesmos trabalhos. Genericamente este tipo de trabalhos implica a utilizaГ§ГЈo de mГЎquinas, ferramentas e materiais cujo manuseamento se caracteriza igualmente por um conjunto de riscos que sГЈo assim comuns a todas as instalaГ§Гµes. Principais OperaГ§Гµes nos Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e Conjunto de EdifГcios As principais operaГ§Гµes a executar nas ITUR consistem em: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Estabelecimento de acessos; Trabalhos em altura; DemoliГ§Гµes; OperaГ§Гµes de betonagem; ElevaГ§Гµes e movimentaГ§Гµes de materiais e componentes atravГ©s de gruas, guinchos, aparelhos diferenciais, entre outros; Descargas e movimentaГ§Гµes de equipamentos (manualmente ou aparelhos elГ©ctricos); Cortes de metais, utilizando discos de corte, rebarbadora e serrote; OperaГ§Гµes de soldadura; Abertura de buracos e roГ§os (manualmente, por martelo ou berbequim elГ©ctrico); OperaГ§Гµes de colocaГ§ГЈo de tubos, poleias, suportes e esteiras; OperaГ§Гµes de remates em betГЈo e alvenaria; Trabalhos de passagem de cabos; Trabalhos prГіximos a linhas em tensГЈo; Trabalhos em instalaГ§Гµes elГ©ctricas (sem energia ou em tensГЈo); Trabalhos em equipamentos sob tensГЈo; Trabalhos de revestimento e impermeabilizaГ§ГЈo; Ensaios nГЈo destrutivos; OperaГ§Гµes de ensaio dos equipamentos de telecomunicaГ§Гµes. Ferramentas, MГЎquinas e Materiais a utilizar As principais ferramentas e mГЎquinas a utilizar, sГЈo: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Alicate de cravar terminais; Aparelhos de medida e controlo; Betoneiras e autobetoneiras; Berbequins; Cilindro compactador; Compressores; Cravadoras; pГЎg. 91 п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Dumper; Escadas, escadotes e andaimes (e respectivos componentes); Ganchos; Geradores; Gruas; Guinchos; MГЎquinas de soldar; Rebarbadoras portГЎteis; Rebitadoras; Retroescavadoras ou mini-retroescavadoras; Roldanas; Serras portГЎteis. 9.2 AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ASSOCIADAS Nas tabelas seguintes sГЈo indicados os riscos previsГveis, bem como as principais medidas de prevenГ§ГЈo e protecГ§ГЈo. pГЎg. 92 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Insalubridade; - Promover uma correcta organizaГ§ГЈo, arrumaГ§ГЈo e limpeza do estaleiro; - DesarrumaГ§ГЈo; - - CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DO ESTALEIRO Dificuldades acessos circulaГ§ГЈo; Acidentes veГculos; de e com - Garantir fГЎceis acessos e o bom estado das vias de circulaГ§ГЈo; - Manter uma distГўncia de seguranГ§a entre zonas de circulaГ§ГЈo de veГculos, peГµes ou de trabalho; - Garantir distГўncias de seguranГ§a na movimentaГ§ГЈo de veГculos e operaГ§Гµes de carga e descarga; - Atropelamento; - ColocaГ§ГЈo da sinalizaГ§ГЈo de seguranГ§a; - Queda de objectos; - RemoГ§ГЈo periГіdica de lixos e resГduos; - Queda ao nГvel; - Correcto armazenamento dos materiais; - IncГЄndio; - Cumprimento das Regras de SeguranГ§a previamente estabelecidas; - ElectrocussГЈo. - Controlo e limitaГ§ГЈo do acesso de veГculos e pessoas Г zona da obra; - Obrigatoriedade de instalaГ§ГЈo de extintores de tipo e capacidade adequadas ao risco; - Obrigatoriedade da existГЄncia de caixa de primeiros socorros no local da obra; - ProibiГ§ГЈo do armazenamento de substГўncias perigosas, exceptuando nas zonas prГ©vias e devidamente assinaladas. pГЎg. 93 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - DeterioraГ§ГЈo; - DelimitaГ§ГЈo das zonas destinadas Г armazenagem; - ContaminaГ§ГЈo; - Correcta organizaГ§ГЈo do interior do armazГ©m; - Queda de objectos; - - IncГЄndio explosГЈo; ou Garantir um fГЎcil armazenamento; acesso a todas as zonas de - Armazenar os materiais de acordo com as normas e recomendaГ§Гµes estabelecidas pelos fabricantes; - Cumprimento das regras de armazenamento de materiais em altura; - Evitar uma possГvel contaminaГ§ГЈo entre os diversos materiais; - SubstГўncias ou preparaГ§Гµes perigosas armazenadas somente em locais prГіprios com as respectivas Fichas de SeguranГ§a a serem devidamente arquivadas e de fГЎcil acesso / consulta; ARMAZENAGEM - O EPI deve ser armazenado em locais protegidos, sem exposiГ§ГЈo a ultravioletas; - Devem ser instalados extintores adequados aos materiais e carga de incГЄndio existente; - Acesso fГЎcil a contacto telefГіnico com equipas de emergГЄncia de socorrro (112, polГcia, bombeiros, ambulГўncias) ou sistema/central de seguranГ§a adequado. - ColisГЈo; - SinalizaГ§ГЈo adequada; - Atropelamento; - ManutenГ§ГЈo das distГўncias de seguranГ§a entre as zonas de circulaГ§ГЈo de veГculos com as zonas de circulaГ§ГЈo de peГµes ou trabalho; - Queda. - Colocar protecГ§Гµes adequadas em as zonas de circulaГ§ГЈo de veГculos e os portГµes, portas, ou escadas; - DesobstruГ§ГЈo de vias de acesso e circulaГ§ГЈo; VIAS DE ACESSO E CIRCULAÇÃO - IluminaГ§ГЈo e sinalizaГ§ГЈo dos caminhos de evacuaГ§ГЈo e saГdas de emergГЄncia; - Delimitar as zonas de estacionamento; - Prevenir a necessidade de acesso a veГculos de socorro. OPERAÇÃO TRABALHOS EM VALAS RISCOS PREVISГЌVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Soterramento; - Escoramento adequado; - Quedas de pessoas e materiais. - SinalizaГ§ГЈo da vala; - Manobras das mГЎquinas por pessoas habilitadas. pГЎg. 94 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO TRABALHOS NA PROXIMIDADE DE LINHAS DE TENSГѓO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - ElectrocussГЈo: por contacto directo ou indirecto; - Arco elГ©ctrico; - Electricidade estГЎtica. - Queda de objectos; - Queda em altura; - Prever e garantir uma correcta planificaГ§ГЈo, sequГЄncia e mГ©todos de trabalho; - Soterramento; - Os trabalhos sГі podem ser realizados com a supervisГЈo de um responsГЎvel; - Esmagamento; - DelimitaГ§ГЈo e sinalizaГ§ГЈo das zonas de trabalho; - AcumulaГ§ГЈo entulhos; de - VibraГ§Гµes; - InalaГ§ГЈo de poeiras; - ProjecГ§ГЈo partГculas. - UtilizaГ§ГЈo de andaimes com as adequadas condiГ§Гµes de seguranГ§a; - InstalaГ§ГЈo do sistema de ProtecГ§ГЈo Colectiva contra quedas; - RuГdo; DEMOLIÇÕES - ManutenГ§ГЈo das distГўncias de SeguranГ§a relativamente aos condutores em tensГЈo. de - UtilizaГ§ГЈo de cintos do tipo arnГЄs de seguranГ§a, quando necessГЎrios; - Limpeza e remoГ§ГЈo de entulhos frequentemente; - UtilizaГ§ГЈo de EPI (luvas, protectores auriculares, Гіculos protectores); - UtilizaГ§ГЈo de EPI das vias respiratГіrias; pГЎg. 95 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO - Queda em altura; - Garantir uma correcta sequГЄncia dos trabalhos; - Soterramento; - Garantir as distГўncias de seguranГ§a; - Esmagamento. - ProibiГ§ГЈo da permanГЄncia de trabalhadores no fundo das valas, aquando de operaГ§Гµes de descarga; ATERRO E COMPACTAÇÃO - Se existirem riscos de desmoronamento no fundo da vala, garantir a existГЄncia de caminhos de fuga; - Na compactaГ§ГЈo devem ser utilizadas mГЎquinas com protecГ§ГЈo da cabine para prevenГ§ГЈo dos casos de capotamento; - DeverГЎ ser cuidadosamente observado o comportamento do talude em caso de utilizaГ§ГЈo de compactadores. - Riscos de queda de pessoas ou de materiais. - Esmagamento; TRABALHOS EM ALTURA - AprovaГ§ГЈo prГ©via do Chefe de Equipa; - UtilizaГ§ГЈo de andaimes com adequadas condiГ§Гµes de seguranГ§a; - Entalamento; - Escadas com igualmente boas condiГ§Гµes de seguranГ§a e vistoriadas periodicamente. - - InstalaГ§ГЈo de linhas de vida; ElectrocussГЈo (contacto com linhas elГ©ctricas). - UtilizaГ§ГЈo de cinto de seguranГ§a do tipo arnГЄs; - InstalaГ§ГЈo de redes anti-queda; - Obrigatoriedade de Certificado de AptidГЈo MГ©dica para Trabalhos em Altura; - NГЈo exceder o limite de carga/lotaГ§ГЈo (no caso de plataformas elevatГіrias); - Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho; pГЎg. 96 RISCOS PREVISГЌVEIS OPERAÇÃO - Queda em altura; - Delimitar a zona; - Queda ao nГvel; - Interditar o acesso Г s zonas de escoamento; - BETONAGEM MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO ProjecГ§Гµes betГЈo; de - Garantir caminhos seguros e plataformas estГЎveis com protecГ§ГЈo contra quedas; - Esmagamento; - UtilizaГ§ГЈo de dispositivos anti-queda quando necessГЎrio; - PerfuraГ§ГЈo; - Garantir boas condiГ§Гµes de acesso para os veГculos necessГЎrios Г operaГ§ГЈo; - ElectrocussГЈo; - RuГdo. - No caso de utilizaГ§ГЈo de balde de betonagem, garantir que o seu trajecto nГЈo passe sobre as zonas ocupadas por pessoas; - UtilizaГ§ГЈo de tensГЈo elГ©ctrica, quando for necessГЎrio; - Garantir boas condiГ§Гµes de visibilidade, para o caso da betonagem decorrer em horГЎrio nocturno; - UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado. - Esmagamento; - Entalamento; - ElectrocussГЈo (por contacto com linhas elГ©ctricas). - Estudar previamente as manobras a executar, tendo em conta as distГўncias de seguranГ§as; - Garantir uma correcta estabilizaГ§ГЈo e nivelamento da grua, tendo o cuidado a ter relativamente Г s caracterГsticas do terreno, bem como de tubagens subterrГўneas; - Respeitar os limites de carga; UTILIZAÇÃO DE GRUAS MГ“VEIS - Garantir o cumprimento das distГўncias de seguranГ§a relativamente a condutores elГ©ctricos em tensГЈo; - Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho; - Respeitar escrupulosamente as regras de seguranГ§a na conduГ§ГЈo/operaГ§ГЈo da grua; - ConduГ§ГЈo/manobra qualificado para tal; da grua somente por pessoal - Efectuar inspecГ§Гµes periГіdicas Г grua; - Uso de EPI adequado. IdentificaГ§ГЈo dos Principais Riscos (RISCOS ESPECIAIS) Depois uma anГЎlise dos diversos riscos que podem acontecer numa determinada obra, deve fazer-se uma consolidaГ§ГЈo dos principais riscos, que devem ser a tГtulo de exemplo, sujeito a uma avaliaГ§ГЈo de risco, de forma a serem elaborados quadros especГficos para esses mesmos riscos. pГЎg. 97 RISCOS ORIGEM PREVENÇÃO - Trabalhos em telhados, coberturas, andaimes, plataformas e outros meios de suspensГЈo. - Cumprimento do estabelecido Regulamento de SeguranГ§a no Trabalho da ConstruГ§ГЈo; - OPERAÇÃO Cumprimento das “Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar na obra”; - UtilizaГ§ГЈo de material com adequadas condiГ§Гµes de estabilidade e seguranГ§a; - Abertura de valas; - EscavaГ§Гµes; - Betonagens; - OperaГ§Гµes gruas; com InstalaГ§ГЈo cofragens; de - - InstalaГ§ГЈo de sistemas de ProtecГ§ГЈo Colectiva contra quedas; - UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado; ConstruГ§ГЈo de tubagens, cГўmaras subterrГўneas e caixas de passagem; - Exames de AptidГЈo MГ©dica especГficos e obrigatoriedade dos Certificados de AptidГЈo MГ©dica mencionarem a autorizaГ§ГЈo para efectuar trabalhos em altura. QUEDA EM ALTURA - DemoliГ§Гµes; - - ElevaГ§ГЈo de materiais; - QUEDA DE OBJECTOS - Montagem e desmontagem de elementos pesados; MovimentaГ§ГЈo cargas; de - Queda de ferramentas. Cumprimento das “Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar na obra”; - Abertura de valas; - EscavaГ§Гµes; - DelimitaГ§ГЈo e sinalizaГ§ГЈo das zonas de trabalho; - Betonagens; - - Betonagem; - Prever uma correcta planificaГ§ГЈo e sequГЄncia de trabalho; InterdiГ§ГЈo trabalhos sobrepostas; de em executar zonas - Cofragens; -Armazenamento material; de - em Trabalhos andaimes; - InstalaГ§ГЈo de sistemas de ProtecГ§ГЈo Colectiva contra quedas; - UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado; - Equipamentos manobrados somente por pessoal habilitado; pГЎg. 98 RISCOS ORIGEM - TRABALHOS NA PROXIMIDADE DE LINHAS DE ALTA TENSГѓO ElectrocussГЈo (por contacto directo ou indirecto); PREVENÇÃO OPERAÇÃO - ManutenГ§ГЈo das distГўncias de SeguranГ§a relativamente aos condutores em tensГЈo. Trabalhos em postes ou andaimes; - Arco elГ©ctrico; п‚· - Electricidade estГЎtica. п‚· п‚· - Trabalhos com ferramentas e mГЎquinas elГ©ctricas: AtГ© 1000 V mГnimo de 1 m; AtГ© 60 kV mГnimo de 3 m; > 60 kV mГnimo de 5 m. - LanГ§amento enfiamento cabo; e/ou de - Passagem aГ©rea de cabos; - Cumprimento do “Regulamento de SeguranГ§a de InstalaГ§Гµes de UtilizaГ§ГЈo de Energia ElГ©ctrica”; - - VerificaГ§ГЈo periГіdica equipamentos a utilizar; - Trabalhos em cabos elГ©ctricos; - Trabalhos em tensГЈo. ELECTROCUSSГѓO dos - UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado. - Trabalhos quadros equipamentos elГ©ctricos; Trabalhos tensГЈo; em e em -Trabalhos em quadros elГ©ctricos; RISCOS ORIGEM -Desmoronamento; PREVENÇÃO - AcumulaГ§ГЈo de entulho ou terras removidas; - ElaboraГ§ГЈo prГ©via de estudo geolГіgico, englobando a consistГЄncia do terreno a nГvel freГЎtico; - VibraГ§Гµes. - SOTERRAMENTO ContenГ§ГЈo adequadas; e entivaГ§ГЈo - NГЈo colocar qualquer carga junto aos bordos do talude; - DelimitaГ§ГЈo, sinalizaГ§ГЈo e vedaГ§ГЈo da zona de trabalhos. OPERAÇÃO - Abertura de valas; - ConstruГ§ГЈo cГўmaras subterrГўneas; de - ConstruГ§ГЈo caixas passagem; de de - ConstruГ§ГЈo pedestais; de - ColocaГ§ГЈo contentores estaleiro; de em pГЎg. 99 RISCOS ORIGEM - Trabalhos de corte tГ©rmico e soldadura; - Produtos inflamГЎveis e/ou explosivos; - Curto-circuito; INCГЉNDIO E EXPLOSГѓO - Rebentamento; PREVENÇÃO - OPERAÇÃO AutorizaГ§Гµes de Trabalho sempre que o grau de risco o justifique; - Trabalhos instalaГ§Гµes elГ©ctricas; - Ter atenГ§ГЈo Г direcГ§ГЈo do vento; - Trabalhos com equipamentos elГ©ctricos; - Trabalhos tensГЈo; - - Electricidade estГЎtica; Remover matГ©rias combustГveis da zona de trabalho e criar condiГ§Гµes para evitar propagaГ§ГЈo; em em - UtilizaГ§ГЈo de equipamentos com dispositivos de seguranГ§a adequados; - Disponibilizar para os locais de risco, meios de extinГ§ГЈo de incГЄndios de tipo e capacidades adequadas; - Sinalizar intervenГ§ГЈo; a ГЎrea de - Ao abandonar o local de trabalho, verificar se o mesmo fica em condiГ§ГЈo segura. Tabela 25 – AnГЎlise e prevenГ§ГЈo de riscos 9.3 HIGIENE, SEGURANГ‡A E SAГљDE DOS TRABALHADORES OrganizaГ§ГЈo dos processos dos trabalhadores Г‰ necessГЎrio que um qualquer trabalhador, mesmo sendo ele independente, a entrega dos Certificados de AptidГЈo MГ©dica actualizados e adequados para a funГ§ГЈo a que cada trabalhador irГЎ desempenhar no decurso de toda a obra. Г‰ igualmente obrigatГіrio que a situaГ§ГЈo das Vacinas Anti-TetГўnicas esteja regularizada. Em questГЈo aos Acidentes de Trabalho Г© imprescindГvel a entrega de comprovativos da existГЄncia, e da sua validade, dos seguros de Acidente de Trabalho. 9.3.1 PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENГ‡A PROFISSIONAL Acidentes de Trabalho Em caso de acidente de trabalho, este deve ser comunicado verbalmente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde presente em obra, independentemente de elaboraГ§ГЈo de uma participaГ§ГЈo de sinistro Г Companhia de Seguros. O ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde deve ter em sua posse, exemplares dos formulГЎrios da participaГ§ГЈo de acidentes Г Companhia de Seguros, onde conste o nГєmero da respectiva apГіlice de Acidentes de Trabalho. Quando sejam verificados acidentes graves, pode ser necessГЎria a suspensГЈo de todos os trabalhos na frente de obra onde ocorreu o acidente. Deve ser comunicado de imediato, tal pГЎg. 100 ocorrГЄncia aos responsГЎveis, de forma a permitir a conduГ§ГЈo do inquГ©rito do acidente, a sua anГЎlise e uma eventual implantaГ§ГЈo das medidas correctivas consideradas necessГЎrias. Este tipo de acidentes (grave e/ou mortal), tem que ser comunicado Г ACT (Autoridade para as CondiГ§Гµes de Trabalho), por escrito, nas 24 horas seguintes Г ocorrГЄncia. Todas as participaГ§Гµes/inquГ©ritos de acidentes devem ser entregues ao Coordenador de SeguranГ§a e SaГєde da obra atГ© 4 horas apГіs as ocorrГЄncias graves e atГ© 12 horas nos restantes casos, onde constem as medidas colectivas de forma a prevenir a ocorrГЄncia de futuros casos semelhantes. DoenГ§as Profissionais Todos os casos de DoenГ§a Profissional que sejam detectados pelo MГ©dico de Trabalho tГЄm que ser comunicados Г CoordenaГ§ГЈo de SeguranГ§a e SaГєde da obra. Incidentes Todos os incidentes que originem danos materiais ou eventualmente lesГµes pessoais, devem ser comunicados de imediato e verbalmente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde, que encaminharГЎ uma cГіpia da participaГ§ГЈo/inquГ©rito da ocorrГЄncia Г s entidades proprietГЎrias pela obra. Primeiros Socorros A prestaГ§ГЈo dos Primeiros Socorros Г© da competГЄncia e da responsabilidade dos Empreiteiros que, para o efeito, devem manter em obra os meios necessГЎrios (materiais e humanos, estes com formaГ§ГЈo adequada para o efeito). Deve existir em obra uma mala de Primeiros Socorros e uma lista com os nГєmeros de contacto mais importantes para os casos de emergГЄncia. Em caso de acidente grave, devem ser chamados de imediato, socorros exteriores, dando as seguintes informaГ§Гµes: п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Nome da Empresa; LocalizaГ§ГЈo do acidente; Tipo de acidente; Estimativa do nГєmero das pessoas acidentadas; Tipo de suspeita dos ferimentos. Г‰ crucial nestas situaГ§Гµes manter a calma. As vГtimas de acidente sГі devem ser removidas do local se houver perigo de agravamento do acidente e das lesГµes nas vГtimas. Estas sГі podem removidas por pessoal com formaГ§ГЈo adequada, atГ© lГЎ, devem ser protegidas de todo e qualquer perigo. O acidente e/ou incidente deve ser comunicado de imediato e entregar Г CoordenaГ§ГЈo de SeguranГ§a e SaГєde a participaГ§ГЈo/inquГ©rito do mesmo. Em caso de acidente grave ou mortal, proceder igualmente Г comunicaГ§ГЈo ao IDICT (Instituto de Desenvolvimento e InspecГ§ГЈo das CondiГ§Гµes de Trabalho) e assegurar que nГЈo sГЈo destruГdas as eventuais provas e evidГЄncias que estejam associados ao respectivo acidente. Consumo de drogas ou ГЎlcool Posse, distribuiГ§ГЈo, consumo ou venda de drogas e ГЎlcool, bem como substГўncias derivadas, sГЈo expressamente proibidas dentro da ГЎrea que congrega a obra. Um qualquer interveniente seja mesmo ele, um visitante que viole esta regra serГЎ imediatamente expulso e se for necessГЎrio, participado Г s autoridades legais competentes. Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar em cada projecto pГЎg. 101 Em cada projecto, os locais de intervenГ§ГЈo podem apresentar diversos condicionalismos especГficos e devem ser tidos em consideraГ§ГЈo, quer na sua organizaГ§ГЈo, quer igualmente na execuГ§ГЈo dos trabalhos. De forma a avaliar esses mesmos condicionalismos, deve ser efectuado o levantamento e caracterizaГ§ГЈo dos riscos presentes, para serem tomadas acГ§Гµes destinadas a minimizar ou eliminar esses riscos, que devem constar em fichas de avaliaГ§ГЈo fundamentais para a elaboraГ§ГЈo do Plano de SeguranГ§a e SaГєde (PSS). Ensaios de InstalaГ§Гµes e MГЎquinas / Equipamentos Os procedimentos de ensaios a todas as instalaГ§Гµes e equipamento tГЄm como objectivo assegurar o seu bom funcionamento e em condiГ§Гµes de seguranГ§a. TГЄm de ser estabelecidos pelos diversos Sub-empreiteiros Planos de VerificaГ§ГЈo, UtilizaГ§ГЈo e Controlo que devem ser entregues posteriormente ao ResponsГЎvel de SaГєde em Obra para efeitos de validaГ§ГЈo e controlo. Antes do inГcio dos trabalhos, os intervenientes devem-se assegurar que os equipamentos e materiais a utilizar reГєnam todas as condiГ§Гµes de seguranГ§a. Existem equipamentos que requerem a elaboraГ§ГЈo de uma Lista de VerificaГ§ГЈo, ou uma RevisГЈo e InspecГ§ГЈo Geral PeriГіdica de ManutenГ§ГЈo a serem entregues posteriormente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a da Obra. Todo o equipamento e material afecto Г obra tem que ter a aprovaГ§ГЈo, consentimento e inspecГ§ГЈo prГ©via das entidades competentes. 9.3.2 MEDIDAS DE PROTECÇÃO Equipamento de ProtecГ§ГЈo Individual (EPI) Г‰ obrigatГіrio o uso generalizado em obra, de fato de trabalho, calГ§ado de protecГ§ГЈo com palmilha e biqueira de aГ§o, capacete de francalete e luvas. SerГЎ utilizado em simultГўneo outro tipo de EPI sempre que as tarefas a efectuar assim o exijam. Em trabalhos em altura Г© obrigatГіria a utilizaГ§ГЈo do cinto de seguranГ§a tipo arnГЄs com chicotes de gancho de engate rГЎpido, com possibilidade de amarraГ§ГЈo permanente do trabalhador. ProtecГ§Гµes Colectivas Г‰ da obrigaГ§ГЈo dos diversos Subempreiteiros, instalar equipamentos de protecГ§ГЈo colectiva, criar acessos e sinalizar os locais de trabalho, e em caso de possГveis riscos, implementar a sinalizaГ§ГЈo de seguranГ§a adequada. SГЈo os Subempreiteiros em cada instalaГ§ГЈo, os responsГЎveis pela escolha dos meios e mГ©todos que visem assegurar a seguranГ§a, protecГ§ГЈo e condiГ§Гµes de higiene do seu pessoal, que podem ser alterados, caso achem adequado, pelas entidades responsГЎveis mГЎximas da obra. SГЈo igualmente os Subempreiteiros, os encarregados de informar tanto os seus trabalhadores como a outros intervenientes dos riscos que podem surgir durante a execuГ§ГЈo dos trabalhos. PrevenГ§ГЈo de IncГЄndios Г‰ explicitamente proibido foguear ou fazer lume em qualquer espaГ§o da obra, sem consentimento prГ©vio da CoordenaГ§ГЈo de SeguranГ§a e SaГєde em Obra. Г‰ obrigatГіrio a existГЄncia de extintores nas frentes de trabalho onde decorrer tarefas onde possa existir o risco de incГЄndio. Sempre que seja detectado um princГpio de incГЄndio, deve ser dado o alarme e utilizar sempre que possГvel, os meios disponГveis para o combater. pГЎg. 102 10 CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL – O CONCEITO MICE O conceito MICE estabelece um processo sistemГЎtico para a descriГ§ГЈo das condiГ§Гµes ambientais, com base em trГЄs nГveis de exigГЄncia: NГvel 1 (BAIXO), NГvel 2 (MГ‰DIO) e NГvel 3 (ALTO). Esta concepГ§ГЈo permite aos projectistas e instaladores a selecГ§ГЈo dos materiais utilizГЎveis, para diferentes nГveis de exigГЄncia ambiental, consoante o tipo de utilizaГ§ГЈo de um determinado espaГ§o. O projectista deve procurar um compromisso tendo em conta os seguintes vectores: - Custo dos materiais e da execuГ§ГЈo; - CondiГ§Гµes ambientais; - Exequibilidade tГ©cnica. Tal ponto de equilГbrio deve ser encontrado dentro de um espaГ§o de conciliaГ§ГЈo, conforme representado na figura seguinte: Custo dos materiais e execuГ§ГЈo Projecto PrescriГ§Гµes adicionais NГvel de exigГЄncia ambiental Exequibilidade tГ©cnica Baixo MГ©dia Alto Figura 41 – EspaГ§o de conciliaГ§ГЈo do projecto Como exemplo consideremos um sistema de cablagem, em que Г© exigГvel um nГvel de protecГ§ГЈo mecГўnica elevado, digamos 3, e um dos componentes apenas se encontra disponГvel no mercado, em condiГ§Гµes aceitГЎveis de custo, com propriedades caracterГsticas do nГvel 2. Nestas condiГ§Гµes, o projectista poderГЎ considerar mecanismos adicionais de protecГ§ГЈo, e o instalador adoptar prГЎticas apropriadas para que tal componente seja manuseГЎvel e utilizГЎvel, no ambiente caracterizado por nГvel 3. pГЎg. 103 Os parГўmetros que caracterizam o grau de exigГЄncia ambiental (EN50173-1), sГЈo: M – Propriedades MecГўnicas. I – Propriedades relativas ao Ingresso ou penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos ou de lГquidos. C – Propriedades ClimГЎticas e comportamento perante agentes quГmicos. E – Propriedades ElectromagnГ©ticas. 10.1 MECГ‚NICAS (M) Na tabela seguinte estГЈo definidos os nГveis de exigГЄncia mecГўnica a utilizar na caracterizaГ§ГЈo ambiental para sistemas de cablagem: NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES MECГ‚NICAS M1 M2 M3 40 100 250 1,5 7,0 15,0 5 20 50 -2 Impacto (aceleraГ§ГЈo) [ms ] VibraГ§ГЈo (amplitude da oscilaГ§ГЈo de 2 a 9 Hz) [mm] -2 VibraГ§ГЈo (amplitude da aceleraГ§ГЈo de 9 a 500 Hz) [ms ] ResistГЄncia Г tracГ§ГЈo Conforme especificaГ§Гµes do componente e EN50174-2) ResistГЄncia Г compressГЈo [N sobre a mm (linear) min.] 45 para a=25 1100 para a=150 2200 para a=150 1 10 30 ResistГЄncia ao choque [J] ResistГЄncia Г torГ§ГЈo Conforme especificaГ§Гµes do componente e EN50174-2 Tabela 26 – CaracterizaГ§ГЈo ambiental para graus de exigГЄncia mecГўnicos Para o caso especГfico dos elementos de ligaГ§ГЈo (fichas, acopladores, etc.) consideram-se os seguintes nГveis de exigГЄncia particulares (EN50173-1): PROPRIEDADES MECГ‚NICAS ResistГЄncia Г tracГ§ГЈo (entre ficha e cabo) [N] M1 M2 M3 25 300 500 Tabela 27 – CaracterizaГ§ГЈo ambiental para graus de exigГЄncia mecГўnicos – elementos de ligaГ§ГЈo 10.2 INGRESSO OU PENETRAÇÃO (I) Os nГveis de exigГЄncia ambiental associados ao ingresso ou penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos, ou de lГquidos, deverГЈo estar em conformidade com os valores definidos na tabela seguinte: pГЎg. 104 NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES DE INGRESSГѓO I1 I2 I3 PenetraГ§ГЈo/Ingresso de corpos sГіlidos (partГculas) IP2X IP6X IP6X PenetraГ§ГЈo/ingresso de lГquidos IPX0 IPX5 IPX5 / IPX7 Tabela 28 – CaracterizaГ§ГЈo ambiental para graus de exigГЄncia de ingresso 10.3 CLIMГЃTICAS E QUГЌMICAS (C) As propriedades climГЎticas e o comportamento perante agentes quГmicos que caracterizam os nГveis de exigГЄncia ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de ligaГ§ГЈo, estГЈo caracterizadas na tabela seguinte: pГЎg. 105 NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES CLIMГЃTICAS C1 C2 C3 Temperatura ambiente [ВєC] -10 a +60 - 25 a +70 - 40 a +70 Taxa de mudanГ§a de temperatura [ВєC min-1] 0,1 1,0 3,0 Humidade relativa [%] 5 a 85 (sem condensaГ§ГЈo) 5 a 95 (com condensaГ§ГЈo) 5 a 95 (com condensaГ§ГЈo) IrradiaГ§ГЈo solar [Wm-2] 700 1120 1120 Cloreto de sГіdio (sal marinho) 0 <0,3 <0,3 Г“leos (concentraГ§ГЈo em ambiente seco) 0 < 0,005 < 0,5 Estearato de sГіdio (sabГЈo) nГЈo >5x 104 (soluГ§ГЈo aquosa nГЈo gelatinosa) >5 x 104 (soluГ§ГЈo aquosa gelatinosa) Detergentes 0 - - SoluГ§Гµes de material condutor nГЈo temporГЎria (condensaГ§ГЈo) frequente mГ©dia/pico mГ©dia/pico mГ©dia/pico Sulfureto de hidrogГ©nio <0,003/< 0,01 <0,05/< 0,5 <10/< 50 DiГіxido de enxofre <0,01/< 0,03 <0,1/< 0,3 <5/< 15 TriГіxido de enxofre (pep) <0,01/< 0,03 <0,1/< 0,3 <5/< 15 Cloro seco (< 50% humidade) <0,002/< 0,01 <0,02/< 0,1 <0,2/< 1,0 Cloro hГєmido (>50% de humidade) <0,0005/<0,001 <0,005/< 0,03 <0,05/< 0,3 Cloreto de hidrogГ©neo -/< 0,06 >0,06 /< 0,3 <0,6/< 3,0 Fluoreto de hidrogГ©neo <0,001/< 0,005 <0,01/< 0,05 <0,1/< 1,0 AmГіnia <1/< 5 <10/< 50 <50/< 250 Г“xidos de azoto <0,05/< 0,1 <0,5/< 1,0 <5/< 10 Ozono <0,002/< 0,005 <0,025/< 0,05 <0,1/< 1,0 ContaminaГ§ГЈo por substГўncias estranhas (poluiГ§ГЈo lГquida) [ppm] ContaminaГ§ГЈo por substГўncias estranhas (poluiГ§ГЈo gasosa) [ppm] lГquidas gasosas Tabela 29 – CaracterizaГ§ГЈo ambiental para graus de exigГЄncia climГЎticos pГЎg. 106 10.4 ELECTROMAGNГ‰TICAS (E) Na tabela seguinte definem-se as propriedades electromagnГ©ticas que caracterizam os nГveis de exigГЄncia ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de ligaГ§ГЈo. NГvel de exigГЄncia BAIXO MГ‰DIO ALTO PROPRIEDADES ELECTROMAGNГ‰TICAS E1 E2 E3 4 4 4 8 8 8 Descarga electromagnГ©tica contacto (0,667 пЃC) [kV] por Descarga electrostГЎtica no ar (0,132 пЃC) [kV] 3 (80 a 1000) 3 (80 a 1000) 10 (80 a 1000) 3 (1400 a 2000) 3 (1400 a 2000) 3 (1400 a 2000) 1 (2000 a 2700) 1 (2000 a 2700) 1 (2000 a 2700) 3 (150 kHz a 80 MHz) 3 (150 kHz a 80 MHz) 10 (150 kHz a 80 MHz) DiferenГ§a de potencial de transiГ§ГЈo CA (corrente alterna) [V] 500 1000 2000 DiferenГ§a de potencial de transiГ§ГЈo Г terra [V] 500 1000 2000 1 3 30 RadiaГ§ГЈo RF (modulaГ§ГЈo -1 amplitude) [Vm (intervalo [Mz])] de ConduГ§ГЈo RF [V] -1 Campo magnГ©tico (50 Hz) [Am ] Tabela 30 – CaracterizaГ§ГЈo ambiental para graus de exigГЄncia electromagnГ©ticos 10.5 CLASSES AMBIENTAIS Na tabela seguinte estГЈo descritos alguns espaГ§os de utilizaГ§ГЈo e as correspondentes Classes Ambientais tГpicas, relativas a sistemas de cablagem. пЃђ Aeroporto пЃђ пЃђ Mina пЃђ пЃђ EstaГ§ГЈo ElГ©ctrica пЃђ пЃђ IndГєstria do aГ§o пЃђ пЃђ IndГєstria alimentar пЃђ пЃђ пЃђ пЃђ пЃђ PresenГ§a de ГЎgua ou outros lГquidos ExposiГ§ГЈo a radiaГ§ГЈo UV Campo Electromagn. пЃђ PresenГ§a de Гіleos пЃђ AgressГЈo quГmica IndГєstria quГmica IrradiaГ§ГЈo VibraГ§ГЈo ГЃREA DE APLICAÇÃO Humidade PROPRIEDADES пЃђ пЃђ CLASSE AMBIENTAL TГЌPICA M2I3C2E2 M3I3C2E3 M3I3C1E1 пЃђ пЃђ M3I3C2E3 пЃђ пЃђ пЃђ пЃђ M3I3C2E3 пЃђ M3I3C2E1 Tabela 31 – Exemplos de Classes Ambientais pГЎg. 107 11 FICHA TГ‰CNICA PRINCIPAL ITUR – INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES EM URBANIZAÇÕES FICHA TГ‰CNICA Data ___ / ___ / ___ LOCALIZAÇÃO DO LOTEAMENTO Projecto nВє CГўmara Municpal Processo municipal CONCELHO FREGUESIA MORADA LOCALIDADE NOME N.Вє CONTRIBUINTE AlvarГЎ MORADA COMPLETA IDENTIFICAÇÃO DO DONO DE OBRA TELEFONE FAX E-MAIL ASSINATURA NOME N.Вє CONTRIBUINTE CГ‰DULA PROFISSIONAL __________________OE __________________ANET MORADA COMPLETA IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTISTA TELEFONE FAX E-MAIL ASSINATURA TIPO DE PROJECTO ITUR pГєblica ITUR privada ConstruГ§ГЈo Aditamento ReconstruГ§ГЈo Telas finais AlteraГ§ГЈo AmpliaГ§ГЈo SubstituiГ§ГЈo SITUAÇÂO DA OBRA OperaГ§ГЈo de Loteamento Obra de urbanizaГ§ГЈo RecepГ§ГЈo provisГіria RecepГ§ГЈo definitiva PROCESSO nВє PARECER RevisГЈo de projecto ESPAГ‡O RESERVADO AO CERTIFICADOR Data ___ / ___ / ___ RecepГ§ГЈo provisГіria Data ___ / ___ / ___ RecepГ§ГЈo definitiva Data ___ / ___ / ___ OBSERVAÇÕES pГЎg. 108 ITUR - caracterizaГ§ГЈo e tipologia nВє de fracГ§Гµes m2 observaГ§Гµes ГЃrea total do terreno a lotear CaracterizaГ§ГЈo ГЃrea loteada ГЃrea de implantaГ§ГЈo ГЃrea de habitaГ§ГЈo unifamiliar ГЃrea de habitaГ§ГЈo colectiva ГЃrea de comГ©rcio ГЃrea de escritГіrios ГЃrea para outras construГ§Гµes RG-PC RG-CC RG-FO ANTENAS PROTECÇÕES E LIGAÇÕES ГЂ TERRA Contra descargas Contra descargas Contra descargas Contra descargas Outra: Outra: Outra: Outra: ESTIMATIVA ORГ‡AMENTAL VALOR: Blocos/EdifГcios ГЃrea (m2) acima da cota de soleira abaixo da cota de soleira quantificaГ§ГЈo habitaГ§ГЈo comГ©rcio escritГіrios serviГ§os outros fibras Гіpticas pisos Lote cabos coaxiais EUROS pares de cobre , pГЎg. 109 12 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICГЃVEIS п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· п‚· Lei n.Вє 60/2007, de 4 de Setembro Lei n.Вє 5/2004, de 10 de Fevereiro Decreto-Lei n.Вє 68/2005, de 15 de MarГ§o Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio de 2009 Decreto-Lei n.Вє 555/99, de 16 de Dezembro Decreto-Lei n.Вє 177/2001, de 4 de Junho Portaria n.Вє 1110/2001, de 19 de Setembro Portaria n.Вє 701-H/2008, de 29 de Julho PrescriГ§Гµes e EspecificaГ§Гµes TГ©cnicas – Manual ITED – 2ВЄediГ§ГЈo Norma Portuguesa 717 Norma Portuguesa EN 124 Norma ROHS (Directiva 2002/95/EC) Norma CEI 604395 EN 50086 EN 50086-2-4 pГЎg. 110 Para encontrar este ficheiro no site www.anacom.pt siga este caminho ou cole a URL (link) abaixo no campo address do seu navegador (browser), e pesquise por "itur_consulta5junho.pdf" PГЎgina Inicial > Url: http://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=2 PublicaГ§ГЈo: 04.06.2009 Autor: ANACOM GeraГ§ГЈo de ficheiro: 14.10.14 В© ANACOM 2014
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