MANUAL ITUR - Anacom

MANUAL ITUR
(Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos,
UrbanizaГ§Гµes e CondomГ­nios)
1.ВЄ ediГ§ГЈo
versão 3.1 – 21 Maio 2009
ГЌNDICE GERAL
1
GENERALIDADES............................................................................................................. 4
1.1
OBJECTIVO ............................................................................................................... 4
1.2
LINHAS GERAIS ........................................................................................................ 4
1.3
ÂMBITO DE APLICAÇÃO ........................................................................................... 5
1.4
DEFINIÇÕES .............................................................................................................. 5
1.5
SIGLAS E ACRГ“NIMOS............................................................................................. 9
1.6
FRONTEIRAS ITED/ITUR ........................................................................................ 12
1.6.1
2
CARACTERГЌSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS ............................................................ 17
2.1
REDES DE TUBAGEM ............................................................................................. 17
2.1.1
2.1.2
2.1.3
2.1.4
2.1.5
2.1.6
2.2
2.2.1
2.2.2
2.2.3
3
TUBOS E ACESSГ“RIOS ..................................................................................................... 18
CГ‚MARAS DE VISITA (CV) ................................................................................................. 28
ARMГЃRIOS E PEDESTAIS .................................................................................................. 35
BASTIDORES ....................................................................................................................... 37
GALERIAS TÉCNICAS ......................................................................................................... 37
SALAS TÉCNICAS ............................................................................................................... 38
REDES DE CABOS (CABLAGEM) ........................................................................... 39
CABOS DE PARES DE COBRE .......................................................................................... 39
CABOS COAXIAIS ............................................................................................................... 42
CABOS DE FIBRA Г“PTICA ................................................................................................. 44
PROJECTO ...................................................................................................................... 45
3.1
CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................... 45
3.2
CONDICIONANTES ................................................................................................. 46
3.2.1
3.2.2
3.2.3
3.2.4
3.3
3.4
3.5
3.6
3.6.1
3.6.2
3.6.3
3.6.4
3.7
3.7.1
3.7.2
3.8
3.8.1
3.8.2
3.8.3
4
ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO - ATU ................................... 13
EXEQUIBILIDADE ................................................................................................................ 46
AMBIENTE............................................................................................................................ 46
CUSTOS ............................................................................................................................... 47
CLASSIFICAÇÃO DOS TÉCNICOS RESPONSÁVEIS ....................................................... 47
DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS .................................................................... 47
METODOLOGIA ....................................................................................................... 47
INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS ....................................... 48
REGRAS TÉCNICAS ................................................................................................ 49
TOPOLOGIA ......................................................................................................................... 49
VIZINHANÇA COM OUTRAS REDES ................................................................................. 50
REDE DE TUBAGEM ........................................................................................................... 52
REDES DE CABOS .............................................................................................................. 59
DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO............................................................ 61
ITUR PГљBLICA ..................................................................................................................... 61
ITUR PRIVADA ..................................................................................................................... 62
ASPECTOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................. 63
CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................. 63
DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................................... 63
PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO ......................................................... 63
INSTALAÇÃO .................................................................................................................. 65
4.1
ASPECTOS GENÉRICOS ........................................................................................ 65
4.1.1
4.1.2
4.1.3
4.1.4
4.2
4.2.1
4.2.2
4.2.3
CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO .............................................................................. 65
INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS ............................................................................ 65
RESPEITO DE OUTROS DIREITOS ................................................................................... 66
ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES ............................................................................ 66
REDE DE TUBAGENS ............................................................................................. 66
ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM ............................................................. 69
CГ‚MARAS DE VISITA .......................................................................................................... 70
NUMERAÇÃO DE CÂMARAS DE VISITA (ROTULAÇÃO) ................................................. 71
pГЎg. 2
4.2.4
4.2.5
4.2.6
PEDESTAIS .......................................................................................................................... 72
INSTALAÇÃO DE ARMÁRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA ITUR ............... 72
CABLAGEM MГЌNIMA ............................................................................................................ 73
5
PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS............................................................................. 74
5.1
TERRAS DE PROTECÇÃO ...................................................................................... 74
5.2
PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES ......................................................................... 76
6
ENSAIOS ......................................................................................................................... 77
6.1
REDES DE TUBAGEM ............................................................................................. 77
6.2
ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE......................................................... 78
6.3
ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS ......................................................... 78
6.3.1
6.3.2
6.4
6.4.1
6.4.2
6.5
6.5.1
6.6
6.7
REDE DE CATV ................................................................................................................... 79
REDE DE MATV/SMATV ..................................................................................................... 80
ENSAIOS EM CABOS DE FIBRAS Г“PTICAS .......................................................... 81
ENSAIOS DE PERDAS TOTAIS .......................................................................................... 81
ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR) ........................................................................ 82
ENSAIO DA REDE DE TUBAGENS ......................................................................... 84
MEDIDAS MÉTRICAS .......................................................................................................... 84
EQUIPAMENTOS DE ENSAIO E MEDIDA ............................................................... 84
RELATГ“RIO DE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE - REF ...................................... 86
7
LIGAÇÕES DAS REDES DE TUBAGENS ...................................................................... 87
8
EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDES DE TUBAGEM ......................................... 88
9
REGRAS DE SEGURANÇA PARA INSTALADORES ..................................................... 91
9.1
IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES E RISCOS ASSOCIADOS ....... 91
9.2
AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
ASSOCIADAS ...................................................................................................................... 92
9.3
HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES ............................... 100
9.3.1
PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENÇA
PROFISSIONAL ............................................................................................................................... 100
9.3.2
MEDIDAS DE PROTECÇÃO.............................................................................................. 102
10 CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL – O CONCEITO MICE ................................................ 103
10.1 MECГ‚NICAS (M) .................................................................................................... 104
10.2 INGRESSO OU PENETRAÇÃO (I) ......................................................................... 104
10.3 CLIMГЃTICAS E QUГЌMICAS (C)............................................................................... 105
10.4 ELECTROMAGNÉTICAS (E) .................................................................................. 107
10.5 CLASSES AMBIENTAIS ......................................................................................... 107
11
FICHA TÉCNICA PRINCIPAL ........................................................................................ 108
12
LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICÁVEIS ...................................................................... 110
pГЎg. 3
1
GENERALIDADES
1.1
OBJECTIVO
O regime jurГ­dico aplicГЎvel Г s Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos,
UrbanizaГ§Гµes e CondomГ­nios (ITUR), consagra a obrigatoriedade de construГ§ГЈo das ITUR em
duas realidades distintas:
(i) As ITUR pГєblicas, situadas em ГЎreas pГєblicas;
(ii) As ITUR privadas, situadas em condomГ­nios (de propriedade privada).
O desenvolvimento das actividades econГіmicas e sociais, os enormes progressos tecnolГіgicos
verificados e as novas exigГЄncias decorrentes do ambiente concorrencial estabelecido em
Portugal, impuseram a necessidade de formular novas regras para o projecto, instalaГ§ГЈo e
gestГЈo das Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e
CondomГ­nios.
Pretende-se, com a respectiva norma tГ©cnica, regulamentar as condiГ§Гµes de acesso Г s novas
Tecnologias de InformaГ§ГЈo e ComunicaГ§ГЈo (TIC), providenciando as mesmas condiГ§Гµes a todos
os operadores pГєblicos de telecomunicaГ§Гµes electrГіnicas.
O presente regulamento define as condiГ§Гµes de elaboraГ§ГЈo de projectos e construГ§ГЈo das redes
de tubagem e redes de cablagem em urbanizaГ§Гµes, garantindo a seguranГ§a de pessoas e bens
e a defesa do interesse pГєblico.
Na execuГ§ГЈo das ITUR deverГЎ ser seguido o projecto e a legislaГ§ГЈo em vigor.
As regras tГ©cnicas de projecto e instalaГ§ГЈo das ITUR devem ser entendidas como objectivos
mГ­nimos, podendo os intervenientes prever outras soluГ§Гµes diferentes, desde que devidamente
justificadas, tendo sempre em vista soluГ§Гµes tecnicamente mais evoluГ­das.
1.2
LINHAS GERAIS
A implementaГ§ГЈo das infra-estruturas ITUR deverГЎ ser feita de acordo com um projecto
elaborado por projectista credenciado, tendo em conta a legislaГ§ГЈo aplicГЎvel.
Nos espaГ§os e tubagens Г© interdita a instalaГ§ГЈo de equipamentos, tubagens, cablagens ou
dispositivos, que nГЈo se destinem a assegurar os serviГ§os previstos no Гўmbito das ITUR.
Todos os elementos constituintes da rede ITUR que pela sua natureza possam ser condutores
de fenГіmenos elГ©ctricos ou de radiofrequГЄncia, deverГЈo ter assegurada a ligaГ§ГЈo, de todas as
partes metГЎlicas acessГ­veis.
Todos os trabalhos de execuГ§ГЈo, ampliaГ§ГЈo ou alteraГ§ГЈo das ITUR, sГі poderГЈo ser feitos por
instaladores credenciados devendo, em qualquer circunstГўncia, ser salvaguardado o sigilo das
comunicaГ§Гµes.
Sempre que necessГЎrio os instaladores, o dono de obra e o director tГ©cnico da mesma, poderГЈo
pedir a presenГ§a do projectista, de forma a prestar todos os esclarecimentos solicitados.
Para que os trabalhos se desenvolvam de uma forma correcta e eficaz, deverГЈo ser realizados
com recurso ao uso de ferramentas especГ­ficas, de acordo com as especificaГ§Гµes e instruГ§Гµes
dos fabricantes.
pГЎg. 4
1.3
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O presente regulamento aplica-se Г s Infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes com suporte nas
tecnologias de cabo de pares de cobre, cabo coaxial e fibra Гіptica.
Em zonas histГіricas ou outras de protecГ§ГЈo patrimonial especial, de acordo com as disposiГ§Гµes
municipais, poderГЈo ser adoptadas soluГ§Гµes nГЈo constantes neste regulamento, mas que
poderГЈo ser consideradas vГЎlidas, desde que devidamente justificadas pelo projectista, atravГ©s
de declaraГ§ГЈo de responsabilidade de acordo com a lei, assumindo este a inteira
responsabilidade pelas soluГ§Гµes preconizadas.
1.4
DEFINIÇÕES
ACIDENTE DE TRABALHO: Г© o acontecimento que ocorre no local e tempo de trabalho, nГЈo
intencionalmente provocado, de carГЎcter anormal e inesperado, produzindo directa ou
indirectamente lesГµes corporais, perturbaГ§Гµes funcionais ou doenГ§a que resulte na reduГ§ГЈo da
capacidade de trabalho ou mesmo na morte.
AMBIENTE: conjunto das caracterГ­sticas especГ­ficas do meio envolvente.
Г‚NCORA: elemento metГЎlico colocado no fundo e nas paredes das cГўmaras de visita para
permitir que se puxem os cabos por processos mecГўnicos.
Г‚NGULO DE CURVATURA DE UM TUBO: Гўngulo suplementar do Г‚ngulo de Dobragem.
Г‚NGULO DE DOBRAGEM DE UM TUBO: Гўngulo medido entre o eixo do tubo antes da
dobragem e o eixo do tubo depois da dobragem, medido no sentido da forГ§a que a origina.
Г‚NGULO DE RETORNO: Гўngulo que deve ser deduzido ao Гўngulo de curvatura, devido ao
movimento de regressГЈo do eixo no sentido da sua posiГ§ГЈo inicial, por efeito de mola.
ARGOLA: o mesmo que Г‚ncora.
ARMГЃRIO EXTERIOR: conjunto de caixa, ou bastidor, estanque, fixada em pedestal e dos
dispositivos e equipamentos alojados no seu interior.
ARMГЃRIO: conjunto de uma Caixa ou de um Bastidor e dos respectivos equipamentos e
dispositivos alojados no seu interior.
ARO: elemento metГЎlico que circunda a entrada da cГўmara de visita e destinado a suportar a
tampa da mesma.
BARRA DE SUPORTE: elemento metГЎlico colocado nas paredes das cГўmaras de visita para
apoio dos suportes.
BASTIDOR: caixa metГЎlica, com porta e fecho por chave ou mecanismo de trinco inviolГЎvel,
com caracterГ­sticas modulares facilmente referenciГЎveis e geralmente prГ©-cablado.
BLOCO DE TUBAGEM: bloco com formaГ§ГЈo de tubagem incluindo a envolvente em cimento ou
areia.
CAIXA DE ENTRADA DE MORADIA UNIFAMILIAR (CEMU): caixa de acesso restrito para
ligaГ§ГЈo das tubagens de entrada de cabos em Moradias Unifamiliares, e onde estГЈo inseridos os
dispositivos de repartiГ§ГЈo ou transiГ§ГЈo.
CAIXA DE ENTRADA: caixa de acesso restrito para ligaГ§ГЈo das tubagens de entrada de cabos
nas ITED. NГЈo hГЎ lugar a repartiГ§ГЈo neste tipo de caixas.
CAIXA: elemento integrante das Redes de Tubagem, onde se alojam os dispositivos de
repartiГ§ГЈo e transiГ§ГЈo ou se efectua a distribuiГ§ГЈo/passagem ou a terminaГ§ГЈo de cabos.
pГЎg. 5
CALEIRA: espaГ§o para alojamento de cabos localizado no pavimento ou no solo, ventilado ou
fechado, com dimensГµes que nГЈo permitem a circulaГ§ГЈo de pessoas mas no qual os cabos
instalados sГЈo acessГ­veis em todo o seu percurso durante e apГіs a instalaГ§ГЈo.
CALHA: conduta para utilizaГ§ГЈo em instalaГ§Гµes Г vista, podendo ser compartimentada, que
dispГµe de tampa amovГ­vel e em que o processo de inserГ§ГЈo de cabos nГЈo inclui o enfiamento.
Nas Calhas compartimentadas, cada compartimento Г© equivalente a uma sub-conduta.
CГ‚MARA VISITA (CV): compartimento de acesso aos troГ§os de tubagem atravГ©s do qual Г©
possГ­vel instalar, retirar e ligar cabos e proceder a trabalhos de manutenГ§ГЈo.
CAMINHOS DE CABOS: elementos abertos para suporte, apoio e/ou protecГ§ГЈo de cabos num
sistema de encaminhamento de cabos.
COEFICIENTE DE FRICÇÃO: relação entre o peso de um objecto que desliza sobre outro e a
forГ§a que os mantГЄm em contacto numa situaГ§ГЈo de repouso (atrito).
CONDUTA: elemento de uma Rede de Tubagem constituГ­do por um invГіlucro alongado e
contГ­nuo, delimitador de um espaГ§o destinado ao encaminhamento de cabos. Uma Conduta
pode albergar vГЎrias condutas; nestas circunstГўncias, estas Гєltimas designam-se por subcondutas.
COORDENADOR EM MATÉRIA DE SEGURANÇA E SAÚDE: pessoa, singular ou colectiva,
nomeada pelo Dono da Obra para executar, as tarefas de coordenaГ§ГЈo relativas Г SeguranГ§a e
SaГєde.
COURETTE: Zona oca da construГ§ГЈo, vertical ou horizontal, dedicada Г passagem dos troГ§os
principais das redes colectivas de tubagem.
CUSTO: medida monetГЎria do consumo de recursos necessГЎrios Г execuГ§ГЈo de uma infraestrutura.
DEGRAU: elemento metГЎlico colocado nas paredes laterais das cГўmaras de visita para facilitar
o acesso Г s mesmas.
DIRECTOR DA OBRA: tГ©cnico que assegura a direcГ§ГЈo efectiva da Obra, incluindo o estaleiro.
DISPOSITIVO DE REPARTIÇÃO: dispositivo passivo para interligação entre cabos de
diferentes redes (mais de uma rede) e os cabos de uma rede determinada.
DISPOSITIVO DE TERMINAÇÃO DE REDE: Dispositivo para ligação de um cabo a um
equipamento terminal de utilizador.
DISPOSITIVO DE TRANSIÇÃO: dispositivo passivo para a interligação entre cabos de redes
distintas.
DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: Conjunto formal, explícito e completo de
documentos necessГЎrias Г execuГ§ГЈo de um projecto.
DONO DA OBRA: A pessoa, singular ou colectiva, por conta da qual a obra Г© realizada.
ELÉCTRODO DE TERRA: Corpo condutor ou conjunto de corpos condutores em contacto
Г­ntimo com o solo, garantindo uma ligaГ§ГЈo elГ©ctrica com este.
ELEMENTO DE SINALIZAÇÃO: É um elemento que acompanha um traçado de tubagem para
sinalizar a existГЄncia de infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes no subsolo.
ENGELHAMENTO: DeformaГ§ГЈo resultante da alteraГ§ГЈo do material na parte inferior do tubo, na
zona de dobragem.
EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI): É o conjunto dos meios e equipamentos
destinados ao uso pessoal e individual dos trabalhadores para protecГ§ГЈo contra possГ­veis riscos
pГЎg. 6
que podem colocar em causa a sua seguranГ§a ou saГєde no cumprimento de uma determinada
tarefa.
ESPAÇADEIRA: Elemento para posicionamento dos tubos a colocar na mesma secção do
traГ§ado de tubagem.
ESPAÇO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO (ETU) – espaço com acesso restrito
para a instalaГ§ГЈo de equipamentos e estabelecimento de ligaГ§Гµes, onde normalmente Г©
instalado o ATU (ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de UrbanizaГ§ГЈo).
ESPAÇO DE TELECOMUNICAÇÕES: Sala, compartimento, armário ou caixa de acesso restrito
para instalaГ§ГЈo de equipamentos e estabelecimento de interligaГ§Гµes com a Rede Exterior.
EXCENTRICIDADE: DeformaГ§ГЈo num tubo apГіs dobragem, expressa na medida do desvio dos
eixos da secГ§ГЈo exterior e interior do tubo.
EXEQUIBILIDADE: Atributo de um projecto pelo facto de ser passГ­vel de realizaГ§ГЈo com os
meios (materiais e humanos) disponГ­veis e de acordo com as regras estabelecidas.
FISCAL DE OBRA: Pessoa singular ou colectiva, por conta do dono de obra, encarregada do
controlo de execuГ§ГЈo da obra.
FORMAÇÃO DE TUBAGEM: Conjunto de tubos solidarizados entre si, normalmente instalados
no subsolo.
GALERIA: Compartimento ou corredor, contendo Caminhos de Cabos ou outros espaГ§os
fechados apropriados para passagem de cabos e suas ligaГ§Гµes e cujas dimensГµes permitem a
livre circulaГ§ГЈo de pessoas.
INCIDENTE: Um incidente Г© um acontecimento perigoso que ocorre, em circunstГўncias
semelhantes ao acidente de trabalho, como resultado de uma acГ§ГЈo ou inacГ§ГЈo, mas que nГЈo
origina quaisquer ferimentos ou morte.
INCLINAÇÃO: Relação, medida em percentagem, entre os pontos de maior e menor cota no
eixo do tubo, na vertical, ou entre as projecГ§Гµes dos mesmos pontos, em valor absoluto, na
horizontal.
INSTALAÇÃO EMBEBIDA: Diz-se da parte dos elementos de uma Rede de Tubagem
completamente inserida na construГ§ГЈo em que o acesso a estes elementos nГЈo Г© possivel sem
recurso Г destruiГ§ГЈo de material da construГ§ГЈo.
INSTALAÇÃO EMBUTIDA: Diz-se da parte dos elementos de uma Rede de Tubagem inserida
na construГ§ГЈo, mas acessГ­vel geralmente atravГ©s de uma abertura com tampa.
INSTALAÇÃO ENTERRADA: Tipo de instalação embebida ao nível do subsolo.
INSTALAÇÃO TEMPORÁRIA: Instalação preparada para a ligação às redes públicas por um
perГ­odo limitado, por nГЈo se justificar ou nГЈo ser possГ­vel a instalaГ§ГЈo da respectiva ITED ou
ITUR.
MEDIDAS DE PROTECÇÃO COLECTIVA: Medidas para protecção de um conjunto de
trabalhadores, com o intuito de reduzir os riscos que a esse grupo pode estar sujeito. Essas
medidas deverГЈo ser desencadeadas antes de se iniciar uma qualquer operaГ§ГЈo.
PEDESTAL: Suporte para fixaГ§ГЈo de armГЎrios exteriores, com interligaГ§ГЈo a uma cГўmara ou
caixa por intermГ©dio de tubos.
POLEIA: Elemento metГЎlico ou em fibra de vidro que pode ser de encaixe nas barras de suporte
ou de encastrar e que serve para posicionamento e suporte dos cabos e juntas no interior das
cГўmaras de visita.
pГЎg. 7
RAIO DE CURVATURA: Raio do arco da circunferГЄncia que se sobrepГµe ao arco do eixo do
tubo, correspondente a um Гўngulo com lados perpendiculares Г s partes rectas do tubo
adjacentes Г curva.
REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO: É a parte da rede de tubagem de uma Urbanização
que assegura a ligaГ§ГЈo entre a rede de condutas principal e o acesso a cada lote ou edifГ­cio.
REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL: Г‰ a parte da rede de tubagem de uma urbanizaГ§ГЈo que
garante o encaminhamento para aceder aos lotes e edifГ­cios dessa urbanizaГ§ГЈo e a
continuidade para servir outras ГЎreas de expansГЈo.
REDE DE TUBAGEM: Sistema de condutas, caminhos de cabos, caixas e armГЎrios destinado Г passagem, alojamento e terminaГ§ГЈo dos cabos facilitando o seu enfiamento ou aposiГ§ГЈo e
interligaГ§ГЈo.
REGRAS TÉCNICAS: Conjunto de princípios reguladores de um processo destinado à obtenção
de resultados considerados Гєteis para uma decisГЈo ou acГ§ГЈo de carГЎcter tГ©cnico.
REQUISITOS FUNCIONAIS: Aspectos particulares ou predicados a que uma infra-estrutura
deve obedecer de modo a possibilitar a realizaГ§ГЈo da funГ§ГЈo ou funГ§Гµes desejadas.
RISCO: Probabilidade da ocorrГЄncia de um determinado acontecimento involuntГЎrio, que pode
surgir em funГ§ГЈo das condiГ§Гµes de ambiente fГ­sico e do processo de trabalho, capazes de
provocar lesГµes Г integridade fГ­sica do trabalhador.
SALA TÉCNICA: Espaço de Telecomunicações em compartimento fechado, com porta e fecho
por chave, apropriado para alojamento de equipamento e estabelecimento de interligaГ§Гµes e
cujas dimensГµes permitem a permanГЄncia de pessoas.
SALA TÉCNICA PRINCIPAL DA URBANIZAÇÃO: sala técnica que contém o ATU.
SISTEMA DE GEORREFERENCIAÇÃO DE REDES DE TUBAGEM: Conjunto de informações
georreferenciadas por recurso a tГ©cnicas computacionais para elaboraГ§ГЈo de cadastros de
Redes de Tubagem.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA - SIG: Conjunto de ferramentas e procedimentos
computacionais para localizaГ§ГЈo espacial.
SUPORTE: O mesmo que Poleia.
TAMPA: Elemento metГЎlico revestido ou nГЈo com outro material e que se destina a vedar ou
permitir o acesso Г s cГўmaras de visita.
TAMPГѓO: AcessГіrio destinado a manter a estanquicidade dos tubos.
TOPOLOGIA: CritГ©rio de organizaГ§ГЈo espacial.
TROÇO DE TUBAGEM: Tubos entre duas câmaras de visita consecutivas ou entre uma câmara
de visita e um edifГ­cio ou um armГЎrio exterior.
TUBO COM PAREDES INTERIORES LISAS: Tubo cuja secГ§ГЈo tem o perfil interior uniforme.
TUBO CORRUGADO: Tubo cujo perfil da secГ§ГЈo na longitudinal nГЈo Г© uniforme.
TUBO MALEГЃVEL: Tubo que, podendo ser dobrado manualmente com uma forГ§a razoГЎvel, nГЈo
Г© adequado para dobragens frequentes.
TUBO RГЌGIDO: Tubo que nГЈo pode ser dobrado, ou que para ser dobrado carece de dispositivo
mecГўnico apropriado.
TUBO: Г© uma conduta de secГ§ГЈo circular destinada a instalaГ§Гµes embutidas, Г vista ou
enterradas, cujo processo de inserГ§ГЈo dos cabos Г© por enfiamento.
pГЎg. 8
UNIГѓO: AcessГіrio destinado a promover a ligaГ§ГЈo entre duas condutas consecutivas.
1.5
SIGLAS E ACRГ“NIMOS
ACR: “Attenuation to Crosstalk Ratio”. Relação entre atenuação e diafonia.
AM: “Amplitude Modulation”. Modulação em amplitude.
ATE: ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de EdifГ­cio.
ATI: ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes Individual.
ATU: ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de UrbanizaГ§ГЈo.
BER: “Bit Error Rate”.
BGT: Barramento Geral de Terras das ITED.
BPA: Bloco Privativo de Assinante.
CA: Corrente Alterna
C/N: “Carrier to Noise Ratio”. Relação portadora ruído.
CATV: “Community Antenna Television”.
CC: Cabo coaxial.
CCIR: ComitГ© Consultivo Internacional de RadiodifusГЈo.
CCTV: “Closed Circuit Television”. Circuito fechado de televisão.
CEMU: Caixa de Entrada de Moradia Unifamiliar.
CM: Coluna Montante.
CM-CC: Coluna Montante de Cabos Coaxiais.
CM-PC: Coluna Montante de Pares de Cobre.
COFDM: “Coded Orthogonal Frequency Division Multiplexing”.
CR: CabeГ§a de Rede.
CV: CГўmara de Visita.
DAB: “Digital Audio Broadcasting”.
DC: Corrente ContГ­nua.
DDC: Dispositivo de DerivaГ§ГЈo de Cliente.
DDE: Dispositivo de DistribuiГ§ГЈo de Corte e Ensaio.
DDS: Dispositivo de DistribuiГ§ГЈo Simples.
DSL: “Digital Subscriber Line”.
DST: Descarregador de SobretensГЈo para cabos coaxiais.
DTH: “Direct To Home”. Recepção Satélite Doméstica.
DTMF: “Dual-Tone Multi-Frequency”. Marcação multifrequência.
DVB-T: Digital Video Broadcasting – Terrestrial
DVSS: DomГіtica, Videoportaria e Sistemas de SeguranГ§a. Deriva de CCCB (Commands,
Controls and Communications in Buildings).
pГЎg. 9
ELFEXT: “Equal Level Far End Crosstalk Loss”.
EMC: “Electromagnetic Compatibility”. Compatibilidade Electromagnética.
EN: “European Norm”. Norma Europeia.
EPI: Equipamento de ProtecГ§ГЈo Individual.
ES: Entrada SubterrГўnea.
ETI: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes Inferior.
ETP: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes Privado.
ETS: EspaГ§o de TelecomunicaГ§Гµes Superior.
FA: FracГ§ГЈo AutГіnoma.
FI: FrequГЄncia IntermГ©dia.
FM: “Frequency Modulation”. Modulação em frequência.
FO: Fibra Г“ptica.
FTA: “Free To Air”.
FTP: “Foiled Twisted Pair”.
FTTH: “Fiber To the Home”.
FWA: Fixed Wireless Access.
ICP-ANACOM – ICP - Autoridade Nacional de Comunicações.
IS-LAN: Integrated Services – Local Area Network.
ITED: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em EdifГ­cios.
ITUR: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em UrbanizaГ§Гµes.
LAN: Local Area Network
LC: “Local Connector”. Conector local.
MATV: “Master Antenna Television”.
MICE: “Mechanical, Ingress, Climatic and chemical, Environmental”.Condições ambientais.
MPEG: “Moving Picture Experts Group”.
NEXT: “Near-End crosstalk loss”.
NICAM: “Near Instantaneous Companded Audio Multiplex”.
OM: “Multimode”. Fibra óptica multimodo.
ONT: “Optical Network Termination”. Terminação óptica de rede.
OS: “Single mode”. Fibra óptica monomodo.
OTDR: “Optical Time Domain Reflectometer”.
PAL: “Phase Alternating Line”.
PAT: Passagem AГ©rea de Topo.
PC: Par de Cobre.
PE: Material em polietileno, normalmente de cor preta, para utilizaГ§ГЈo em instalaГ§Гµes exteriores
PPCA: Posto Privado de ComutaГ§ГЈo AutomГЎtica.
pГЎg. 10
PSACR: “Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio”.
PSELFEXT: “Power Sum Equal Level Far End Crosstalk Loss”.
PSK: “Phase Shift Keying”.
PSNEXT: “Power Sum Near End Crosstalk Loss”.
PVC: Policloreto de vinilo.
QAM: “Quadrature Amplitude Modulation”.
QE: Quadro ElГ©ctrico.
QPSK: “Quadrature Phase Shift Keying”.
QSC: Quadro de ServiГ§os Comuns.
RC: Repartidor de Cliente.
RC-CC: Repartidor de Cliente de Cabo Coaxial.
RC-FO: Repartidor de Cliente de Fibra Г“ptica.
RC-PC: Repartidor de Cliente de Par de Cobre.
RDC: Redes de DistribuiГ§ГЈo por Cabo
RDIS: Rede Digital de IntegraГ§ГЈo de ServiГ§os
REF: RelatГіrio de Ensaios de Funcionalidade.
RF: Radio FrequГЄncia.
RG: Repartidor Geral.
RG-CC: Repartidor Geral de Cabo Coaxial.
RGE: Repartidor Geral do EdifГ­cio.
RG-FO: Repartidor Geral de Fibra Г“ptica.
RG-PC: Repartidor Geral de Par de Cobre.
RG-SCIE: Regulamento Geral de SeguranГ§a Contra IncГЄndio em EdifГ­cios.
RITA: Regulamento de Infra-estruturas TelefГіnicas de Assinante
RNG: Redes de Nova GeraГ§ГЈo.
RSICEE: Regulamento de SeguranГ§a das InstalaГ§Гµes Colectivas de EdifГ­cios e Entradas
RSIUEE: Regulamento de SeguranГ§a de InstalaГ§Гµes de UtilizaГ§ГЈo de Energia ElГ©ctrica
RT: RelatГіrio TГ©cnico.
RTIEBT: Regras TГ©cnicas das InstalaГ§Гµes ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo.
RU-CC: Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Cabo Coaxial
RU-FO: Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Fibra Г“ptica
RU-PC: Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo de Par de Cobre
SC/APC: “Subscriber Connector” / “Angled Physical Contact”.
SCIE: SeguranГ§a Contra IncГЄndio em EdifГ­cios.
SFT: – Serviço Fixo de Telefone
SFTP: “Screened Foiled Twisted Pair”.
pГЎg. 11
SIG: Sistema de InformaГ§ГЈo GeogrГЎfica.
SMATV: “Satellite Master Antenna Television”.
SSTP: “Shielded Twisted Pair”.
STP: “Screened Shielded Twisted Pair”.
TAP: Terminal Access Point
TC: Tap de Cliente
TCD: Tecnologias de ComunicaГ§ГЈo por DifusГЈo. Deriva de BCT (Broadcast and Communication
Technologies).
TCD-C: Tecnologias de ComunicaГ§ГЈo por DifusГЈo, em cabo coaxial. Deriva de BCT-C (coaxial).
TCD-PC: Tecnologias de ComunicaГ§ГЈo por DifusГЈo, em cabo de par de cobre. Deriva de BCT-B
(balanced).
TDT: TelevisГЈo Digital Terrestre.
TIC: Tecnologias de InformaГ§ГЈo e ComunicaГ§ГЈo. Deriva de ICT (Information and Communication
Technologies).
TP-PMD: Twisted Pair Physical Layer Medium Dependent.
TPT: Terminal Principal de Terra.
TR: “Technical Reports”. Relatório técnico.
TT: Tomada de TelecomunicaГ§Гµes.
TV: TelevisГЈo.
UHF: “Ultra High Frequency”.
UTP: “Unshielded Twisted Pair”.
VHF: “Very High Frequency”.
WLAN: Wireless Local Area Network
ZAP: Zona de Acesso Privilegiado.
1.6
FRONTEIRAS ITED/ITUR
A fronteira de tubagem na interligaГ§ГЈo entre as ITUR e as ITED Г©, obrigatoriamente, uma Caixa
de Visita (CV).
As fronteiras de cablagem das ITUR com as ITED sГЈo os primГЎrios dos Repartidores Gerais
(RG), ou os primГЎrios dos Repartidores de Cliente (RC) para o caso das moradias unifamiliares.
Os referidos dispositivos fazem parte dos edifГ­cios.
Na tabela seguinte estГЈo dimensionadas as fronteiras dos edifГ­cios, atravГ©s de tubagem
subterrГўnea.
Embora possam existir casos em que as ligaГ§Гµes dos edifГ­cios possa ser efectuado por galerias,
ou similares, elas sГЈo normalmente realizadas em tubos adequados Г instalaГ§ГЈo subterrГўnea,
pelo que importa caracterizar as suas caracterГ­sticas mГ­nimas.
pГЎg. 12
DIMENSIONAMENTO DAS LIGAÇÕES ÀS CV DOS EDIFÍCIOS, POR TUBOS
TIPO DE EDIFГЌCIO
TUBOS
Moradia unifamiliar
2 X Г�32
EdifГ­cios residenciais atГ© 8 FA
3 X Г�40
EdifГ­cios residenciais de 8 a 32 FA
3 X Г�50
EdifГ­cios residenciais de 32 a 64 FA
3 X Г�75
EdifГ­cios residenciais com mais de 64 FA
A definir pelo
projectista
EdifГ­cios de escritГіrios, comerciais, industriais e especiais
A definir pelo
projectista
Tabela 1 – Dimensionamento das Ligações às CV dos edifícios
1.6.1
ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES DE URBANIZAÇÃO - ATU
O elemento bГЎsico de qualquer rede de telecomunicaГ§Гµes Г© o Ponto de DistribuiГ§ГЈo (PD).
O PD caracteriza-se como sendo um local de uniГµes, derivaГ§Гµes e pontos de fronteira com
outras redes. Permite o manuseamento das ligaГ§Гµes, facilitando alteraГ§Гµes ao encaminhamento
dos sinais.
O PD tГ­pico de uma ITUR Г© o ATU (ArmГЎrio de TelecomunicaГ§Гµes de UrbanizaГ§ГЈo). Os ATU
poderГЈo estar integrados em Salas e Galerias TГ©cnicas, ArmГЎrios e Bastidores.
O esquema seguinte caracteriza, de uma forma genГ©rica, a lГіgica dos Pontos de DistribuiГ§ГЈo:
Para montante
PГєblica
Privada
HabitaГ§ГЈo
EscritГіrios
ComГ©rcio
IndГєstria
Especiais e
Mistos
Para jusante
Utilizador
UrbanizaГ§ГЈo
EdifГ­cios
Rede Colectiva
Operadores
ATU
ATE
Rede Individual
Equipamento
Terminal
ATI
Caixas de
aparelhagem
Figura 1- Esquema de ligaГ§Гµes a um edifГ­cio
pГЎg. 13
No caso da moradia unifamiliar, considere-se o esquema seguinte:
Para montante
Para jusante
PГєblica
Privada
Utilizador
UrbanizaГ§ГЈo
Operadores
Moradia
Rede Individual
ATU
CEMU
Equipamento
Terminal
ATI
Caixas de
aparelhagem
Figura 2- Esquema de ligaГ§Гµes a uma moradia
O ATU deverГЎ compreender as seguintes funГ§Гµes:
п‚·
De interligaГ§ГЈo ou passagem das redes pГєblicas de comunicaГ§Гµes electrГіnicas dos
diversos operadores;
п‚·
De interligação com a rede colectiva dos edifícios – ATE, e ATI ou CEMU no caso de
moradias.
O ATU deverГЎ ter acesso restrito.
O ATU estГЎ apto Г s trГЄs tecnologias previstas, designadamente:
п‚·
Par de cobre;
п‚·
Cabo coaxial;
п‚·
Fibra Гіptica.
Para cada uma das tecnologias referidas existirГЎ um Repartidor de UrbanizaГ§ГЈo (RU), com as
seguintes designaГ§Гµes:
 RU-PC – Repartidor de Urbanização de Par de Cobre, composto por:
п‚·
PrimГЎrio, da responsabilidade da entidade que ligar as redes da urbanizaГ§ГЈo Г s redes
pГєblicas, onde estiver inserido. PoderГЎ ser constituГ­do por rГ©gua de derivaГ§ГЈo de
cravamento simples, com oito condutores utilizГЎveis;
п‚·
SecundГЎrio, onde se ligam todas as redes de comunicaГ§Гµes independentes dos edifГ­cios
(primГЎrios dos respectivos RG-PC inseridos no interior do ATE ou rГ©gua de derivaГ§ГЈo de
cravamento simples na CEMU), que poderГЎ ser constituГ­do tambГ©m por rГ©gua de
derivaГ§ГЈo de cravamento simples, com oito condutores utilizГЎveis ou por conectores de
oito condutores do tipo RJ45, ou outra soluГ§ГЈo adequada;
п‚·
CordГµes, ou outros elementos, que garantam a interligaГ§ГЈo entre o primГЎrio e o
secundГЎrio, conectorizados para Cat.3.
pГЎg. 14
Sempre que o RU-PC for instalado em bastidores ou mini-bastidores, o que se recomenda, a
disposiГ§ГЈo destas unidades deve ser definida, descrita e desenhada pelo projectista.
 RU-CC – Repartidor de Urbanização de Cabo Coaxial:
Aqui inicia-se a rede de cabos coaxiais da urbanizaГ§ГЈo, num repartidor, numa uniГЈo para
interligaГ§ГЈo, ou num amplificador. ExistirГЎ 1 RU-CC obrigatГіrio, associado Г distribuiГ§ГЈo em
estrela da rede de CATV e outro opcional, por parte do projectista, estando associado ao
sistema de recepГ§ГЈo de MATV ou SMATV, se aplicГЎvel.
 RU-FO – Repartidor de Urbanização de Fibra Óptica:
O secundГЎrio do RU-FO deve ser projectado com uma estrutura de acopladores de fibra Гіptica,
para ligar cada fracГ§ГЈo autГіnoma, no mГ­nimo, com duas fibras.
A distribuiГ§ГЈo da rede colectiva de fibra Гіptica pode ser efectuada das seguintes formas:
п‚·
Cabo individual de cliente (drop) com ligaГ§ГЈo directa, ponto a ponto, do secundГЎrio do
RU-FO ao primГЎrio do RG-FO de cada edifГ­cio independente;
п‚·
Cabo com prГ©-conectorizaГ§ГЈo, apenas na terminaГ§ГЈo que vai ligar ao RG-FO;
п‚·
Cabo sem pré-conectorização, que obriga à fusão das fibras a “pigtails”, ou à sua ligação
mecГўnica;
п‚·
Cabo “riser”, desde que exista um número elevado de edifícios e desde que devidamente
justificado pelo projectista.
O espaГ§o do secundГЎrio do RU-FO deverГЎ ser protegido com tampa metГЎlica ou acrГ­lica, fixa
pelo meio mais adequado, de forma a impedir o acesso fГЎcil a pessoas nГЈo habilitadas.
Dada a especificidade e fragilidade dos componentes em questГЈo, os operadores podem optar
por se instalar no RU-FO com uma caixa prГіpria, fechada, que assegure a sua componente do
primГЎrio do RU-FO e se interligue aos acopladores de FO do SecundГЎrio do RU-FO, por cordГµes
de interligaГ§ГЈo Гіpticos.
Os RU fazem a fronteira, em termos de cablagem, entre as redes pГєblicas de comunicaГ§Гµes
electrГіnicas e a urbanizaГ§ГЈo, e estГЈo normalmente no interior do ATU.
A instalaГ§ГЈo dos ATU obedece Г especificidade de cada tipo de armГЎrio e incluirГЎ sempre a terra
de protecГ§ГЈo adequada.
O ATU constituirГЎ um ponto de acesso e derivaГ§ГЈo para as redes colectivas dos diversos
edifГ­cios. CaberГЎ ao projectista o seu dimensionamento em funГ§ГЈo da utilizaГ§ГЈo das vГЎrias
tecnologias previstas para o loteamento. O ATU deverГЎ estar interligado Г rede de tubagem da
urbanizaГ§ГЈo.
Os ATU devem disponibilizar circuitos de energia 230VAC, 50 Hz, para fazer face Г s previsГµes
das necessidades de alimentaГ§ГЈo. Devem ser disponibilizados, no mГ­nimo, um circuito com 4
tomadas com terra, do tipo Schuko. Os circuitos de tomadas deverГЈo estar protegidos por um
aparelho de corte automГЎtico adequado (sensГ­vel Г corrente diferencial residual de elevada
sensibilidade, imunizado de forma a evitar disparos intempestivos), localizado no quadro
elГ©ctrico de origem do circuito.
pГЎg. 15
O ATU poderГЎ conter, ainda, os repartidores gerais de par de cobre, cabo coaxial e fibra Гіptica,
designadamente nos condomГ­nios privados. Deste modo, os ATU deverГЈo ser dotados de
condiГ§Гµes de arrefecimento deste espaГ§o, preferencialmente por convecГ§ГЈo, ou por ventilaГ§ГЈo
forГ§ada.
Numa localizaГ§ГЈo exterior, o ATU deverГЎ ter um Г­ndice de protecГ§ГЈo adequado, sendo
recomendado um grau de protecГ§ГЈo contra a penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos menores do que
1mm, e inserГ§ГЈo de lГ­quidos associada Г projecГ§ГЈo de ГЎgua, e com um grau de protecГ§ГЈo
mecГўnica caracterizado por uma resistГЄncia Г compressГЈo de 1250 N, e uma resistГЄncia ao
choque de 6 J. DeverГЎ ser preferencialmente fabricado de material auto-extinguГ­vel, resistente
aos agentes quГ­micos, Г corrosГЈo e aos raios ultravioleta, em conformidade com a norma CEI
604395.
pГЎg. 16
2
CARACTERГЌSTICAS GERAIS DOS MATERIAIS
Todos os materiais a instalar nas ITUR devem estar de acordo com as normas em vigor, no que
toca Г qualidade e tipo de materiais usados no seu fabrico, devendo ser considerada a norma
ROHS (Restrictons Of certain Hazardous Substances). Os materiais e acessГіrios especГ­ficos a
utilizar nas ITUR deverГЈo ter e conservar, de forma durГЎvel, caracterГ­sticas mecГўnicas fГ­sicas e
quГ­micas adequadas Г s condiГ§Гµes ambientais a que estarГЈo submetidos quando instalados, e
nГЈo devem provocar perturbaГ§Гµes em outras instalaГ§Гµes. Para isso deverГЈo respeitar as
especificaГ§Гµes e normas nacionais e internacionais aplicГЎveis.
2.1
REDES DE TUBAGEM
A rede de tubagem de uma ITUR Г© constituГ­da por:
п‚„ TUBAGENS DE ACESSO: tubos de entrada na CГўmara de Entrada de Cabos (opcional) e
tubos de ligaГ§ГЈo entre esta e o ATU;
п‚„ REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL;
 REDE DE TUBAGEM DE DISTRIBUIÇÃO.
Os elementos constituintes das Redes de Tubagem de uma ITUR sГЈo:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
Tubos e AcessГіrios;
CГўmaras de Visita;
Bastidores e ArmГЎrios;
Salas TГ©cnicas;
Galerias.
A sua finalidade Г© a de assegurar a passagem dos cabos e o alojamento de equipamentos de
telecomunicaГ§Гµes, facultando a sua protecГ§ГЈo.
Entre as vantagens da sua construГ§ГЈo, destaca-se a facilidade de instalaГ§ГЈo e ampliaГ§ГЈo da
rede de cabos, evitando obras posteriores, a melhoria da qualidade pela facilidade de
manutenГ§ГЈo e a estГ©tica da urbanizaГ§ГЈo.
A seguranГ§a das telecomunicaГ§Гµes e a facilidade de acesso dos diversos operadores sГЈo,
igualmente, uma mais valia para os utentes da urbanizaГ§ГЈo.
Na figura seguinte, para alГ©m da tubagem das ITUR, visualiza-se tambГ©m a rede de tubagens
dos edifГ­cios constituintes da urbanizaГ§ГЈo.
Qualquer edifГ­cio, independentemente do seu local de construГ§ГЈo, estГЎ abrangido pelas
Prescrições e Especificações Técnicas das Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios –
Manual ITED.
pГЎg. 17
OPERADOR
TUBAGEM DE ACESSO
REDE DE TUBAGEM PRINCIPAL
URBANIZAÇÃO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
ITUR
REDES DE TUBAGENS
ATU
(CONDUTAS, CГ‚MARAS DE VISITA, ARMГЃRIOS)
1
REDE DE TUBAGEM DE
DISTRIBUIÇÃO
OPERADOR
TUBAGEM DE ACESSO
ATE
COLUNAS
REDE COLECTIVA
2
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
(CONDUTAS, CAIXAS E CAMINHOS DE CABOS)
EDIFГЌCIOS
DERIVAÇÕES
ITED
3
REDE INDIVIDUAL
ATI
(TUBOS, CALHAS, CAIXAS)
Figura 3 – Esquema geral da rede de tubagens de uma ITUR
2.1.1
TUBOS E ACESSГ“RIOS
Os tubos a utilizar devem ser os indicados no quadro seguinte:
MATERIAL
Polietileno de alta densidade
Politeraftalato de etileno
PolГ­mero reforГ§ado com fibra
Policloreto de vinil
DIГ‚METRO
NOMINAL
EXTERIOR (mm)
DESIGNAÇÃO
50
PEAD D50
110
PEAD D110
40 (tritubo)
TRIPEAD D40
32
PET D32
50
PET D50
63
PET D63
110
PET D110
110
FRP (referГЄncia comercial)
50
PVC D50
90
PVC D90
110
PVC D110
110
PVCI D110 (PVC modificado com resina)
Tabela 2 – Tabela com materiais constituintes das tubagens
pГЎg. 18
Salienta-se a designaГ§ГЈo de diГўmetro nominal dos tubos, que Г© equivalente ao diГўmetro
exterior. Esta designaГ§ГЈo coincide com o diГўmetro comercial.
DIГ‚METRO NOMINAL = DIГ‚METRO EXTERIOR = DIГ‚METRO COMERCIAL
O diГўmetro interior refere-se ao diГўmetro Гєtil, calculado de acordo com a fГіrmula dos
diГўmetros de tubagem.
DIГ‚METRO INTERIOR = DIГ‚METRO ГљTIL
2.1.1.1 TIPOS DE TUBOS
TUBO PVC – tubo rígido, com paredes exterior e interior lisas, com o diâmetro alargado numa
das extremidades para permitir a uniГЈo por abocardamento.
de
di
a
b
c
l
Figura 4 – Tubo PVC
TUBO FRP – tubo rígido com parede dupla, sendo a interior lisa e a exterior anelada, podendo
ter ou nГЈo uma extremidade alargada para permitir a uniГЈo por aborcadamento. O polГ­mero Г©
reforГ§ado com fibras de carbono ou de vidro.
pГЎg. 19
a
di
de
b
c
l
Figura 5 - Tubo FRP
TUBO PEAD – tubo rígido com paredes exteriores lisas.
TRITUBO PEAD – Conjunto de três tubos com o mesmo diâmetro, unidos solidariamente entre
si, com paredes exteriores lisas e interiores caneladas. Г‰ geralmente utilizado para instalaГ§ГЈo de
cabo de fibra Гіptica. As dimensГµes da figura seguinte sГЈo dadas em mm.
D=40
e
3,5
3
126
Figura 6 - Tritubo PEAD
TUBO PET – Tubo maleável com paredes lisas. É um material de recurso, que deve ser
utilizado apenas em situaГ§Гµes especiais, tais como a ligaГ§ГЈo entre cГўmara de visita e caixa ou
pedestais e quando existam obstГЎculos que aconselhem a utilizaГ§ГЈo do tubo PET, para a sua
transposiГ§ГЈo.
e
d
Figura 7 – Tubo PET
pГЎg. 20
Outras caracterГ­sticas dos tubos devem ser consideradas, tal como consta da tabela seguinte:
Tipos de TUBOS
Grau de ProtecГ§ГЈo
ClassificaГ§ГЈo
InstalaГ§ГЈo TГ­pica
Obs.
4431
Em BetГЈo
Verde
5531
Em PГі de Pedra
Preto
4431
Em BetГЈo
FRP
5531
Em PГі de Pedra
PVC
4431
Em BetГЈo
PVC reforГ§ado
5531
Em BetГЈo
PEAD (tubo)
PEAD (tritubo)
PET
PenetraГ§ГЈo de
corpos sГіlidos
inferiores a 1 mm
Tabela 3 – Outros tipos de tubos
2.1.1.2 PROCESSOS DE UNIГѓO DE TUBOS
As uniГµes a utilizar na rede de tubagem podem ser de dois tipos:
п‚„ Abocardamento macho/fГЄmea;
п‚„ AbraГ§o exterior por meio de acessГіrios, podendo a fixaГ§ГЈo ser por:
- Aperto;
- Electro-soldadura;
- Colagem.
NOTA: Em qualquer das soluГ§Гµes apontadas, deverГЎ ser garantida a estanquicidade das
uniГµes, atravГ©s de colagem ou de outros processos adequados.
Os acessГіrios destinados a promover a uniГЈo variam com o tipo de tubos:
TUBO PVC – A união dos tubos PVC é efectuada por abocardamento macho/fêmea, como
mostra a figura seguinte:
7 a 8 cm
Arestas a bolear Г lima
Figura 8 – União num Tubo PVC
TUBO FRP – A união destes tubos pode ser efectuada por dois processos:
- Abocardamento macho/fГЄmea, se os tubos estiverem providos de uma extremidade alargada,
como mostra a figura seguinte:
pГЎg. 21
85 -+
20 mm
Figura 9 - UniГЈo de um Tubo FRP
- UniГЈo prГіpria, em FRP, que abraГ§arГЎ exteriormente as duas extremidades dos tubos, como
indica a figura:
124 mm
Figura 10 – Dimensões da união de um Tubo FRP
di
D
e
TUBO PEAD – Os tubos de polietileno de alta densidade devem ser ligados através de
acessГіrios electro-soldГЎveis. As ligaГ§Гµes electro-soldГЎveis sГЈo caracterizadas pelo facto dos
acessГіrios, tambГ©m em PEAD, possuГ­rem resistГЄncias incorporadas que, por efeito de Joule,
fundem as camadas de material do acessГіrio e dos tubos.
L
Figura 11 – União dos Tubos PEAD
pГЎg. 22
Bornes de ligaГ§ГЈo Г corrente
FusГ­veis indicadores
da fusГЈo
BraГ§adeira de uniГЈo (sistemas de fusГЈo)
Figura 12 – Metodologia associada à electro-soldadura das uniões dos Tubos PEAD
TRITUBO PEAD – No caso do tritubo deverá evitar-se o mais possível a criação de uniões. No
entanto, caso sejam necessГЎrias, deverГЈo fazer-se recorrendo a:
п‚„ AcessГіrios electro-soldГЎveis, como referido para tubo PEAD;
п‚„ UniГµes de aperto mecГўnico, como o indicado na figura seguinte:
Figura 13 – Soluções para uniões de tritubos PEAD
Estas uniГµes de aperto mecГўnico deverГЈo ser:
п‚„ Em polietileno de alta densidade, ou outro material compatГ­vel;
п‚„ Com caracterГ­sticas adequadas a tubos de classificaГ§ГЈo 4431 (EN50086);
п‚„ Resistir aos agentes quГ­micos, em que 2,5 < pH <12,5.
2.1.1.3 ESPAÇADEIRAS
TUBO PVC – Quando o número de tubos a colocar na mesma secção for superior à unidade,
deverГЈo ser posicionados por acessГіrios prГ©-fabricados em betГЈo, que se designam por guias
ou espaГ§adeiras.
pГЎg. 23
As espaГ§adeiras prГ©-fabricadas possuem as seguintes caracterГ­sticas fГ­sicas:
ESPESSURA DAS GUIAS
60 mm
ESPESSURA DO BETГѓO ENTRE FUROS
20 mm
DIГ‚METRO DOS FUROS
115 mm
Tabela 4 – Dimensionamento das espaçadeiras
405
145
145
275
405
275
275
275
Figura 14 – Dimensionamentos das espaçadeiras para colocação de Tubos PVC
TUBOS FRP – Quando o número de tubos a colocar na mesma secção for superior à unidade,
deverГЈo ser posicionados por acessГіrios prГіprios para o efeito.
As espaГ§adeiras serГЈo funГ§ГЈo do nГєmero de tubos e com as caracterГ­sticas a seguir indicadas:
pГЎg. 24
B
d
A
H
A = 30 mm
B = 438 mm (consoante o n.Вє de tubos)
H = 188 mm
d = 110 mm
Figura 15 - Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocaГ§ГЈo de Tubos FRP
TUBO PEAD – Para solidarizar os blocos de tubagens deverão ser utilizadas espaçadeiras ou
pentes, com as caracterГ­sticas idГЄnticas Г s indicadas para os tubos FRP.
O material de que sГЈo constituГ­das Г© o polietileno de mГ©dia densidade.
TRITUBO PEAD – Quando se colocam tritubos sobrepostos deverão ser utilizadas espaçadeiras
para solidarizaГ§ГЈo dos mesmos, no sentido longitudinal.
Estes acessГіrios terГЈo que resistir aos agentes quГ­micos e possuir boa resistГЄncia mecГўnica.
O material constituinte Г© Г base de resinas polipropileno e as dimensГµes sГЈo as a seguir
referidas:
H
L
Figura 16 - Dimensionamentos das espaГ§adeiras para colocaГ§ГЈo de tritubos PEAD
pГЎg. 25
ESPAÇADEIRA para tritubo PEAD
H (mm)
L (mm)
Profundidade (mm)
70
127
35
Tabela 5 – Dimensionamento das espaçadeiras para tritubo
2.1.1.4 TAMPГ•ES
SГЈo elementos destinados a vedar os tubos, garantindo a sua estanquicidade.
TUBOS PEAD - As medidas do tampГЈo a utilizar devem estar em conformidade com o diГўmetro
do tubo.
12
10
c
a
05
2
b
Figura 17 - Desenho geomГ©trico dos dimensionamentos dos TampГµes para Tubos PEAD
Por exemplo: para um tubo PEAD Г�63, as dimensГµes do tampГЈo devem ser:
п‚„ a = 63mm;
п‚„ b = 88mm;
п‚„ c = 40mm.
TUBOS FRP – Os tubos serão vedados com tampão próprio para o efeito, podendo ser de
aplicaГ§ГЈo interior ou exterior na extremidade do tubo.
TUBO PVC – A vedação dos tubos pode ser efectuada com tampões de polietileno de média
densidade, usados em tubos PEAD.
TRITUBO PEAD – Todos os tubos deverão ser vedados com tampão. Para tal deverá deixar-se
a extremidade do tritubo saliente pelo menos 30cm.
Utilizam-se dois tipos de tampГµes:
pГЎg. 26
M6 x 55
Г� 27
Г� 42
Tampão tipo “macho”, tal como a figura seguinte:
40
44
Figura 18 - Dimensionamento dos Tampões tipo “macho” para tritubos PEAD
42
Tampão tipo “fêmea”, tal como a figura seguinte:
57
Figura 19 - Dimensionamento dos Tampões tipo “fêmea” para tritubos PEAD
O TampГЈo, uma vez aplicado, deve tornar o tubo estanque.
DeverГЎ ainda apresentar as seguintes caracterГ­sticas:
п‚„ ProtecГ§ГЈo contra a corrosГЈo;
п‚„ Ter gravado o diГўmetro nominal dos tubos a que se destina;
pГЎg. 27
п‚„ Suportar uma temperatura de serviГ§o -150C a +600C e uma humidade relativa entre 15% e
95%;
NOTA: PoderГЈo ser autorizados outros tipos de tampГµes, desde que obedeГ§am a estas
condiГ§Гµes e garantam a estanquicidade Г tubagem.
2.1.1.5 LOCALIZAÇÃO DAS TUBAGENS
A localizaГ§ГЈo das tubagens deverГЎ ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual serГЎ
elaborado tendo em conta os afastamentos mГ­nimos exigidos pela legislaГ§ГЈo em vigor e
condicionados por outras infra-estruturas existentes no local.
2.1.1.6 FITAS DE SINALIZAÇÃO
Todas as tubagens da infra-estrutura ITUR deverГЈo ser sinalizadas por meio de uma fita de
sinalizaГ§ГЈo de cor verde, 25 cm acima do bloco da formaГ§ГЈo.
2.1.2
CГ‚MARAS DE VISITA (CV)
As cГўmaras de visita classificam-se em CVCx (cГўmaras circulares), CVRx (cГўmaras de secГ§ГЈo
recta), CVIx (cГўmaras em I), CVLx (cГўmaras em L) e CVTx (cГўmaras em T).
As cГўmaras de visita podem ser construГ­das no prГіprio local, ou prГ©-fabricadas, mas terГЈo de
apresentar caracterГ­sticas iguais ou superiores aos mГ­nimos definidos no presente Manual ITUR.
2.1.2.1 TIPOS DE CГ‚MARAS DE VISITA
As cГўmaras CVLx e CVTx dispГµem de funil lateral. O x varia consoante as dimensГµes das CV,
conforme a tabela do quadro seguinte:
Capacidade Indicativa
Tipos de
CГўmaras
Rede
Tubos
por Face
UtilizaГ§ГЈo
Tritubo
Juntas Pares
Cobre
Juntas Fibra
Гіptica
CVC0
passagem
DistribuiГ§ГЈo
4
1
-
-
CVC1
passagem e
derivaГ§ГЈo
DistribuiГ§ГЈo
4
1
até 200”
1
CVR1a
passagem
DistribuiГ§ГЈo
4
1
-
-
CVR1b
passagem e
derivaГ§ГЈo
DistribuiГ§ГЈo
4
1
até 200”
1
CVR2
passagem e
derivaГ§ГЈo
DistribuiГ§ГЈo
4
2
2 até 200”
2
CVR3
passagem e
derivaГ§ГЈo
DistribuiГ§ГЈo
6
2
3 até 200”
2
CVI0
passagem e
derivaГ§ГЈo
Principal e
DistribuiГ§ГЈo
12
2
3
3
CVI1
passagem e
derivaГ§ГЈo
Principal e
DistribuiГ§ГЈo
16
3
4
4
CVL1
passagem e
derivaГ§ГЈo
Principal e
DistribuiГ§ГЈo
16
3
4
4
CVT1
passagem e
derivaГ§ГЈo
Principal e
DistribuiГ§ГЈo
16
3
4
4
pГЎg. 28
Tabela 6 – Dimensionamento das CV
DIMENSГ•ES MГЌNIMAS INTERIORES EM cm
CORPO
maior/menor
PГ© direito
(H)
CVC0
120/60
110
CVC1
120/60
160
TIPO CV
DiГўmetro
FUNIL LATERAL
Largura
(L)
Comprimento
(C)
PГ© direito
(H)
Largura
(L)
Comprimento
(C)
CVR1a
100
60
75
CVR1b
150/175
60
75
CVR2
100/150/175
75
120
CVR3
175
75
150
CVI0
190
120
180
CVI1
190
120
260
CVL1
190
190
305
190
125
65
CVT1
190
190
335
190
125
65
NOTA: Para as cГўmaras de visita CVCx, sГЈo definidas duas dimensГµes no diГўmetro (maior/menor), pois tГЄm o corpo cilГ­ndrico e a
chaminГ© tronco-cГіnica.
Tabela 7 – Dimensões mínimas interiores das CV
As lajes de cobertura sГЈo dimensionadas de acordo com o regulamento de seguranГ§a, que
define as cargas de trГЎfego que sГЈo:
п‚„ 100kN na faixa de rodagem;
п‚„ 20kN nos passeios.
A laje inferior deve possuir uma cavidade que permita retirar ГЎgua do interior da cГўmara, com as
seguintes dimensГµes mГ­nimas: 20cm de diГўmetro e 20cm de profundidade.
As CV deverГЈo ser pintadas interiormente com tinta plГЎstica branca, tГЄm que ser numeradas e a
numeraГ§ГЈo marcada:
п‚„ ГЂ entrada da CV, no lado oposto ao da colocaГ§ГЈo dos degraus.
п‚„ Por gravaГ§ГЈo no reboco e pintada com tinta preta.
As CV deverГЈo ser devidamente rebocadas com argamassa de cimento e areia ao traГ§o de 1:3 e
devem ser dotadas de Гўncoras, poleias e calhas de fixaГ§ГЈo dos cabos.
DeverГЈo ser dimensionadas, tendo em consideraГ§ГЈo os cabos a utilizar.
pГЎg. 29
Figura 20 – Caixa de Visita do tipo CVR1, pré-fabricada
CГ‚MARAS TIPO CVC
Este tipo de cГўmaras Г© construГ­do a partir dos seguintes elementos:
п‚„ Elemento tronco-cГіnico, prГ©-fabricado em betГЈo, diГўmetro superior 60 cm, inferior 100 cm,
altura 50 cm;
п‚„ Elemento cilГ­ndrico prГ©-fabricado em betГЈo, de diГўmetro 100 cm, altura 50cm. Estes deverГЈo
ser prГ© perfurados tendo em conta a configuraГ§ГЈo da infra-estrutura;
п‚„ Base drenante prГ©-fabricado em betГЈo, com diГўmetro 100 cm e altura 20 cm.
Topo
ChaminГ©
Topo
ChaminГ©
CГўmara tipo CVC0
Corpo
Corpo
Base
Base
CГўmara Visita CVC1
Figura 21 – Câmaras CVC
pГЎg. 30
CГ‚MARAS TIPO CVR
A face superior do corpo deve permitir a montagem de aros e tampas rectangulares.
Figura 22 - CГўmara CVR
As paredes podem ser em tijolo maciГ§o, em betГЈo, ou em bloco de betГЈo.
Se as cГўmaras forem construГ­das em betГЈo, deve utilizar-se o betГЈo da classe C20/25 e aГ§o
A400, quando fabricadas no local. Se forem prГ©-fabricadas deve utilizar-se um betГЈo no mГ­nimo
de classe C20/C25.
A espessura das paredes deve estar compreendida entre 10cm e 15cm.
CГ‚MARAS TIPO CVI
O corpo Г© composto por 4 faces constituindo um rectГўngulo, que Г© cortado junto aos vГ©rtices
formando outras 4 faces. A configuraГ§ГЈo possibilita o acompanhamento das curvaturas dos
cabos, tal como se mostra na figura seguinte:
Figura 23 - CГўmara CVI
pГЎg. 31
A figura seguinte mostra vista lateral e corte de cГўmara CVI:
VISTA LATERAL
Figura 24 – Vista lateral e corte das Câmaras CVI
CГ‚MARAS TIPO CVL
O corpo tem a forma semelhante ao das cГўmaras CVI, tendo incluГ­do um funil lateral. Este
permite a interligaГ§ГЈo de um terceiro troГ§o de tubagem, que Г© perpendicular aos outros dois
troГ§os de tubagem.
Figura 25 – Câmara do tipo CVL
CГ‚MARAS TIPO CVT
O corpo tem a forma semelhante Г das cГўmaras CVI, tendo incluГ­dos dois funis laterais no
mesmo extremo da cГўmara de visita. Esta cГўmara permite a interligaГ§ГЈo de quatro troГ§os de
tubagens, que sejam perpendiculares dois a dois:
pГЎg. 32
Figura 26 – Câmara do tipo CVT
CГ‚MARAS TIPO CVI, CVL e CVT
Nas cГўmaras tipo CVI, CVL e CVT, a laje superior deverГЎ possuir uma abertura ao centro de
80cm de diГўmetro, para permitir o acesso ao interior da cГўmara. A chaminГ© em forma de um
tronco de cone Г© construГ­da sobre a abertura da laje superior da cГўmara.
As paredes destas cГўmaras devem ser construГ­das em betГЈo armado. No entanto, podem ser
utilizados na sua construГ§ГЈo blocos de betГЈo maciГ§o desde que se garanta a estanquicidade e a
forma e dimensГµes interiores das cГўmaras.
A chaminГ© das cГўmaras deve ser construГ­da em elementos de betГЈo, cilГ­ndricos e troncocГіnicos, geralmente prГ©-fabricados. Na sua parte superior a chaminГ© fica com a forma dum
tronco de cone.
O fundo das cГўmaras de visita serГЎ constituГ­do por enrocamento de cascalho, com 0,15m de
espessura, coberto com um massa de betГЈo de C20/25 com 0,10m de espessura.
Quando a cГўmara Г© instalada a uma profundidade que nГЈo permita que o aro com tampa fique
ao nГ­vel do pavimento, a altura da chaminГ© deve ser ampliada. Esta ampliaГ§ГЈo pode fazer-se
com a instalaГ§ГЈo entre a abertura da cГўmara e a manilha, em forma de tronco de cone, de uma
manilha cilГ­ndrica, com as mesmas caracterГ­sticas da anterior e que permita uma plena
adaptaГ§ГЈo entre ela e a abertura da cГўmara.
Estas cГўmaras devem ser dotadas de placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha
de expansГЈo) aplicadas na parede da cГўmara.
A capacidade de alojar equipamentos passivos ou activos nas cГўmaras de visita depende das
dimensГµes desses equipamentos. Por princГ­pio deve privilegiar-se o alojamento dos referidos
equipamentos em armГЎrios, quer por aspectos de manutenГ§ГЈo quer de operaГ§ГЈo, quer mesmo
para maior protecГ§ГЈo dos mesmos.
A colocaГ§ГЈo de equipamentos activos nas cГўmaras sГі deve ser considerada como excepГ§ГЈo e
para equipamentos tele-alimentados.
Quando existam situaГ§Гµes de ramificaГ§ГЈo em mais de uma directriz principal, dever-se-ГЈo
utilizar as cГўmaras tipo L e T com as dimensГµes adequadas ao n.Вє de tubos e juntas previsto.
pГЎg. 33
2.1.2.2 FECHO DAS CГ‚MARAS
Para garantir o fecho de uma cГўmara, monta-se no seu topo o aro com a respectiva tampa ou
tampas. Para garantir o fecho das cГўmaras de visita do tipo CVC, CVI, CVL e CVT o aro, com a
respectiva tampa, deve ser ancorado no topo da chaminГ©.
O quadro seguinte, define as dimensГµes da tampa recomendada e a quantidade a utilizar em
cada um dos tipos de cГўmaras:
CГ‚MARA DE VISITA
DimensГµes da
tampa (cm)
N.Вє de tampas a
montar
Modo de montagem das
tampas
CVC0
D=60
1
N/A
CVC1
D=60
1
N/A
CVR1
CxL=75x30
2
Longitudinal
CVR2
CxL=75x30
4
Transversal
CVR3
CxL=75x30
5
Transversal
CVI, CVL e CVT
D=60
1
N/A
Nota importante: As tampas rectangulares poderГЈo ser sempre seccionadas, caso seja
necessГЎrio.
Tabela 8 – Dimensões das tampas das CV
Figura 27 – Tampa de caixa de visita do tipo CVR2
2.1.2.2.1
TAMPAS, LOCALIZAÇÃO E CARGAS ADMISSÍVEIS
O conjunto de tampa e aro metГЎlico, em ferro fundido, deve respeitar a Norma Portuguesa
NPEN 124, contendo a inscrição “Telecomunicações”.
pГЎg. 34
EN 124
CLASSE
CARGA DE RUPTURA [kg x 103]
A15
1,5
B125
12,5
C250
25
D400
40
Tabela 9 – Cargas de ruptura das tampas das CV
Ligação dos tubos às paredes de betão – Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das
CV na ligaГ§ГЈo dos tubos Г s paredes de betГЈo, deve ser utilizada a fita "Ultra - Seal 20 x 10 mm",
ou equivalente, envolvendo os tubos na espessura das paredes. Esta fita, em presenГ§a de
humidade expande, garantido a estanquicidade.
2.1.3
ARMГЃRIOS E PEDESTAIS
2.1.3.1 ARMГЃRIOS
Os armГЎrios sГЈo compartimentos onde sГЈo instalados os equipamentos activos e nГЈo activos de
telecomunicaГ§Гµes, recomendando-se que sejam construГ­dos em material metГЎlico ou polyester,
reforГ§ado a fibra de vidro, tendo as seguintes caracterГ­sticas:
п‚„ Auto-extinguГ­vel: resistente Г s chamas;
п‚„ Grau de protecГ§ГЈo: contra a penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos inferiores a 1 mm e contra a
penetraГ§ГЈo de lГ­quidos por jactos de ГЎgua;
п‚„ O painel superior deverГЎ ser plano e os painГ©is posterior e laterais lisos de forma a permitir
que estes sejam encostados por atrГЎs ou lado a lado;
п‚„ A instalaГ§ГЈo poderГЎ ser feita num maciГ§o de betГЈo, num maciГ§o de polyester, num poste ou
numa parede;
п‚„ As dimensГµes exteriores do corpo do armГЎrio (sem pedestal) nГЈo deverГЈo exceder:
140cm x 85cm x 45cm (altura x largura x profundidade).
п‚„ De forma a minorar a influГЄncia das condiГ§Гµes externas no interior do armГЎrio, o tecto, as
portas e as paredes exteriores deverГЈo ser duplas, ou seja, entre a face exterior e a face interior
deverГЎ existir uma caixa-de-ar;
п‚„ Devem existir grelhas ou respiradouros de ventilaГ§ГЈo nas paredes laterais exteriores, bem
como furaГ§ГЈo nas paredes laterais interiores, utilizando a tГ©cnica "labirinto", permitindo desta
forma as trocas de calor com o exterior;
п‚„ DeverГЈo ter o Г­ndice de protecГ§ГЈo mГ­nimo de IP65 e IK09, resistГЄncia Г corrosГЈo, dotados de
fechadura normalizada, ser da classe II de isolamento quando metГЎlicos, ou de material nГЈo
condutor.
pГЎg. 35
п‚„ Cada armГЎrio deverГЎ ser dotado, no seu interior, de um ligador amovГ­vel, o qual se interligarГЎ
ao elГ©ctrodo de terra de protecГ§ГЈo, por meio de um condutor com caracterГ­sticas mГ­nimas de
H07V-U G16 mm2, na cor verde/vermelho, ou em qualquer outra, desde que nГЈo exista
possibilidade de confusГЈo com qualquer outro tipo de cabo e desde que devidamente
identificado.
п‚„ O topo do elГ©ctrodo de terra deverГЎ ficar a um mГ­nimo de 80 cm de profundidade.
DeverГЎ ter-se em conta as disposiГ§Гµes regulamentares e as normas nacionais e europeias,
relativas Г utilizaГ§ГЈo e ocupaГ§ГЈo de espaГ§os pГєblicos com mobiliГЎrio urbano.
п‚„ O armГЎrio deve permitir um bom acesso ao seu interior, para operaГ§ГЈo, manutenГ§ГЈo e
instalaГ§ГЈo de equipamentos, devendo a porta ser provida de fechadura com chave com um
sistema de trinco em trГЄs pontos e de dispositivo (s) de bloqueio que impeГ§am o seu fecho pela
acГ§ГЈo do vento.
Perante questГµes de instalaГ§ГЈo na via pГєblica de equipamentos (espaГ§o ocupado e estГ©tica)
tГЄm de se considerar, como alternativa, armГЎrios embutidos.
2.1.3.1.1
LOCALIZAÇÃO DOS ARMÁRIOS
Os armГЎrios deverГЈo ser localizados e dimensionados de forma facilitar a distribuiГ§ГЈo das redes
de pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra Гіptica.
A sua instalaГ§ГЈo depende das caracterГ­sticas de cada tipo e das indicaГ§Гµes do fabricante.
2.1.3.2 PEDESTAIS
40
ImplantaГ§ГЈo do ArmГЎrio
Profundidade
= 350
150
480
VISTA FRONTAL
Figura 28 – Pedestal
Nas ITUR privadas os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armГЎrios
projectados, tendo em atenГ§ГЈo os dispositivos que se prevГЄem instalar.
Para as ITUR pГєblicas os pedestais deverГЈo ter dimensГµes adequadas aos armГЎrios, ficando
cerca de 150mm acima da superfГ­cie e possuГ­rem ligaГ§ГЈo Г CV, com pelo menos 3 tubos de
90mm e respectivas guias. Os pedestais devem ser munidos de espigГµes roscados (M16) com o
seguinte espaГ§amento: 240mm x 390mm.
O bloco de betГЈo, constituinte do pedestal destinado a cada armГЎrio, terГЎ as seguintes
caracterГ­sticas:
п‚„ O betГЈo deve ser de classe C20/25 e os tubos do tipo PET, devidamente boleados em ambos
os extremos;
pГЎg. 36
п‚„ A parte do pedestal abaixo da superfГ­cie deve possuir uma altura de pelo menos 40 cm, e
dispor de extremidade alargada para o exterior, de cerca de 5 cm, de modo a garantir a
estabilidade da estrutura.
DeverГЎ ser considerado um armГЎrio duplo (coaxial e fibra Гіptica e outro para pares de cobre
xDSL) por cada 256 fracГ§Гµes autГіnomas, se situadas a uma distГўncia, em cabo, nГЈo superior a
200m. Caso a distГўncia referida seja ultrapassada terГЎ de considerar-se outro armГЎrio para
servir esses casos.
2.1.4
BASTIDORES
A utilizaГ§ГЈo de bastidores em substituiГ§ГЈo das caixas normalizadas, serГЎ considerada sempre
que for construГ­da uma sala tГ©cnica.
A localizaГ§ГЈo dos RU e equipamentos a instalar em bastidores deve ser referenciada atravГ©s de
endereГ§os (normalizados ou a definir pelo projectista), de modo a facilitar a respectiva
identificaГ§ГЈo.
Assim, os bastidores devem ser explicitamente numerados da esquerda para a direita (se existir
mais do que um bastidor) e, em cada bastidor, deverГЈo estar identificados por ordem crescente
de cima para baixo e da esquerda para a direita, os respectivos mГіdulos.
DeverГЎ ser elaborado um diagrama, por cada bastidor, com referГЄncia aos respectivos mГіdulos
e posiГ§ГЈo dos equipamentos a instalar, bem como um diagrama da cablagem a efectuar.
A ligaГ§ГЈo da alimentaГ§ГЈo elГ©ctrica aos armГЎrios montados em bastidores deverГЎ ser efectuada
nos mГіdulos com referГЄncia mais baixa, isto Г©, na parte superior esquerda do bastidor.
A posiГ§ГЈo dos dispositivos e equipamentos instalados em cada bastidor deverГЎ estar identificada
atravГ©s de etiquetas.
2.1.5
GALERIAS TÉCNICAS
Consoante as dimensГµes da urbanizaГ§ГЈo, caracterГ­sticas e concentraГ§ГЈo dos edifГ­cios, poderГЎ o
projectista optar pela construГ§ГЈo de uma ou mais Galerias TГ©cnicas para acomodaГ§ГЈo de
caminhos de cabos, calhas e outros dispositivos constituintes da Rede de Cablagem da
urbanizaГ§ГЈo.
As Galerias TГ©cnicas a construir deverГЈo obedecer aos seguintes requisitos mГ­nimos:
- Acesso por porta ou portas acima do nГ­vel do solo, com abertura por chave desde o exterior e
sistema de abertura de seguranГ§a desde o interior.
- Na porta (ou portas) deverГЎ efectuar-se a marcaГ§ГЈo de forma indelГ©vel da palavra
“Telecomunicações”.
- Altura mГ­nima de 2,4m (1,8m livres para circulaГ§ГЈo de pessoas).
- Paredes rebocadas e pintadas com tinta plГЎstica.
- Cota que garanta que esta se encontra acima do nГ­vel freГЎtico.
- IluminaГ§ГЈo adequada a possibilitar a circulaГ§ГЈo de pessoas.
- InstalaГ§ГЈo elГ©ctrica com pelo menos um circuito de tomadas e um circuito de iluminaГ§ГЈo com
sistema de corte e protecГ§ГЈo.
- Sistema de ventilaГ§ГЈo adequado.
pГЎg. 37
2.1.6
SALAS TÉCNICAS
SГЈo EspaГ§os de TelecomunicaГ§Гµes constituГ­dos por compartimentos fechados, e com requisitos
apropriados para alojamento de equipamentos e dispositivos de interligaГ§ГЈo de cabos.
Os tipos e dimensГµes das Salas TГ©cnicas constam da tabela seguinte:
TIPO DE SALA
TÉCNICA
NВє DE FA OU
UNIDADES
DГЌMENSГ•ES MГЌNIMAS
[cm]
S0
atГ© 32
300 x 100
S1
de 33 a 64
300 x 200
S2
de 65 a 100
300 x 300
S3
mais de 100
600 x 300
Tabela 10 – Dimensões das Salas Técnicas
As dimensГµes referenciadas na tabela anterior estГЈo definidas, admitindo que a porta da Sala
TГ©cnica tem abertura para o exterior; caso isto nГЈo se verifique, deverГЎ ser considerada a
compensaГ§ГЈo da reduГ§ГЈo do espaГ§o equivalente Г abertura da porta.
Porta a abrir
para o
exterior da ST
VentilaГ§ГЈo
Porta a abrir para o
interior da ST (requer
compensaГ§ГЈo de
espaГ§o)
VentilaГ§ГЈo
Extintores
Figura 29 – Desenhos de plantas esquemáticas das salas técnicas
A construГ§ГЈo de Salas TГ©cnicas dependerГЎ da especificidade da urbanizaГ§ГЈo e cabe ao
projectista decidir-se pela sua existГЄncia.
As Salas TГ©cnicas devem obedecer aos seguintes requisitos mГ­nimos:
п‚„ Altura mГ­nima de 2,2 m;
п‚„ Paredes rebocadas e pintadas com tinta plГЎstica;
 Marcação na porta de forma indelével da palavra “Sala Técnica de Telecomunicações”;
п‚„ Sistema de ventilaГ§ГЈo;
pГЎg. 38
п‚„ Cota que garanta que esta se encontra acima do nГ­vel freГЎtico;
п‚„ Revestimento do chГЈo com caracterГ­sticas anti-estГЎticas;
п‚„ IluminaГ§ГЈo adequada Г execuГ§ГЈo de trabalhos que exijam esforГ§o visual prolongado;
п‚„ InstalaГ§ГЈo elГ©ctrica com pelo menos um circuito de tomadas e um circuito de iluminaГ§ГЈo com
sistema de corte e protecГ§ГЈo;
Considera-se ainda, com carГЎcter de recomendaГ§ГЈo, que na construГ§ГЈo das Salas TГ©cnicas
seja considerado:
п‚„ Ambiente controlado, de modo a garantir uma temperatura entre 18Вє e 24ВєC e uma humidade
relativa entre 30% e 55%;
п‚„ Um extintor;
п‚„ Porta dupla;
п‚„ Caixa de Entrada de Cabos localizada na Sala TГ©cnica.
Se na urbanizaГ§ГЈo existirem mais de 64 fracГ§Гµes autГіnomas (FA), sem contar com aqueles que
eventualmente jГЎ estejam abrangidos por sala tГ©cnica a nГ­vel do edifГ­cio, Г© obrigatГіrio que exista
uma sala tГ©cnica.
Nas urbanizaГ§Гµes privativas Г© aconselhГЎvel que as salas tГ©cnicas dos diversos edifГ­cios possam
localizar-se numa sala tГ©cnica da urbanizaГ§ГЈo, se os projectos da cablagem e equipamentos
assim o permitirem.
Sempre que por imperativos de dimensГЈo ou de tipo de topologia seja necessГЎrio, poderГЎ existir
mais de uma sala tГ©cnica numa urbanizaГ§ГЈo, mas cada fracГ§ГЈo autГіnoma e cada unidade
apenas pertencerГЈo a uma delas. DeverГЎ ter-se sempre em atenГ§ГЈo ao isolamento ao frio e ao
calor e Г necessidade de possuir diversas formas de ventilaГ§ГЈo mecГўnica ou elГ©ctrica, com
auxГ­lio de um sistema de energia autГіnoma, dentro do possГ­vel.
A opГ§ГЈo pela construГ§ГЈo de Salas TГ©cnicas numa urbanizaГ§ГЈo, obriga a que o ATU seja
instalado numa delas passando esta a designar-se por Sala TГ©cnica Principal da UrbanizaГ§ГЈo.
2.2
2.2.1
REDES DE CABOS (CABLAGEM)
CABOS DE PARES DE COBRE
DeverГЈo sempre ser utilizados cabos isolados a polietileno dos tipos TE1HE, T1EG1HE ou com
caracterГ­sticas tГ©cnicas similares Г s indicadas nas tabelas seguintes e para utilizaГ§ГЈo em redes
telefГіnicas exteriores, em ligaГ§Гµes locais, como as ligaГ§Гµes entre os assinantes e central.
Como caracterГ­sticas tГ©cnicas gerais serГЎ de referir, que ambos os cabos possuem condutor em
cobre nu e macio; cinta; fio de rasgar; blindagem estanque em fita de alumГ­nio/polietileno e
bainha de polietileno.
O cabo do tipo T1EG1HE, possui ainda isolamento de polietileno celular (Foam-Skin) e
enchimento de geleia.
SerГЎ sempre de observar a nomenclatura dos cabos telefГіnicos metГЎlicos, que utiliza as
seguintes referГЄncias:
•
Cabo de telecomunicaГ§Гµes: TVHV;
•
Condutor: TVHV, TKVD e T1KV;
•
Isolamento: TVHV, TE1HE e T1EG1HE;
pГЎg. 39
•
Cabos paralelos: TKVD;
•
Enchimento: T1EG1HE;
•
Blindagem: TVHV, TE1HE e T1EG2HE;
•
Bainhas: TVHV e TE1HES;
•
Armadura: TE1HEAE e TE1HE2AES;
2.2.1.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE:
TE1HE
T1EG1HE
DiГўmetro exterior aproximado em mm
NГєmero de pares
DiГўmetro do condutor (mm)
0,6
0,9
10
10,5 / 12,0
14,0 / 15,5
20
13,0 / 14,5
17,5 / 19,0
30
15,0 / 16,5
21,0 / 22,5
50
18,0 / 19,5
25,5 / 27,0
100
24,5 / 26,0
34,5 / 36,0
150
29,0 / 30,5
42,0 / 43,5
200
33,0 / 34,5
48,0 / 49,5
300
39,0 / 41,5
56,5 / 59,0
400
45,0 / 47,5
-
600
54,0 / 56,5
-
800
62,0 / 64,5
-
1000
68,5 / 71,0
-
Tabela 11 – Características dimensionais dos cabos de pares de cobre TE1HE e T1EG1HE
pГЎg. 40
Cor do isolamento
NГєmero do par
Cor da identificaГ§ГЈo
Condutor A
Condutor B
Subunidade NВє
Cor
1
Branco
Azul
1
Azul
2
Branco
Laranja
2
Laranja
3
Branco
Verde
3
Verde
4
Branco
Castanho
4
Castanho
5
Branco
Cinzento
5
Cinzento
6
Vermelho
Azul
6
Branco
7
Vermelho
Laranja
7
Vermelho
8
Vermelho
Verde
8
Preto
9
Vermelho
Castanho
9
Amarelo
10
Vermelho
Cinzento
10
Violeta
As unidades de 50 e 100 pares sГЈo formadas respectivamente por 5 e por 10 subunidades de 10 pares.
Tabela 12 – Código de cores dos pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE
Tipo de Cabo
TE1HE
T1EG1HE
DiГўmetro do condutor mm
0,6
0,9
ResistГЄncia mГЎxima do condutor a 20п‚° пЂ пЃ—/km
66,6
29
MГ©dia*
55
55
Individual
64
64
400
270
Capacidade efectiva mГЎxima
nF/km
DesequilГ­brio capacitivo mГЎximo entre dois quaisquer pares, pF/km
(*) NГЈo aplicГЎvel a cabos atГ© 20 pares.
ResistГЄncia de isolamento mГ­nima: 5 000 MпЃ—.km
Tabela 13 – Características eléctricas dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE
Tipo de Cabo
TE1HE
T1EG1HE
DiГўmetro do condutor mm
0,6
0,9
ImpedГўncia caracterГ­stica a 800 Hz пЃ—
600
400
AtenuaГ§ГЈo a 800 Hz пЃ—пЂ dB/km
1,3
0,84
Tabela 14 – Características de transmissão dos cabos de pares de cobre do tipo TE1HE e T1EG1HE
pГЎg. 41
2.2.2
CABOS COAXIAIS
Para uma completa caracterizaГ§ГЈo dos cabos coaxiais a considerar nas ITUR, deverГЈo
considerar-se as topologias de rede adoptadas, bem como o tipo de rede.
A rede correspondente da tecnologia Coaxial numa ITUR privada desenvolver-se-ГЎ numa
soluГ§ГЈo Estrela, ГЃrvore (ou derivaГ§ГЈo) ou Mista, sendo critГ©rio e responsabilidade do projectista
a selecГ§ГЈo da opГ§ГЈo mais adaptada Г s necessidades da ITUR.
Para o desenvolvimento desta infra-estrutura o projectista deverГЎ prever a utilizaГ§ГЈo de pelo
menos trГЄs tipos de cabo coaxial e nunca colocar fora de hipГіtese a possibilidade de utilizaГ§ГЈo
de fibra monomodo, sobretudo quando o nГєmero de fogos for superior a 256 unidades.
Os trГЄs tipos de cabo coaxial estarГЈo, cada um deles, associados a partes da rede que se
designam como:
 Rede Principal (cabo coaxial principal) – Troço coaxial limitado a montante pelo
ATU (CR1) e a jusante pelos Amplificadores de DistribuiГ§ГЈo.
 Rede Distribuição (cabo coaxial de distribuição) – Troço coaxial limitado a
montante pelo Amplificador de DistribuiГ§ГЈo e a jusante por derivadores.
 Linha de Chegada (cabo coaxial de chegada) – Troço coaxial limitado a montante
pelo derivador e a jusante pela CEMU, ou pelo ATE.
Linha de Chegada
Figura 30 – Esquema geral da rede coaxial numa urbanização
CaracterizaГ§ГЈo dos Cabos Coaxiais
ApГіs a estruturaГ§ГЈo da rede coaxial, Г© da competГЄncia do projectista a selecГ§ГЈo dos cabos
coaxiais que melhor se adaptem Г soluГ§ГЈo a conceber. PoderГЎ considerar-se a utilizaГ§ГЈo dos
trГЄs tipos de cabo acima referidos e associados a cada uma das redes.
pГЎg. 42
NГЈo Г© objectivo do presente Manual ITUR particularizar cada um dos cabos acima referidos,
mas sim dar indicaГ§Гµes ao projectista de como seleccionar, no mercado, os cabos que necessita
para implementar a sua soluГ§ГЈo.
п‚„ Cabo Coaxial Principal, faz parte da Rede Principal e deverГЎ possuir as seguintes
caracterГ­sticas:
п‚· DiГўmetro exterior superior ao dos cabos de DistribuiГ§ГЈo e Linha de Chegada;
 Admite directamente conectores tipo 5/8”;
п‚· AtenuaГ§ГЈo aos 860 MHz igual ou inferior a 0,08dB/m;
п‚· Admite a passagem de corrente alternada atГ© 10A a 60VCA;
п‚· Instalado em troГ§os que poderГЈo atingir 200m ou mais, sendo pontualmente cortado
pela incorporaГ§ГЈo de Acopladores, Repartidores, ou Amplificadores, com os quais terГЎ
que ser compatГ­vel;
п‚· Cumprimento das especificaГ§Гµes Classe A, apresentando uma cobertura de malha
superior a 70% ou blindagem tubular;
п‚· Total compatibilidade com elementos terminais, como por exemplo Tomadas Coaxiais.
п‚· Cobertura exterior em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcado de
forma indelГ©vel, metro a metro com:
o
Nome do Fabricante e ReferГЄncia;
o
Data fabrico (semana e ano no mГ­nimo);
o
Comprimento.
п‚„ Cabo Coaxial de DistribuiГ§ГЈo, fazendo parte de um troГ§o intermГ©dio, da ligaГ§ГЈo entre
Amplificadores de DistribuiГ§ГЈo e Derivadores, deverГЎ ter as seguintes caracterГ­sticas:
п‚· DiГўmetro exterior superior aos dos cabos de Linha de Chegada e inferior aos dos
cabos Troncais;
 Admite directamente conectores tipo 5/8” e também conectores tipo “F”;
п‚· AtenuaГ§ГЈo aos 860 MHz igual ou inferior a 0,13dB/m;
п‚· Admite passagem de corrente alterna atГ© 10A a 60VCA;
п‚· InstalaГ§ГЈo em troГ§os que poderГЈo atingir 100 m entre acessГіrios, tais como
Amplificador de DistribuiГ§ГЈo e Derivadores;
п‚· Cumprimento das especificaГ§Гµes Classe A, apresentando uma cobertura de malha
superior a 70%;
п‚· Total compatibilidade com elementos terminais, como por exemplo Tomadas Coaxiais;
п‚· Cobertura exterior em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo marcado metro
a metro com:
o
Nome do Fabricante e ReferГЄncia;
o
Data fabrico (semana e ano no mГ­nimo);
o
Comprimento.
pГЎg. 43
п‚„ Cabo Linha de Chegada, faz parte de um troГ§o terminal de rede. Normalmente ligarГЎ uma
saГ­da de um derivador da rede de distribuiГ§ГЈo ao acessГіrio da rede coaxial que se encontra no
ATI ou no ATE. ApresentarГЎ as seguintes caracterГ­sticas:
п‚· DiГўmetro exterior inferior aos restantes dois tipos de cabo coaxial acima definidos;
 Admite directamente conectores tipo tipo “F” ou outros tipos de conectores associados
a dispositivos coaxiais, como os existentes nas Tomadas Coaxiais;
п‚· AtenuaГ§ГЈo aos 860 MHz igual ou inferior a 0,18 dB/m;
п‚· InstalaГ§ГЈo em troГ§os que muito dificilmente poderГЈo atingir os 100 m entre acessГіrios;
п‚· Cumprimento das especificaГ§Гµes Classe A, apresentando uma cobertura de malha
superior a 70%;
п‚· Cabo cuja cobertura exterior seja em PE, cobrindo uma camada de Petro Gel, sendo
marcada de forma indelГ©vel metro a metro com:
o
Nome do Fabricante e ReferГЄncia;
o
Data fabrico (semana e ano no mГ­nimo);
o
Comprimento.
O projectista pondera a utilizaГ§ГЈo dos tipos de cabo observando obrigatoriamente a relaГ§ГЈo
custo/benefГ­cio que resultarГЎ da utilizaГ§ГЈo, uma vez que o cabo coaxial terГЎ sempre associado
os seguintes factores:
 Atenuação – A atenuação é inversamente proporcional à dimensão do cabo (diâmetro
do condutor central e diГўmetro do condutor externo), ou seja, quanto maior for o
diГўmetro menos atenuaГ§ГЈo introduz. Quanto mais elevada for a atenuaГ§ГЈo mais
sistemas de reamplificaГ§ГЈo terГЈo que ser utilizados;
п‚· Conectores - SerГЈo tanto maiores e mais caros quanto maior for o diГўmetro do cabo
coaxial;
 Raio de Curvatura – Com influência directa na escolha das caixas e armários, será
tanto maior quanto o aumento do diГўmetro externo do cabo coaxial.
2.2.3
CABOS DE FIBRA Г“PTICA
Esta tecnologia tem largas vantagens na sua utilizaГ§ГЈo, como sejam a transmissГЈo de grandes
quantidades de informaГ§ГЈo (voz e dados em banda larga) rapidamente e de forma mais fiГЎvel,
insensibilidade Г s interferГЄncias elГ©ctricas; menor peso e menor ocupaГ§ГЈo de espaГ§o.
Os cabos de fibra Гіptica sГЈo definidos em termos da sua construГ§ГЈo fГ­sica (diГўmetros de
nГєcleo/bainha) e categoria. As fibras Гіpticas utilizadas em determinado canal de transmissГЈo
devem ter a mesma especificaГ§ГЈo tГ©cnica de construГ§ГЈo e pertencerem Г mesma categoria.
Todos os cabos de fibra Гіptica a serem utilizados nas redes de cablagem das ITUR devem
cumprir os requisitos da norma EN60794-1-1.
pГЎg. 44
3
PROJECTO
3.1
CONSIDERAÇÕES GERAIS
As regras a seguir referidas tГЄm por objectivo estabelecer procedimentos normalizados no que
diz respeito aos projectos das redes ITUR. Estes procedimentos devem estar de acordo com a
legislaГ§ГЈo (Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio) e com as normas europeias aplicГЎveis.
A elaboraГ§ГЈo de um projecto Г© apoiada num conjunto de metodologias e regras com o objectivo
de concretizar a satisfaГ§ГЈo de necessidades funcionais especГ­ficas
Na figura seguinte estГЎ representado o diagrama do processo associado Г elaboraГ§ГЈo de um
projecto.
Custos
DocumentaГ§ГЈo Geral do
Projecto
MГ©todo
PROJECTO
Regras
Dados e Requisitos
Funcionais
Ambiente
Exequibilidade
Condicionantes
Figura 31 – Diagrama de um processo associado à elaboração de um projecto
LEGENDA:
DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS: aspectos particulares a que uma infra-estrutura deve
obedecer, de modo a possibilitar a realizaГ§ГЈo das funГ§Гµes desejadas, definidas em reuniГЈo prГ©via
com o dono de obra.
EXEQUIBILIDADE: atributo de um projecto pelo facto de ser passГ­vel de realizaГ§ГЈo com os meios
(materiais e humanos) disponГ­veis e de acordo com as regras estabelecidas.
AMBIENTE: conjunto das caracterГ­sticas especГ­ficas do meio envolvente, de acordo com as
ClassificaГ§Гµes Ambientais MICE.
CUSTOS: valor do consumo de recursos tГ©cnicos e materiais, incluindo a mГЈo-de-obra,
necessГЎrios Г execuГ§ГЈo de uma infra-estrutura.
REGRAS TÉCNICAS: conjunto de princípios reguladores de um processo, destinado à obtenção
de resultados considerados Гєteis para uma decisГЈo ou acГ§ГЈo de carГЎcter tГ©cnico.
MÉTODO: princípios de boas práticas de engenharia, com vista à simplificação dos processos e
eficГЎcia funcional.
pГЎg. 45
DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO: conjunto formal, explícito e completo de documentos
necessГЎrios Г execuГ§ГЈo de um projecto.
A classificação das ITUR, engloba-se na definição de “Redes de Comunicações”, como definido
na secГ§ГЈo XV, Artigos 169, 170, 171, 172, 173 e 174 da Portaria n.Вє 701-H/2008, de 29 de Julho
e “Instalações, Equipamentos e Sistemas de Comunicação”. Para efeitos do presente Manual
considera-se que o termo “projecto de execução” é equivalente a “projecto”.
3.2
CONDICIONANTES
Um projecto ITUR Г© desenvolvido a partir da avaliaГ§ГЈo dos requisitos funcionais e dos seguintes
tipos de condicionalismos:
- Exequibilidade tГ©cnica (meios, tecnologias, etc.);
- Classe ambiental associada Г utilizaГ§ГЈo dos materiais e equipamentos;
- Custo dos materiais e da execuГ§ГЈo.
3.2.1
EXEQUIBILIDADE
Os principais factores (lista nГЈo exaustiva) que podem ter implicaГ§Гµes em termos de
exequibilidade de um projecto sГЈo:
- Disponibilidade de materiais e ferramentas;
- Г‚mbito do Projecto;
- Posicionamento (Principal, DistribuiГ§ГЈo);
- Tecnologias disponГ­veis;
- ProtecГ§ГЈo (Sigilo, SeguranГ§a, etc);
- RestriГ§Гµes Regulamentares;
- Necessidade de prever alimentaГ§ГЈo em energia;
- Durabilidade;
- Tempo e facilidade de execuГ§ГЈo;
- Rastreabilidade;
- Facilidade de VerificaГ§ГЈo e Ensaio;
- ExistГЄncia de obstГЎculos no subsolo.
Estes factores devem ser considerados nas diferentes fases de uma ITUR:
- Projecto, instalaГ§ГЈo e utilizaГ§ГЈo/manutenГ§ГЈo
Todas as restrições em termos de „exequibilidade‟ devem constar da Memória Descritiva, bem
como as soluГ§Гµes encontradas para as ultrapassar.
3.2.2
AMBIENTE
No que se refere Г s condicionantes ambientais, ver o ponto 103 (classes ambientais).
Especial atenГ§ГЈo deve ser dada no caso de solos sulfurosos, especificando o emprego de
materiais resistentes a este tipo de ambientes.
pГЎg. 46
A rede de tubagens deve ser subterrГўnea, procurando evitar-se a construГ§ГЈo de tubagens em
zonas de nГ­vel freГЎtico elevado.
3.2.3
CUSTOS
Os condicionalismos associados aos custos dos materiais e da execuГ§ГЈo, tГЄm normalmente um
impacto relevante na elaboraГ§ГЈo de um projecto.
Assim, para a avaliaГ§ГЈo do factor custo/benefГ­cio, o projectista deverГЎ elaborar uma tabela com
as diferentes alternativas possГ­veis e o custo associado a cada uma delas, bem como a relaГ§ГЈo
com os outros factores condicionantes, se existirem.
3.2.4
CLASSIFICAÇÃO DOS TÉCNICOS RESPONSÁVEIS
A responsabilidade pela elaboraГ§ГЈo do projecto, pela execuГ§ГЈo e pela fiscalizaГ§ГЈo de infraestruturas telecomunicaГ§Гµes em urbanizaГ§Гµes, face Г s exigГЄncias tГ©cnicas do mesmo, deverГЎ
ser assumida por projectistas, com competГЄncia reconhecida por associaГ§ГЈo pГєblica
profissional, OE – Ordem dos Engenheiros ou ANET – Associação Nacional dos Engenheiros
TГ©cnicos, de acordo com o grau de complexidade e categoria da obra em questГЈo, atravГ©s de
termo de responsabilidade.
3.3
DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS
As informaГ§Гµes mГ­nimas necessГЎrias Г elaboraГ§ГЈo de um projecto ITUR, sГЈo:
п‚„ LocalizaГ§ГЈo da urbanizaГ§ГЈo e possГ­veis zonas de expansГЈo;
п‚„ Tipos de edifГ­cios e respectivas utilizaГ§Гµes;
п‚„ Levantamento topogrГЎfico e caracterГ­sticas do terreno;
п‚„ Planta com arruamentos e acessibilidades.
3.4
METODOLOGIA
A elaboraГ§ГЈo de um projecto ITUR deve ser realizada em quatro fases:
Fase 1: Analisar os requisitos funcionais e condicionantes do projecto.
Fase 2: Definir os pontos de entrada/saГ­da das redes de telecomunicaГ§Гµes na urbanizaГ§ГЈo,
tendo em linha de conta a localizaГ§ГЈo actual e prevista das redes dos operadores, e zonas de
expansГЈo futura adjacentes Г urbanizaГ§ГЈo.
Fase 3: Efectuar os cГЎlculos necessГЎrios ao dimensionamento dos cabos de entrada nos
edifГ­cios constituintes da urbanizaГ§ГЈo. Estabelecer as directrizes da Rede de Tubagem Principal,
interligando as entradas/saГ­das e estabelecendo os pontos de interligaГ§ГЈo Г s redes de
distribuiГ§ГЈo, de acordo com a topologia apropriada.
Devem ser tidas em conta as caracterГ­sticas topogrГЎficas do terreno, os materiais disponГ­veis no
mercado e as Regras TГ©cnicas estabelecidas.
Fase 4: Elaborar a documentaГ§ГЈo geral do projecto, conforme descrito no ponto 3.7.
pГЎg. 47
3.5
INSTRUÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS
Como obrigatoriedade inicial o projectista das ITUR deverГЎ visitar o local das futuras infraestruturas, de modo a verificar os aspectos, que a seguir se enunciam, e que poderГЈo ser
fundamentais para a melhor implementaГ§ГЈo da soluГ§ГЈo que venha a ser proposta:
п‚· Natureza dos solos para a orГ§amentaГ§ГЈo das condutas, cГўmaras, armГЎrios, fixaГ§ГЈo de
bases e suportes de torres, assim como para a conveniente definiГ§ГЈo dos
componentes a aplicar nas terras de protecГ§ГЈo;
п‚· EnvolvГЄncia natural (arvoredo, grandes superfГ­cies de ГЎgua, etc.), para a definiГ§ГЈo do
melhor local onde fixar o sistema de MATV, se este se localizar no exterior dos
edifГ­cios. Г‰ fundamental a mediГ§ГЈo e registo dos nГ­veis de sinal e respectiva qualidade
para as emissГµes terrestres, que obrigatoriamente serГЈo difundidas na rede coaxial;
п‚· EnvolvГЄncia industrial (motores elГ©ctricos, edifГ­cios elevados, etc.), primordial para a
definiГ§ГЈo de dispositivos com capacidade de blindagem electromagnГ©tica, superior ao
usualmente recomendado;
п‚· EnvolvГЄncia ambiental/arquitectГіnica, importante na melhor definiГ§ГЈo de dispositivos e
respectivas fixaГ§Гµes, para que estes elementos passem o mais possГ­vel dissimulados,
principalmente em espaГ§os de protecГ§ГЈo histГіrica, patrimonial ou ambiental;
п‚· OpГ§Гµes disponГ­veis para os pontos de ligaГ§ГЈo da ITUR aos operadores de
comunicaГ§Гµes electrГіnicas presentes na zona.
Estes e outros factores influenciam claramente no desenvolvimento da soluГ§ГЈo de
telecomunicaГ§Гµes para a ITUR, e sobretudo podem influenciar na localizaГ§ГЈo final do ATU.
Em caso de necessidade de cariz tГ©cnico, ou arquitectГіnico, o sistema de recepГ§ГЈo hertziana
(antenas), caso existam fora dos edifГ­cios, poderГЈo estar deslocalizadas em relaГ§ГЈo ao ATU.
Este projecto inclui os seguintes elementos mГ­nimos:
a) Termo de responsabilidade do projectista;
b) Documentos do projectista (cГіpia do bilhete de identidade, cartГЈo de contribuinte e
declaraГ§ГЈo de associaГ§ГЈo pГєblica profissional);
c) Ficha tГ©cnica ITUR;
d) MemГіria descritiva e justificativa, incluindo identificaГ§ГЈo, categoria de obra, disposiГ§ГЈo e
descriГ§ГЈo geral da obra, justificaГ§ГЈo da sua implantaГ§ГЈo e da sua integraГ§ГЈo nos
condicionamentos locais existentes ou planeados, descriГ§ГЈo genГ©rica da soluГ§ГЈo
adoptada com vista Г satisfaГ§ГЈo das disposiГ§Гµes legais e regulamentares em vigor,
indicaГ§ГЈo das caracterГ­sticas dos materiais, dos elementos da construГ§ГЈo, dos sistemas
e equipamentos;
e) CГЎlculos relativos Г s diferentes partes da obra, definindo os elementos constituintes da
mesma, justificando as soluГ§Гµes adoptadas;
f) Quadros e fichas de repartidor geral de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra Гіptica,
referentes aos elementos de rede que justifiquem a sua elaboraГ§ГЈo;
g) MediГ§Гµes e mapas de trabalho, com a indicaГ§ГЈo da natureza e da quantidade dos
trabalhos e dos materiais necessГЎrios para a execuГ§ГЈo da obra;
h) OrГ§amento baseado nos materiais utilizados e nos mapas de trabalho;
i) Planta topogrГЎfica de localizaГ§ГЈo;
j) PeГ§as desenhadas, em escala mГ­nima de 1:500, sobre as plantas a implementar,
devendo conter a representaГ§ГЈo de todos os pormenores necessГЎrios Г perfeita
compreensГЈo, implantaГ§ГЈo e execuГ§ГЈo da obra;
k) Esquema da rede de tubagens, aplicГЎvel Г s ITUR pГєblicas e privadas;
l) Esquemas das redes de cabos com a indicaГ§ГЈo dos respectivos cГЎlculos, no caso das
ITUR privadas;
m) Esquema da rede de terras das ITUR;
pГЎg. 48
n) Esquema das instalaГ§Гµes elГ©ctricas das ITUR;
o) IndicaГ§ГЈo discriminativa dos materiais e suas quantidades, marcas, modelos e tipos a
utilizar;
p) CondiГ§Гµes tГ©cnicas, gerais e especiais.
A escala mГ­nima das plantas para a elaboraГ§ГЈo dos desenhos serГЎ de 1:500, podendo as
mesmas ser ampliadas, para uma melhor legibilidade.
A simbologia a utilizar na elaboraГ§ГЈo dos projectos ITUR serГЎ aquela que o projectista entender
como a mais conveniente, garantindo a legibilidade e a perfeita interpretaГ§ГЈo do projecto.
O projectista deverГЎ ter presente as informaГ§Гµes obtidas junto dos operadores pГєblicos de
comunicaГ§Гµes electrГіnicas, bem como do projecto de outras ITUR contГ­guas.
3.6
3.6.1
REGRAS TÉCNICAS
TOPOLOGIA
ESTRUTURA
A estrutura da rede de tubagens principal pode ser de um dos seguintes tipos:
- “■“;
- “L”;
- “Y”;
- “X”;
- “Q”.
O tipo “■” significa que a rede de tubagens principal é apenas constituída por um ponto de
entrada/saГ­da, e Г© utilizada para urbanizaГ§Гµes de pequena dimensГЈo, que embora possam ser
constituГ­das por diversas parcelas, para efeitos de rede de telecomunicaГ§Гµes podem
assemelhar-se a um edifГ­cio.
Quanto à estrutura tipo “L” aplica-se a urbanizações onde se identificam dois pontos de
entrada/saГ­da das redes de telecomunicaГ§Гµes, podendo o traГ§ado assumir diversas formas,
entre as quais a de um percurso recto entre os referidos pontos. Г‰ em geral aplicada a
urbanizaГ§Гµes de mГ©dia dimensГЈo.
Os tipos “Y”, “X” aplicam-se a urbanizações onde se identificam 3 ou 4 pontos de entrada/saída,
respectivamente e sГЈo geralmente aplicadas a urbanizaГ§Гµes de grande dimensГЈo e inseridas
em zonas com grande desenvolvimento urbano.
O tipo “Q” aplica-se a urbanizações muito grandes, onde se justifica o estabelecimento de redes
com anГ©is exclusivos da urbanizaГ§ГЈo, independentemente da quantidade de pontos de
entrada/saГ­da definidos. Note-se que nas outras estruturas referidas considera-se que estas
serГЈo troГ§os de anГ©is de maior dimensГЈo, que futuramente venham a estabelecer-se.
A estrutura da rede de distribuiГ§ГЈo deve ser em estrela a partir do ponto de interligaГ§ГЈo ao ramal
proveniente da rede principal, o qual Г© parte integrante da rede de distribuiГ§ГЈo.
A estrutura das redes de tubagem deve poder suportar as diversas topologias das redes dos
vГЎrios operadores, assegurando igualmente a manutenГ§ГЈo da operacionalidade dos
equipamentos activos e as operaГ§Гµes na rede, com o mГ­nimo de intrusГЈo nos edifГ­cios e
urbanizaГ§ГЈo, beneficiando assim quer os operadores quer os utilizadores.
pГЎg. 49
O projectista deve tomar em consideraГ§ГЈo o que ficou definido no ponto correspondente aos
materiais e dispositivos que compГµem as Redes de Tubagem.
As Regras BГЎsicas do projecto das ITUR sГЈo as seguintes:
REGRAS GERAIS
A Rede de Tubagens numa ITUR deve ser concebida de modo a permitir uma topologia de
distribuiГ§ГЈo em estrela para todas as tecnologias a utilizar nos Sistemas de Cablagem.
Os tubos de acesso aos edifГ­cios devem respeitar as regras tГ©cnicas estabelecidas na 2.ВЄ ediГ§ГЈo
do Manual ITED, designadamente quanto ao diГўmetro nominal, Г profundidade e Г inclinaГ§ГЈo.
Os materiais a utilizar nas Redes Principal e de DistribuiГ§ГЈo devem estar em conformidade com
o exposto no presente Manual.
A capacidade dos tubos deve ser calculada com base nas fГіrmulas constantes do ponto
3.6.3.2.1.
3.6.2
VIZINHANÇA COM OUTRAS REDES
A localizaГ§ГЈo das tubagens no subsolo deve ter em conta as outras infra-estruturas instaladas
no subsolo, bem como os eventuais obstГЎculos existentes. A tabela seguinte fixa as distГўncias e
profundidades a que se devem estabelecer as diversas infra-estruturas, salvo a existГЄncia de
determinaГ§Гµes municipais ou outras que se sobreponham, caso em que devem fazer parte do
projecto como justificativo.
As figuras seguintes indicam os afastamentos a respeitar.
LOCALIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DE SUBSOLO (1)
Limite da propriedade (limite interior do passeio)
Limite exterior do passeio
Eixo da via
L
A
Largura do passeio(L) [m ](3)
< 1,60
0,25
Rede de sinalizaГ§ГЈo (verde)
P
Geratriz exterior superior da conduta
Bloco da FormaГ§ГЈo
de 1,60 a 1,80
> 1,80 a 2,10
> 2,10
Afastamento (A) [m]
(2)
1,40
1,60
1,80
Profundidade (P) [m]
(2)
0,80
0,80
0,80
(1) – Salvo regulamentação camarária ou de outra entidade
(2) - NГЈo hГЎ lugar a instalaГ§Гµes subterrГўneas de telecomunicaГ§Гµes no passeio
(3) – Na via de circulação rodoviária , a profundidade (P) é de 1,00 m
Figura 32 – Esquema de localização das infra-estruturas no subsolo
pГЎg. 50
PASSEIOS - LOCALIZAÇÃO DE TUBAGENS
BT - Baixa TensГЈo
AT - Alta TensГЈo
A - ГЃgua
G - GГЎs
T - TelecomunicaГ§Гµes
LARGURA DOS
PASSEIOS (m)
AFASTAMENTO
A
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
1,60
1,70
1,80
1,90
2,00
2,10
2,20
2,30
2,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,40
0,50
0,50
0,50
0,50
0,50
0,50
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
1,10
1,10
1,10
1,10
1,10
1,10
1,30
1,30
1,30
1,40
1,40
1,40
1,40
1,40
1,40
1,60
1,60
1,60
1,80
1,80
1,80
B
C
COTAS
D
BT
0,40
0,40
0,40
0,40
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
AT
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
1,20
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,90
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,60
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
0,80
A
G
T
NOTAS: A profundidade mГ­nima refere-se Г geratriz exterior superior da tubagem. Para largura de passeios superior a 2,4 m, devem ser utilizados os parГўmetros
correspondentes a 2,4 m. Estes procedimentos sГЈo sempre aplicГЎveis, salvo eventuais disposiГ§Гµes camarГЎrias.
pГЎg. 51
No caso das infra-estruturas de telecomunicaГ§Гµes se localizarem nas vias de circulaГ§ГЈo
rodoviГЎria, a profundidade mГ­nima deve ser de 1m.
3.6.3
REDE DE TUBAGEM
3.6.3.1 REGRAS GERAIS
Os tubos devem ser boleados no interior das cГўmaras de forma a nГЈo apresentarem arestas
vivas, susceptГ­veis de ferirem os cabos quando do seu enfiamento.
Por igual motivo, nas juntas por abocardamento as arestas dos tubos interiores devem estar
devidamente boleadas.
Nos diversos troГ§os de tubo devem ser deixadas guias para facilitar o posterior enfiamento dos
cabos, possibilitando a sua tracГ§ГЈo.
Para efectuar as diversas formaГ§Гµes devem utilizar-se as espaГ§adeiras adequadas, que devem
distar cerca de 3m, e nГЈo devem coincidir com as juntas dos tubos, ficando tanto quanto
possГ­vel equidistantes destas.
Nos tritubos as juntas devem ser desfasadas de cerca de 50cm, tal como se mostra na figura
seguinte, para nГЈo criar um ponto frГЎgil na tubagem.
0,50
0,50
Figura 33 – Desenho evidenciando o afastamento das juntas em tritubos PEAD
Todos os tubos nГЈo utilizados dentro das cГўmaras de visita, deverГЈo ser tamponados com
tampas prГіprias.
CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DOS TUBOS
Na instalaГ§ГЈo dos tubos deverГЈo ser observados os seguintes requisitos:
п‚„ DeverГЈo ser retirados do fundo da vala e do terreno de compactaГ§ГЈo, todas as pedras ou
quaisquer outros detritos que possam danificar os tubos;
п‚„ O fundo da vala deverГЎ ser aplanado de modo a que nГЈo apresente ondulaГ§Гµes superiores a
5cm em 20m.
3.6.3.2 DIMENSIONAMENTO DE TUBAGENS
3.6.3.2.1
REDES PRINCIPAL E SECUNDГЃRIA
A rede de tubagens principal deve comportar, no mГ­nimo, duas CГўmaras de Visita (CV),
interligadas com 4 tubos de Г�110mm, um tritubo Г�40mm e dois acessos ao exterior da
pГЎg. 52
urbanização com igual dimensionamento, para interligação às redes dos operadores. Exceptuase a rede em ponto(“■“). Devem igualmente incluir-se as ligações à rede de distribuição da
urbanizaГ§ГЈo.
A distГўncia mГЎxima entre cГўmaras Г© de 120m e os troГ§os devem ser rectilГ­neos, admitindo-se
curvaturas com atГ© 2cm/m. Caso sejam necessГЎrias curvaturas mais acentuadas deverГЎ
efectuar-se desdobramento do troГ§o, com a construГ§ГЈo de cГўmaras de passagem intermГ©dias.
O dimensionamento dos tubos e o seu nГєmero deve ser determinado com base nas seguintes
regras:
п‚„ Um tritubo para a fibra Гіptica, no qual deve ficar sempre um tubo livre para manobra de
manutenГ§ГЈo e/ou de expansГЈo.
п‚„ Um tubo para cabos coaxiais, podendo prever-se a instalaГ§ГЈo de sub-condutas (monotubos).
п‚„ Um tubo para cabos em pares de cobre. PoderГЎ admitir-se a instalaГ§ГЈo de mais do que um
cabo por tubo, utilizando-se nesse caso sub-condutas (monotubos).
Em cada formaГ§ГЈo deverГЎ prever-se, para alГ©m do considerado no tritubo, dois tubos, sendo um
para servir as zonas de futura expansГЈo e outro para manobras de alteraГ§ГЈo e/ou manutenГ§ГЈo.
Para determinar a capacidade em funГ§ГЈo do diГўmetro dos tubos, tubagens ou sub-condutas,
deve considerar-se o diГўmetro nominal/1,33 como diГўmetro mГ­nimo interior, e considerar uma
folga de 10% devido Г deformaГ§ГЈo do cabo decorrente do seu enrolamento, e mais 10% para
facilitar o seu enfiamento: Assim teremos:
DiГўmetro do cabo x 1,33 x 1,10 x 1,10 = diГўmetro nominal mГ­nimo do tubo
Deve adoptar-se o diГўmetro nominal imediatamente superior ao valor anterior.
Quando se projecta o enfiamento de mais do que um cabo num tubo, deve prever-se a utilizaГ§ГЈo
de sub-condutas mesmo para os espaГ§os inicialmente nГЈo ocupados.
Na tabela seguinte estГЈo indicados os valores dos diГўmetros interiores mГ­nimos a que devem
obedecer os tubos normalizados, de acordo com a EN50086-2-4.
DiГўmetro Nominal dos
Tubos [mm]
DiГўmetro Interior (Di)
mГ­nimo [mm]
40
30
50
37
63
47
75
56
90
67
110
82
Tabela 15 – Dimensões mínimas interiores dos tubos
O n.Вє de ligaГ§Гµes previstas deve ser calculado adicionando o n.Вє de ligaГ§Гµes destinadas Г urbanizaГ§ГЈo, ao n.Вє de ligaГ§Гµes estimado para as zonas de expansГЈo adjacentes, a jusante da
ligaГ§ГЈo Г s redes dos operadores.
O n.Вє total de ligaГ§Гµes deve ser maior ou igual Г s estimadas para os edifГ­cios que compГµem a
urbanizaГ§ГЈo, incluindo as destinadas a eventuais postos pГєblicos, praГ§as de tГЎxis, bombeiros, e
outras previstas para o espaГ§o da urbanizaГ§ГЈo.
pГЎg. 53
Para dimensionar os tubos, tal como na rede principal, calcula-se o diГўmetro nominal mГ­nimo DN
pela fГіrmula:
DN = 1,33 x 1,10 x 1,10 x de
em que de Г© o diГўmetro exterior do cabo.
Para a distribuiГ§ГЈo em estrela, correspondente ao troГ§o final da rede, em que serГЎ necessГЎrio
enfiar um elevado nГєmero de cabos em cada tubo, deve calcular-se o dimensionamento tendo
como mГ­nimo os valores indicados no ponto anterior, ou conhecendo os diГўmetros das
cablagens a estabelecer, poderГЈo ser calculados os seus diГўmetros interiores, usando a
seguinte fГіrmula geral para o cГЎlculo das tubagens:
𝐷𝑁 ≥ 2 × 𝑑12 + 𝑑22 + ⋯ + 𝑑𝑛2
DN: diГўmetro nominal do tubo
d1 a dn: diГўmetros exteriores dos cabos 1 a n.
Em ambos os casos utiliza-se o diГўmetro nominal igual ou imediatamente superior ao calculado,
ou considera-se mais de um tubo, alterando em conformidade o tipo de formaГ§ГЈo.
Considerando os valores mГ­nimos para os elementos da rede e com base nos diГўmetros das
rede de cabos a utilizar, calculam-se as tubagens, CV, armГЎrios e outros equipamentos.
CГЎlculo das tubagens
Valores mГ­nimos e condicionantes:
o
o
o
o
o
o
Para as habitaГ§Гµes unifamiliares e edifГ­cios com um fracГ§ГЈo autГіnoma, sempre que
isoladamente, utilizar-se-ГЈo como mГ­nimo as cГўmaras de visita CVR1;
Para as situaГ§Гµes restantes, utilizar-se-ГЈo como mГ­nimo as cГўmaras de visita CVR2;
A instalaГ§ГЈo das cГўmaras de visita Г© feita preferencialmente no passeio e em frente do
respectivo lote. As tampas serГЈo adequadas ao local de instalaГ§ГЈo; o tipo B125 Г© a
indicada para passeio e a D400 para a faixa de rodagem;
No caso de moradias em banda, as CV deverГЈo ser partilhadas, tendo como mГ­nimo as
CV tipo CVR2;
As entradas de cabos para os lotes partem directamente das CV;
A distГўncia mГЎxima em linha recta entre CV, nГЈo pode exceder os 120m.
DeverГЈo ser tomados em conta os seguintes dados:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
NГєmero e tipo de fracГ§Гµes autГіnomas de cada lote;
Permitir o alojamento de redes de pares de cobre, cabos coaxiais e fibra Гіptica, bem
como equipamentos passivos e activos, indispensГЎveis para o seu funcionamento;
Garantir reserva de espaГ§o, para operaГ§Гµes no caso de reparaГ§Гµes e/ou ampliaГ§ГЈo;
Garantir o acesso a vГЎrios operadores, em igualdade de circunstГўncias;
Garantir a compatibilidade com o ITED, no que toca Г entrada de cabos para os
diferentes tipos de edifГ­cios, bem como a ligaГ§ГЈo Г s redes pГєblicas.
Nas ITUR, o dimensionamento da rede de tubagens terГЎ como mГ­nimo o indicado na tabela
seguinte, e como base o n.Вє de fracГ§Гµes autГіnomas. Os diГўmetros indicados sГЈo nominais.
pГЎg. 54
NВє de fracГ§Гµes autГіnomas
PC
CC
FO
< 125
1пѓ†110
1пѓ†110
1Tпѓ†40
> 125
2пѓ†110
1пѓ†110
1Tпѓ†40
Tabela 16 – Dimensionamento da rede de tubagem
Г‰ obrigatГіrio o envolvimento em betГЈo da tubagem em zonas sujeitas a cargas intensas, como
sejam itinerГЎrios Principais e Complementares, e zonas onde o terreno circundante se situa
junto de valetas, muros de suporte ou susceptГ­vel a abatimentos.
3.6.3.3 FORMAÇÕES
3.6.3.3.1
TUBOS COM ENVOLVIMENTO EM AREIA/PГ“ DE PEDRA
O fundo da trincheira deverГЎ ser coberto com uma camada de areia, ou pГі de pedra batido, com
um mГ­nimo de 5 cm. No caso de solos rochosos essa espessura deve ser aumentada para
10cm.
Entre cada camada de tubos deve ficar uma camada de areia ou pГі de pedra regada, com um
mГ­nimo de 3cm de espessura.
No final da formaГ§ГЈo deverГЎ ser colocada uma camada de areia ou pГі de pedra, regada e
batida, com 15cm de espessura.
3.6.3.3.2
TUBOS COM ENVOLVIMENTO EM BETГѓO
O fundo da trincheira deverГЎ ser regularizado com uma camada de areia ou saibro batido, com
2cm de espessura.
Os tubos deverГЈo ser assentes em betГЈo C20/25 devidamente vibrado, ficando com um
envolvimento de pelo menos 2cm.
DeverГЎ ser utilizada cofragem lateral.
O aterro sГі deverГЎ ser efectuado apГіs secagem do betГЈo.
Em ambos os casos, envolvimento em areia ou em betГЈo, o aterro deve ser efectuado por
camadas com cerca de 25cm de altura regadas e batidas.
Os tubos da infra-estrutura deverГЈo ser sinalizados por meio de uma fita de sinalizaГ§ГЈo de cor
verde, 25cm acima do bloco da formaГ§ГЈo.
pГЎg. 55
Rede de sinalizaГ§ГЈo
25
Bloco
Figura 34 – Desenho esquemático de corte de uma vala técnica
l
5,00
l
2,00
2,00
15,00
5,00
2,00
3,00
2,00
2,00
3,00
3,00
h
3,00
2,00
5,00
5,00
3,00
Bloco de tubagens c/ envolvimento em areia/pГі de pedra
Bloco de tubagens c/ envolvimento em betГЈo
Figura 35 – Desenhos esquemáticos de blocos de tubagens no interior de uma vala técnica
O envolvimento das tubagens deverГЎ ser feito em betГЈo nos seguintes casos:
п‚·
п‚·
п‚·
Locais onde cargas circulantes se manifestem com grande intensidade;
Terreno circundante sujeitos a esforГ§os elevados, tendo como proximidade, por exemplo,
muros de suporte de estradas;
Terreno circundante situado em zona fragilizada pelas ГЎguas, como por exemplo locais
prГіximos de valetas e bermas de estradas.
Nas situaГ§Гµes em que a rede de tubagens for estabelecida na berma de estradas de grande
trГЎfego, devem ser localizadas a uma distГўncia superior a 1 m do traГ§o limitador da faixa de
rodagem ou alГ©m do rail de protecГ§ГЈo.
pГЎg. 56
3.6.3.4 CГ‚MARAS DE VISITA
CГ‚MARAS DE VISITA DO TIPO:
DimensГµes mГ­nimas interiores (cm)
CV
tipo
PГ© direito
mГ­nimo
Largura
Comprimento
Tubos por face
Capacidade
CVR1
100/150/175
60
75
2 tubos D110+1 tritubo D40
passagem de cabo < 200
pares
CVR2
100/150/175
75
120
4 tubos D110 + 2 tritubo
200 pares atГ© ao mГЎx. 2 juntas
CVR3
175
75
150
6 tubos D110 + 2 tritubo
Juntas de divisГЈo/fusГЈo de FO
(uma por cada 200 fracГ§Гµes)
Tabela 17 – Tipos de CV
CГўmara CVR1b
п‚·
CГўmara paralelepipГ©dica, construГ­da no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo
utilizada como:
o CГўmara de passagem de cabos;
o InterligaГ§ГЈo da rede de distribuiГ§ГЈo do edifГ­cio com a rede ITUR;
o Capacidade indicativa – uma junta em cabos de pares de cobre até 200 pares e
uma junta de fibra Гіptica.
CГўmara CVR2
п‚·
CГўmara paralelepipГ©dica, construГ­da no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo
utilizada como:
o CГўmara de distribuiГ§ГЈo e passagem de cabos;
o CГўmara de acesso a armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes (por exemplo Nichos SPH);
o Capacidade Indicativa – duas juntas em cabos de pares de cobre até 200 pares e
duas juntas de Fibra Г“ptica.
CГўmara CVR3
п‚·
CГўmara paralelepipГ©dica, construГ­da no local ou prГ©-fabricada em betГЈo armado, sendo
utilizada como:
o CГўmara de distribuiГ§ГЈo e passagem de cabos:
o CГўmara de acesso a armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes (por exemplo Nichos SPH);
o CГўmara de acomodaГ§ГЈo de Juntas de DivisГЈo e FusГЈo de Fibras Г“pticas.
o Capacidade Indicativa – três juntas em cabos de pares de cobre até 200 pares e
duas juntas de Fibra Г“ptica.
o Juntas de cabos Гіpticos atГ© ao nГєmero mГЎximo de 2;
Em situaГ§Гµes especГ­ficas poderГЈo ser utilizados outros tipos de cГўmaras de visita,
nomeadamente de maior dimensГЈo.
A localizaГ§ГЈo das CV deverГЎ ser feita de acordo com o projecto da urbanizaГ§ГЈo, dando
preferГЄncia na sua localizaГ§ГЈo Г s bermas, passeios, em locais onde o raio de curvatura das
tubagens assim o obrigue, cruzamentos de ruas e em locais estratГ©gicos, como entradas de
lotes e acessos a armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes e outros elementos integrantes da rede de
pГЎg. 57
telecomunicaГ§Гµes. Na sua localizaГ§ГЈo deve evitar-se a proximidade de depГіsitos de
combustГ­veis, ou outros locais de risco de explosГЈo.
3.6.3.5 ARMГЃRIOS E PEDESTAIS
FicarГЎ ao critГ©rio do projectista prever a colocaГ§ГЈo de armГЎrios de telecomunicaГ§Гµes, assim
como outras infra-estruturas (por exemplo, de cabines pГєblicas ou de postos sinalizadores,
bombeiros, polГ­cia, tГЎxis, etc.), cujas tubagens de ligaГ§ГЈo deverГЈo ser indicadas no projecto,
constituГ­das por 1 ou mais tubos de diГўmetro nominal devidamente justificado pelo projectista,
terminado numa caixa de pavimento. O diГўmetro mГ­nimo serГЎ de 50 mm.
Importa igualmente assegurar a previsГЈo de ramais elГ©ctricos para alimentaГ§ГЈo destes
equipamentos. No projecto de telecomunicaГ§Гµes apenas deverГЎ ser feita referГЄncia a essa
previsГЈo, cujo dimensionamento estГЎ no Гўmbito do projecto de energia elГ©ctrica do
loteamento/urbanizaГ§ГЈo.
A ligaГ§ГЈo Г rede pГєblica de comunicaГ§Гµes electrГіnicas Г© obrigatГіria e deverГЎ ser definida e
dimensionada no projecto, de acordo com indicaГ§ГЈo dada pelo Sistema de InformaГ§ГЈo
Centralizado (SIC) e/ou pelos operadores pГєblicos de comunicaГ§Гµes electrГіnicas. Os
operadores poderГЈo emitir um parecer tГ©cnico sobre um projecto propondo, com a devida
fundamentaГ§ГЈo, alteraГ§Гµes ao mesmo, de forma a facilitar a sua ligaГ§ГЈo e harmonizaГ§ГЈo com as
redes existentes, ou outras planeadas, que se venham a implementar no local.
Nas ITUR privadas os pedestais devem ser dimensionados para suportar os armГЎrios
projectados, tendo em atenГ§ГЈo os dispositivos que se prevГЄem instalar.
ARMГЃRIO
A
B
C
C
C
CГ‚MARA
DE VISITA
B
A
CORTE A-A
CORTE B-B
C
CORTE C-C
Figura 36 – Diagrama de entrada de tubos no pedestal
3.6.3.6 GALERIAS E SALAS TÉCNICAS
Consoante as dimensГµes da urbanizaГ§ГЈo, caracterГ­sticas e concentraГ§ГЈo dos edifГ­cios, poderГЎ o
projectista optar pela construГ§ГЈo de uma ou mais Galerias TГ©cnicas para acomodaГ§ГЈo de
caminhos de cabos, calhas e outros dispositivos constituintes da Rede de Cablagem da
urbanizaГ§ГЈo.
A localizaГ§ГЈo destas infra-estruturas deverГЎ ser feita de acordo com respectivo projecto, o qual
serГЎ elaborado tendo em conta os afastamentos mГ­nimos exigidos pela legislaГ§ГЈo em vigor e
condicionados por outras infra-estruturas existentes no local.
pГЎg. 58
DeverГЈo ainda ser localizados e dimensionados de forma facilitar a distribuiГ§ГЈo das redes de
pares de cobre, de cabos coaxiais e de fibra Гіptica.
3.6.3.7 TRAVESSIAS
DeverГЈo ser evitadas, na medida do possГ­vel, travessias cruzamentos e vizinhanГ§as com outras
redes, escolhendo-se o traГ§ado mais conveniente, tendo em conta as preocupaГ§Гµes ambientais,
paisagГ­sticas e os sistemas ecolГіgicos atravessados.
As travessias de estradas, arruamentos e caminhos, deverГЈo obedecer Г s seguintes condiГ§Гµes:
п‚„ A profundidade mГ­nima nГЈo deverГЎ ser inferior a 1 m;
п‚„ Devem ser realizadas perpendicularmente ao eixo das vias, excepto em casos
devidamente justificados;
п‚„ Na interligaГ§ГЈo entre 2 CV, antes e depois da travessia, esta serГЎ realizada por 2
tubos PEAD110 e um tritubo PEAD40, como utilizaГ§ГЈo mГ­nima.
As travessias das vias devem fazer-se sempre que possГ­vel na perpendicular ao eixo da mesma
e devem considerar-se cГўmaras de passagem em ambos os extremos.
3.6.4
REDES DE CABOS
O projecto e a instalaГ§ГЈo das redes de cabos existe apenas nas ITUR privadas.
De modo a poder garantir o acesso aberto e nГЈo discriminatГіrio de operadores de
comunicaГ§Гµes electrГіnicas, deverГЈo ser instaladas as seguintes redes, tendo como mГ­nimo as
seguintes condiГ§Гµes:
п‚·
п‚·
Rede de pares de cobre – topologia em estrela, garantindo no ATE ou CEMU de cada
lote um mГ­nimo de 4 pares de cobre, por fracГ§ГЈo;
Rede de cabos coaxiais – duas redes, uma de CATV e uma outra rede com topologia a
definir pelo projectista, garantindo no ATE ou CEMU de cada lote, o sistema de MATV.
Este sistema deverГЎ ter a possibilidade de utilizaГ§ГЈo de sistemas TDT;
Rede de fibra óptica – a topologia de implementação deste tipo de rede, deve garantir no ATE
ou CEMU de cada lote, um mГ­nimo de duas fibras por cada fracГ§ГЈo.
3.6.4.1 CABO DE PARES DE COBRE
o
o
4 pares de cobre por fracГ§ГЈo autГіnoma;
CГЎlculo da quantidade de pares de cobre em funГ§ГЈo do nГєmero de fracГ§Гµes autГіnomas
por lote, por aplicaГ§ГЈo da obrigatoriedade anterior;
3.6.4.2 CABO COAXIAL
ExistirГЎ uma rede coaxial, que dependendo da dimensГЈo do empreendimento poderГЎ ser hГ­brida
(Coaxial + Fibra), desenvolvida desde o Ponto de distribuiГ§ГЈo (PD) considerado principal, o ATU,
que servirГЎ todos os lotes do empreendimento.
Esta rede desenvolver-se-ГЎ ao critГ©rio do projectista.
Esta rede terГЎ caracterГ­sticas especiais quanto ao seu plano de frequГЄncias, uma vez que
potencialmente poderГЈo circular na mesma:
п‚· Sinais em Via-Directa de MATV, obrigatГіrios em edifГ­cios ITED de duas ou mais FA;
п‚· Sinais em Via-Directa de um ou dois operadores de cabo;
pГЎg. 59
п‚· Sinais em Via-de-Retorno de um ou dois operadores de cabo.
Estando presentes, ou previstos para estes lotes, habitaГ§Гµes unifamiliares ou edifГ­cios
colectivos, estes deverГЈo ser servidos nas respectivas CEMU ou ATE inferior, segundo
corresponda, com os seguintes nГ­veis mГ­nimos de sinal Г s frequГЄncias assinaladas:
п‚· 75 dBпЃ­V a 862 MHz;
п‚· 70 dBпЃ­V a 2150 MHz.
Do ponto de vista de chegada ao ATI, esta rede exterior deverГЎ ser considerada como a
correspondente Г rede de CATV.
VГЎrias soluГ§Гµes de desenho e implementaГ§ГЈo da rede Coaxial ou HГ­brida poderГЈo ser
consideradas, dependendo estas das particularidades das ITUR privada, tais como:
п‚· Finalidade comercial dos lotes: habitaГ§ГЈo permanente ou habitaГ§ГЈo de aluguer
sazonal;
п‚· Perfil do cliente de aluguer (idioma, preferГЄncias de serviГ§os, etc.);
 Serviços associados ao lote: Hotelaria, “Resort”, “Bungalows”, etc.;
п‚· Exclusividade do lote: Individual ou Multi-familiar.
Obrigatoriamente esta rede coaxial (hГ­brida se necessГЎrio) servirГЎ todos os lotes do
empreendimento, sejam eles de Г­ndole Individual ou Colectiva, conseguindo-se desta forma:
п‚· PoupanГ§a no investimento quanto ao equipamento de recepГ§ГЈo a colocar na CabeГ§a
de Rede de Grau1 (CR1), uma vez que deste apenas se adquire um conjunto;
п‚· OptimizaГ§ГЈo das condiГ§Гµes de recepГ§ГЈo dos sinais de difusГЈo terrestre, que em
muitos casos obriga a uma criteriosa escolha do melhor local, que nem sempre Г© o
que inicialmente se previu. Conseguida esta optimizaГ§ГЈo da recepГ§ГЈo,
automaticamente ela estarГЎ disponГ­vel para todos os lotes com igual qualidade;
п‚· Que qualquer utilizador possa aceder a um serviГ§o de um operador de cabo sem que
para tal seja necessГЎrio algum tipo de investimento suplementar.
De forma a permitir a Гіptima entrega de serviГ§os por parte dos operadores de cabo aos seus
potenciais clientes, deverГЎ a rede coaxial cumprir os seguintes pressupostos, para alГ©m de
outros jГЎ referidos:
п‚· A rede coaxial nГЈo deverГЎ servir mais do que 256 fracГ§Гµes autГіnomas, com uma
margem superior de 10%. Acima deste valor esta deverГЎ ser dividida em cГ©lulas de
256 fracГ§Гµes autГіnomas, estando estas cГ©lulas interligadas por fibra Гіptica entre si e o
ATU;
п‚· O plano de frequГЄncias da rede deverГЎ ter reservada uma banda de 100MHz na via
directa, possibilitando a um operador colocar os seus serviГ§os DTH na rede, com
recurso Г TransmodulaГ§ГЈo Digital transparente (QPSK_QAM ou 8PSK_QAM).
3.6.4.3 CABO DE FIBRA Г“PTICA
o
o
2 Fibras Гіpticas por fracГ§ГЈo autГіnoma;
CГЎlculo da quantidade de fibras Гіpticas, em funГ§ГЈo do nГєmero de fracГ§Гµes autГіnomas
por lote, por aplicaГ§ГЈo da obrigatoriedade anterior;
pГЎg. 60
o
Uso de cabos normalizados de capacidade igual ou imediatamente superior.
Calculadas as redes, determinam-se os diГўmetros exteriores dos cabos a utilizar, os quais vГЈo
ser usados no cГЎlculo das tubagens e dos outros elementos da rede.
Estas caracterГ­sticas referem-se a mГ­nimos obrigatГіrios, podendo o projectista, se assim o
entender, em consonГўncia com o dono da obra, com os condГіminos ou seus legais
representantes, desenvolver soluГ§Гµes mais avanГ§adas nomeadamente de rede local interna ao
condomГ­nio.
Em anexo apresenta-se uma das possГ­veis soluГ§Гµes, em que existe uma rede primГЎria de
distribuiГ§ГЈo em FO do ATU atГ© repartidores intermГ©dios, onde sГЈo descodificados os sinais
originais modulados para transmissГЈo na fibra Гіptica, sendo a partir daqui distribuГ­dos
localmente em pares de cobre, cabo coaxial e FO, como se mostra na figura seguinte:
Figura 37 – Diagrama esquemático de uma solução para distribuição em FO numa urbanização
3.7
3.7.1
DOCUMENTAÇÃO GERAL DO PROJECTO
ITUR PГљBLICA
O projecto das redes de tubagem deve conter uma memГіria descritiva e justificativa, cГЎlculos,
peГ§as desenhadas, listagem de materiais e termo de responsabilidade do tГ©cnico do projecto.
As peГ§as desenhadas devem incluir plantas da urbanizaГ§ГЈo, onde se indiquem os traГ§ados de
tubagens, localizaГ§ГЈo dos lotes, edifГ­cios e rede viГЎria, e devem possuir escala tecnicamente
adequada. A escala deverГЎ estar de acordo com a NP717 e ser de 1:500, ou de definiГ§ГЈo
superior.
O projecto deve ser explГ­cito de modo a permitir a instalaГ§ГЈo da rede de tubagens, evitando
diferentes interpretaГ§Гµes e sem suscitar dГєvidas ao instalador.
pГЎg. 61
O projecto deve incluir sempre uma estimativa orГ§amental da rede de tubagens de
telecomunicaГ§Гµes.
O projecto dever ser elaborado tendo em conta os condicionantes impostos na operaГ§ГЈo de
loteamento da urbanizaГ§ГЈo e os Regulamentos do MunicГ­pio em que se insere, de acordo com o
preceituado no Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio, e no presente Manual TГ©cnico.
O projecto deverГЎ tambГ©m ter em consideraГ§ГЈo a superfГ­cie total do terreno da urbanizaГ§ГЈo,
ГЎrea de construГ§ГЈo, natureza das actividades nГЈo habitacionais, e dimensionamento das ГЎreas a
elas destinadas. DeverГЎ tambГ©m considerar o nГєmero de acessos por tecnologia previstos por
lote.
A planta de projecto deve ter inscritos:
a) os pontos de acesso Г s tubagens da urbanizaГ§ГЈo;
b) os pontos de entrada em cada lote e/ou edifГ­cio;
c) a localizaГ§ГЈo dos lotes e/ou edifГ­cios a servir;
d) a localizaГ§ГЈo e tipo das CV, pedestais e espaГ§os tГ©cnicos;
e) as directrizes dos troГ§os de tubagens com indicaГ§ГЈo do tipo e formaГ§ГЈo;
f) a localizaГ§ГЈo de postos pГєblicos, postos sinalizadores de bombeiros, postos para tГЎxis e
outros previstos no projecto;
h) a localizaГ§ГЈo de outras infra-estruturas que sejam referidas na memГіria descritiva, como
condicionantes Г localizaГ§ГЈo das redes de tubagem.
3.7.2
ITUR PRIVADA
O projecto das Redes de Tubagem de uma ITUR privada deve integrar os seguintes items:
п‚„ Fichas TГ©cnicas (anexo ao presente manual);
п‚„ MemГіria descritiva e justificativa, nomeadamente das opГ§Гµes tomadas face Г especificidade
da ITUR, contendo todas as informaГ§Гµes e esclarecimentos necessГЎrios Г interpretaГ§ГЈo do
projecto, nomeadamente quanto Г sua concepГ§ГЈo, natureza, importГўncia, funГ§ГЈo, cuidados a ter
com os materiais a utilizar e protecГ§ГЈo de pessoas e instalaГ§Гµes;
п‚„ Planta topogrГЎfica de localizaГ§ГЈo da urbanizaГ§ГЈo (escala maior ou igual a 1:5000);
п‚„ InscriГ§ГЈo nos esquemas das capacidades dos dispositivos, dimensГµes e tipos de condutas, e
de cГўmaras de visita, capacidade dos cabos e classe ambiental considerada, tendo em conta o
disposto no capГ­tulo MICE do presente Manual ITUR;
п‚„ Esquema da Rede de Tubagens;
п‚„ Esquema ou esquemas das Redes de Cabos;
п‚„ Quadros de dimensionamento de cabos para cada tecnologia;
п‚„ Diagrama do ATU;
п‚„ Diagramas de outros Bastidores, caso existam;
п‚„ Caso exista Sala TГ©cnica, a respectiva Planta e Diagrama com a localizaГ§ГЈo dos bastidores e
armГЎrios e interligaГ§Гµes;
п‚„ Diagramas das caixas de passagem e encaminhamento dos cabos para cada tecnologia;
п‚„ CГЎlculo dos nГ­veis de sinal nas redes de cabo coaxial;
pГЎg. 62
п‚„ Lista de material, com indicaГ§ГЈo de quantidades, modelos e tipos a instalar na ITUR. DeverГЈo
ser indicadas as marcas dos materiais, salvaguardando no entanto a existГЄncia de
equivalГЄncias;
п‚„ Termo de Responsabilidade;
п‚„ Registo em formato electrГіnico da georreferenciaГ§ГЈo da Rede de Tubagens da ITUR;
3.8
3.8.1
ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
CLASSIFICAÇÃO
A classificação das ITUR, engloba-se na definição de “Redes de Comunicações”, como definido
na secГ§ГЈo XV, Artigos 169, 170, 171, 172, 173 e 174 da Portaria nВє701-H/2008 de 29 de Julho e
“Instalações, Equipamentos e Sistemas de Comunicação”. Para efeitos do presente Manual
considera-se o projecto de execuГ§ГЈo, designado genericamente por projecto.
3.8.2
DOCUMENTAÇÃO
A classificaГ§ГЈo das obras das ITUR Г© feita de acordo com a Lei n.Вє 60/2007, de 4 de Setembro,
e com o definido na Portaria n.º701-H/2008, de 29 de Julho, como “Redes de Comunicações”.
Nas situaГ§Гµes em que se utilizem centros de comunicaГ§ГЈo telefГіnica e/ou equipamentos de
telecomunicaГ§Гµes, serГЈo designadas como sistemas de comunicaГ§ГЈo e classificados com a
categoria IV (categoria das obras).
3.8.3
PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO DE PROJECTO
A necessidade de alteraГ§ГЈo de partes ou mesmo da totalidade do projecto, deverГЎ estar
relacionada com a inexequibilidade do mesmo, nomeadamente quando Г funcionalidade
inicialmente prevista, podendo existir motivos tГ©cnicos relacionados com uma alteraГ§ГЈo da sua
finalidade, no Гўmbito das arquitecturas e dimensionamentos das redes de tubagem e cabos.
Quando detectados os casos acima referidos deve o instalador promover a referida alteraГ§ГЈo,
em estreita colaboraГ§ГЈo com o dono da obra, elaborando uma Proposta de AlteraГ§ГЈo,
devidamente fundamentada. Esta Proposta de AlteraГ§ГЈo poderГЎ nГЈo ser emitida se o projectista,
quando contactado, encontrar Г partida uma soluГ§ГЈo para o problema encontrado. Neste caso
ele prГіprio alterarГЎ o projecto.
No caso do projectista nГЈo encontrar uma soluГ§ГЈo adequada, deverГЎ aprovar a Proposta de
AlteraГ§ГЈo.
A aceitaГ§ГЈo da Proposta de AlteraГ§ГЈo, por parte do projectista inicial, deverГЎ implicar a
realizaГ§ГЈo de um documento (Aditamento ao Projecto) com base na mesma, passando estes a
ser obrigatoriamente partes integrantes da documentaГ§ГЈo geral do projecto.
O referido aditamento deverГЎ ser realizado pelo projectista inicial ou, sob sua autorizaГ§ГЈo e
aprovaГ§ГЈo, pelo(s) requerente(s) da respectiva Proposta de AlteraГ§ГЈo, quando habilitados
tecnicamente para o efeito, nos termos do Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio.
A nГЈo-aceitaГ§ГЈo da proposta de alteraГ§ГЈo, por parte do projectista inicial, deverГЎ ser
fundamentada tecnicamente, devendo este propor em alternativa uma soluГ§ГЈo adequada para a
resoluГ§ГЈo dos problemas, apГіs contacto com os respectivos requerentes.
Caso se encontre soluГ§ГЈo adequada, deverГЎ ser elaborado o respectivo aditamento, nos termos
dos procedimentos acima referidos.
pГЎg. 63
Se por algum motivo de forГ§a maior a Proposta de AlteraГ§ГЈo for posta Г consideraГ§ГЈo e aceite
por um projectista que nГЈo o inicial, deverГЈo os requerentes entrar em contacto com este (o
inicial), de modo a que seja autorizada a execuГ§ГЈo do respectivo aditamento, por forma a
acautelar possГ­veis violaГ§Гµes Г s regras de autoria do projecto, nos termos do cГіdigo de direitos
de autor.
DeverГЎ ainda ser alertado o director tГ©cnico da obra de modo a que a proposta de alteraГ§ГЈo, e
respectivos aditamentos, ou a sua recusa, sejam referenciados no livro de obra, nos termos da
alГ­nea c), do artigo 38.Вє do Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio.
As alteraГ§Гµes adoptadas deverГЈo estar de acordo com o estipulado no presente Manual.
Em qualquer situaГ§ГЈo o dono de obra pode contratar um outro projectista, para a elaboraГ§ГЈo de
um projecto completamente novo.
pГЎg. 64
4
INSTALAÇÃO
4.1
ASPECTOS GENÉRICOS
As Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e CondomГ­nios
(ITUR), deverГЈo ser concebidas de forma a permitir desempenhar com eficiГЄncia e em boas
condiГ§Гµes de seguranГ§a os fins a que se destinam, devendo estas regras ser sempre
consideradas mГ­nimas, permitindo uma fГЎcil evoluГ§ГЈo para soluГ§Гµes tecnicamente mais
elaboradas. Garante-se o acesso aberto Г s infra-estruturas a mais do que um operador.
Consideram-se dois tipos de ITUR: as ITUR pГєblicas e as ITUR privadas.
п‚„ ITUR pГєblicas: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em UrbanizaГ§Гµes, loteamentos e
condomГ­nios abertos, utilizando as estruturas de tubagem das redes de comunicaГ§Гµes
electrГіnicas dentro do domГ­nio pГєblico. Estas redes de comunicaГ§Гµes electrГіnicas serГЈo
utilizadas total ou parcialmente para o fornecimento de serviГ§os de comunicaГ§Гµes electrГіnicas
acessГ­veis ao pГєblico, a todos os condГіminos, dentro dos pressupostos destas regras tГ©cnicas.
п‚„ ITUR privadas: Infra-estruturas de TelecomunicaГ§Гµes em UrbanizaГ§Гµes, loteamentos e
condomГ­nios fechados, utilizando as estruturas de tubagem e cablagem das redes de
comunicaГ§Гµes electrГіnicas dentro de um domГ­nio privado. As ITUR que integram as partes
comuns dos condomГ­nios sГЈo detidas em compropriedade por todos os condГіminos cabendo Г respectiva administraГ§ГЈo de condomГ­nio a sua gestГЈo e conservaГ§ГЈo, em conformidade com o
regime jurГ­dico da propriedade horizontal e com o Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio.
As instalaГ§Гµes terГЈo de ser efectuadas seguindo rigorosamente o projectado. DeverГЈo tambГ©m
respeitar todos os regulamentos e disposiГ§Гµes camarГЎrias relativos Г execuГ§ГЈo das
intervenГ§Гµes na urbanizaГ§ГЈo.
As boas regras de execuГ§ГЈo sГЈo uma exigГЄncia para que a instalaГ§ГЈo possa ser aceite e seja
possГ­vel dar garantias ao dono da obra, e posteriormente Г autarquia, no caso das urbanizaГ§Гµes
pГєblicas.
Os materiais terГЈo de estar de acordo com a listagem apresentada no projecto, sГі podendo ser
substituГ­dos mediante justificaГ§ГЈo escrita que ficarГЎ apensa Г restante documentaГ§ГЈo da
instalaГ§ГЈo.
4.1.1
CONDIÇÕES DE ESTABELECIMENTO
As ITUR deverГЈo ser estabelecidas de forma a nГЈo causar perturbaГ§Гµes a outras infra-estruturas
existentes, ter os seus elementos convenientemente identificados, facilitando a sua pesquisa e a
reparaГ§ГЈo de avarias.
No seu estabelecimento, as ITUR deverГЈo eliminar todos os perigos previsГ­veis para pessoas e
bens.
4.1.2
INACESSIBILIDADE DOS ELEMENTOS
Todos os elementos das ITUR deverГЈo ser apenas acessГ­veis a pessoas suficientemente
informadas, ou vigiadas por pessoa qualificada, dotada de conhecimentos tГ©cnicos ou
experiГЄncia suficiente, que lhe permitam evitar os possГ­veis perigos que possam advir das
telecomunicaГ§Гµes. No acesso, deverГЎ ser salvaguardado o sigilo das comunicaГ§Гµes, durante a
execuГ§ГЈo, ampliaГ§ГЈo, alteraГ§ГЈo e exploraГ§ГЈo das ITUR.
pГЎg. 65
4.1.3
RESPEITO DE OUTROS DIREITOS
Na execuГ§ГЈo, ampliaГ§ГЈo, alteraГ§ГЈo e exploraГ§ГЈo das ITUR, deverГЎ respeitar-se o patrimГіnio
cultural, estГ©tico e cientГ­fico, em especial quando tiverem valor histГіrico, ecolГіgico, paisagГ­stico
ou arquitectГіnico. DeverГЈo ser sempre garantidas o mГ­nimo de perturbaГ§Гµes causadas aos
diversos serviГ§os de interesse pГєblico ou particular.
4.1.4
ACORDOS COM OUTRAS ENTIDADES
Sempre que a situaГ§ГЈo o justifique, deverГЈo ser feitos acordos com outras entidades
intervenientes no local do estabelecimento das ITUR, de forma a garantir a boa execuГ§ГЈo dos
trabalhos e evitar os perigos que possam advir dos trabalhos em execuГ§ГЈo.
4.2
REDE DE TUBAGENS
A rede de tubagens a estabelecer, serГЎ constituГ­da pelos diversos elementos previstos, tendo
como base as redes de cabos a instalar, no caso das ITUR privadas e prever no caso das ITUR
pГєblicas, devendo ser utilizados os passeios, como locais de preferГЄncia para o seu
estabelecimento.
O traГ§ado da rede serГЎ condicionado pelas redes de cabos integrantes das ITUR e pelos
elementos que lhe dГЈo funcionalidade, equipamentos activos e passivos, de repartiГ§ГЈo, de
protecГ§ГЈo, sistemas de antenas e interfaces de rede.
A execuГ§ГЈo das ITUR, terГЎ obrigatoriamente como base, um projecto de execuГ§ГЈo, que cumpra
o definido na legislaГ§ГЈo em vigor. O responsГЎvel pela sua execuГ§ГЈo, deverГЎ apresentar junto da
entidade licenciadora, o respectivo termo de responsabilidade de execuГ§ГЈo, aquando do
licenciamento. Dever-se-ГЎ evitar sempre que possivel, a colocaГ§ГЈo de infra-estruturas de
telecomunicaГ§Гµes em locais com risco de explosГЈo, locais de estacionamento pГєblico ou
privado, junto a paragens de autocarro, tГЎxis, etc.
TerГЈo de ser cumpridas todas as exigГЄncias legais e regulamentares em vigor antes do inГ­cio
dos trabalhos, bem como a sua compatibilizaГ§ГЈo e coordenaГ§ГЈo com outras entidades, que
desenvolvam obras de subsolo e que estejam ou venham a decorrer em tempo considerado Гєtil,
no local.
DeverГЈo ser aplicadas as boas regras de construГ§ГЈo, boa utilizaГ§ГЈo dos equipamentos e
materiais e dado cumprimento Г s disposiГ§Гµes regulamentares em vigor, nomeadamente Г s
emanadas pelas entidades intervenientes.
Se no decorrer das obras for necessГЎrio proceder Г alteraГ§ГЈo do projecto, que implique
alteraГ§Гµes da capacidade ou modificaГ§ГЈo da estrutura e arquitectura da rede, deverГЎ ser
apresentado aditamento ao projecto, pelo projectista ou por um outro projectista, nomeado por si
para o efeito e para o acto jГЎ referido anteriormente.
Sempre que se pretenda executar trabalhos nas ITUR em serviГ§o, deverГЈo ser notificados
previamente, todos os operadores com redes instaladas na zona.
ConcluГ­das as ITUR deverГЎ ser registada num sistema de georreferenciaГ§ГЈo a posiГ§ГЈo e traГ§ado
das redes de tubagens e cablagem, a anexar Г documentaГ§ГЈo geral do projecto. Os donos de
obra ou operadores (proprietГЎrios das infra-estruturas instaladas), deverГЈo identificar as suas
infra-estruturas de forma clara, para que sejam contactados no caso de obras de intervenГ§ГЈo na
mesma.
Todas as obras nas ITUR sГі poderГЈo ser realizadas por empresas detentoras do respectivo
AlvarГЎ emitido pela InCI (Instituto da ConstruГ§ГЈo e do ImobiliГЎrio) e dirigidas por engenheiros
electrotГ©cnicos e engenheiros tГ©cnicos com especialidade de electrotecnia, inscritos em
pГЎg. 66
associaГ§Гµes pГєblicas de natureza profissional, que os considerem habilitados para o efeito, ou
as pessoas colectivas que tenham a colaboraГ§ГЈo de pelo menos um engenheiro electrotГ©cnico
ou de um engenheiro tГ©cnico, com a especialidade de electrotecnia, inscritos em associaГ§Гµes
pГєblicas de natureza profissional, que os considerem habilitados para o efeito.
CONDIÇÕES TÉCNICAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
A execuГ§ГЈo de trabalhos em ITUR, envolvem na sua generalidade as seguintes tarefas:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
ImplantaГ§ГЈo/Piquetagem;
EscavaГ§ГЈo;
Assentamento das tubagens;
InstalaГ§ГЈo e/ou construГ§ГЈo de cГўmaras de visita;
InstalaГ§ГЈo de armГЎrios, nichos ou outros elementos das ITUR;
Aterro, compactaГ§ГЈo e repavimentaГ§ГЈo;
ExecuГ§ГЈo das redes de cabos, no caso das ITUR privadas;
Ensaios e relatГіrios;
Telas finais e elementos cadastrais.
ImplantaГ§ГЈo/Piquetagem
ApГіs a preparaГ§ГЈo do terreno deverГЎ ser feita a implantaГ§ГЈo da rede, de acordo com o projecto.
EscavaГ§ГЈo
Os trabalhos de escavaГ§ГЈo deverГЈo ser precedidos de todos os procedimentos de seguranГ§a,
dando cumprimento ao respectivo plano.
A abertura da vala que vai albergar a rede de tubagens e/ou outros elementos da rede, deverГЎ
ser executada tendo em conta o respectivo projecto e de acordo com todas as regras da
seguranГ§a e da construГ§ГЈo, constantes na legislaГ§ГЈo em vigor.
O posicionamento das tubagens deverГЎ ser feito atravГ©s de elementos adequados e indicados
pelos fabricantes, garantindo assim uma boa execuГ§ГЈo e funcionalidade da rede a estabelecer.
A existГЄncia de obstГЎculos ou de outras infra-estruturas, que condicionem o estabelecimento da
rede, poderГЎ obrigar ao seu desvio, ou aprofundamento e passagem pela parte inferior das
mesmas. Nunca o seu estabelecimento poderГЎ ser feito acima da cota mГ­nima definida neste
regulamento.
De forma garantir a integridade de outras infra-estruturas existentes no local, deverГЈo ser
tomadas todas medidas consideradas necessГЎrias, sendo estas da responsabilidade da
entidade executora da obra, assumindo esta qualquer dano que venha a ocorrer.
Todos os materiais resultantes da escavaГ§ГЈo das valas e dos outros elementos da rede, que
venham a ser utilizados para o seu aterro, deverГЈo ficar acondicionados ao longo das valas, a
uma distГўncia estipulada na legislaГ§ГЈo em vigor. Os materiais sobrantes deverГЈo ser removidos
para local previamente definido.
Assentamento das tubagens
As tubagens e materiais a instalar estГЈo indicados no respectivo projecto, devendo este ser
escrupulosamente executado.
A vala que vai albergar as tubagens deverГЎ ter o seu leito previamente regularizado com a
utilizaГ§ГЈo de pГі de pedra, saibro ou terra cirandada, com pelo menos 5cm de espessura.
pГЎg. 67
Os tubos a instalar serГЈo envolvidos tambГ©m em pГі de pedra, de acordo com o indicado na
figura seguinte:
Figura 38 – Fotografia de uma vala técnica com a interligação de tubagens numa caixa de visita
Sempre que seja necessГЎrio efectuar a uniГЈo entre tubos, esta deverГЎ ser executada atravГ©s de
dispositivos de abocardamento macho-fГЄmea e utilizadas colas adequadas, garantindo assim
uma uniГЈo perfeita e uma boa estanquicidade das tubagens a estabelecer.
As tubagens deverГЈo ser posicionadas com auxГ­lio de pentes de guia ou espaГ§adeiras
adequadas, de forma garantir uma boa execuГ§ГЈo do trabalho.
Todas as tubagens vazias deverГЈo ser devidamente tamponadas.
Aterro, compactaГ§ГЈo e pavimentaГ§ГЈo
Todos os produtos resultantes da escavaГ§ГЈo dos solos poderГЈo ser repostos, desde que
devidamente cirandados e que garantam uma boa compactaГ§ГЈo, caso contrГЎrio deverГЈo ser
removidos e substituГ­dos por pГі de pedra ou saibro.
Qualquer tipo de trabalhos a executar na via pГєblica carece de autorizaГ§ГЈo das entidades
competentes.
Tubagem em tubo de PEAD
ApГіs a instalaГ§ГЈo de todos os tubos da rede, estes deverГЈo ser cobertos de pГі de pedra ou
saibro, com uma camada de 15 cm de espessura.
O aterro da vala que alberga os tubos da rede deve ser executado em camadas de 15cm de
espessura, regadas e compactadas mecanicamente, ou por outro tipo de processo adequado.
Tritubo
No estabelecimento do tritubo este deverГЎ ficar acima dos outros tubos, usando para seu leito
uma camada de pГі de pedra ou saibro, com 5 cm de espessura, devidamente compactado.
O seu alinhamento deverГЎ ser recto e sem emendas ou uniГµes.
SerГЎ coberto, por camada de pГі de pedra ou saibro, com 15 cm de espessura, regado e batido.
LigaГ§ГЈo de tubos para entrada de edifГ­cio e outros equipamentos
De modo a garantir um bom funcionamento da ligaГ§ГЈo Г rede, deve eliminar-se a possibilidade
de infiltraГ§ГЈo de ГЎgua nos edifГ­cios. Para tal, a entrada dos tubos nos edifГ­cios, deverГЎ ser
pГЎg. 68
sempre feita de forma ascendente e com inclinaГ§ГЈo igual ou superior a 10%. Todos os tubos nГЈo
utilizados, deverГЈo estar devidamente tamponados com dispositivos adequados e indicados pelo
fabricante.
REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS
Toda a reposiГ§ГЈo de pavimento e o enchimento das tampas das CV, deverГЎ respeitar a estrutura
do jГЎ existente no local, devendo ser estes trabalhos executados tendo em observГўncia as boas
regras da tГ©cnica, da seguranГ§a e todas as normas de execuГ§ГЈo e de toda a regulamentaГ§ГЈo
em vigor.
4.2.1
ESQUEMAS DE AGRUPAMENTO DE TUBAGEM
Os quadros seguintes apresentam os agrupamentos, ou formaГ§Гµes, possГ­veis de se constituir na
instalaГ§ГЈo de uma infra-estrutura ITUR.
FORMAÇÕES COM
ENVOLVIMENTO EM PГ“ DE PEDRA
OU AREIA E UM TRITUBO
Tipo
FormaГ§ГЈo
Dtubos=110 mm
Bloco de tubagens
Dtubos=90 mm
Bloco de tubagens
Dtubos=50 mm
Bloco de tubagens
N.Вє Tubos
H [m]
L [m]
H [m]
L [m]
H [m]
L [m]
F2
2+1T
0,380
0,350
0,360
0,310
0,320
0,280
F2A
2+1T
0,310
0,560
0,290
0,520
0,250
0,440
F3
3+1T
0,380
0,490
0,360
0,430
0,320
0,310
F4
4+1T
0,520
0,350
0,480
0,310
0,400
0,280
F4A
4+1T
0,380
0,630
0,360
0,550
0,320
0,390
F6
6+1T
0,520
0,490
0,480
0,430
0,400
0,310
F8
8+1T
0,520
0,630
0,480
0,550
0,400
0,390
F9
9+1T
0,660
0,490
0,600
0,430
0,480
0,310
F10
10 + 1 T
0,520
0,770
0,480
0,670
0,400
0,470
F12
12 + 1 T
0,520
0,910
0,480
0,790
0,400
0,550
Tabela 18 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em pó de pedra ou areia
pГЎg. 69
FORMAÇÕES COM
ENVOLVIMENTO EM BETГѓO E UM
TRITUBO
Tipo
FormaГ§ГЈo
Dtubos=110 mm
Bloco de tubagens
Dtubos=90 mm
Bloco de tubagens
Dtubos=50 mm
Bloco de tubagens
N.Вє Tubos
H [m]
L [m]
H [m]
L [m]
H [m]
L [m]
F2
2+1T
0,210
0,280
0,190
0,240
0,150
0,220
F2A
2+1T
0,150
0,480
0,130
0,440
0,090
0,360
F3
3+1T
0,210
0,410
0,190
0,350
0,150
0,230
F4
4+1T
0,340
0,280
0,300
0,240
0,220
0,220
F4A
4+1T
0,210
0,540
0,190
0,460
0,150
0,300
F6
6+1T
0,340
0,410
0,300
0,350
0,220
0,230
F8
8+1T
0,340
0,540
0,300
0,460
0,220
0,300
F9
9+1T
0,470
0,410
0,410
0,350
0,290
0,230
F10
10 + 1 T
0,340
0,670
0,300
0,570
0,220
0,370
F12
12 + 1 T
0,340
0,800
0,300
0,680
0,220
0,440
H – Pé direito
L – Largura
Tabela 19 – Esquema de agrupamento de tubagem com envolvimento em betão
4.2.2
CГ‚MARAS DE VISITA
Na construГ§ГЈo das cГўmaras deverГЈo seguir-se as boas regras da arte, as estabelecidas no
projecto e devem respeitar-se os prazos para tapamento e carga estabelecidos no regulamento
de Estruturas de BetГЈo Armado PrГ©-esforГ§ado.
As cГўmaras deverГЈo ser construГ­das com betГЈo C20/25 e AГ§o A400, salvo se o projecto
determinar outra especificaГ§ГЈo.
As tampas das cГўmaras de visita devem estar perfeitamente niveladas com o pavimento. Para
tal, caso haja necessidade poderГЎ ser acrescentada a chaminГ©, utilizando-se para o efeito um
anel cilГ­ndrico prГ©-fabricado. Nas cГўmaras em que nГЈo exista chaminГ©, estas deverГЈo ser
pГЎg. 70
ampliadas ou reduzidas, mas sem ultrapassar as dimensГµes mГ­nimas estabelecidas, para
efectuar o referido nivelamento.
Nas cГўmaras de visita deverГЈo ser colocados degraus que facilitem o acesso ao seu interior,
devendo igualmente ser instaladas Гўncoras, barras de suporte e outras previstas no projecto.
Tendo em vista a melhoria da estanquicidade das cГўmaras de visita, recomenda-se que na
ligaГ§ГЈo dos tubos Г s paredes de betГЈo seja usada fita expansГ­vel com a humidade, envolvendo
os tubos na espessura das paredes.
As cГўmaras de visita devem ser rebocadas com argamassa de cimento e areia ao traГ§o de 1:3,
com cerca de 2 cm de espessura, sendo alisado a colher. DeverГЎ ser incorporado um isolante
de humidade no reboco.
As cГўmaras de visita, deverГЈo ser estanques, de tipo normalizado e executadas de acordo com
o respectivo desenho de pormenor, podendo ser prГ©-fabricadas ou construГ­das no local de
implantaГ§ГЈo.
A laje de fundo e paredes deverГЈo ser em betГЈo armado, a laje de tecto serГЎ igualmente em
betГЈo armado, dimensionada em funГ§ГЈo do trГЎfego circulante na via onde se situa, utilizando
como mГ­nimo em ambos os casos, betГЈo da classe C20/25.
No interior das CV, deverГЎ ser gravado o seu tipo e respectivo nГєmero identificativo, de acordo
com o projecto, bem como aplicados os respectivos acessГіrios (degraus, Гўncoras,
poleias/suportes plastificados), negativos adequados a instalaГ§ГЈo das tubagens e preparadas
para assentamento do aro, o fundo da cГўmara de visita serГЎ executado com pendente para o
seu centro, onde serГЎ executada uma concha com 20 cm de diГўmetro e 20 cm de profundidade,
de forma a permitir o escoamento de ГЎguas no fundo das cГўmaras, jГЎ referido anteriormente.
A ligaГ§ГЈo da rede de tubagens Г s cГўmaras deverГЎ ser feita atravГ©s de adoГ§amento das paredes,
de forma eliminar arestas que possam danificar o manto dos cabos.
Todos os tubos deverГЈo ser dotados de guias de material adequado, que permita o reboque dos
cabos, ficando tamponados no interior das cГўmaras de visita.
Os aros e tampas das CV deverГЈo cumprir as normas em vigor e ser definidas em funГ§ГЈo do
local de instalaГ§ГЈo, devendo ser da classe B125 se instaladas em passeios e da classe D400 se
instaladas na faixa de rodagem, deverГЈo ainda ser identificadas com a palavra
“Telecomunicações” gravada.
As CГўmaras de Visita estГЈo interligadas entre si por um mГ­nimo de 2 tubos tipo PEAD110,
destinados Г s redes de pares de cobre e Г rede de cabos coaxiais e um tritubo PEAD40, que
poderГЎ albergar a duas redes de fibra Гіptica em cada furo, ficando com um de reserva.
A ligaГ§ГЈo entre as CV e os elementos da rede, deverГЎ ser feita com um mГ­nimo de 2 tubos
PEAD63, no caso da interligaГ§ГЈo com um edifГ­cio com uma fracГ§ГЈo autГіnoma.
Ligação à Terra – As câmaras do tipo CVC, CVR, CVI, CVL, e CVT devem ser dotadas de
placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha de expansГЈo aplicado na parede da
cГўmara com parafuso de 5 cm a 10 cm de comprimento e 1 cm a 1,3 cm de diГўmetro com a
respectiva porca no caso do chumbadouro).
4.2.3
NUMERAÇÃO DE CÂMARAS DE VISITA (ROTULAÇÃO)
Os elementos constitutivos da rede de tubagem devem ser numerados, sequencialmente por
cada tipo: cГўmara, troГ§o de tubagem, armГЎrio ou pedestal, de Sul para Norte e de Oeste para
Este, sequencialmente ao longo de cada directriz, com a indicaГ§ГЈo P para principal e D para
distribuiГ§ГЈo.
pГЎg. 71
As directrizes das Redes de DistribuiГ§ГЈo serГЈo consideradas sequencialmente a partir das
cГўmaras da Rede Principal de numeraГ§ГЈo baixa, atГ© Г s de numeraГ§ГЈo mais elevada.
As cГўmaras devem ter o n.Вє gravado no reboco e pintado com tinta preta indelГ©vel Г entrada, no
lado oposto Г da colocaГ§ГЈo dos degraus.
Em expansГµes para novas urbanizaГ§Гµes, a rede de tubagem a ser projectada terГЎ que ser
interligada Г rede principal de tubagem existente. Aqui, caso surja um projecto de uma nova
urbanizaГ§ГЈo, deverГЎ obviamente possuir nova numeraГ§ГЈo.
N
P8
P6
D15
P7
P4
P5
D16
D14
D12
D11
P3
D13
P2
D9
D10
P1
ATU
OPERADOR
Figura 39 – Diagrama topológico a evidenciar a numeração das caixas de visita
4.2.4
PEDESTAIS
Os pedestais deverГЈo ser construГ­dos em cimento de acordo com o estabelecido no projecto,
devendo os tubos ser devidamente tamponados de forma a evitar as infiltraГ§Гµes de ГЎgua.
As ligaГ§Гµes de terra e a ligaГ§ГЈo Г rede elГ©ctrica devem ficar asseguradas, quando tal for previsto
no projecto.
4.2.5
ITUR
INSTALAÇÃO DE ARMÁRIOS, NICHOS OU OUTROS ELEMENTOS DA
A instalaГ§ГЈo destes elementos de rede, deverГЎ ser feita usando como base um maciГ§o
adequado, que pode ser prГ©-fabricado ou construГ­das no local de implantaГ§ГЈo, em betГЈo da
classe C20/25.
pГЎg. 72
4.2.6
CABLAGEM MГЌNIMA
A cablagem serГЎ apenas instalada nas ITUR privadas. Nas ITUR pГєblicas, o seu
estabelecimento serГЎ da inteira responsabilidade dos operadores de comunicaГ§Гµes electrГіnicas.
pГЎg. 73
5
PROTECÇÃO DE PESSOAS E BENS
5.1
TERRAS DE PROTECÇÃO
De forma a garantir a seguranГ§a de pessoas e bens e qualidade de serviГ§o, as redes de
telecomunicaГ§Гµes deverГЈo garantir um escoamento fГЎcil de todas as perturbaГ§Гµes a nГ­vel
elГ©ctrico e radioelГ©ctrico.
De uma forma abrangente deverГЈo ser seguidas as indicaГ§Гµes constantes das Normas
Europeias aplicГЎveis, nomeadamente as constantes da EN 50310, e as previstas nas Regras
TГ©cnicas das InstalaГ§Гµes ElГ©ctricas de Baixa TensГЈo (RTIEBT), aprovadas pela
Portaria nВє 949-A/2006, estabelecem alguns conceitos e critГ©rios para a definiГ§ГЈo das redes de
terras de protecГ§ГЈo e de equipotencializaГ§ГЈo das instalaГ§Гµes elГ©ctricas em edifГ­cios, com vista Г protecГ§ГЈo das pessoas contra contactos indirectos.
As condiГ§Гµes a seguir referidas deverГЈo ser consideradas como mГ­nimas, sem prejuГ­zo da
adopГ§ГЈo de outras soluГ§Гµes tecnicamente mais evoluГ­das.
Nessas Regras sГЈo estabelecidas condiГ§Гµes que conduzem Г definiГ§ГЈo de critГ©rios para ligaГ§ГЈo
Г terra de outro tipo de instalaГ§Гµes como Г© o caso das instalaГ§Гµes de equipamentos
informГЎticos. Indirectamente, podem estabelecer-se critГ©rios para a ligaГ§ГЈo Г terra das
InstalaГ§Гµes de TelecomunicaГ§Гµes.
As ITUR devem estar protegidas contra perturbaГ§Гµes provocadas por descargas elГ©ctricas
atmosfГ©ricas, assim como contra a influГЄncia electromagnГ©tica das linhas de transporte de
energia de alta e baixa tensГЈo, que poderГЈo provocar nelas o aparecimento de potenciais
estranhos, quer por contacto directo quer por induГ§ГЈo.
A protecГ§ГЈo Г© conseguida com a colocaГ§ГЈo de ГіrgГЈos de protecГ§ГЈo, tambГ©m objecto de
referГЄncia nas RTIEBT e o modo de ligaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das
InstalaГ§Гµes TelefГіnicas, que tГЄm como objectivo interromper o circuito e escoar para a terra as
correntes provocadas pelas descargas elГ©ctricas.
De acordo com a secГ§ГЈo 413 das RTIEBT, a protecГ§ГЈo de pessoas contra contactos indirectos Г©
assegurada pela ligaГ§ГЈo Г terra de todas as massas metГЎlicas normalmente sem tensГЈo,
embora associada Г utilizaГ§ГЈo de aparelhos de corte automГЎtico sensГ­veis Г corrente diferencial
– residual, instalados nos quadros.
A ligaГ§ГЈo das massas Г terra deverГЎ ser efectuada pelo condutor de protecГ§ГЈo incluГ­do em
todas as canalizaГ§Гµes e ligado ao circuito geral de terras atravГ©s dos quadros. Os condutores de
protecГ§ГЈo serГЈo sempre de cor verde/amarelo, do tipo dos condutores activos e de secГ§ГЈo igual
Г dos condutores de neutro.
SerГЎ ainda de evidenciar as Regras TГ©cnicas, na secГ§ГЈo 707, tambГ©m apresentam critГ©rios para
a ligaГ§ГЈo Г terra dos equipamentos de tratamento da informaГ§ГЈo com as instalaГ§Гµes fixas dos
edifГ­cios. De algum modo estes critГ©rios podem ser condicionantes para a ligaГ§ГЈo Г terra dos
equipamentos de TelecomunicaГ§Гµes.
Estas regras aplicam-se Г s instalaГ§Гµes situadas a jusante do ponto de ligaГ§ГЈo do equipamento,
podendo, tambГ©m, aplicar-se a instalaГ§Гµes que nГЈo sejam de tratamento da informaГ§ГЈo desde
que tenham correntes de fuga de valor elevado (estas ao circularem nos condutores de
protecГ§ГЈo e nos elГ©ctrodos de terra, podem ocasionar aquecimentos excessivos, degradaГ§Гµes
locais ou perturbaГ§Гµes) em consequГЄncia do cumprimento das regras de antiparasitagem (por
exemplo, os equipamentos de telecomunicaГ§Гµes).
As RT 707.545 apresentam tambГ©m critГ©rios para terras sem ruГ­do. Consideram nomeadamente
que uma terra sem ruГ­do Г© uma ligaГ§ГЈo Г terra na qual o nГ­vel das interferГЄncias transmitidas a
pГЎg. 74
partir de fontes externas nГЈo causa defeitos de funcionamento inaceitГЎveis no equipamento de
tratamento da informaГ§ГЈo ou em equipamento anГЎlogo.
A ligaГ§ГЈo entre os condutores e a terra Г© efectuada atravГ©s dos designados elГ©ctrodos de terra.
Quanto Г s propriedades elГ©ctricas de uma ligaГ§ГЈo Г terra, dependem essencialmente dos
seguintes parГўmetros:
п‚„ ImpedГўncia da terra;
п‚„ ConfiguraГ§ГЈo do elГ©ctrodo de terra.
Em circuitos de corrente alternada, deve ser considerada a impedГўncia de terra, que Г© a
impedГўncia entre o sistema de terras e a terra de referГЄncia para uma determinada frequГЄncia
de funcionamento. A reactГўncia do sistema de terras Г© a reactГўncia do condutor de terra e as
partes metГЎlicas do elГ©ctrodo de terra. A baixas frequГЄncias esta reactГўncia Г© desprezГЎvel
quando comparada com a resistГЄncia de terra.
A resistГЄncia de terra depende da profundidade a que o elГ©ctrodo se encontrada enterrado. Este
fenГіmeno deve-se ao facto do conteГєdo da humidade do terreno ser mais estГЎvel, e em maior
quantidade, nas camadas mais profundas do terreno. As camadas mais prГіximas da superfГ­cie
sГЈo mais sensГ­veis Г s variaГ§Гµes das estaГ§Гµes do ano e podem inclusive sofrer a influГЄncia das
geadas.
LigaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas
Nas Regras TГ©cnicas - Anexo V apresentam-se os critГ©rios para a ligaГ§ГЈo entre os
descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas e Г s instalaГ§Гµes fixas dos edifГ­cios.
Desse anexo transcrevemos alguns trechos que nos parecem mais significativos:
“Os descarregadores de sobretensão das instalações telefónicas podem ser ligados aos
elГ©ctrodos de terra das massas das instalaГ§Гµes elГ©ctricas desde que sejam respeitadas
simultaneamente as seguintes condiГ§Гµes:
a) A resistГЄncia do elГ©ctrodo seja compatГ­vel com as condiГ§Гµes exigidas para a ligaГ§ГЈo Г terra
dos descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes telefГіnicas.
b) O condutor de ligaГ§ГЈo Г terra dos descarregadores de sobretensГЈo das instalaГ§Гµes
telefГіnicas seja ligado directamente ao terminal principal de terra do edifГ­cio por meio de um
condutor que não seja identificado pela cor verde -amarela.”
“Se as características e as disposições do eléctrodo de terras das massas da instalação
elГ©ctrica nГЈo forem adequadas Г s correntes resultantes de uma descarga atmosfГ©rica, deve ser
utilizado um elГ©ctrodo de terra especial para os descarregadores de sobretensГЈo das
instalaГ§Гµes telefГіnicas, como pode ser o caso dos elГ©ctrodos que nГЈo sejam anГ©is de fundaГ§ГЈo
dos edifГ­cios. Os dois elГ©ctrodos de terra devem, neste caso, ser interligados por um condutor
de equipotencialidade de secГ§ГЈo nГЈo inferior a 6 mm2, se de cobre, ou de secГ§ГЈo equivalente,
se de outro material, identificado como condutor de protecção pela cor verde - amarela.”
Em sГ­ntese, pode afirmar-se que as implicaГ§Гµes das Regras TГ©cnicas das InstalaГ§Гµes ElГ©ctricas
de Baixa TensГЈo sГЈo as seguintes:
1 - Todos os sistemas e equipamentos de telecomunicaГ§Гµes, desde que com componentes
metГЎlicos (normalmente sem tensГЈo) deverГЈo estar devidamente ligados ao elГ©ctrodo de terras
de fundaГ§Гµes do edifГ­cio;
2 - Cada um dos sistemas tais como pГЎra-raios, deverГЈo estar ligados Г terra com elГ©ctrodo
dedicado mas equipotencializados com a terra geral do edifГ­cio;
3 - Toda a estrutura metГЎlica (vigas, perfis, etc.), constitutivas do edifГ­cio, deverГЈo estar
equipotencializadas com a terra;
pГЎg. 75
4 - Os equipamentos de telecomunicaГ§Гµes deverГЈo ser ligados Г terra geral do edifГ­cio,
independentemente de possuГ­rem tambГ©m elГ©ctrodos de terra dedicados, que todavia estarГЈo
equipotencializadas com a terra.
5.2
PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES
As ITUR terГЈo obrigatoriamente um sistema de terras de protecГ§ГЈo, de acordo com a
regulamentaГ§ГЈo em vigor, que incluirГЎ todos os armГЎrios, dispositivos activos e passivos, e
sistemas de antenas, os quais deverГЈo ser dimensionados e calculados, constando do projecto.
pГЎg. 76
6
ENSAIOS
Os ensaios a realizar destinam-se a verificar a conformidade entre o projecto e a obra.
A seguir caracterizam-se um conjunto de ensaios, cuja finalidade Г© verificar as caracterГ­sticas
das infra-estruturas, nomeadamente no respeitante Г s redes de tubagens, terras de protecГ§ГЈo e
aos diversos sistemas de cablagem, no caso das ITUR privadas.
Os ensaios aqui referidos deverГЈo ser efectuados durante e apГіs a instalaГ§ГЈo das ITUR, pelo
tГ©cnico responsГЎvel pela sua execuГ§ГЈo.
O tГ©cnico responsГЎvel pela execuГ§ГЈo das ITUR constituirГЎ um RelatГіrio de Ensaios de
Funcionalidade (REF), baseado nos ensaios aqui referenciados e nos critГ©rios definidos.
6.1
REDES DE TUBAGEM
Os ensaios a realizar terГЈo de ser feitos por pessoas com qualificaГ§ГЈo adequada, baseados nos
seguintes requisitos:
п‚·
Rede de tubagens:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
CГўmaras de visita
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
NГєmero de tubos instalados de acordo com o projecto;
DiГўmetros dos tubos;
Os 2 pontos anteriores deverГЈo ser verificados e registados no REF, assim como na
ficha tГ©cnica de instalaГ§ГЈo, observando todas as tubagens no interior da vala tГ©cnica
antes do fecho da mesma, por parte do instalador ITUR;
TroГ§os de tubos ensaiados com mandril (rato) e escovilhГЈo - utilizaГ§ГЈo para ensaios
de desobstruГ§ГЈo;
Cotas e distГўncias;
Profundidade de instalaГ§ГЈo dos diversos elementos da rede;
Aterro das valas com os materiais exigidos;
Rede de sinalizaГ§ГЈo instalada Г profundidade adequada;
Grau de compactaГ§ГЈo de acordo com o regulamento;
InterligaГ§ГЈo entre diversos elementos da rede;
LigaГ§ГЈo aos lotes;
LigaГ§ГЈo Г rede pГєblica;
Guias de reboque.
NГєmero de CV, de acordo com o projecto;
DimensГµes normalizadas das CV;
ExistГЄncia de sifГЈo de escoamento;
ExecuГ§ГЈo de espelhos, de acordo com o exigido;
Tubos vazios devidamente tamponados;
Assentamento de aros e tampas;
CV niveladas face ao pavimento final;
ColocaГ§ГЈo de ferragens de acordo com as normas;
CV rebocadas e pintadas com tinta de cor branca, com interior limpo e seco;
CV numeradas;
CV com as bases de espessura regulamentar e em boas condiГ§Гµes;
Tampas tipo Norma EN 124.
Pavimento em redor das CV
п‚·
Espessura do pavimento de acordo com o estipulado;
pГЎg. 77
п‚·
п‚·
п‚·
Nivelamento do pavimento face ao existente;
ExecuГ§ГЈo do pavimento de acordo com o regulamento.
ArmГЎrios e nichos
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
ColocaГ§ГЈo adequada;
LigaГ§ГЈo aos outros elementos da rede;
LigaГ§ГЈo de elementos activos e passivos;
Energia elГ©ctrica, quando necessГЎrio;
Terras de protecГ§ГЈo.
Tubo
DiГўmetro (mm)
PEAD D110
90
Comprimento (mm)
250 a 1000
PEAD D63
29
650
Tritubo D40
29
650
Tabela 20 - CaracterГ­sticas do mandril (vulgarmente conhecido por rato)
6.2
ENSAIOS DE REDES DE PARES DE COBRE
Os ensaios obrigatГіrios, a realizar pelo instalador, sГЈo os constantes da tabela seguinte. Os
pontos de ensaio sГЈo definidos pelo projectista, de forma a garantir o correcto funcionamento
das redes PC:
Rede de Cabos
Pontos de ensaio
ParГўmetro a medir
Par de Cobre
SecundГЎrio do RU-PC
ao primГЎrio RG-PC (ou
CEMU)
Continuidade
Tabela 21 – Ensaios obrigatórios nas redes PC
6.3
ENSAIOS EM REDES DE CABOS COAXIAIS
Os ensaios obrigatГіrios a realizar pelo instalador, nas redes de CATV e MATV/SMATV, sГЈo os
seguintes:
Rede de Cabos
Pontos de ensaio
Classe a garantir
CATV
SecundГЎrio do RU-CC (CATV)
ao primГЎrio do RG-CC
TCD-C-H
SMATV
SecundГЎrio do RU-CC (MATV)
ao primГЎrio RG-CC
TCD-C-H
Tabela 22 – Ensaios obrigatórios nas redes de CATV e MATV/SMATV
Para a garantia da classe da ligaГ§ГЈo deverГЈo ser realizados obrigatoriamente os seguintes
ensaios:
pГЎg. 78
Ensaios a realizar
Classe a
garantir
TCD-C-H
Rede de cabos
Tipo de ensaio
CATV
AtenuaГ§ГЈo
MATV/SMATV (caso se
utilize esta rede como
opГ§ГЈo Г rede CATV)
NГ­vel de sinal
RelaГ§ГЈo Portadora/RuГ­do (C/N)
BER (“Bit Error Rate”) para sinais digitais
Tabela 23 – Ensaios obrigatórios de CATV e MATV/SMATV
6.3.1
REDE DE CATV
DeverГЎ ser cumprida a Classe de ligaГ§ГЈo TCD-C-H para as frequГЄncias teste de 60, 90 e
750MHz. Desta forma nГЈo deverГЈo ser excedidos os valores das atenuaГ§Гµes mГЎximas previstas
pelo projectista.
Para avaliar se os valores das atenuaГ§Гµes sГЈo ou nГЈo cumpridos, deverГЎ efectuar-se o ensaio
de atenuaГ§ГЈo desde o secundГЎrio do RU-CC/CATV, atГ© Г s terminaГ§Гµes a jusante, podendo
efectuar-se medidas troГ§o a troГ§o.
Para a realizaГ§ГЈo deste ensaio deverГЎ ser utilizado o seguinte mГ©todo, utilizando um Gerador de
RuГ­do e um Analisador/Medidor de nГ­vel:
1 - O Gerador de RuГ­do deverГЎ ser ligado directamente ao medidor de nГ­vel. Para esta ligaГ§ГЈo
deverГЈo ser utilizados dois chicotes coaxiais, com o mГ­nimo de 0,5m de comprimento cada. A
medida serГЎ registada. Os chicotes nГЈo deverГЈo ser substituГ­dos durante todo o processo de
medida.
pГЎg. 79
Figura 40 – Calibração do sistema de medida
2 - ApГіs ser efectuada esta calibraГ§ГЈo, o gerador de ruГ­do deverГЎ ser ligado a uma extremidade
do troГ§o a medir, enquanto que no outro extremo Г© colocado o medidor. A atenuaГ§ГЈo nas
diversas frequГЄncias serГЎ a diferenГ§a entre os dois valores, obrigatoriamente registados no REF.
3 – Deverá ser efectuada uma análise a toda a banda de frequências recebida, de forma a
detectar eventuais alteraГ§Гµes da linearidade do sinal nas tomadas.
Admite-se que durante o processo de medida possam ser utilizados adaptadores ou transiГ§Гµes
de conexГµes numa das extremidades de cada chicote coaxial. No entanto, nunca devem ser
utilizados mais do que um por chicote.
6.3.2
REDE DE MATV/SMATV
Para todos os canais de TV Terrestre ou SatГ©lite, AnalГіgicos ou Digitais, RГЎdio e Sinais internos
modulados, presentes na saГ­da do respectivo RU-CC/MATV/SMATV (Central de CabeГ§a),
deverГЈo ser medidos e registados, em cada ponto de teste definido pelo projectista, de forma a
garantir o funcionamento da rede CC:
п‚· O NГ­vel de Sinal;
п‚· A RelaГ§ГЈo Portadora/RuГ­do (C/N);
п‚· O BER, para sinais digitais.
O RU-CC/MATV/SMATV deverГЎ ser devidamente ajustado, de acordo com os parГўmetros que
constam no projecto.
pГЎg. 80
6.4
ENSAIOS EM CABOS DE FIBRAS Г“PTICAS
SГЈo obrigatoriamente ensaiados os seguintes parГўmetros:
п‚„ AtenuaГ§ГЈo (Perdas de InserГ§ГЈo);
п‚„ Comprimento.
Para a medida destes parГўmetros deverГЈo ser efectuados os seguintes ensaios:
п‚„ Ensaio de perdas totais;
п‚„ Ensaios de reflectometria, quando considerado adequado.
Os ensaios deverГЈo ser efectuados nas ITUR, desde o RU-FO atГ© aos pontos definidos pelo
projectista, de forma a garantir o funcionamento da rede de FO. Os valores dos parГўmetros
medidos deverГЈo estar dentro dos limites definidos na EN50173.
6.4.1
ENSAIOS DE PERDAS TOTAIS
O ensaio de perdas totais mede a atenuaГ§ГЈo da fibra Гіptica na faixa de comprimentos de onda
onde os equipamentos operarГЈo. Para o efeito utilizam-se dois equipamentos:
п‚„ Fonte de luz (emissor), dotada dos comprimentos de onda onde se pretende medir a
atenuaГ§ГЈo Гіptica;
п‚„ Receptor Гіptico, com possibilidade de medida de potГЄncia Гіptica nos comprimentos de
onda pretendidos.
O conjunto destes dois equipamentos Г© habitualmente denominado por Conjunto de Medida de
NГ­vel Г“ptico. Estes equipamentos deverГЈo cumprir os requisitos da norma EN61280-4-2.
Os ensaios deverГЈo ser executados nos seguintes comprimentos de onda:
 Fibras Monomodo – 1310/1550nm
O teste deverГЎ ser efectuado em duas etapas:
1. MediГ§ГЈo da potГЄncia Гіptica (em dBm) de referГЄncia (para cada um dos comprimentos de
onda relevantes), que serГЎ injectada na fibra Гіptica.
2. MediГ§ГЈo da potГЄncia Гіptica (em dBm) apГіs a luz ter percorrido toda a fibra Гіptica sob
ensaio.
3. A diferenГ§a (para cada comprimento de onda) entre os dois valores de potГЄncia da
radiaГ§ГЈo Гіptica Г© o valor da perda (em dB).
Os valores medidos nГЈo deverГЈo ultrapassar a perda mГЎxima admissГ­vel para a ligaГ§ГЈo, que
poderГЎ ser calculada com base na seguinte fГіrmula:
Perda mГЎxima admissГ­vel (PTotal) = Pc + Pj + Pf
Pc = Pconect x Nconect [dB] (Perda nos conectores)
Pj = Pjunta x Njuntas [dB] (Perda nas juntas)
Pf = Pfibra x Ltotal [dB] (Perda na fibra)
Nconect – n.º de conectores
Njuntas – n.º de juntas
Ltotal – comprimento total da ligação
pГЎg. 81
Logo, a perda mГЎxima admissГ­vel serГЎ dada por:
PTotal [dB] = Pconect x Nconect + Pjuntas x Njuntas + Pfibra x Ltotal
O valor do parâmetro “Pconect” será o seguinte:
 Conectores do tipo PC/APC ≤ 0,5dB.
O valor do parâmetro “Pjuntas” será:
п‚„ 0,2dB/junta. No mГЎximo poderГЎ ser de 0,3dB.
O valor do coeficiente “Pfibra” será fornecido pelo fabricante do cabo de fibra óptica. Em caso de
inexistГЄncia deste valor, deverГЈo ser utilizados os seguintes coeficientes de atenuaГ§ГЈo para
cabos monomodo:
Categoria dos
cabos de fibra
Comprimento de
onda (nm)
Coeficientes de
atenuaГ§ГЈo - Pfibra
(dB/km)
1310
1
1550
1
1310
0,4
1550
0,4
OS1
OS2
Tabela X – Coeficientes de atenuação
Os ensaios de perdas totais deverГЈo ser executados nos dois sentidos, sendo o valor real a
mГ©dia aritmГ©tica das duas mediГ§Гµes.
Estes valores deverГЈo ser registados na tabela de perdas totais, constante do REF.
6.4.2
ENSAIOS DE REFLECTOMETRIA (OTDR)
Os ensaios de reflectometria são executados com recurso a um aparelho denominado “OTDR”
(Optical Time Domain Reflectometer).
Os ensaios de reflectometria permitem caracterizar os seguintes pontos:
п‚§
A atenuaГ§ГЈo numa junta/conector;
п‚§
A atenuaГ§ГЈo total em distГўncias especГ­ficas (troГ§os de fibra);
п‚§
Perdas de retorno de eventos reflectivos;
п‚§
Perdas de retorno do Link;
п‚§
DistГўncia dos eventos;
п‚§
O comprimento da fibra em teste;
п‚§
A regularidade da ligaГ§ГЈo.
As unidades e respectivos valores conhecidos pelo OTDR sГЈo:
п‚§
O tempo em que o pulso Г© enviado na fibra;
pГЎg. 82
п‚§
A largura de pulso;
п‚§
A velocidade com que o pulso se desloca na fibra Гіptica.
O tempo que o pulso de luz gasta a percorrer a fibra, reflectir-se e voltar para o detector do
prГіprio OTDR, pode ser medido com precisГЈo por este equipamento. Conhecendo-se este
tempo, o equipamento calcula o comprimento de fibra (em metros).
Num ensaio de OTDR devem fazer-se as seguintes acГ§Гµes:
1. ConfiguraГ§ГЈo do equipamento
Preenchimentos dos campos de identificaГ§ГЈo do ensaio a efectuar:
o
IdentificaГ§ГЈo da ligaГ§ГЈo ou troГ§o de fibra em ensaio.
IndicaГ§ГЈo dos parГўmetros Гіpticos do OTDR:
o
IOR – Índice óptico de refracção – Este valor é dado pelo fabricante do cabo;
o
Pulse with - Largura de Pulso – Quanto menor for o comprimento de cabo a
ensaiar menor deverГЎ ser o valor deste parГўmetro. Em caso de dГєvida deve-se
colocar este parГўmetro no modo automГЎtico;
o
Distance Range – Comprimento da fibra a ensaiar – O valor deste parâmetro
deverГЎ ser o mais prГіximo possГ­vel do total de fibra a ensaiar;
o
Tempo de média – Quanto maior for este valor, melhor será a precisão do ensaio.
Em caso normal utiliza-se um tempo mГ©dio de 10s;
o
Threshold (Splice Loss) – Colocar o menor valor de atenuação possível (0,01dB);
o
Threshold (Return Loss) – 25 dB (o limiar de detecção de Perdas de Retorno
deve ser um valor maior que 60dB. Note-se que quanto maior for o valor, menor
serГЎ o sinal de retorno;
o
Threshold (fiber end) – 10 dB.
2. Conectar uma bobine de carga entre o OTDR e o conector da ODF a ensaiar, e iniciar o
ensaio.
3. Os ensaios devem ser executados nos seguintes comprimentos de onda:
o
Cabos Monomodo:
п‚§
1310nm
п‚§
1550nm
4. Analisar os resultados obtidos e guardar o ensaio.
5. Em caso de se detectar algum valor diferente do esperado, deve-se analisar
pormenorizadamente o ensaio e corrigir a anomalia detectada. Se esta anomalia nГЈo for
de fГЎcil resoluГ§ГЈo, deve-se anotar a mesma para posteriormente se tomarem medidas
correctivas.
6. Deve verificar-se se todos os ensaios foram gravados.
pГЎg. 83
6.5
6.5.1
ENSAIO DA REDE DE TUBAGENS
MEDIDAS MÉTRICAS
Este tipo de ensaio destina-se Г s redes de tubagens das ITUR.
DeverГЈo ser verificados comprimentos, alturas, espaГ§amentos, raios de curvatura, diГўmetros e
outras medidas consideradas necessГЎrias, de modo a cumprir com o disposto no projecto e nas
prescriГ§Гµes tГ©cnicas. Utilizar-se-ГЈo equipamentos para aferiГ§ГЈo de medidas mГ©tricas, tais como
fitas mГ©tricas e paquГ­metros, que nГЈo estГЈo sujeitos a calibraГ§ГЈo.
6.6
EQUIPAMENTOS DE ENSAIO E MEDIDA
Na tabela seguinte sГЈo indicados, a tГ­tulo de referГЄncia, os equipamentos necessГЎrios ao ensaio
das ITUR, de acordo com os tipos de cablagem definidas. De notar que poderГЈo existir
equipamentos anГЎlogos aos indicados e que podem cumprir as mesmas funГ§Гµes.
pГЎg. 84
TIPO DE
CABLAGEM
Pares de
cobre
ENSAIOS E RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS – Requisitos Mínimos
Para todos os ensaios:
п‚„ Equipamento para mediГ§ГЈo de continuidade
NГ­veis de sinal das portadoras, BER, C/N e AtenuaГ§ГЈo:
Coaxial
п‚„ Analisador/Medidor de nГ­vel, com capacidade para efectuar medidas das grandezas em
causa, para frequГЄncias dos 5 aos 2150 MHz;
п‚„ Gerador de ruГ­do, com capacidade de gerar ruГ­do nas frequГЄncias dos 5 aos 2150MHz.
Para todos os ensaios:
п‚„ Equipamento para a certificaГ§ГЈo de cablagens estruturadas, com a capacidade de ensaio
dos vГЎrios parГўmetros da cablagem em fibra Гіptica
Fibra
Гіptica
Em alternativa:
AtenuaГ§ГЈo:
п‚„ Medidor de potГЄncia Гіptica
Comprimento e atraso na propagaГ§ГЈo:
п‚„ ReflectГіmetro (OTDR)
Tabela 24 – Equipamentos de ensaio
Todos os equipamentos indicados, excepto os de medidas mГ©tricas, estГЈo sujeitos Г calibraГ§ГЈo
especificada pelo fabricante. As calibraГ§Гµes deverГЈo ser efectuadas de acordo com um plano de
calibraГ§Гµes, baseado na aptidГЈo ao uso e nas recomendaГ§Гµes do fabricante.
A calibraГ§ГЈo do equipamento, pela aptidГЈo ao uso, Г© entendida como a calibraГ§ГЈo das funГ§Гµes
que sГЈo utilizadas no uso normal do equipamento. NГЈo se torna assim necessГЎrio calibrar as
funГ§Гµes que nГЈo sГЈo utilizadas nos ensaios das ITUR.
pГЎg. 85
6.7
RELATГ“RIO DE ENSAIOS DE FUNCIONALIDADE - REF
O instalador deve medir e registar os ensaios adequados aos vГЎrios tipos de cablagem
constituindo, assim, o Relatório de Ensaios de Funcionalidade – REF, da sua inteira
responsabilidade.
Na impossibilidade do instalador fazer os ensaios das ITUR, nomeadamente por nГЈo possuir os
equipamentos necessГЎrios, deverГЎ contratar os serviГ§os de uma entidade com essa capacidade.
O REF contГ©m o registo dos ensaios efectuados, de acordo com o exposto neste capГ­tulo,
cobrindo a instalaГ§ГЈo a 100%.
O instalador deve preparar o REF, onde regista o seguinte:
п‚„O
tГ©cnico que realizou os ensaios;
п‚„ VerificaГ§ГЈo
da conformidade da instalaГ§ГЈo com o projecto inicial ou, sendo o caso, com
o projecto de alteraГ§Гµes, com indicaГ§ГЈo numa ficha de inspecГ§ГЈo dos pontos verificados;
п‚„
Ensaios efectuados, resultados, metodologias e interfaces de teste utilizados com
indicaГ§ГЈo clara dos pontos onde as medidas foram efectuadas;
п‚„ Os
resultados dos ensaios em tabelas adequadas de acordo com o tipo de cablagem e
de rede a que os mesmos dizem respeito;
п‚„ EspecificaГ§Гµes
tГ©cnicas de referГЄncia;
п‚„ Equipamento
utilizado nas mediГ§Гµes, com indicaГ§ГЈo de marca, modelo e n.Вє de sГ©rie, e
tambГ©m da data e hora a que o ensaio foi realizado;
п‚„ As
anomalias detectadas e as medidas correctivas associadas Г s mesmas;
п‚„
Os factores que possam por em causa o cumprimento integral das PrescriГ§Гµes
TГ©cnicas ou do projecto, nomadamente condiГ§Гµes MICE;
п‚„
Termo de responsabilidade da execuГ§ГЈo da instalaГ§ГЈo, em que o instalador ateste a
observГўncia das normas tГ©cnicas em vigor, nomeadamente com o presente Manual
ITUR.
O instalador deverГЎ manter, em anexo ao REF, uma cГіpia do projecto e de tudo o mais que
julgou necessГЎrio Г concretizaГ§ГЈo da instalaГ§ГЈo, que constituirГЎ o cadastro da obra.
pГЎg. 86
7
LIGAÇÕES DAS REDES DE TUBAGENS
As ligaГ§Гµes Г s redes pГєblicas de telecomunicaГ§Гµes sГЈo obrigatГіrias e da responsabilidade do
promotor. O seu dimensionamento faz parte integrante do projecto, podendo no entanto ser
alteradas durante a obra, devendo para isso ser elaborado um projecto de aditamento.
pГЎg. 87
8
EXEMPLOS DE TOPOLOGIAS DAS REDES DE TUBAGEM
A estrutura da rede de tubagens principal pode seguir as seguintes topologias:
- “■”
TOPOLOGIA “■”
N
P8
P6
D15
P7
P4
P5
D16
D14
D12
D11
P3
D13
P2
D9
D10
P1
ATU
OPERADOR
pГЎg. 88
- “L”;
N
D14
D15
D13
D11
D10
P3
D12
P2
D9
P1
0
OPERADOR
- “Y”;
N
P8
P6
D15
P7
P4
P5
D16
P3
D14
ATU
D13
P2
D11
D12
P1
OPERADOR
pГЎg. 89
- “X”;
TOPOLOGIA “X”
N
P8
P6
P7
P4
P5
P3
ATU
P2
P1
OPERADOR
- “Q”.
TOPOLOGIA “Q”
N
ATU
P1
OPERADOR
pГЎg. 90
9
REGRAS DE SEGURANÇA PARA INSTALADORES
Inicialmente deverГЎ sempre ser cumprido o disposto no plano de seguranГ§a e na
regulamentaГ§ГЈo em vigor.
9.1
IDENTIFICAÇÃO
ASSOCIADOS
DAS
PRINCIPAIS
OPERAÇÕES
E
RISCOS
A dimensГЈo dos trabalhos a ser realizados varia de projecto para projecto. No entanto, existe um
conjunto de trabalhos que sГЈo comuns Г maioria das instalaГ§Гµes, o que possibilita desde logo
identificar os principais riscos associados a esses mesmos trabalhos.
Genericamente este tipo de trabalhos implica a utilizaГ§ГЈo de mГЎquinas, ferramentas e materiais
cujo manuseamento se caracteriza igualmente por um conjunto de riscos que sГЈo assim comuns
a todas as instalaГ§Гµes.
Principais OperaГ§Гµes nos Loteamentos, UrbanizaГ§Гµes e Conjunto de EdifГ­cios
As principais operaГ§Гµes a executar nas ITUR consistem em:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
Estabelecimento de acessos;
Trabalhos em altura;
DemoliГ§Гµes;
OperaГ§Гµes de betonagem;
ElevaГ§Гµes e movimentaГ§Гµes de materiais e componentes atravГ©s de gruas, guinchos,
aparelhos diferenciais, entre outros;
Descargas e movimentaГ§Гµes de equipamentos (manualmente ou aparelhos elГ©ctricos);
Cortes de metais, utilizando discos de corte, rebarbadora e serrote;
OperaГ§Гµes de soldadura;
Abertura de buracos e roГ§os (manualmente, por martelo ou berbequim elГ©ctrico);
OperaГ§Гµes de colocaГ§ГЈo de tubos, poleias, suportes e esteiras;
OperaГ§Гµes de remates em betГЈo e alvenaria;
Trabalhos de passagem de cabos;
Trabalhos prГіximos a linhas em tensГЈo;
Trabalhos em instalaГ§Гµes elГ©ctricas (sem energia ou em tensГЈo);
Trabalhos em equipamentos sob tensГЈo;
Trabalhos de revestimento e impermeabilizaГ§ГЈo;
Ensaios nГЈo destrutivos;
OperaГ§Гµes de ensaio dos equipamentos de telecomunicaГ§Гµes.
Ferramentas, MГЎquinas e Materiais a utilizar
As principais ferramentas e mГЎquinas a utilizar, sГЈo:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
Alicate de cravar terminais;
Aparelhos de medida e controlo;
Betoneiras e autobetoneiras;
Berbequins;
Cilindro compactador;
Compressores;
Cravadoras;
pГЎg. 91
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
Dumper;
Escadas, escadotes e andaimes (e respectivos componentes);
Ganchos;
Geradores;
Gruas;
Guinchos;
MГЎquinas de soldar;
Rebarbadoras portГЎteis;
Rebitadoras;
Retroescavadoras ou mini-retroescavadoras;
Roldanas;
Serras portГЎteis.
9.2
AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
ASSOCIADAS
Nas tabelas seguintes sГЈo indicados os riscos previsГ­veis, bem como as principais medidas de
prevenГ§ГЈo e protecГ§ГЈo.
pГЎg. 92
RISCOS
PREVISГЌVEIS
OPERAÇÃO
MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
- Insalubridade;
- Promover uma correcta organizaГ§ГЈo, arrumaГ§ГЈo e limpeza
do estaleiro;
- DesarrumaГ§ГЈo;
-
-
CONDIÇÕES
DE INSTALAÇÃO DO
ESTALEIRO
Dificuldades
acessos
circulaГ§ГЈo;
Acidentes
veГ­culos;
de
e
com
- Garantir fГЎceis acessos e o bom estado das vias de
circulaГ§ГЈo;
- Manter uma distГўncia de seguranГ§a entre zonas de
circulaГ§ГЈo de veГ­culos, peГµes ou de trabalho;
- Garantir distГўncias de seguranГ§a na movimentaГ§ГЈo de
veГ­culos e operaГ§Гµes de carga e descarga;
- Atropelamento;
- ColocaГ§ГЈo da sinalizaГ§ГЈo de seguranГ§a;
- Queda de objectos;
- RemoГ§ГЈo periГіdica de lixos e resГ­duos;
- Queda ao nГ­vel;
- Correcto armazenamento dos materiais;
- IncГЄndio;
- Cumprimento das Regras de SeguranГ§a previamente
estabelecidas;
- ElectrocussГЈo.
- Controlo e limitaГ§ГЈo do acesso de veГ­culos e pessoas Г zona da obra;
- Obrigatoriedade de instalaГ§ГЈo de extintores de tipo e
capacidade adequadas ao risco;
- Obrigatoriedade da existГЄncia de caixa de primeiros
socorros no local da obra;
- ProibiГ§ГЈo do armazenamento de substГўncias perigosas,
exceptuando nas zonas prГ©vias e devidamente
assinaladas.
pГЎg. 93
RISCOS
PREVISГЌVEIS
OPERAÇÃO
MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
- DeterioraГ§ГЈo;
- DelimitaГ§ГЈo das zonas destinadas Г armazenagem;
- ContaminaГ§ГЈo;
- Correcta organizaГ§ГЈo do interior do armazГ©m;
- Queda de objectos;
-
-
IncГЄndio
explosГЈo;
ou
Garantir um fГЎcil
armazenamento;
acesso
a
todas
as
zonas
de
- Armazenar os materiais de acordo com as normas e
recomendaГ§Гµes estabelecidas pelos fabricantes;
- Cumprimento das regras de armazenamento de materiais
em altura;
- Evitar uma possГ­vel contaminaГ§ГЈo entre os diversos
materiais;
- SubstГўncias ou preparaГ§Гµes perigosas armazenadas
somente em locais prГіprios com as respectivas Fichas de
SeguranГ§a a serem devidamente arquivadas e de fГЎcil
acesso / consulta;
ARMAZENAGEM
- O EPI deve ser armazenado em locais protegidos, sem
exposiГ§ГЈo a ultravioletas;
- Devem ser instalados extintores adequados aos materiais e
carga de incГЄndio existente;
- Acesso fГЎcil a contacto telefГіnico com equipas de
emergГЄncia de socorrro (112, polГ­cia, bombeiros,
ambulГўncias) ou sistema/central de seguranГ§a adequado.
- ColisГЈo;
- SinalizaГ§ГЈo adequada;
- Atropelamento;
- ManutenГ§ГЈo das distГўncias de seguranГ§a entre as zonas
de circulaГ§ГЈo de veГ­culos com as zonas de circulaГ§ГЈo de
peГµes ou trabalho;
- Queda.
- Colocar protecГ§Гµes adequadas em as zonas de circulaГ§ГЈo
de veГ­culos e os portГµes, portas, ou escadas;
- DesobstruГ§ГЈo de vias de acesso e circulaГ§ГЈo;
VIAS DE ACESSO E
CIRCULAÇÃO
- IluminaГ§ГЈo e sinalizaГ§ГЈo dos caminhos de evacuaГ§ГЈo e
saГ­das de emergГЄncia;
- Delimitar as zonas de estacionamento;
- Prevenir a necessidade de acesso a veГ­culos de socorro.
OPERAÇÃO
TRABALHOS EM
VALAS
RISCOS
PREVISГЌVEIS
MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
- Soterramento;
- Escoramento adequado;
- Quedas de pessoas
e materiais.
- SinalizaГ§ГЈo da vala;
- Manobras das mГЎquinas por pessoas habilitadas.
pГЎg. 94
RISCOS
PREVISГЌVEIS
OPERAÇÃO
TRABALHOS NA
PROXIMIDADE DE
LINHAS DE TENSГѓO
MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
- ElectrocussГЈo: por
contacto directo ou
indirecto;
- Arco elГ©ctrico;
-
Electricidade
estГЎtica.
- Queda de objectos;
- Queda em altura;
- Prever e garantir uma correcta planificaГ§ГЈo, sequГЄncia e
mГ©todos de trabalho;
- Soterramento;
- Os trabalhos sГі podem ser realizados com a supervisГЈo de
um responsГЎvel;
- Esmagamento;
- DelimitaГ§ГЈo e sinalizaГ§ГЈo das zonas de trabalho;
-
AcumulaГ§ГЈo
entulhos;
de
- VibraГ§Гµes;
- InalaГ§ГЈo de poeiras;
-
ProjecГ§ГЈo
partГ­culas.
- UtilizaГ§ГЈo de andaimes com as adequadas condiГ§Гµes de
seguranГ§a;
- InstalaГ§ГЈo do sistema de ProtecГ§ГЈo Colectiva contra
quedas;
- RuГ­do;
DEMOLIÇÕES
- ManutenГ§ГЈo das distГўncias de SeguranГ§a relativamente
aos condutores em tensГЈo.
de
- UtilizaГ§ГЈo de cintos do tipo arnГЄs de seguranГ§a, quando
necessГЎrios;
- Limpeza e remoГ§ГЈo de entulhos frequentemente;
- UtilizaГ§ГЈo de EPI (luvas, protectores auriculares, Гіculos
protectores);
- UtilizaГ§ГЈo de EPI das vias respiratГіrias;
pГЎg. 95
RISCOS
PREVISГЌVEIS
OPERAÇÃO
MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
- Queda em altura;
- Garantir uma correcta sequГЄncia dos trabalhos;
- Soterramento;
- Garantir as distГўncias de seguranГ§a;
- Esmagamento.
- ProibiГ§ГЈo da permanГЄncia de trabalhadores no fundo das
valas, aquando de operaГ§Гµes de descarga;
ATERRO E
COMPACTAÇÃO
- Se existirem riscos de desmoronamento no fundo da vala,
garantir a existГЄncia de caminhos de fuga;
- Na compactaГ§ГЈo devem ser utilizadas mГЎquinas com
protecГ§ГЈo da cabine para prevenГ§ГЈo dos casos de
capotamento;
- DeverГЎ ser cuidadosamente observado o comportamento
do talude em caso de utilizaГ§ГЈo de compactadores.
- Riscos de queda de
pessoas ou de
materiais.
- Esmagamento;
TRABALHOS EM
ALTURA
- AprovaГ§ГЈo prГ©via do Chefe de Equipa;
- UtilizaГ§ГЈo de andaimes com adequadas condiГ§Гµes de
seguranГ§a;
- Entalamento;
- Escadas com igualmente boas condiГ§Гµes de seguranГ§a e
vistoriadas periodicamente.
-
- InstalaГ§ГЈo de linhas de vida;
ElectrocussГЈo
(contacto
com
linhas elГ©ctricas).
- UtilizaГ§ГЈo de cinto de seguranГ§a do tipo arnГЄs;
- InstalaГ§ГЈo de redes anti-queda;
- Obrigatoriedade de Certificado de AptidГЈo MГ©dica para
Trabalhos em Altura;
- NГЈo exceder o limite de carga/lotaГ§ГЈo (no caso de
plataformas elevatГіrias);
- Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho;
pГЎg. 96
RISCOS
PREVISГЌVEIS
OPERAÇÃO
- Queda em altura;
- Delimitar a zona;
- Queda ao nГ­vel;
- Interditar o acesso Г s zonas de escoamento;
-
BETONAGEM
MEDIDAS DE PREVENÇÃO/PROTECÇÃO
ProjecГ§Гµes
betГЈo;
de
- Garantir caminhos seguros e plataformas estГЎveis com
protecГ§ГЈo contra quedas;
- Esmagamento;
- UtilizaГ§ГЈo de dispositivos anti-queda quando necessГЎrio;
- PerfuraГ§ГЈo;
- Garantir boas condiГ§Гµes de acesso para os veГ­culos
necessГЎrios Г operaГ§ГЈo;
- ElectrocussГЈo;
- RuГ­do.
- No caso de utilizaГ§ГЈo de balde de betonagem, garantir que
o seu trajecto nГЈo passe sobre as zonas ocupadas por
pessoas;
- UtilizaГ§ГЈo de tensГЈo elГ©ctrica, quando for necessГЎrio;
- Garantir boas condiГ§Гµes de visibilidade, para o caso da
betonagem decorrer em horГЎrio nocturno;
- UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado.
- Esmagamento;
- Entalamento;
- ElectrocussГЈo (por
contacto com linhas
elГ©ctricas).
- Estudar previamente as manobras a executar, tendo em
conta as distГўncias de seguranГ§as;
- Garantir uma correcta estabilizaГ§ГЈo e nivelamento da grua,
tendo o cuidado a ter relativamente Г s caracterГ­sticas do
terreno, bem como de tubagens subterrГўneas;
- Respeitar os limites de carga;
UTILIZAÇÃO DE
GRUAS MГ“VEIS
- Garantir o cumprimento das distГўncias de seguranГ§a
relativamente a condutores elГ©ctricos em tensГЈo;
- Garantir boa visibilidade nas zonas de trabalho;
- Respeitar escrupulosamente as regras de seguranГ§a na
conduГ§ГЈo/operaГ§ГЈo da grua;
-
ConduГ§ГЈo/manobra
qualificado para tal;
da
grua
somente
por
pessoal
- Efectuar inspecГ§Гµes periГіdicas Г grua;
- Uso de EPI adequado.
IdentificaГ§ГЈo dos Principais Riscos (RISCOS ESPECIAIS)
Depois uma anГЎlise dos diversos riscos que podem acontecer numa determinada obra, deve
fazer-se uma consolidaГ§ГЈo dos principais riscos, que devem ser a tГ­tulo de exemplo, sujeito a
uma avaliaГ§ГЈo de risco, de forma a serem elaborados quadros especГ­ficos para esses mesmos
riscos.
pГЎg. 97
RISCOS
ORIGEM
PREVENÇÃO
- Trabalhos em telhados,
coberturas, andaimes,
plataformas e outros
meios de suspensГЈo.
- Cumprimento do estabelecido
Regulamento de SeguranГ§a
no Trabalho da ConstruГ§ГЈo;
-
OPERAÇÃO
Cumprimento das “Regras
Gerais de SeguranГ§a a
respeitar na obra”;
- UtilizaГ§ГЈo de material com
adequadas
condiГ§Гµes
de
estabilidade e seguranГ§a;
- Abertura de valas;
- EscavaГ§Гµes;
- Betonagens;
-
OperaГ§Гµes
gruas;
com
InstalaГ§ГЈo
cofragens;
de
-
- InstalaГ§ГЈo de sistemas de
ProtecГ§ГЈo Colectiva contra
quedas;
- UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado;
ConstruГ§ГЈo
de
tubagens, cГўmaras
subterrГўneas
e
caixas
de
passagem;
- Exames de AptidГЈo MГ©dica
especГ­ficos e obrigatoriedade
dos Certificados de AptidГЈo
MГ©dica
mencionarem
a
autorizaГ§ГЈo para efectuar
trabalhos em altura.
QUEDA EM ALTURA
- DemoliГ§Гµes;
-
- ElevaГ§ГЈo de materiais;
-
QUEDA DE OBJECTOS
-
Montagem
e
desmontagem
de
elementos pesados;
MovimentaГ§ГЈo
cargas;
de
- Queda de ferramentas.
Cumprimento das “Regras
Gerais de SeguranГ§a a
respeitar na obra”;
- Abertura de valas;
- EscavaГ§Гµes;
- DelimitaГ§ГЈo e sinalizaГ§ГЈo das
zonas de trabalho;
- Betonagens;
-
- Betonagem;
-
Prever
uma
correcta
planificaГ§ГЈo e sequГЄncia de
trabalho;
InterdiГ§ГЈo
trabalhos
sobrepostas;
de
em
executar
zonas
- Cofragens;
-Armazenamento
material;
de
-
em
Trabalhos
andaimes;
- InstalaГ§ГЈo de sistemas de
ProtecГ§ГЈo Colectiva contra
quedas;
- UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado;
-
Equipamentos manobrados
somente
por
pessoal
habilitado;
pГЎg. 98
RISCOS
ORIGEM
-
TRABALHOS NA
PROXIMIDADE DE
LINHAS DE ALTA
TENSГѓO
ElectrocussГЈo
(por
contacto directo ou
indirecto);
PREVENÇÃO
OPERAÇÃO
- ManutenГ§ГЈo das distГўncias de
SeguranГ§a relativamente aos
condutores em tensГЈo.
Trabalhos
em
postes ou andaimes;
- Arco elГ©ctrico;
п‚·
- Electricidade estГЎtica.
п‚·
п‚·
-
Trabalhos
com
ferramentas
e
mГЎquinas elГ©ctricas:
AtГ© 1000 V mГ­nimo de
1 m;
AtГ© 60 kV mГ­nimo de 3
m;
> 60 kV mГ­nimo de 5
m.
-
LanГ§amento
enfiamento
cabo;
e/ou
de
- Passagem aГ©rea de
cabos;
-
Cumprimento
do
“Regulamento de Segurança
de InstalaГ§Гµes de UtilizaГ§ГЈo
de Energia Eléctrica”;
-
-
VerificaГ§ГЈo periГіdica
equipamentos a utilizar;
- Trabalhos em cabos
elГ©ctricos;
- Trabalhos em tensГЈo.
ELECTROCUSSГѓO
dos
- UtilizaГ§ГЈo de EPI adequado.
-
Trabalhos
quadros
equipamentos
elГ©ctricos;
Trabalhos
tensГЈo;
em
e
em
-Trabalhos
em
quadros elГ©ctricos;
RISCOS
ORIGEM
-Desmoronamento;
PREVENÇÃO
- AcumulaГ§ГЈo de entulho
ou terras removidas;
- ElaboraГ§ГЈo prГ©via de estudo
geolГіgico,
englobando
a
consistГЄncia do terreno a nГ­vel
freГЎtico;
- VibraГ§Гµes.
-
SOTERRAMENTO
ContenГ§ГЈo
adequadas;
e
entivaГ§ГЈo
- NГЈo colocar qualquer carga
junto aos bordos do talude;
-
DelimitaГ§ГЈo, sinalizaГ§ГЈo e
vedaГ§ГЈo
da
zona
de
trabalhos.
OPERAÇÃO
- Abertura de valas;
-
ConstruГ§ГЈo
cГўmaras
subterrГўneas;
de
-
ConstruГ§ГЈo
caixas
passagem;
de
de
-
ConstruГ§ГЈo
pedestais;
de
-
ColocaГ§ГЈo
contentores
estaleiro;
de
em
pГЎg. 99
RISCOS
ORIGEM
-
Trabalhos de corte
tГ©rmico e soldadura;
-
Produtos inflamГЎveis
e/ou explosivos;
- Curto-circuito;
INCГЉNDIO E
EXPLOSГѓO
- Rebentamento;
PREVENÇÃO
-
OPERAÇÃO
AutorizaГ§Гµes de Trabalho
sempre que o grau de risco o
justifique;
-
Trabalhos
instalaГ§Гµes
elГ©ctricas;
- Ter atenГ§ГЈo Г direcГ§ГЈo do
vento;
-
Trabalhos
com
equipamentos
elГ©ctricos;
-
Trabalhos
tensГЈo;
-
- Electricidade estГЎtica;
Remover
matГ©rias
combustГ­veis da zona de
trabalho e criar condiГ§Гµes
para evitar propagaГ§ГЈo;
em
em
- UtilizaГ§ГЈo de equipamentos
com
dispositivos
de
seguranГ§a adequados;
- Disponibilizar para os locais de
risco, meios de extinГ§ГЈo de
incГЄndios
de
tipo
e
capacidades adequadas;
-
Sinalizar
intervenГ§ГЈo;
a
ГЎrea
de
- Ao abandonar o local de
trabalho, verificar se o mesmo
fica em condiГ§ГЈo segura.
Tabela 25 – Análise e prevenção de riscos
9.3
HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE DOS TRABALHADORES
OrganizaГ§ГЈo dos processos dos trabalhadores
Г‰ necessГЎrio que um qualquer trabalhador, mesmo sendo ele independente, a entrega dos
Certificados de AptidГЈo MГ©dica actualizados e adequados para a funГ§ГЈo a que cada trabalhador
irГЎ desempenhar no decurso de toda a obra. Г‰ igualmente obrigatГіrio que a situaГ§ГЈo das
Vacinas Anti-TetГўnicas esteja regularizada.
Em questГЈo aos Acidentes de Trabalho Г© imprescindГ­vel a entrega de comprovativos da
existГЄncia, e da sua validade, dos seguros de Acidente de Trabalho.
9.3.1
PROCEDIMENTO EM CASO DE ACIDENTE DE TRABALHO OU DOENÇA
PROFISSIONAL
Acidentes de Trabalho
Em caso de acidente de trabalho, este deve ser comunicado verbalmente ao ResponsГЎvel de
SeguranГ§a e SaГєde presente em obra, independentemente de elaboraГ§ГЈo de uma participaГ§ГЈo
de sinistro Г Companhia de Seguros.
O ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde deve ter em sua posse, exemplares dos formulГЎrios da
participaГ§ГЈo de acidentes Г Companhia de Seguros, onde conste o nГєmero da respectiva
apГіlice de Acidentes de Trabalho.
Quando sejam verificados acidentes graves, pode ser necessГЎria a suspensГЈo de todos os
trabalhos na frente de obra onde ocorreu o acidente. Deve ser comunicado de imediato, tal
pГЎg. 100
ocorrГЄncia aos responsГЎveis, de forma a permitir a conduГ§ГЈo do inquГ©rito do acidente, a sua
anГЎlise e uma eventual implantaГ§ГЈo das medidas correctivas consideradas necessГЎrias. Este
tipo de acidentes (grave e/ou mortal), tem que ser comunicado Г ACT (Autoridade para as
CondiГ§Гµes de Trabalho), por escrito, nas 24 horas seguintes Г ocorrГЄncia.
Todas as participaГ§Гµes/inquГ©ritos de acidentes devem ser entregues ao Coordenador de
SeguranГ§a e SaГєde da obra atГ© 4 horas apГіs as ocorrГЄncias graves e atГ© 12 horas nos
restantes casos, onde constem as medidas colectivas de forma a prevenir a ocorrГЄncia de
futuros casos semelhantes.
DoenГ§as Profissionais
Todos os casos de DoenГ§a Profissional que sejam detectados pelo MГ©dico de Trabalho tГЄm que
ser comunicados Г CoordenaГ§ГЈo de SeguranГ§a e SaГєde da obra.
Incidentes
Todos os incidentes que originem danos materiais ou eventualmente lesГµes pessoais, devem
ser comunicados de imediato e verbalmente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a e SaГєde, que
encaminharГЎ uma cГіpia da participaГ§ГЈo/inquГ©rito da ocorrГЄncia Г s entidades proprietГЎrias pela
obra.
Primeiros Socorros
A prestaГ§ГЈo dos Primeiros Socorros Г© da competГЄncia e da responsabilidade dos Empreiteiros
que, para o efeito, devem manter em obra os meios necessГЎrios (materiais e humanos, estes
com formaГ§ГЈo adequada para o efeito).
Deve existir em obra uma mala de Primeiros Socorros e uma lista com os nГєmeros de contacto
mais importantes para os casos de emergГЄncia. Em caso de acidente grave, devem ser
chamados de imediato, socorros exteriores, dando as seguintes informaГ§Гµes:
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
Nome da Empresa;
LocalizaГ§ГЈo do acidente;
Tipo de acidente;
Estimativa do nГєmero das pessoas acidentadas;
Tipo de suspeita dos ferimentos.
Г‰ crucial nestas situaГ§Гµes manter a calma. As vГ­timas de acidente sГі devem ser removidas do
local se houver perigo de agravamento do acidente e das lesГµes nas vГ­timas. Estas sГі podem
removidas por pessoal com formaГ§ГЈo adequada, atГ© lГЎ, devem ser protegidas de todo e
qualquer perigo.
O acidente e/ou incidente deve ser comunicado de imediato e entregar Г CoordenaГ§ГЈo de
SeguranГ§a e SaГєde a participaГ§ГЈo/inquГ©rito do mesmo. Em caso de acidente grave ou mortal,
proceder igualmente Г comunicaГ§ГЈo ao IDICT (Instituto de Desenvolvimento e InspecГ§ГЈo das
CondiГ§Гµes de Trabalho) e assegurar que nГЈo sГЈo destruГ­das as eventuais provas e evidГЄncias
que estejam associados ao respectivo acidente.
Consumo de drogas ou ГЎlcool
Posse, distribuiГ§ГЈo, consumo ou venda de drogas e ГЎlcool, bem como substГўncias derivadas,
sГЈo expressamente proibidas dentro da ГЎrea que congrega a obra. Um qualquer interveniente
seja mesmo ele, um visitante que viole esta regra serГЎ imediatamente expulso e se for
necessГЎrio, participado Г s autoridades legais competentes.
Regras Gerais de SeguranГ§a a respeitar em cada projecto
pГЎg. 101
Em cada projecto, os locais de intervenГ§ГЈo podem apresentar diversos condicionalismos
especГ­ficos e devem ser tidos em consideraГ§ГЈo, quer na sua organizaГ§ГЈo, quer igualmente na
execuГ§ГЈo dos trabalhos.
De forma a avaliar esses mesmos condicionalismos, deve ser efectuado o levantamento e
caracterizaГ§ГЈo dos riscos presentes, para serem tomadas acГ§Гµes destinadas a minimizar ou
eliminar esses riscos, que devem constar em fichas de avaliaГ§ГЈo fundamentais para a
elaboraГ§ГЈo do Plano de SeguranГ§a e SaГєde (PSS).
Ensaios de InstalaГ§Гµes e MГЎquinas / Equipamentos
Os procedimentos de ensaios a todas as instalaГ§Гµes e equipamento tГЄm como objectivo
assegurar o seu bom funcionamento e em condiГ§Гµes de seguranГ§a.
TГЄm de ser estabelecidos pelos diversos Sub-empreiteiros Planos de VerificaГ§ГЈo, UtilizaГ§ГЈo e
Controlo que devem ser entregues posteriormente ao ResponsГЎvel de SaГєde em Obra para
efeitos de validaГ§ГЈo e controlo.
Antes do inГ­cio dos trabalhos, os intervenientes devem-se assegurar que os equipamentos e
materiais a utilizar reГєnam todas as condiГ§Гµes de seguranГ§a. Existem equipamentos que
requerem a elaboraГ§ГЈo de uma Lista de VerificaГ§ГЈo, ou uma RevisГЈo e InspecГ§ГЈo Geral
PeriГіdica de ManutenГ§ГЈo a serem entregues posteriormente ao ResponsГЎvel de SeguranГ§a da
Obra. Todo o equipamento e material afecto Г obra tem que ter a aprovaГ§ГЈo, consentimento e
inspecГ§ГЈo prГ©via das entidades competentes.
9.3.2
MEDIDAS DE PROTECÇÃO
Equipamento de ProtecГ§ГЈo Individual (EPI)
Г‰ obrigatГіrio o uso generalizado em obra, de fato de trabalho, calГ§ado de protecГ§ГЈo com
palmilha e biqueira de aГ§o, capacete de francalete e luvas. SerГЎ utilizado em simultГўneo outro
tipo de EPI sempre que as tarefas a efectuar assim o exijam.
Em trabalhos em altura Г© obrigatГіria a utilizaГ§ГЈo do cinto de seguranГ§a tipo arnГЄs com chicotes
de gancho de engate rГЎpido, com possibilidade de amarraГ§ГЈo permanente do trabalhador.
ProtecГ§Гµes Colectivas
Г‰ da obrigaГ§ГЈo dos diversos Subempreiteiros, instalar equipamentos de protecГ§ГЈo colectiva,
criar acessos e sinalizar os locais de trabalho, e em caso de possГ­veis riscos, implementar a
sinalizaГ§ГЈo de seguranГ§a adequada.
SГЈo os Subempreiteiros em cada instalaГ§ГЈo, os responsГЎveis pela escolha dos meios e mГ©todos
que visem assegurar a seguranГ§a, protecГ§ГЈo e condiГ§Гµes de higiene do seu pessoal, que
podem ser alterados, caso achem adequado, pelas entidades responsГЎveis mГЎximas da obra.
SГЈo igualmente os Subempreiteiros, os encarregados de informar tanto os seus trabalhadores
como a outros intervenientes dos riscos que podem surgir durante a execuГ§ГЈo dos trabalhos.
PrevenГ§ГЈo de IncГЄndios
Г‰ explicitamente proibido foguear ou fazer lume em qualquer espaГ§o da obra, sem
consentimento prГ©vio da CoordenaГ§ГЈo de SeguranГ§a e SaГєde em Obra.
Г‰ obrigatГіrio a existГЄncia de extintores nas frentes de trabalho onde decorrer tarefas onde possa
existir o risco de incГЄndio. Sempre que seja detectado um princГ­pio de incГЄndio, deve ser dado o
alarme e utilizar sempre que possГ­vel, os meios disponГ­veis para o combater.
pГЎg. 102
10
CLASSIFICAÇÃO AMBIENTAL – O CONCEITO MICE
O conceito MICE estabelece um processo sistemГЎtico para a descriГ§ГЈo das condiГ§Гµes
ambientais, com base em três níveis de exigência: Nível 1 (BAIXO), Nível 2 (MÉDIO) e Nível 3
(ALTO).
Esta concepГ§ГЈo permite aos projectistas e instaladores a selecГ§ГЈo dos materiais utilizГЎveis, para
diferentes nГ­veis de exigГЄncia ambiental, consoante o tipo de utilizaГ§ГЈo de um determinado
espaГ§o.
O projectista deve procurar um compromisso tendo em conta os seguintes vectores:
- Custo dos materiais e da execuГ§ГЈo;
- CondiГ§Гµes ambientais;
- Exequibilidade tГ©cnica.
Tal ponto de equilГ­brio deve ser encontrado dentro de um espaГ§o de conciliaГ§ГЈo, conforme
representado na figura seguinte:
Custo dos materiais e execuГ§ГЈo
Projecto
PrescriГ§Гµes
adicionais
NГ­vel de
exigГЄncia
ambiental
Exequibilidade tГ©cnica
Baixo
MГ©dia
Alto
Figura 41 – Espaço de conciliação do projecto
Como exemplo consideremos um sistema de cablagem, em que Г© exigГ­vel um nГ­vel de
protecГ§ГЈo mecГўnica elevado, digamos 3, e um dos componentes apenas se encontra disponГ­vel
no mercado, em condiГ§Гµes aceitГЎveis de custo, com propriedades caracterГ­sticas do nГ­vel 2.
Nestas condiГ§Гµes, o projectista poderГЎ considerar mecanismos adicionais de protecГ§ГЈo, e o
instalador adoptar prГЎticas apropriadas para que tal componente seja manuseГЎvel e utilizГЎvel,
no ambiente caracterizado por nГ­vel 3.
pГЎg. 103
Os parГўmetros que caracterizam o grau de exigГЄncia ambiental (EN50173-1), sГЈo:
M – Propriedades Mecânicas.
I – Propriedades relativas ao Ingresso ou penetração de corpos sólidos ou de líquidos.
C – Propriedades Climáticas e comportamento perante agentes químicos.
E – Propriedades Electromagnéticas.
10.1
MECГ‚NICAS (M)
Na tabela seguinte estГЈo definidos os nГ­veis de exigГЄncia mecГўnica a utilizar na caracterizaГ§ГЈo
ambiental para sistemas de cablagem:
NГ­vel de exigГЄncia
BAIXO
MÉDIO
ALTO
PROPRIEDADES MECГ‚NICAS
M1
M2
M3
40
100
250
1,5
7,0
15,0
5
20
50
-2
Impacto (aceleraГ§ГЈo) [ms ]
VibraГ§ГЈo (amplitude da oscilaГ§ГЈo de 2 a 9 Hz) [mm]
-2
VibraГ§ГЈo (amplitude da aceleraГ§ГЈo de 9 a 500 Hz) [ms ]
ResistГЄncia Г tracГ§ГЈo
Conforme especificaГ§Гµes do componente e EN50174-2)
ResistГЄncia Г compressГЈo [N sobre a mm (linear) min.]
45 para a=25
1100 para
a=150
2200 para
a=150
1
10
30
ResistГЄncia ao choque [J]
ResistГЄncia Г torГ§ГЈo
Conforme especificaГ§Гµes do componente e EN50174-2
Tabela 26 – Caracterização ambiental para graus de exigência mecânicos
Para o caso especГ­fico dos elementos de ligaГ§ГЈo (fichas, acopladores, etc.) consideram-se os
seguintes nГ­veis de exigГЄncia particulares (EN50173-1):
PROPRIEDADES MECГ‚NICAS
ResistГЄncia Г tracГ§ГЈo (entre ficha e cabo) [N]
M1
M2
M3
25
300
500
Tabela 27 – Caracterização ambiental para graus de exigência mecânicos – elementos de ligação
10.2
INGRESSO OU PENETRAÇÃO (I)
Os nГ­veis de exigГЄncia ambiental associados ao ingresso ou penetraГ§ГЈo de corpos sГіlidos, ou
de lГ­quidos, deverГЈo estar em conformidade com os valores definidos na tabela seguinte:
pГЎg. 104
NГ­vel de exigГЄncia
BAIXO
MÉDIO
ALTO
PROPRIEDADES DE INGRESSГѓO
I1
I2
I3
PenetraГ§ГЈo/Ingresso de corpos sГіlidos (partГ­culas)
IP2X
IP6X
IP6X
PenetraГ§ГЈo/ingresso de lГ­quidos
IPX0
IPX5
IPX5 / IPX7
Tabela 28 – Caracterização ambiental para graus de exigência de ingresso
10.3
CLIMГЃTICAS E QUГЌMICAS (C)
As propriedades climГЎticas e o comportamento perante agentes quГ­micos que caracterizam os
nГ­veis de exigГЄncia ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de
ligaГ§ГЈo, estГЈo caracterizadas na tabela seguinte:
pГЎg. 105
NГ­vel de exigГЄncia
BAIXO
MÉDIO
ALTO
PROPRIEDADES CLIMГЃTICAS
C1
C2
C3
Temperatura ambiente [ВєC]
-10 a +60
- 25 a +70
- 40 a +70
Taxa de mudanГ§a de temperatura [ВєC min-1]
0,1
1,0
3,0
Humidade relativa [%]
5 a 85
(sem
condensaГ§ГЈo)
5 a 95 (com
condensaГ§ГЈo)
5 a 95 (com
condensaГ§ГЈo)
IrradiaГ§ГЈo solar [Wm-2]
700
1120
1120
Cloreto de sГіdio (sal marinho)
0
<0,3
<0,3
Г“leos (concentraГ§ГЈo em ambiente seco)
0
< 0,005
< 0,5
Estearato de sГіdio (sabГЈo)
nГЈo
>5x
104
(soluГ§ГЈo aquosa
nГЈo gelatinosa)
>5
x
104
(soluГ§ГЈo
aquosa
gelatinosa)
Detergentes
0
-
-
SoluГ§Гµes de material condutor
nГЈo
temporГЎria
(condensaГ§ГЈo)
frequente
mГ©dia/pico
mГ©dia/pico
mГ©dia/pico
Sulfureto de hidrogГ©nio
<0,003/< 0,01
<0,05/< 0,5
<10/< 50
DiГіxido de enxofre
<0,01/< 0,03
<0,1/< 0,3
<5/< 15
TriГіxido de enxofre (pep)
<0,01/< 0,03
<0,1/< 0,3
<5/< 15
Cloro seco (< 50% humidade)
<0,002/< 0,01
<0,02/< 0,1
<0,2/< 1,0
Cloro hГєmido (>50% de humidade)
<0,0005/<0,001
<0,005/< 0,03
<0,05/< 0,3
Cloreto de hidrogГ©neo
-/< 0,06
>0,06 /< 0,3
<0,6/< 3,0
Fluoreto de hidrogГ©neo
<0,001/< 0,005
<0,01/< 0,05
<0,1/< 1,0
AmГіnia
<1/< 5
<10/< 50
<50/< 250
Г“xidos de azoto
<0,05/< 0,1
<0,5/< 1,0
<5/< 10
Ozono
<0,002/< 0,005
<0,025/< 0,05
<0,1/< 1,0
ContaminaГ§ГЈo
por
substГўncias
estranhas (poluiГ§ГЈo lГ­quida) [ppm]
ContaminaГ§ГЈo
por
substГўncias
estranhas (poluiГ§ГЈo gasosa) [ppm]
lГ­quidas
gasosas
Tabela 29 – Caracterização ambiental para graus de exigência climáticos
pГЎg. 106
10.4
ELECTROMAGNÉTICAS (E)
Na tabela seguinte definem-se as propriedades electromagnГ©ticas que caracterizam os nГ­veis de
exigГЄncia ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de ligaГ§ГЈo.
NГ­vel de exigГЄncia
BAIXO
MÉDIO
ALTO
PROPRIEDADES
ELECTROMAGNÉTICAS
E1
E2
E3
4
4
4
8
8
8
Descarga
electromagnГ©tica
contacto (0,667 пЃ­C) [kV]
por
Descarga electrostГЎtica no ar (0,132
пЃ­C) [kV]
3 (80 a 1000)
3 (80 a 1000)
10 (80 a 1000)
3 (1400 a 2000)
3 (1400 a 2000)
3 (1400 a 2000)
1 (2000 a 2700)
1 (2000 a 2700)
1 (2000 a 2700)
3 (150 kHz a 80 MHz)
3 (150 kHz a 80 MHz)
10 (150 kHz a 80 MHz)
DiferenГ§a de potencial de transiГ§ГЈo
CA (corrente alterna) [V]
500
1000
2000
DiferenГ§a de potencial de transiГ§ГЈo Г terra [V]
500
1000
2000
1
3
30
RadiaГ§ГЈo
RF
(modulaГ§ГЈo
-1
amplitude) [Vm (intervalo [Mz])]
de
ConduГ§ГЈo RF [V]
-1
Campo magnГ©tico (50 Hz) [Am ]
Tabela 30 – Caracterização ambiental para graus de exigência electromagnéticos
10.5
CLASSES AMBIENTAIS
Na tabela seguinte estГЈo descritos alguns espaГ§os de utilizaГ§ГЈo e as correspondentes Classes
Ambientais tГ­picas, relativas a sistemas de cablagem.
пЃђ
Aeroporto
пЃђ
пЃђ
Mina
пЃђ
пЃђ
EstaГ§ГЈo ElГ©ctrica
пЃђ
пЃђ
IndГєstria do aГ§o
пЃђ
пЃђ
IndГєstria alimentar
пЃђ
пЃђ
пЃђ
пЃђ
пЃђ
PresenГ§a de
ГЎgua ou outros
lГ­quidos
ExposiГ§ГЈo a
radiaГ§ГЈo UV
Campo
Electromagn.
пЃђ
PresenГ§a de
Гіleos
пЃђ
AgressГЈo
quГ­mica
IndГєstria quГ­mica
IrradiaГ§ГЈo
VibraГ§ГЈo
ÁREA DE APLICAÇÃO
Humidade
PROPRIEDADES
пЃђ
пЃђ
CLASSE
AMBIENTAL
TГЌPICA
M2I3C2E2
M3I3C2E3
M3I3C1E1
пЃђ
пЃђ
M3I3C2E3
пЃђ
пЃђ
пЃђ
пЃђ
M3I3C2E3
пЃђ
M3I3C2E1
Tabela 31 – Exemplos de Classes Ambientais
pГЎg. 107
11
FICHA TÉCNICA PRINCIPAL
ITUR – INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES EM URBANIZAÇÕES
FICHA TÉCNICA
Data
___ / ___ / ___
LOCALIZAÇÃO DO
LOTEAMENTO
Projecto nВє
CГўmara Municpal
Processo municipal
CONCELHO
FREGUESIA
MORADA
LOCALIDADE
NOME
N.Вє CONTRIBUINTE
AlvarГЎ
MORADA COMPLETA
IDENTIFICAÇÃO DO
DONO DE OBRA
TELEFONE
FAX
E-MAIL
ASSINATURA
NOME
N.Вє CONTRIBUINTE
CÉDULA PROFISSIONAL
__________________OE
__________________ANET
MORADA COMPLETA
IDENTIFICAÇÃO DO
PROJECTISTA
TELEFONE
FAX
E-MAIL
ASSINATURA
TIPO DE PROJECTO
ITUR pГєblica
ITUR privada
ConstruГ§ГЈo
Aditamento
ReconstruГ§ГЈo
Telas finais
AlteraГ§ГЈo
AmpliaГ§ГЈo
SubstituiГ§ГЈo
SITUAÇÂO DA OBRA Operação de Loteamento
Obra de urbanizaГ§ГЈo
RecepГ§ГЈo provisГіria
RecepГ§ГЈo definitiva
PROCESSO nВє
PARECER
RevisГЈo de projecto
ESPAÇO
RESERVADO AO
CERTIFICADOR
Data ___ / ___ / ___
RecepГ§ГЈo provisГіria
Data ___ /
___ / ___
RecepГ§ГЈo definitiva
Data ___ /
___ / ___
OBSERVAÇÕES
pГЎg. 108
ITUR - caracterizaГ§ГЈo e tipologia
nВє de
fracГ§Гµes
m2
observaГ§Гµes
ГЃrea total do terreno a lotear
CaracterizaГ§ГЈo
ГЃrea loteada
ГЃrea de implantaГ§ГЈo
ГЃrea de habitaГ§ГЈo unifamiliar
ГЃrea de habitaГ§ГЈo colectiva
ГЃrea de comГ©rcio
ГЃrea de escritГіrios
ГЃrea para outras construГ§Гµes
RG-PC
RG-CC
RG-FO
ANTENAS
PROTECÇÕES E LIGAÇÕES À TERRA
Contra descargas
Contra descargas
Contra descargas
Contra descargas
Outra:
Outra:
Outra:
Outra:
ESTIMATIVA ORÇAMENTAL
VALOR:
Blocos/EdifГ­cios
ГЃrea (m2)
acima da
cota de
soleira
abaixo da
cota de
soleira
quantificaГ§ГЈo
habitaГ§ГЈo
comГ©rcio
escritГіrios
serviГ§os
outros
fibras
Гіpticas
pisos
Lote
cabos
coaxiais
EUROS
pares de
cobre
,
pГЎg. 109
12
LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICÁVEIS
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
п‚·
Lei n.Вє 60/2007, de 4 de Setembro
Lei n.Вє 5/2004, de 10 de Fevereiro
Decreto-Lei n.Вє 68/2005, de 15 de MarГ§o
Decreto-Lei n.Вє 123/2009, de 21 de Maio de 2009
Decreto-Lei n.Вє 555/99, de 16 de Dezembro
Decreto-Lei n.Вє 177/2001, de 4 de Junho
Portaria n.Вє 1110/2001, de 19 de Setembro
Portaria n.Вє 701-H/2008, de 29 de Julho
Prescrições e Especificações Técnicas – Manual ITED – 2ªedição
Norma Portuguesa 717
Norma Portuguesa EN 124
Norma ROHS (Directiva 2002/95/EC)
Norma CEI 604395
EN 50086
EN 50086-2-4
pГЎg. 110
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PublicaГ§ГЈo: 04.06.2009
Autor: ANACOM
GeraГ§ГЈo de ficheiro: 14.10.14
В© ANACOM 2014